Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Colocado por: eu

    Eu concordo a 100% com o luisvv: mais importante que a espécie de árvore, é a forma como a floresta está estruturada, principalmente nas zonas inferiores (arbustos).

    Eu andei a ver o resultado dos incêndios de outubro na zona de Tondela, e constatei in loco, que não havia maior incidência dos incêndios nas zonas de eucaliptos. Aliás, tudo ardeu: eucaliptos, pinheiros, carvalhos, castanheiros, oliveiras, laranjeiras, etc...


    Ora gaita, quando o incêndio começa arde tudo e onde houver eucaliptos aquilo é um paiol.

    Mas um gajo tem que ser alérgico a raciocinar se não compreende que quando o fogo deflagra, é muito diferente estar em zona de floresta abandonada ao eucalipto ou estar em zona de matos rasteiros, com predominância de outras árvores.

    Vocês vêm-me falar de Tondela... eh pá, esqueçam, eu sou da zona. Vão para Tondela por Águeda e digam-me o que é que vêm e imaginem-se ali, quando o fogo começar, e digam-me onde é que se podiam abrigar.

    Por comparação, digam-me onde é que o mesmo sucede com outras espécies que não sejam o eucalipto ou o pinheiro. Sim, porque o pinheiro também está ao barulho, mas a diferença da casca piora tudo, em desfavor do eucalipto, porque pode andar a arder num sítio e uma casca incandescente flutuante vai cirar novo foco de incêndio a alguns quilómetros... e onde vai cair está tudo seco, com matos e casas de eucalipto no chão, tudo abandonado, em 5 minutos está tudo incontrolado aí também.

    Mentalizem-se que depois de estar incontrolado é tudo igual. Mas o modo como se perde o controlo do fogo e o tempo que isso demora a acontecer é totalmente diferente de espécie para espécie.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710
  2.  # 2

    Colocado por: treker666

    Entao diga-nos como se rentabiliza a floresta sem ser com eucalipto ou pinheiro.


    O que é que é "rentabilizar"? Em quantos anos? É que só para os proprietários de eucaliptos é que "rentabilizar" é obter dinheiro em poucos anos. Ou não?

    Na minha terra, meio rural, custa mais o m3 de lenha que o m3 de eucalipto. E falam vocês em rentabilizar. E depois dizem que não limpam porque o eucalipto não dá rentabilidade suficiente. E quem se ri são as celuloses, porque facilmente se faz concertação de preços entre as 2 entidades receptoras finais da matéria-prima, enquanto os proprietários se desancam para manter limpos os eucaliptais ou então pura e simplesmente marimbam-se, com os riscos que conhecemos para todos. E as celuloses com lucros fabulosos.

    Eu gosto desta lei e espero que seja aplicada coercivamente. Quem não limpa nas imediações de casas e estradas, multa para cima. Pelo menos aí. Mais, além das multas devia haver equipas florestais para abate compulsivo. E para já ficava-me por estas "hotspots", mas a rever no futuro.

    Se as pessoas querem ter eucaliptos, têm que ter outros cuidados. E no fim, daqui por uns anos, se nem toda a gente tiver eucaliptos em continuidade desde a Mealhada até à Serra da Estrela, talvez isto não arda num pavio como foi em Outubro.

    E se o eucalipto não der a tal "rentabilidade", é muito fácil, não plantem. Agora, plantar eucalipto e não limpar sob o manto de perder a rentabilidade, com os riscos que há para todos? Acho que é altura de começarmos a ser mais exigentes e a lei actual, conforme está, parece um bom ponto de entendimento.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710
  3.  # 3

    Colocado por: treker666
    Exactamente aquilo que escrevi, que se pode revestir de muitas solucoes, uma das quais a que apresentou.

    E ja que refere esse estudo, ha alguem que inicie um negocio para so conseguir ter o que comer ao fim de 30 anos? Sem contar que uma boa parte dos terrenos nao se propicia ao cultivo da mesma? E esta a solucao?


    Em Trás-os-Montes há extracção de madeira de carvalho e de castanho (e não de LIXO como nas Beiras) e é muito fácil: não se corta tudo duma só vez, vai-se fazendo rotatividade dos cortes, para ter madeira para extrair de forma cadenciada, para assegurar alguma rentabilidade contínua, mesmo que mais baixa.

    Ninguém herdou eucaliptos em Portugal, alguém teve que os plantar a primeira vez, porque eles não andavam aí pelos montes como as árvores autóctones. Se têm replantado o que lá estava, não precisavam de esperar 30 anos por um corte.

    Até nisso o eucalipto é o melhor reflexo da sociedade portuguesa, uma falta de solidariedade inter-geracional brutal, porque nem sequer somos capazes de pensar "ok, vai ficar 30 anos parado, mas também se não der para mim, pelo menos dá para os meus filhos". Admito que há quem não possa esperar 30 anos, mas também há muita gente que não depende desses 30 anos para viver com a mesma qualidade de vida.

    O eucalipto não tem qualquer valor acrescentado, estamos a competir num sector que, se desse efectiva riqueza, éramos o país mais rico da Europa, porque somos quem tem mais eucaliptos e somos dos países mais pequenos. Ora, se temos tanto eucalipto e ele é assim tão rentável, como raio é que continuamos tão pobres?
    E porque raio é que países efectivamente ricos se dedicam à produção sustentada de muitos outros tipos de madeira? Será apenas o clima?

    É uma reflexão.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, jmcxl, Sandra dos Santos
  4.  # 4

    Colocado por: JoelMO meu pai tem um terreno com cerca de 1 hectare (também em Barcelos), e para nao andar sempre a limpar o terreno, comprou meia dúzia de cabras e pôs lá... nao foi preciso mais nada!


    Se fosse 1 hectare de eucaliptos as cabras morriam de fome, nem as cabras encontram lá nada que comer.

    Vão apanhar míscaros aos eucaliptais, a ver se eles lá crescem, por exemplo.

    Temos que perceber que o eucalipto, como um todo, como símbolo de uma monocultura florestal intensiva em Portugal, é um atentado a tudo, desde a segurança das pessoas à biodiversidade.

    E não é pela árvore em si, que não tem culpa nenhuma, mas do uso que lhe dão, do abandono sistemático a que é deixada. Repensar a nossa relação com a floresta é imperativo.

    Mais, muitos julgam que estou nesta discussão há 2 dias... quando por cá anda tudo com a "tesão de mijo" das bombas de calor, muitas vezes pergunto-me o que vamos fazer a tanto LIXO que fica nas nossas florestas, milhões e milhões de kWh de energia limpa e gratuita, que lá ficam destinados ao abandono, devido à mais completa falta de visão estratégica nacional.

    Nos tais países ricos, onde se produz madeira certificada e de valor acrescentado, a variedade de máquinas de queima a biomassa para aquecimento e AQS é fascinante e as florestas são maioritariamente públicas, sendo que a lenha acaba por ter que ser paga. Por cá metemos um recuperador de calor a lenha na lareira e vá lá, vá lá, que eu quero fazer um click no telemóvel, quero só carregar no botão e quero ter a casa quente sem trabalho... obviamente que depois o que tenho a crescer na floresta é lixo, na medida em que não tenho utilidade para aquilo, mas eu ainda sou do tempo em que as velhotas passavam tardes inteiros a apanhar gadanhos (não sei se nos estudos da UTAD sabem o que são gadanhos) e pinhas e até a roçar o mato e só isto tinha a floresta limpa e se houvesse fogo nunca atingia as proporções que temos hoje.

    E se o tempo de roçar mato para o gado obviamente não vai voltar, o resto podia ser muito mais bem aproveitado.

    Olhem, até digo mais, falam aí em casas passivas e NZEB em Portugal e depois enchem a boca com as bombas de calor... com os problemas que temos a nível de biomassa e do seu sub-aproveitamento e problemas que daí decorrem, bem que podiam enfiar as bombas de calor num sítio que eu cá sei.
    Concordam com este comentário: jmcxl
    • ptuga
    • 23 fevereiro 2018 editado

     # 5

    Colocado por: Skinkx

    O que é que é "rentabilizar"? Em quantos anos? É que só para os proprietários de eucaliptos é que "rentabilizar" é obter dinheiro em poucos anos. Ou não?

    Na minha terra, meio rural, custa mais o m3 de lenha que o m3 de eucalipto. E falam vocês em rentabilizar. E depois dizem que não limpam porque o eucalipto não dá rentabilidade suficiente. E quem se ri são as celuloses, porque facilmente se faz concertação de preços entre as 2 entidades receptoras finais da matéria-prima, enquanto os proprietários se desancam para manter limpos os eucaliptais ou então pura e simplesmente marimbam-se, com os riscos que conhecemos para todos. E as celuloses com lucros fabulosos.

    Eu gosto desta lei e espero que seja aplicada coercivamente. Quem não limpa nas imediações de casas e estradas, multa para cima. Pelo menos aí. Mais, além das multas devia haver equipas florestais para abate compulsivo. E para já ficava-me por estas "hotspots", mas a rever no futuro.

    Se as pessoas querem ter eucaliptos, têm que ter outros cuidados. E no fim, daqui por uns anos, se nem toda a gente tiver eucaliptos em continuidade desde a Mealhada até à Serra da Estrela, talvez isto não arda num pavio como foi em Outubro.

    E se o eucalipto não der a tal "rentabilidade", é muito fácil, não plantem. Agora, plantar eucalipto e não limpar sob o manto de perder a rentabilidade, com os riscos que há para todos? Acho que é altura de começarmos a ser mais exigentes e a lei actual, conforme está, parece um bom ponto de entendimento.
    Concordam com este comentário:JoelM


    Concordo com muita coisa que diz mas tudo isto é apenas uma face da moeda.
    Limitou-se a plantação de pinheiro bravo e eucalipto...por mim ok mas a problema vai-se manter e até agravar-se.
    O abandono florestal vai intensificar-se e daqui a 10 anos não será com eucalipto será com mato ou outra coisa qualquer. E não vale apenas demonizar uma qualquer espécie pq quando a mecha lhe chegar a sério e a disponibilidade de combustível existir vai tudo arder outra vez e de forma completamente descontrolada.

    Também partilho que plantar eucalipto em todo o lado não é a solução mas nem sei bem qual é a resposta, o proprietário florestal possui na sua generalidade uma área sem rentabilidade possível, é ausente e não possui capitais próprios para investir/gastar dinheiro em manutenções periódicas. A isto acresce o problema que é arreigado à terra mesmo que aquilo n valha um chavo ou então acha que vale balúrdios.

    Edit - faltou dizer que o estado não ajuda, o cadastro rustico está por finalizar e ao nível de conservatória já se devia ter criado um custo 0 ou simbólico aquando se trate de aquisição/registo com intuito de aglutinação de pequenas parcelas de forma a criação de dimensão florestal
  5.  # 6

    Colocado por: ktm333
    Quer começar quando?


    oh amigo é so irmos fazer a escritura.....

    se mais alguem quiser doar terrenos eu estou receptivo....é so tratar das escrituras.
    •  
      nunos7
    • 23 fevereiro 2018 editado

     # 7

    Colocado por: Skinkxapanhar gadanhos (não sei se nos estudos da UTAD sabem o que são gadanhos) e pinhas

    Era o trabalho dos putos quando os pais iam roçar mato... ainda enchi uns quantos sacos de pinhas, enquanto os meus avós roçavam o mato.
  6.  # 8

    Colocado por: nunos7
    Era o trabalho dos putos quando os pais iam roçar mato... ainda enchi uns quantos sacos de pinhas, enquanto os meus avós roçavam o mato.


    A minha mãe há 2 anos perdeu uma tarde para encher meio saco de pinhas... não há pinheiros por aqui, é ridículo!

    Parte do que eu digo sei bem que é provocador, mas é um bocado de terapia de choque para nos obrigar a pensar no que é que fazíamos antes e no que tínhamos antes na floresta, e no que é que terá mudado para as coisas serem tão diferentes.

    E não vale a pena dizer que estes fogos não aconteciam antes, o que não falta na zona são mausoléus de bombeiros que ficaram no Caramulo na década de 80, ainda eu usava fraldas. Mas fogos desses eram icónicos, eram fogos de uma geração.

    Neste momento, os fogos de Pedrógão ou de Outubro até se sobrepõem num mesmo calendário civil!!!

    E é óbvio que há enormes falhas políticas no campo da protecção civil, nem quero entrar por aí que é uma vergonha, mas isto é como a reciclagem, temos que ser nós a fazê-lo e a passá-lo aos nossos filhos se alguma coisa é suposto mudar. Esperar que seja o estado por decreto não vai mudar nada... bem, ao menos que mude na beira das casas e das estradas, mas no resto o problema vai ter que ser connosco.
    • RCF
    • 23 fevereiro 2018

     # 9

    Colocado por: JoelMO meu pai tem um terreno com cerca de 1 hectare (também em Barcelos), e para nao andar sempre a limpar o terreno, comprou meia dúzia de cabras e pôs lá... nao foi preciso mais nada!

    Pois... mas há muita terriola por este país fora, onde não há terrenos com 1 hectare. São todos mais pequenos...

    Colocado por: SkinkxTemos que perceber que o eucalipto, como um todo, como símbolo de uma monocultura florestal intensiva em Portugal, é um atentado a tudo, desde a segurança das pessoas à biodiversidade.

    Digo mais - só um teórico, que se limita a ler aquilo que alguns, por interesse, escreveram, poderá pensar de forma diferente.
    Cresci e vivi no interior, em zona rural e agrícola (minifúndio) e sempre vi os mais velhos, no tempo em que era raro ver-se um eucalipto, a diabolizá-los. Ai de alguém que se atrevesse a plantar um eucalipto em zona próxima de terrenos agrícolas ou de nascentes ou correntes de água. Durava poucos dias, pois alguém se encarregaria de lho arrancar. A fama era que o eucalipto sugava a água toda nas redondezas e empobrecia o solo, prejudicando as restantes culturas. Ah, e isto era num tempo em que não havia a falta de água que há hoje...
    Quanto ao arder, a casca é pólvora. Só quem nunca os viu a arder os pode comparar a qualquer outra espécie...
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  7.  # 10

    Colocado por: ptuga

    Concordo com muita coisa que diz mas tudo isto é apenas uma face da moeda.
    Limitou-se a plantação de pinheiro bravo e eucalipto...por mim ok mas a problema vai-se manter e até agravar-se.
    O abandono florestal vai intensificar-se e daqui a 10 anos não será com eucalipto será com mato ou outra coisa qualquer. E não vale apenas demonizar uma qualquer espécie pq quando a mecha lhe chegar a sério e a disponibilidade de combustível existir vai tudo arder outra vez e de forma completamente descontrolada.

    Também partilho que plantar eucalipto em todo o lado não é a solução mas nem sei bem qual é a resposta, o proprietário florestal possui na sua generalidade uma área sem rentabilidade possível, é ausente e não possui capitais próprios para investir/gastar dinheiro em manutenções periódicas. A isto acresce o problema que é arreigado à terra mesmo que aquilo n valha um chavo ou então acha que vale balúrdios.

    Edit - faltou dizer que o estado não ajuda, o cadastro rustico está por finalizar e ao nível de conservatória já se devia ter criado um custo 0 ou simbólico aquando se trate de aquisição/registo com intuito de aglutinação de pequenas parcelas de forma a criação de dimensão florestal


    A aglutinação de pequenas parcelas em latifúndios de gestão colectiva nunca vai funcionar porque todos vão ter medo de ser prejudicados, porque tinham um talhão bom e agora já não têm o mesmo rendimento... isto de meter portugueses em agremiações colectivas é sempre um saco de gatos, nem sei como é que os alentejanos se entendem, porque aquilo não funciona em mais zona nenhuma do país. Há algo similar no urbanismo, a perequação, e é sempre uma guerra, é um conceito que ficou pela teoria.

    Concordo com a parte do registo dos terrenos e acho que pode começar a haver alguma forma de incentivo ao emparcelamento, porque as pessoas queixam-se que os terrenos não dão rentabilidade, mas também não os querem vender muito menos comprar mais para investir naquilo que já têm.
  8.  # 11

    Na minha zona (entre Cantanhede e Mealhada) ainda vamos tendo alguns pinheiros, mas até à pouco tempo o q imperou foi o corte dos pinheiros e o plantio de eucaliptos, conheci casos de terras de cultivo (outrora terras onde se cultivou milho, batatas, etc) à coisa de 2 ou 4 anos foram transformadas em eucaliptais.

    No ano passado tive na ajuda ao combate dum incêndio a proteger uma casa (Póvoa do Garção, perto da Mealhada) e ver uma grande área de eucaliptos e pinheiros a arder é algo de meter medo, acredito q a nossa sorte foi o vento ter mudado de direcção, se não duvido muito q se conseguisse salvar alguma coisa...

    Outra coisa q me impressionou foi ver oliveiras a arder da parte de dentro do tronco para fora, deitavas água e passado poucos minutos já estava novamente em chamas... só vendo mesmo e só passando pelas coisas.
    • RCF
    • 23 fevereiro 2018

     # 12

    Colocado por: JoelM

    O dinheiro que o corte esporádico de madeira gera, chega perfeitamente para pagar a limpeza do terreno! Se acrescenta valor?! Nao lhe sei dizer, mas pelo menos o terreno está sempre limpo!

    Madeira? Qual madeira?! veja, por exemplo, a foto publicada no post 131 e diga-me que rendimento de madeira dali tiram. Há muitos terrenos que só servem para silvas...
    Atenção, que não quero apenas arranjar desculpas, mas esta é a realidade de muitas zonas do país e parece-me ser uma realidade que algumas pessoas não veem ou não querem ver...
    Concordam com este comentário: treker666
  9.  # 13

    Colocado por: JoelM

    Se o terreno é um encargo... que o vendam ou doem!


    ja me cheguei á frente.....estou receptivo a receber terrenos em doação e assim ajudar as pessoas a livrarem-se de um fardo!
  10.  # 14

    Colocado por: JoelMO dinheiro que o corte esporádico de madeira gera, chega perfeitamente para pagar a limpeza do terreno! Se acrescenta valor?! Nao lhe sei dizer, mas pelo menos o terreno está sempre limpo!

    Tem mesmo a certeza disso? Ninguém se lembra que as árvores também são roubadas. Basta ir ao facebook e ver muitas pessoas a vender lenha. Obviamente não estou a dizer que todas as pessoas que vendem lenha a roubam, mas que existem pessoas que a roubam, ai isso existe!! Eu tenho algumas propriedades e sei muito bem do que falo.
    Segundo a sua perspectiva, então os terrenos só têm de dar dinheiro para a limpeza !? Se o proprietário tira rendimento já não interessa. Que se lixe. Que pague os impostos.
    Concordam com este comentário: treker666
  11.  # 15

    Colocado por: nunos7Na minha zona (entre Cantanhede e Mealhada) ainda vamos tendo alguns pinheiros, mas até à pouco tempo o q imperou foi o corte dos pinheiros e o plantio de eucaliptos, conheci casos de terras de cultivo (outrora terras onde se cultivou milho, batatas, etc) à coisa de 2 ou 4 anos foram transformadas em eucaliptais.

    No ano passado tive na ajuda ao combate dum incêndio a proteger uma casa (Póvoa do Garção, perto da Mealhada) e ver uma grande área de eucaliptos e pinheiros a arder é algo de meter medo, acredito q a nossa sorte foi o vento ter mudado de direcção, se não duvido muito q se conseguisse salvar alguma coisa...

    Outra coisa q me impressionou foi ver oliveiras a arder da parte de dentro do tronco para fora, deitavas água e passado poucos minutos já estava novamente em chamas... só vendo mesmo e só passando pelas coisas.


    Eu passei lá na 2.ª feira de manhã a seguir ao incêndio e ainda ardia... e tive, no ano antes, gente da Póvoa do Garção que foi ajudar aos incêndios de Anadia.

    E vi o fogo a arder de noite. E quem disser que o eucalipto (ou melhor, o eucaliptal) é uma árvore ou cultura como as outras... bem, é para isso que existem estudos como a da UTAD, para ajudar a tapar aquilo que ninguém quer ver.

    Até digo mais, quem lá andou e esteve ao lado dum pinheiro a arder e dum eucalipto sabe que o pinheiro é pior, faz muito mais calor. Mas o modo como o eucalipto se espalha? Esqueçam, aquilo chega a ser fantástico no verdadeiro sentido da palavra. Assustador, mas ao mesmo tempo fantástico.

    Para melhor descrever o que se passa na nossa zona o melhor exemplo é contar os eucaliptais que ainda têm um poço no meio. Para bom entendedor...
  12.  # 16

    Colocado por: clasus
    Tem mesmo a certeza disso? Ninguém se lembra que as árvores também são roubadas. Basta ir ao facebook e ver muitas pessoas a vender lenha. Obviamente não estou a dizer que todas as pessoas que vendem lenha a roubam, mas que existem pessoas que a roubam, ai isso existe!! Eu tenho algumas propriedades e sei muito bem do que falo.
    Segundo a sua perspectiva, então os terrenos só têm de dar dinheiro para a limpeza !? Se o proprietário tira rendimento já não interessa. Que se lixe. Que pague os impostos.


    Normalmente são particulares que roubam outros particulares.

    Os profissionais da lenha estão mais expostos, é complicado se forem apanhados. Um dos que conheço fornece o corte e transporte da lenha a quem não tem meios e depois partilham a pilha de lenha que daí vier. Metade para o dono, metade para o homem da lenha, que depois a vende a terceiros.
    • RCF
    • 23 fevereiro 2018

     # 17

    Colocado por: JoelM

    Se o terreno é um encargo... que o vendam ou doem! É o mesmo que ter um carro e nao querer pagar manutenção ou imposto de selo!

    Não, não é (ou pelo menos, pode não ser) o mesmo. O carro, até vendido para a sucata dá dinheiro, no abate. Um terreno, tal já atrás tive oportunidade de escrever, pequeno, sem árvores e apenas silvas e outro mato, sem acessos por viatura (muitos, mesmo sem acesso por trator), numa encosta, com um muro de suporte de terras a ameaçar derrocada e próximo de uma aldeia com a escola mais próxima a mais de 10 km, ninguém o quer dado.
    Colocado por: loverscoutja me cheguei á frente.....estou receptivo a receber terrenos em doação!

    Mas, já lhe ofereceram um e não o vi a pronunciar-se. Mas, repito, dirá isso, muito provavelmente, porque não conhece a realidade do interior do país.
    Há uns tempos, encontrei um livro de geografia, que na descrição de determinada zona do país, dizia que ali, uma vaca para pastar no terreno do dono, tinha de ter as patas no terreno do vizinho. E é bem verdade! Infelizmente, claro... conheço terrenos, outrora agrícolas e agora abandonadas e a criar mato, a necessitar de limpeza, com menos de 50 m2, com caminho de serventia, pois não confrontam com caminho público e com muro de granito a suportar terras. Alguém quer isto?! Eu, nem que ainda me pagassem, para os receber...
  13.  # 18

    Colocado por: JoelMSegundo se as árvores sao roubadas também os eucaliptos podem ser roubados!

    São precisamente os eucaliptos os mais apetecidos!

    Colocado por: JoelMalguém insinuou que apenas os eucaliptos dao algum rendimento e mesmo esse nao seria suficiente para pagar a limpeza do terreno!

    É provável. Ninguém sabe as condições do terreno e acima de tudo quanto pedem para limpar à hora.

    Colocado por: JoelMA minha perspetiva é que se tenho um bem qualquer, tenho de zelar por ele!

    Acho que ninguém diz o contrário!
  14.  # 19

    Colocado por: JoelM

    Ainda que assim fosse, toda uma lei está errada por causa de uma percentagem de terrenos que eventualmente é mais complicado de limpar! é isso?


    Não são esses terrenos que são forçados a ter limpeza antes do verão, são outros, mais nobres, perto de casas e vias com boas condições de circulação.
  15.  # 20

    Colocado por: SkinkxNormalmente são particulares que roubam outros particulares.

    Pois mas ninguém vê isso. Na hora de comprar lenha querem a mais barata e alguém sequer pensa qual a proveniência da lenha? Eu fiz uma vez um teste no facebook onde perguntei de onde vinha a lenha (se era comprada a lenheiros ou se era de propriedade da pessoa). Sabe qual a resposta? Um ataque à minha pessoa com insultos.
 
0.0527 seg. NEW