Ando à procura de casa para comprar. Falaram-me de casas hipotecadas, para me deslocar aos bancos e perguntar sobre casas que tenham hipotecadas, mas nenhum dos bancos a que me dirigir (Caixa e Millenium) me souberam dar informações sobre o assunto...
A Caixa disseram-me para ir ao site deles (mas as casas que eles lá têm é de imobiliárias que lá colocam...) depois disseram-me que podia ver essas casas no site das finanças (que por acaso aquela pesquisa é uma bela confusão... pesquiso Évora, dá-me resultados de Lisboa... lol).
No Millenium também me falaram do site deles... mas mais uma vez, são de imobiliárias que lá colocam os anúncios.
Pergunto-me porquê tanta dificuldade em tentar adquirir informações sobre casas hipotecadas?
Enfim, terá muito por onde procurar e estas foi a que seleccionei assim de repente e sem grande pesquisa. Se não está habituado a estas andanças, o conselho generalizado que irá receber aqui no fórum (diga-se de passagem que é um óptimo conselho) é para que não se meta nisso, caso contrário acaba sem o dinheiro, com uma casa cheia de dívidas as quais irá você (como é lógico) herdar, para não falar de que possívelmente comprou uma casa totalmente destruída.
Não se meta nisso. Há realmente uma grande confusão, mas pior ainda será comprometer-se com eles. Por vezes, os hipotecados devem às finanças e ao banco. As finanças avaliam as casas do lado de fora e põem-nas à vendas no site deles por um valor que está dentro do valor que estipularam, baseando-se talvez no valor que a têm registada, mas a dívida que as pessoas devem ao banco é por vezes muito superior. As pessoas licitam e depois já não podem voltar a trás, a menos que o prazo de abertura das propostas seja prolongado por mais de noventa dias. O que se passa na realidade, a meu entender, é que os bancos tentam fazer pressão sobre os serviços de finanças para que as casas não sejam vendidas, porque o valor pedido não dá para pagar a dívida que lhes devem a eles. Então, as finanças tornam-se muito amigas dos penhorados e vão prolongando o prazo para abertura das propostas, primeiro três meses, depois dois meses, depois mais um mês, e assim sucessivamente, até que as pessoas que licitam acabem por pedir a anulação das propostas. Quem licita não consegue ver as casas antes de enviar a proposta. Se não acontecer o caso que citei atrás, arrisca-se a comprar uma casa completamente destruída, como já aconteceu a alguém do Porto, e aí não pode voltar atrás e tem de ficar com aquilo que licitaram. Muito cuidado com eles. Os leilões (Luso Roux e euro estates) são uma alternativa para quem quer comprar uma casa mais barata e por vezes fazem-se negócios razoáveis, mas também há (e é a maioria) quem acabe por comprar uma casa em mau estado por um preço que nunca ninguém pagaria se não estivesse em leilão. Algumas pessoas excitam-se, não raciocinam a tempo e acabam por fazer maus negócios que provavelmente acabarão por lamentar. Vi uma casa nova de 2006, que ficava num último andar e que estava cheia de humidade, os tectos e partes dos muros estavam completamente pretos. A casa acabou por ser vendida por um 126.000 euros, ou mais e portanto, quem pagasse 80.000 ficaria muito mal servido. Esta é a minha opinião. Cumprimentos a todos