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  1. quer uma moradia para viver condignamente ou quer um palácio


    Nem uma coisa, nem outra. Se "vou" construir, "quero" ter algo com um nível de qualidade/quantidade superior ao que "tenho". Penso que é este o sentido da auto-construção. Senão, faça-se permutas dos terrenos que a tia deixou, por casas já construídas. Fica mais barato e não perde 1 ano. Ir passar um ano a ter chatisses para ir para uma casa pequena com acabamentos inferiores à actual? Mais vale estar quieto!

    Esta conversa faz-me lembrar uma discussão de corredor noutro dia, onde um colega meu disse que não estava à espera de 1500€ de telemóvel que gastou num ano que estava a construir a casa. Já para não falar de outras despesas que vão aparecendo e nunca vêm em nenhum orçamento com iva ou sem iva, como as cópias de projectos para orçamento, gasóleo/gasolina para deslocações a obras, alterações impostas por fiscalização, etc, etc...

    O que tento transmitir acima de tudo, é que construir uma casa não é levantar pilares, forrar a CEMENT BLOCK, meter tomadas e uma onduline por cima! E quando se diz com pouco rigor, que se consegue construir até um determinado preço (seja 100k€ ou 300k€), induz-se outras pessoas em erro!

    Quem quiser avançar nesta aventura sem saber ao que vai, que avance! Afinal, é uma casa... existem acontecimentos/objectivos muito mais importantes e com responsabilidades acrescidas que um crédito bancário...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: raulschone
  2. Colocado por: AdrianoP

    A precisar de um desenho, está quem "constrói um sonho" com os comentários de vendedores/utilizadores sem experiência na construção, num qualquer blog de internet... Depois, chega à vida real e percebe que as coisas não são como lhe dizem!! E o que não falta por aí são obras paradas, por causa de uma das 2 causas habituais.....

    Não percebo nada de obras, mas não deixo de achar engraçado alguns comentários que por aqui andam,
    aonde está o problema de construir uma casa por menos de 100.000 euros?
    Não vejo nenhum, acho que cada um deve construir segundo as necessidades e possibilidades que tem,
    conheço muitas casas que começaram por ser apenas uma sala e um quarto, e hoje são vivendas
    que não devem nada ás que se constroem na quinta da marinha, o engraçado disto é os que tentam impor á
    força toda que uma casa tem que ser isto mais aquilo e custar X, isto é bom para quem pode pagar, mas então, e os que não podem? devem estes ficar privados de ter uma casa que embora com menos acabamentos e mais pequena
    ainda assim é suficiente para a sua independência?
    E não venham com tretas que uma casa nestas condições não tem segurança ou condições de habitabilidade
    cada um deverá ter o que pode ter mediante o seu orçamento, quem pode pagar manda construir casa com 300m
    e acabamentos do melhor, o pobre com 50m já pode ter o seu quarto, sala, casa de banho e cozinha
    e orientar a sua vida.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dreco
  3. Não percebo nada de obras ... aonde está o problema de construir uma casa por menos de 100.000 euros?


    Basta ler os comentários de quem percebe de obras. Eu também percebo pouco, que só construí a minha, mas já é qualquer coisa...
  4. Todos nós temos carro ( eu tenho uma seat ibiza de 2 portas, mas um mercedes é que era....)
    • Dreco
    • 24 janeiro 2011 editado
    Colocado por: two-rok

    Sem querer entrar consigo outra vez porque não tenho tempo para isso... No entanto compreende que não existem casas em ruínas e terrenos baratos para todos nós construirmos uma casa barata, com qualidade (para alguns) média. (Para outros rasca)

    Concorda?


    Concordo perfeitamente. Se quer um terreno barato com uma "ruina" em Lisboa ou no Porto, com toda a certeza que será impossivel o que pretende. Acho que realmente esta discussão não tem sentido nenhum. Apenas respondo ao que o tópico se refere e respondo afirmativamente. A partir daí, se vão colocar "extras" e localizações excelentes (como alguem mencionou, belas clube de campo, quinta da marinha, etc) então aí será certamente impossível.
    Utilizando outras construções que "fujam" da alvenaria, ou saindo das grandes cidades e/ou metropoles urbanas, é perfeitamente possível ter uma moradia por menos de 100.000€. Acho que esta discussão não faz sentido nenhum...
    Não quero voltar a puxar a "brasa á minha sardinha", há inúmeras soluções e construções que podem ser feitas, tendo uma boa qualidade e que os Portugueses teimam em não utilizar.
    Veja os casos de outros Países com climas bem mais rigorosos que os nossos. Acho que o caso mais evidente e que é actual, é o caso da Austrália (local originário do novo EPS -CEMENT BLOCK) onde está a prova que as casas eram belissímas, com imensa qualidade e que nem que fossem em aço resistiriam ao que está a suceder... Assim sendo, o outro argumento que muitas vezes aqui foi utilizado da "resistência" e que devemos ter "caixas fortes" em vez de habitações, vai literalmente por "agua abaixo" (passo a ironia).
    Nos Estados Unidos (com elevada taxa de criminalidade), são utilizadas construções alternativas e não é por isso que as casas deixam de ser de qualidade. No Canadá, Japão, Noruega, Dinamarca e Holanda, o EPS CEMENT BLOCK é o material utilizado na larga maioria das construções e a alvenaria (leia-se tijolo) tem uma cota muito baixa nas construções.

    Porque será que em Portugal continuamos a utilizar o "tijolo" e a realizar construções caríssimas?
    Faz algum sentido, construir em tijolo e depois termos de colocar materiais isolantes nos revestimentos, se podemos utilizar logo esses materiais na construção?
    Eu posso ser um leigo em construção, mas deixo aqui um link da pessoa mais qualificada para falar sobre este tema (já datado de 2007) em que já nessa altura falava que Portugal teria de começar a adoptar outros materiais para construção e do uso dos mesmos. Reparem que em 4 anos, a evolução dos materiais foi imensa e há nos dias de hoje, "tecnologia" ao dispor da construção (em termos de materiais) que o Português teima em rejeitar.
    Será que são os Países desenvolvidos que estão errados? Serão os técnicos e investigadores que estão errados e nós os "tugas" é que somos os donos da razão?

    Volto a deixar o convite em aberto, para todos aqueles que queiram ir visitar as futuras instalações da empresa que trará o EPS - CEMENT BLOCK para Portugal e para comprovarem com os seus próprios olhos o que digo.

    Os meus cumprimentos

    Link para ver documento de Pina dos Santos (investigador principal do LNEC) http://www.civil.uminho.pt/alvenaria/docs/041_064.pdf
  5. Boas

    o pobre com 50m já pode ter o seu quarto, sala, casa de banho e cozinha

    Oficialmente não pode: para um T1 a área bruta mínima são 52 m2. Ainda que pudesse, já levo alguns anos disto e nunca vi sequer um projecto para uma moradia T2, quanto mais T1. E se não há é porque os clientes não querem - como já aqui disseram, quando querem mudar é para melhor.

    isto é bom para quem pode pagar, mas então, e os que não podem?

    Que eu saiba há opções mais baratas para quem não tem dinheiro para uma moradia, não terá de ficar na rua por isso.

    cumps
    José Cardoso
  6. Colocado por: pjcpaulo
    Então e a análise de viabilidade que faz, é com IVA ou sem IVA?


    Caro pcjpaulo;

    Não seu como lhe hei-de explicar... mas o IVA nesta situação é mesmo irrelevante... Quando lhe digo por exemplo que a rendibilidade dos Capitais Próprios da empresa XPTO no ano de XX é de 3,5%.... o que é que isto tem a ver com IVA??? ou que a rotação do activo é de 4,25... ou o grau de solvabilidade é de 2,40...
    Os únicos rácios que calculamos (com interesse) e que temos em atenção ao IVA é no cálculo dos prazos médios de recebimentos e de pagamentos...
    Simplesmente trabalhamos com rubricas do SNC e esses rubricas não têm o IVA incluido visto existir a conta 24 para esse efeito.
    Não misturamos "alhos com bugalhos"... já nem lhe vou falar em Cash Flows..nem em TIR's...TMR.. Pay Back Period... (Não tem interesse para este fórum)
    Espero que tenha sido explícito...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dreco
  7. Colocado por: Barraka Obamba

    Estes também não incluem IVA.

    esses rubricas não têm o IVA incluido

    Exactamente, quer isto dizer que, se me permite concluir, quando se "concretiza" um investimento seja ele empresarial ou privado o IVA não é parte integrante do investimento, tendo-se generalizado a practica do "acresce IVA à taxa legal em vigor", muito embora o IVA seja parte integrante do pagamento!

    Esta pratica generalizou-se porque, tal como disse o IVA entre empresas é irrelevante...
    Isto é apenas um ponto de vista, até porque, estamos a falar do mesmo!
  8. Oficialmente não pode: para um T1 a área bruta mínima são 52 m2. Ainda que pudesse, já levo alguns anos disto e nunca vi sequer um projecto para uma moradia T2, quanto mais T1. E se não há é porque os clientes não querem - como já aqui disseram, quando querem mudar é para melhor

    Bom, então eu estou na eminência de fazer uma coisa que nunca viu :)
    Já agora, a propósito das dimensões prescritas pelo RGEU:
    Como já aqui se defendeu (muito bem, em meu entender) essas dimensões são completamente imbecis e têm consequências que pesam muito na nossa saúde financeira.
    Na Finlândia, o país onde o endividamento particular é o menor de toda a Europa, é muito vulgar encontrar casas com 50m2 e são todas tendencialmente pequenas por comparação com as nossas (mas muito mais confortáveis).
    Em Portugal, onde o endividamento particular é o maior da Europa (a nossa maior tragédia), é o que se sabe...
    ___________
    obs.: não posso garantir que esta comparação dos endividamentos esteja correcta;
    li-a precisamente num site finlandês, onde os meus “herdeiros” estiveram durante alguns dias).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dreco, Pedro_f
  9. Boas

    essas dimensões são completamente imbecis

    Pode até ser, mas para a questão que aqui se debate é relevante. Debater a possibilidade de construir por 100 000 € só terá sentido se se referir a uma construção reconhecida legalmente como tal, com as condições - e custos - que isso implica. Podíamos discutir se a regulamentação é ou não adequada, mas isso seria outra (muito longa) história.
    Afirma estar a fazer algo que nunca vi, suponho que está a construir uma habitação T1 ou T2. Compreende que não é uma situação muito vulgar, pelo menos no que respeita a habitação principal. A esmagadora maioria quer pelo menos um T3, quase sempre mais.

    PS1: Tenha em atenção que a área bruta indicada para o T1 – 52 m2 – inclui cerca de 10 m2 de área de parede exterior; acha realmente exagerada a área? Diga lá então qual a área da construção que está a fazer e que eu nunca vi :-9

    Cumps
    José Cardoso
  10. Pode até ser, mas para a questão que aqui se debate é relevante.

    Claro que é. O que escrevi foi um aparte. O RGEU tem muitas coisas que me irritam tanto como o pão sem sal... :)
  11. Afirma estar a fazer algo que nunca vi, suponho que está a construir uma habitação T1 ou T2. Compreende que não é uma situação muito vulgar, pelo menos no que respeita a habitação principal. A esmagadora maioria quer pelo menos um T3, quase sempre mais.


    Tem toda a razão. Trata-se de uma V1...
  12. PS1: Tenha em atenção que a área bruta indicada para o T1 – 52 m2 – inclui cerca de 10 m2 de área de parede exterior; acha realmente exagerada a área? Diga lá então qual a área da construção que está a fazer e que eu nunca vi :-9

    Pode ser (e a fundamentação disto remete-nos para a tal longa história que menciona – já aqui discutida no fórum a propósito do RGEU- e a “tese” foi brilhantemente defendida por um arquitecto, não lembro agora quem)

    Área de construção: 83 m2
    Área habitável: 50m2

    + cave com 83m2 mas é V1 – T! - tanto faz para o caso, porque foi também isto que diz que nunca viu... :)
  13. Quando escrevo "pode ser" estou a referir-me à sua questão da área prescrita, se é exagerada ou não.
    E ao dizer isto penso, imediatamente e quase sem querer, nas espantosas lições da arquitectura japonesa - na minha opinião a 2ª melhor arquitectura do mundo (a melhor é a arquitectura portuguesa e acredite que não digo isto por uma questão de auto-estima patrioteira...)
  14. Boas

    Em relação a esses aspectos deixo a minha opinião:

    - Áreas:
    As exigidas pelo RGEU não me parecem exageradas, exageradas serão as áreas porque algumas pessoas optam quando decidem construir - principalmente se atenderem aos meios financeiros de que (não) dispõem.

    - Regulamentação:
    Felizmente não me compete lidar com o RGEU, mas não é por isso que falta com que me entreter. Acho a legislação aplicável a certas "especialidades" demasiado exigente nalguns aspectos e demasiado "intrusiva". Parece-me que não é apenas esta área que isso acontece e o resultado é o mesmo dessas outras áreas: demasiada exigência, fiscalização fraca ou inexistente e resultados medíocres. As pessoas tendem a achar natural contornar a lei.

    cumps
    José Cardoso
  15. Concordo com tudo o que escreveu.
    Apenas entendo que se pode ter uma muito boa habitação com áreas inferiores às prescritas pelo RGEU.
    Podia dizer a mesma coisa acerca "das acessibilidades" (e comparar a nossa legislação com as politicas de alguns estados americanos relacionadas com esse assunto, etc., etc...
  16. Colocado por: PauloCorreiaNão pense nisso. nas obras públicas é expressamente indicado que os concorrentes devem indicar o valor sem IVA.


    Estava a falar de clientes finais (privados), já li aqui no forum que tem de lhes ser dado o valor com IVA discriminado. Claro que se o IVA for alterado, o preço final também é diferente.

    Colocado por: PauloCorreiaEsta história de não se apresentar IVA, deve-se ao facto de muitas obras levarem muito tempo a executar, podendo ser apanhadas numa alteração de IVA.


    Para mim é perfeitamente compreensível, mas como já aqui disse, para clientes finais não me custa nada discriminar o IVA.
    E como estou numa zona rural, já tem acontecido pessoas analfabetas virem pedir orçamentos, e é compreensível que não saibam calcular percentagens. E regra geral, ninguém quer admitir que não sabe fazer esse cálculo, conheço alguém com o 8º ano e que nem com uma calculadora o consegue fazer (calcular percentagens), no entanto para fazer contas à mão dá-me o baile :-)

    Colocado por: PauloCorreiaPS: Sempre quero ver algum cliente final levantar problemas se o IVA baixar. Principios, não é?


    Isso só quando aparecer uma galinha com dentes... LOL!

    Colocado por: PauloCorreiaPS1: E a não inclusão do IVA tinha outra finalidade. É que poucos cliente privados estão dispostos a pagar IVA, logo......


    Comigo estão mal, por uma questão de princípio facturo tudo, até porque neste ramo onde estou, ninguém fornece material sem factura (que eu saiba), logo se pago IVA tenho de o cobrar, é que nem dá para pensar em fugir, e ainda bem que assim é, deveria ser assim em tudo. Mas pronto quem nos governa também não dá o exemplo, ainda ontem vi uma reportagens que me deixou ainda mais envinagrado com aquela gente.
  17. Colocado por: two-rokainda ontem vi uma reportagens que me deixou ainda mais envinagrado com aquela gente.


    Infelizmente para a minha saúde mental, eu também vi... :'(
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok
  18. Voltamos a conversar mais do mesmo e a falar em definições sobre moradias (que segundo alguns têm de ter mais de 100m2 para serem consideradas como tal).
    Deixo aqui um exemplo e uma sugestão para passarem por lá:

    http://furnaslakevillas.pt/

    Com 45.000€ (preço chave na mão) tem qualquer uma das habitações (T1) deste "condomínio". É óbvio que não será (na minha óptica) uma casa de habitação permanente, mas será que não posso ter a minha casa de férias? Ou a casa que quis construir na "aldeia" onde nasci e não quero (nem posso) gastar uma fortuna?

    Esta discussão não leva realmente a lado a nenhum... Só seria possível discutir este assunto se houvesse um padrão igual para todos (cada um define "casa" ou "moradia" como quer).

    Como cada um é livre de fazer o que bem entende, eu (e felizmente mais alguns) conseguem perceber a diferença do que é ter uma moradia por menos de 100.000€ e ter uma moradia para o "vizinho" ver, que por certo custará bem mais que 100.000€. Se sou mais ou menos feliz do que alguem que os outros... isso é outra questão, porque posso viver segundo as minhas possibilidades, ter 2 habitações e ainda fico dentro do meu orçamento/possibilidades.

    Os meus cumprimentos
  19. Colocado por: danobrega

    Infelizmente para a minha saúde mental, eu também vi... :'(


    Ainda bem que com 5 miúdos em casa, escuso de pensar em me aproximar dessa caixa que deprime o mundo
 
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