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  1. Quer comparar o Estado de uma Libéria com o estado da Suécia? É tudo igual?


    O seu argumento era de que os países mais ricos do mundo têm Estados, impostos, serviços públicos e FP. Implícito está que há uma relação de causalidade entre a existência de um Estado com tudo isso e a criação de riqueza de um país. Eu só lhe quis mostrar que essa relação não é líquida.

    Se quiser, sendo mais explícito:
    "a existência de Estados ricos e pobres apenas nos mostra que, de entre o "formato Estado" há formas de organização aparentemente mais eficientes que outras."
    Levando o argumento ainda mais longe: a Libéria e a Suécia não são de facto comparáveis, mas a diferença não advém necessariamente dos respectivos Estados. A História e a cultura dos povos que habitaram esses países são bastante diversas, pelo que atribuir diferenças de riqueza ao Estado Sueco talvez seja ao lado.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 10 novembro 2015
    Colocado por: luisvvO seu argumento era de que os países mais ricos do mundo têm Estados, impostos, serviços públicos e FP. Implícito está que há uma relação de causalidade entre a existência de um Estado com tudo isso e a criação de riqueza de um país

    Essa relação de causalidade foi a sua leitura pessoal, eu nunca referi essa relação específica. É que podemos extrair muitas outras leituras, como por exemplo:

    -Aparentemente, a existência de um estado não é um obstáculo à criação de riqueza e ao desenvolvimento humano.

    -Aparentemente, os países desenvolvidos estão satisfeitos com a existência de um estado, caso contrário, teriam mudado esta forma de organização.

    A realidade é esta:
    -Existem exemplos de países desenvolvidos, com estado forte ? SIM
    -Existem exemplos de países desenvolvidos, sem estado, ou com um estado pequeno? NÃO

    Porque será?
    • eu
    • 10 novembro 2015
    Colocado por: luisvvLevando o argumento ainda mais longe: a Libéria e a Suécia não são de facto comparáveis, mas a diferença não advém necessariamente dos respectivos Estados. A História e a cultura dos povos que habitaram esses países são bastante diversas, pelo que atribuir diferenças de riqueza ao Estado Sueco talvez seja ao lado.

    Concordo.
  2. Esta guerrinha entre privado e público é redutora e está a ser radicalizada.
    Então o Estado não existe? As empresas é que criam dinheiro? Então porque raio andam sempre a pedir apoios ao público? Porque será que andam sempre a receber incentivos disto e daquilo?
    A economia de um país é movimentada por todos, mas não afirmem que o privado criam dinheiro e os FP gastam dinheiro.
    Atenção, não quero com isto dizer que não existam abusos na FP (tal como nos privados). Posso dar N exemplos de vigarices no privado (tal como do público). Resumindo, estão interligados e dependem um do outro. Não sejam é invejosos ao querer ver os FP na miséria (muitos privados ficariam satisfeitos de ver o vizinho FP na miséria).
  3. Esta guerrinha entre privado e público é redutora e está a ser radicalizada.
    Então o Estado não existe?

    Existe.


    As empresas é que criam dinheiro?

    Não dinheiro, mas riqueza. São coisas diferentes: o Estado (não o nosso, mas os Estados em geral) cria efectivamente dinheiro. No entanto, como é fácil de perceber, imprimir notas não é criar riqueza.


    Então porque raio andam sempre a pedir apoios ao público? Porque será que andam sempre a receber incentivos disto e daquilo?


    O "público" não existe. O que existe são os privados, cujos bolsos são aliviados pelo Estado, que depois redistribui - seja via subsídios, seja por fornecimento de serviços.


    A economia de um país é movimentada por todos, mas não afirmem que o privado criam dinheiro e os FP gastam dinheiro.


    O que tem sido dito e redito é que os ordenados da FP são pagos pelos privados, por definição. Os impostos que os próprios FP pagam são na verdade apenas deduções do rendimento, na medida em que sendo a fonte primária do rendimento do Estado os impostos, estes terão que ser sempre superiores á soma das remunerações que paga. É uma impossibilidade prática, colocar os FP a pagar os próprios ordenados.
    Já o contrário é possível..


    Atenção, não quero com isto dizer que não existam abusos na FP (tal como nos privados). Posso dar N exemplos de vigarices no privado (tal como do público). Resumindo, estão interligados e dependem um do outro. Não sejam é invejosos ao querer ver os FP na miséria (muitos privados ficariam satisfeitos de ver o vizinho FP na miséria).


    Não se trata disso. Trata-se de compreender que um aumento de remuneração da FP sai directamente do bolso dos privados - e um aumento de um privado não tem a consequência inversa. Simplificando um bocado, num cenário de Orçamento do Estado equilibrado, uma redução da massa salarial da FP traduz-se num aumento equivalente de liquidez no privado .....
    Concordam com este comentário: two-rok
  4. O privado é que paga os ordenados da função pública? Essa foi a melhor que ouvi até agora... Vá lá, não seja cómico senão isto vira o tópico da comédia!!

    No entender do privado, era por os FP na penuria e aumentar os ordenados dos privados. Vão sonhando!!

    Por aqui me fico, não adianta!! Fiquem com a bicicleta, que eu fico bem na real!!
    • eu
    • 10 novembro 2015 editado
    Colocado por: luisvvNão dinheiro, mas riqueza. São coisas diferentes: o Estado (não o nosso, mas os Estados em geral) cria efectivamente dinheiro. No entanto, como é fácil de perceber, imprimir notas não é criar riqueza.

    E prestar cuidados de saúde? Não é criar riqueza?
    E educar as crianças e jovens? Não é criar riqueza?
    E construir vias de comunicação? Não é criar riqueza?
    E construir e manter redes de energia, água, e saneamento? Não é criar riqueza?

    E todos os outros serviços essenciais do estado que contribuem para que as empresas possam criar riqueza? Isso também não conta?

    A vossa cegueira radical assusta-me...
  5. Colocado por: eu
    E prestar cuidados de saúde? Não é criar riqueza?
    E educar as crianças e jovens? Não é criar riqueza?
    E construir vias de comunicação? Não é criar riqueza?
    E construir e manter redes de energia, água, e saneamento? Não é criar riqueza?

    E todos os outros serviços essenciais do estado que contribuem para que as empresas possam criar riqueza? Isso também não conta?

    A vossa cegueira radical assusta-me...


    Isso nada interessa. Acabem com isso tudo ou entreguem aos privados que eles fazem tudo. Despeçam os funcionários e os que ficarem, cortem-lhe ainda mais até que mal possam sobreviver (hoje os cortes passam os 50%!!!!!!!).

    Enfim, conversar com pessoas cegas e radicais é perder tempo, e o meu tempo é precioso.
  6. Colocado por: eu
    Então o Estado não produz nada? Vá lá, não seja assim tão radical... então um médico não produz nada? Ou um professor? Quem formou a grande maioria dos Engenheiros que trabalham nas empresas Portuguesas? (e isto é apenas um pequeno exemplo).

    Porra, e lá estou eu novamente a defender o estado, logo eu que defendo um estado muito mais pequeno e forte, e limites constitucionais para o défice e a dívida.

    Mas nunca irei tolerar os radicalismos e visões básicas do funcionamento da economia...
    Concordam com este comentário:ANdiesel


    Radicalismo?
    A realidade é radical?
    Quem produz mais são os privados, não é radicalismo nenhum.
    E os exemplos que da têm que ser públicos porquê? Não ha médicos e professores privados?
    • eu
    • 10 novembro 2015
    Colocado por: luisvvSimplificando um bocado, num cenário de Orçamento do Estado equilibrado, uma redução da massa salarial da FP traduz-se num aumento equivalente de liquidez no privado .....

    Não necessariamente em termos líquidos.

    Imagine que a redução da massa salarial da FP era feita, por exemplo, acabando com o serviço nacional de saúde, e despedindo todos os funcionários do ministério da saúde. O dinheiro poupado era abatido aos impostos.

    Se por um lado, cada Português pagaria menos impostos, por outro lado, teria que pagar todos os serviços de saúde. Portanto, em termos líquidos, poderia ficar tudo igual. Ou pior...
    • eu
    • 10 novembro 2015
    Colocado por: BricoleiroQuem produz mais são os privados

    A palavra mais faz toda a diferença.

    O que eu não deixarei passar em claro é a ideia parva que pulula por aqui que defende que o estado não produz qualquer riqueza.
    • eu
    • 10 novembro 2015
    Colocado por: luisvvSimplificando um bocado, num cenário de Orçamento do Estado equilibrado, uma redução da massa salarial da FP traduz-se num aumento equivalente de liquidez no privado .....

    Da mesma forma que uma redução da massa salarial, sei lá, dos funcionários dos hipermercados, traduz-se num aumento equivalente de todos os outros.
  7. Colocado por: euE prestar cuidados de saúde? Não é criar riqueza?
    E educar as crianças e jovens? Não é criar riqueza?
    E construir vias de comunicação? Não é criar riqueza?
    E construir e manter redes de energia, água, e saneamento? Não é criar riqueza?

    Claro que é criação de riqueza .... mas com o dinheiro dos impostos pagos pelos privados.
    Concordam com este comentário: J.Fernandes, Anonimo16062021, two-rok, Bricoleiro
  8. Colocado por: eu
    A palavramaisfaz toda a diferença.

    O que eu não deixarei passar em claro é a ideia parva que pulula por aqui que defende que o estado não produzqualquerriqueza.


    O Estado não é feito para criar riqueza, é feito para servir os cidadãos que pagam impostos. Qualquer sector que é público pode ser privado e funciona, a excepção é mesmo essa, o Estado devia limitar-se aos serviços para os quais pagamos impostos. Um hospital publico não tem nem devia estar orientado para o lucro mas sim para bem servir, para dar lucro temos os privados que funcionam bem melhor.
    Concordam com este comentário: GMCQ
  9. Colocado por: euE prestar cuidados de saúde? Não é criar riqueza?
    E educar as crianças e jovens? Não é criar riqueza?
    E construir vias de comunicação? Não é criar riqueza?
    E construir e manter redes de energia, água, e saneamento? Não é criar riqueza?

    E todos os outros serviços essenciais do estado que contribuem para que as empresas possam criar riqueza? Isso também não conta?

    Sim, mas o estado cria riqueza com que dinheiro? O dinheiro só chega ao estado por duas vias: impostos e taxas sobre a economia privada ou empréstimos que serão pagos por mais impostos e taxas sobre a economia privada. Conhece mais alguma fonte?
    Dito de outra forma, os investimentos públicos que em muitos casos beneficiam empresas e particulares, são feitos com o dinheiro que lhes é confiscado.

    Você que continua a dizer que isto são ideias parvas, diga lá, conhece mais alguma fonte (significativa) de receitas do estado?
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 10 novembro 2015
    Colocado por: PicaretaClaro que é criação de riqueza

    Obviamente. Não percebo porque se insiste na ideia de que o estado não cria riqueza nenhuma.

    Colocado por: BricoleiroO Estado não é feito para criar riqueza, é feito para servir os cidadãos que pagam impostos

    Que grande incoerência. É que os serviços públicos são, de uma forma geral, riqueza. Ou pelo menos, um suporte à criação de riqueza. E não são só para quem paga impostos, são para todos.

    Colocado por: BricoleiroUm hospital publico não tem nem devia estar orientado para o lucro mas sim para bem servir, para dar lucro temos os privados que funcionam bem melhor.

    Riqueza e lucro são duas coisas bem distintas.
  10. Colocado por: euDa mesma forma que uma redução da massa salarial, sei lá, dos funcionários dos hipermercados, traduz-se num aumento equivalente de todos os outros.

    Esta sim é uma ideia um bocado estranha, para não dizer outra coisa. A redução da massa salarial dos empregados dos hipermercados só se traduz num aumento de rendimentos dos acionistas. Para que os clientes ganhassem com esse facto era necessário que os preços descessem.
    Concordam com este comentário: two-rok, GMCQ
  11. Colocado por: Bricoleiro

    O Estado não é feito para criar riqueza, é feito para servir os cidadãos que pagam impostos. Qualquer sector que é público pode ser privado e funciona, a excepção é mesmo essa, o Estado devia limitar-se aos serviços para os quais pagamos impostos. Um hospital publico não tem nem devia estar orientado para o lucro mas sim para bem servir, para dar lucro temos os privados que funcionam bem melhor.


    Funcionam bem melhor? Tem a certeza? Poderia explicar-lhe muitas coisas, mas para minha salvaguarda não o vou fazer. Cuidado com as aparências, iludem!!

    Quanto à primeira parte, então concordamos que tem que existir serviços públicos? Caso contrário, os senhores lojistas que abram as suas lojas em ruas construídas e com manutenção paga por eles, com patrulhamento a garantir a segurança feita exclusivamente por privados, etc.
    Quando tiverem um acidente, não chamem o INEM, afinal é público e esses gajos são uns parasitas e nada produzem.
    Se forem assaltados, liguem pra Securitas ou Prossegur, afinal a PSP/GNR é outro bando de preguiçosos dispensáveis.
    Quando precisarem de por os vossos filhos na escola, assegurem-se que é privada e não recebe nenhum dinheiro do estado. Afinal o privado é que tem todo o dinheiro!!
    Podia continuar...
    Concordam com este comentário: CLOROFILUS
    •  
      GMCQ
    • 10 novembro 2015
    Colocado por: J.Fernandes
    Sim, mas o estado cria riqueza com que dinheiro? O dinheiro só chega ao estado por duas vias: impostos e taxas sobre a economia privada ou empréstimos que serão pagos por mais impostos e taxas sobre a economia privada. Conhece mais alguma fonte?
    Dito de outra forma, os investimentos públicos que em muitos casos beneficiam empresas e particulares, são feitos com o dinheiro que lhes é confiscado.

    Você que continua a dizer que isto são ideias parvas, diga lá,conhece mais alguma fonte (significativa) de receitas do estado?


    Sim 20% dos prémios do €uro milhõe€ de valor superior a 5.000€.
  12. Colocado por: GMCQSim 20% dos prémios do €uro milhõe€ de valor superior a 5.000€.

    E de onde vem o dinheiro dos prémios do euromilhões?
 
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