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  1.  # 441

    Como dizia o José Manuel Fernandes num artigo no Observador, o que a turba não perdoa é que alguém de um dos países credores venha dizer o óbvio: para haver solidariedade tem de haver cumprimento de deveres e obrigações por parte dos devedores. A metáfora alegadamente insultuosa, é apenas um pretexto para se reclamar do que, por estes lados, se acha que os países do norte têm de fazer: financiar sempre os países mais pobres do sul, independentemente do estado calamitoso das suas economias, sob pena de serem rotulados de populistas e nazis.
    Concordam com este comentário: treker666, scarecrow, André Barros
  2.  # 442

    Colocado por: marco1a culpa é das pessoazinhas comuns gastadoras e irresponsáveis e preguiçosas.

    As pessoazinhas podem viver num país pouco endividado, com contas públicas saudáveis, ou podem viver num país que vai falência três vezes em 40 anos e que tem um dívida pública de 130% do PIB, e sim, tanto num caso como noutro, a responsável é só delas não é de mais ninguém.
    Concordam com este comentário: treker666
  3.  # 443

    Colocado por: luisvv

    Mas a questão é que não há nada de especial nisso. Ele podia ter utilizado milhões de outras analogias, e em todas elas encontraríamos preconceitos, querendo.


    Eu dei (propositadamente ponderado) um exemplo de preconceito relacionado com gestão pouco prudente do dinheiro.

    Dijsselbloem deu um exemplo de dinheiro deitado à rua de forma boçal.

    Ambos concordamos que são preconceituosos. Você disse que o meu é tão ou mais preconceituoso que o de Dijsselbloem, mas não é:
    - o meu exemplo ainda admite que alguém tentou fazer uma gestão do dinheiro (pouco prudente e que correu mal);
    - o exemplo de Jeroen Dijsselbloem assume que o dinheiro foi derretido em vícios.

    E é essa alusão a dinheiro deitado à rua em vícios que é aviltante no comentário do sr. do Eurogrupo e é um tipo de pensamento em que não está sozinho: Schauble partilha da mesma linha e ambos veicularam sempre a ideia de que os países em dificuldades ("do sul") deviam, além de serem endireitadas as contas, serem punidos pela má conduta viciosa.

    Basta ver que, em cenário de saída do programa de ajuda (ou seja, afinal as coisas finalmente estão a encarreirar) se perfilem no horizonte possíveis multas porque "Portugal não tem adotado as medidas necessárias nos últimos três anos para corrigir desequilíbrios macroeconómicos excessivos, defendendo a aplicação de uma multa de cerca de 190 milhões de euros." (http://www.jn.pt/nacional/interior/marcelo-aproveita-visita-a-bruxelas-para-afastar-ameaca-de-sancoes-5739567.html). Caramba, estamos longe de estar confortáveis, mas isto não é uma questão do foro financeiro, isto é manobrar à distância a política interna de um país!
    Concordam com este comentário: marco1
  4.  # 444

    Colocado por: ClioII
    Eu dei (propositadamente ponderado) um exemplo de preconceito relacionado com gestão pouco prudente do dinheiro.
    Dijsselbloem deu um exemplo de dinheiro deitado à rua de forma boçal.

    Ambos concordamos que são preconceituosos. Você disse que o meu é tão ou mais preconceituoso que o de Dijsselbloem, mas não é:
    - o meu exemplo ainda admite que alguém tentou fazer uma gestão do dinheiro (pouco prudente e que correu mal);
    - o exemplo de Jeroen Dijsselbloem assume que o dinheiro foi derretido em vícios.

    A discussão disto é surreal, mas aqui vai: não é relevante o exemplo dado. Qualquer que fosse a analogia utilizada, encontraríamos sempre um preconceito por trás.



    E é essa alusão a dinheiro deitado à rua em vícios que é aviltante no comentário do sr. do Eurogrupo e é um tipo de pensamento em que não está sozinho: Schauble partilha da mesma linha e ambos veicularam sempre a ideia de que os países em dificuldades ("do sul") deviam, além de serem endireitadas as contas, serem punidos pela má conduta viciosa.

    Estamos a misturar assuntos. Na sequência de perguntas sobre a aparente pouca preocupação do Eurogrupo com o cumprimento das regras do pacto de estabilidade (tendo como pano de fundo as inúmeras manifestações contra o seu cumprimento, cá mas não só ) o homem disse que tanto ele como Draghi estão vigilantes (ou algo do género) e que considera óbvio que a solidariedade implica o dever de cumprimento das regras, porque o seu incumprimento gera desconfiança.

    Não quer dizer que tenhamos que concordar com ele - mas discordar é uma coisa, distorcer o que ele disse é outra. E entre o que ele disse e "Djisselbloem acusa os países do sul de gastar demasiado em mulheres e vinho" vai uma diferença do tamanho do mundo.



    Basta ver que, em cenário de saída do programa de ajuda (ou seja, afinal as coisas finalmente estão a encarreirar) se perfilem no horizonte possíveis multas porque "Portugal não tem adotado as medidas necessárias nos últimos três anos para corrigir desequilíbrios macroeconómicos excessivos, defendendo a aplicação de uma multa de cerca de 190 milhões de euros." (http://www.jn.pt/nacional/interior/marcelo-aproveita-visita-a-bruxelas-para-afastar-ameaca-de-sancoes-5739567.html). Caramba, estamos longe de estar confortáveis, mas isto não é uma questão do foro financeiro, isto é manobrar à distância a política interna de um país!


    Outra notícia da treta. Leu a notícia original do Jornal de Negócios?
  5.  # 445

    Um dia havemos de ser definitivamente corridos da ue, ou então saímos dignamente pelo nosso pé ... a ver se somos homenzinhos e vivemos com o que temos!
    Se somos pobres temos que viver como pobres e não ter os multimilionários a aumentar todos os anos, nem termos classificados pela forbes ...
    • Neon
    • 23 março 2017

     # 446

    Colocado por: luisvvEstamos a misturar assuntos. Na sequência de perguntas sobre a aparente pouca preocupação do Eurogrupo com o cumprimento das regras do pacto de estabilidade (tendo como pano de fundo as inúmeras manifestações contra o seu cumprimento, cá mas não só ) o homem disse que tanto ele como Draghi estão vigilantes (ou algo do género) e que considera óbvio que a solidariedade implica o dever de cumprimento das regras, porque o seu incumprimento gera desconfiança.

    Não quer dizer que tenhamos que concordar com ele - mas discordar é uma coisa, distorcer o que ele disse é outra. E entre o que ele disse e "Djisselbloem acusa os países do sul de gastar demasiado em mulheres e vinho" vai uma diferença do tamanho do mundo.


    Luis acho que esta a defender o indefensável. Então mas o individuo não fez uma alusão a mulheres e bebida?

    Até pode ser a opinião dele, e até a pode partilhar entre amigos na esplanada do café. Já quando se manifesta na qualidade de politico, e para um orgão de comunicação social tem que ter tento na língua, por uma questão deontológica e de respeito quanto mais não seja por uma nação que integra um grupo onde ele se encontra inserido.

    Seja a que pais for e independentemente de a quem a carapuça serve

    Somos todos suficientemente inteligentes a modo de perceber o que ele queria dizer, mas é incontornável que a forma não esteve á altura do conteúdo. Se não tivesse feito usos de analogias não tinha existido este granel todo. E estes erros pagam-se, julgo não me enganar muito ao dizer que este sr tem os dias contados.

    Olhe lembro as famosas lambadas do Sr. João soares, ou os corninhos do Sr. Manuel Pinho, em certas posições é OBRIGATÓRIO medir as palavras.
    Concordam com este comentário: Bricoleiro
    • emad
    • 23 março 2017

     # 447

    Colocado por: Luis K. W.Isso tem, pelo menos, 3 zeros a mais.

    O PIB de Portugal para 2016 prevê-se que foi de 185 mil milhões. Se SÓ os JUROS fossem 8.000 mil milhões (43 vezes o valor do PIB), já devíamos ter fechado a porta há muito tempo. :-)

    Já agora, é curioso verificar que o PIB de Portugal praticamente duplicou de 1995 (91 mil milhões) para 2016 (185 mil milhões).
    Absolutamente em linha com a média da UE a 28, que passou de 7.346 mil milhões em 1995 para 14.819 mil milhoes em 2016.

    Houve grandes países que MAIS DO QUE DUPLICAREM o PIB (o Reino Unido, passou de 1.009 mM para 2.367 mM), e outros que aumentaram apenas cerca de 50% (ALEMANHA, que passou de 1.982 para 3.132 mM... e absorveu a RDA!).
    E houve muitos pequenos países que - como tinham PIB/capita baixíssimos - multiplicaram o PIB por 4, por 5... por 10(!!), como a Croácia, a Eslováquia, a Hungria, a Estónia,...

    Quanto ao Holandês, vejam o texto em baixo.

    Luís k w, olhe que não. Acha que se tirar 3 zeros a conta fica certa. Olhe faça lá às contas como deve ser.
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
  6.  # 448

    Colocado por: emadLuís k w, olhe que não.

    Tem razão, emad ! Sorry.
    Juros: 8.500.000.000,00€
    P I B : 185.000.000.000,00€

    Eu é que já estava a ver milhões-de-milhões onde são "apenas" milhares-de-milhões.
    Concordam com este comentário: emad
  7.  # 449

    "Super Bock envia copos e cerveja ao presidente do Eurogrupo"

    Coitado do homem, ele nem queria dizer bem o que disse ...
    Concordam com este comentário: GMCQ
  8.  # 450

    Só é pena que os políticos de "colunas fragmentadas" dos países do sul da ue, não apresentem o artigo 50 juntamente com a gb, aproveitando a oportunidade para criar um segundo bloco ue.
    A gb é nosso aliado histórico, o que nos liga com o resto da ue para além da exploração da mão de obra emigrante?
    Preferia uma uezinha com a gb a liderar do que a actual liderada pela alemanha que nos despreza profundamente.
    Quando frequentei o goethe institut de Lisboa tive a noção exacta de quanto a nossa cultura é desprezada pelos alemães a todos os níveis. Aliás um dos professores era de origem suíça e explicava como a alemanha considera todos os países inferiores, uma das razões da não entrada da suíça na ue.
    • emad
    • 26 março 2017

     # 451

    Vamos invadir a Alemanha ?
    Fazemos a história ao contrário.
    Fazemos um acordo com o Trump.
    •  
      GMCQ
    • 26 março 2017 editado

     # 452

    Colocado por: emadVamos invadir a Alemanha ?
    Fazemos a história ao contrário.
    Fazemos um acordo com o Trump.


    Nah... Fica pá próxima! :-D
      submarino-portugal.jpg
      Screenshot_2017-03-26-11-29-00.png
  9.  # 453

    "Núcleo duro quer União Europeia a várias velocidades
    Os líderes de França, Alemanha, Itália e Espanha reuniram-se em Versalhes para manifestar apoio a uma solução em que os Estados-membros da União Europeia possam actuar a diferentes velocidades."

    Em que sítio vamos ficar neste desmembramento?
    Acho que a ue interessa cada vez menos aos europeus, mas é o paraíso para os sub-sarianos, refugiados das guerras, etc. ...
  10.  # 454

    Colocado por: pedromdfA gb é nosso aliado histórico, o que nos liga com o resto da ue para além da exploração da mão de obra emigrante?

    Só nos liga um pequeníssimo detalhe: o crédito que nos permite ter uma vida razoavelmente normal. Sem este, o cenário era de bancarrota, incumprimento do estado para com os seus funcionários e pensionistas e colapso generalizado dos serviços públicos.
  11.  # 455

    Mas esse recurso abusivo ao crédito da ue é o que aqui se critica tanto e nos fez chegar onde estamos.
    Acha então que Portugal só encostado à ue é que tem viabilidade?
    E se em breve formos corridos, como está a ser cozinhado nas altas esferas da ue?
    Acaba o país?
  12.  # 456

    Colocado por: pedromdfMas esse recurso abusivo ao crédito da ue é o que aqui se critica tanto e nos fez chegar onde estamos.

    O desmame de décadas a viver a crédito é aquilo com que ninguém parece concordar: reduzir consistentemente a despesa pública com tudo o que isso possa implicar de redução de emprego público, redução de rendimentos de f.p. e pensionistas, e redução do estado social.

    Colocado por: pedromdfAcha então que Portugal só encostado à ue é que tem viabilidade?

    Não, mas para mim qualquer outra alternativa implica fazer o que referi no parágrafo anterior, porque não me parece que nenhuma outra organização ou estado estejam dispostos a financiar-nos.

    Colocado por: pedromdfE se em breve formos corridos, como está a ser cozinhado nas altas esferas da ue?
    Acaba o país?

    Não, o país não acaba, tal como a Grécia não acabou, a Venezuela também não, a Argentina igualmente...
  13.  # 457

    Pois é, mas prepare-se para vivermos todos só com o que temos mesmo, e acabarmos de pagar a dívida, sem mais um tostão lá de fora ...
    Andarmos a tentar pagar a dívida e a fazermos novas dívidas é que não dá mesmo. Se é isso que nos obrigam a fazer senão levam-nos tudo por que raio de razão o admitimos ao país?
    O único remédio é mesmo fecharem-nos a torneira de vez!
    Dói ah pois dói, é o que fazem a qualquer português que não consiga cumprir e a quem de nada valem esses empréstimos que vêm da ue.
  14.  # 458

    Colocado por: pedromdfPois é, mas prepare-se para vivermos todos só com o que temos mesmo, e acabarmos de pagar a dívida, sem mais um tostão lá de fora ...


    Isso era o que devia ter sido feito logo após o 1º resgate. Mas ao que parece nem ao 3º aprendemos.

    Colocado por: pedromdfSe é isso que nos obrigam a fazer senão levam-nos tudo por que raio de razão o admitimos ao país?

    Porque isso não dá votos. Os que tentam avisar disso são logo acusados de neoliberais.

    Colocado por: pedromdfDói ah pois dói

    Mas ainda vai doer mais.
  15.  # 459

    Colocado por: André BarrosIsso era o que devia ter sido feito logo após o 1º resgate. Mas ao que parece nem ao 3º aprendemos.


    Por isso é que só vai dar quando formos mesmo expulsos ... pelo nosso pé não saímos (nós não, todos os governantes que temos tido e que se enchem).
  16.  # 460

    Embora por aqui não seja o caso o s*c*n* do holandes está a levar pancada de todo o lado:

    "Uma maioria de eurodeputados do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) no Parlamento Europeu, incluindo o presidente, Manfred Weber, subscreveu uma carta ao líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, pedindo-lhe que se demita do cargo."
 
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