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  1.  # 1

    Pedimos um crédito habitação de 340.000€ para a compra de uma moradia. Esta foi avaliada na semana passada pelo Banco em 450.000€.

    Em princípio não teremos dificuldade em pagar as prestações, mas será que em caso de incumprimento o banco pode ir buscar um segundo imóvel que não ficará hipotecado (e já está totalmente pago)? ou mesmo outros bens do nosso património?

    É ou não suficiente a moradia (que fica hipotecada) para garantir o pagamento da dívida?

    A diferença entre 340.000 e 450.000 ainda é considerável!

    Mesmo que o banco a venda barato para rapidamente reaver o valor ainda em dívida seria preciso uma hecatombe para ainda precisarem de ir a outros bens, ou não? É habitual isso suceder?

    Nota: ainda não assinamos o contrato com o banco mas deve estar para breve. Desde a primeira prestação que iremos amortizar o valor do empréstimo (não queremos andar anos a pagar apenas juros).
  2.  # 2

    Teoricamente, podem penhorar todo o seu patrimonio para fazerem face ás dividas.
    • srma
    • 7 setembro 2009

     # 3

    O valor só é suficiente se o mercado achar que o imóvel vale o que pedem por ele. Se no limite o valor da venda não fôr suficiente, o banco pode pedir a penhora de outros bens de que seja proprietário (imoveis, carros, etc) sem esquecer o salário. Mas se formos pensar em tudo o que pode correr mal, tb nunca tomamos decisões, certo?
  3.  # 4

    mas é normal isso suceder? alguém sabe de algum caso concreto em que o valor do imóvel hipotecado não tenha sido suficiente para saldar a dívida e tenha o banco efectivamente ido sobre outro imóvel?
  4.  # 5

    O que mais há são casos desses!
    • srma
    • 7 setembro 2009

     # 6

    Sobre outro imóvel não - mas quando a coisa chega a esse ponto o incumpridor já não tem bens - mas penhoras sobre salarios são todos os dias! E os bancos têm tendência para não gostar de perder dinheiro, portanto enquanto não arranjarem comprador para se pagarem não deixam vender o imovel, e tambem é verdade que os bancos andam muito conservadores nos valores das avaliações, portanto se avaliaram por 450 em circunstancias normais de meracdo deve valer no minimo mais 15 %, poranto diria que é pouco provavel o valor da venda não chegar para liquidar o crédito hipotecário.
  5.  # 7

    A teoria é mt diferente da pratica. É o que aqui se vê com grande distancia. Embora a casa tenha sido avaliada por mais, hipoteticas dividas ao longo dos anos, e juros sobre juros, poderão por exemplo, levar "facilmente" a um valor de divida superior ao valor imovel. E ao contrario do que foi dito, é perfeitamente possivel penhorarem-lhe outros imoveis. Basta que ão lhes seja possivel penhorar outros bens..
    • srma
    • 7 setembro 2009

     # 8

    Claro que é possivel penhorar outros bens (moveis ou imoveis, presentes ou futuros) não disse o contrario, o que disse foi que na prática (pelo menos na minha experiência) quando se chega à fase de penhoras a maioria dos devedores já não tem bens (de repente fazem-se uma serie de alienações). Em relação às hipoteticas dividas ao longo dos anos e presumindo que se está a referir a dividas sobre o mesmo imóvel e originárias do mesmo credito não vejo como, salvo naturalmente o incumprimento do credito inicial que origina todas as penalizações associadas a esse incumprimento (mas sinceramente, mesmo nesse caso estariamos a falar de penalizações superiores a 20% do valor de avaliação do imóvel e considerando o incumprimento numa fase muito inicial do crédito).
  6.  # 9

    estamos a colocar esta questão numa perceptiva muito pessimista (antes contar com pior!), mas se tudo correr normalmente, pelas nossas contas com as prestações (que já amortizam a dívida) e amortizações extra, ao fim de um ano já só vamos dever ao banco 320.000 pelo que penso que dificilmente iremos chegar ao ponto de ter uma dívida superior ao valor do imóvel.

    Mas a euribor pode subir, imprevistos acontecem e tem de ser uma decisão muito ponderada.

    E a ideia de algo catastrófico acontecer e ainda poderem ir buscar o nosso outro imóvel é horrível!
    •  
      FD
    • 8 setembro 2009 editado

     # 10

    Colocado por: ace.crashE a ideia de algo catastrófico acontecer e ainda poderem ir buscar o nosso outro imóvel é horrível!

    Faz como todos os outros - antes disso acontecer, transfere a propriedade para um familiar de confiança.
    O mais comum é doar aos filhos e criar um direito de usufruto vitalício - enquanto for vivo pode usar o imóvel a seu bel prazer, quando morrer, esse direito extingue-se e os seus filhos podem usar o imóvel. Aconteceria de qualquer forma, por herança, por isso...

    Segundo sei, também há quem crie empresas fachada em off-shores e transfira a propriedade dos imóveis para as mesmas. Aprenda com o BPN! ;)
    • aeglos
    • 8 setembro 2009 editado

     # 11

    Ace.crash um conselho se me permite: se viver a pensar que vai bater numa parede... vai mesmo. Isto não quer dizer que um emprestimo de 320k/340k seja "fácil" !

    Se quiser salvaguardar a tal casa, pode sempre equacionar uma doação para um filho (se os tiver).
  7.  # 12

    Vejamos: 340.000 euros de empréstimo, a 30 anos, com uma taxa de 3% = prestação de cerca de 1475 Euros/mês = 17700 euros/ano. Dado que neste valor boa parte são juros, parece difícil que ao fim de 1 ano tenha amortizado 20000 euros.
    • srma
    • 8 setembro 2009

     # 13

    Colocado por: luisvvVejamos: 340.000 euros de empréstimo, a 30 anos, com uma taxa de 3% = prestação de cerca de 1475 Euros/mês = 17700 euros/ano. Dado que neste valor boa parte são juros, parece difícil que ao fim de 1 ano tenha amortizado 20000 euros.
    Se calhar são umas amortizações extraordinárias, se fôr assim tenha atenção aos limites de amortização antecipada sem penalização.
    • srma
    • 8 setembro 2009

     # 14

    Colocado por: FD
    Colocado por: ace.crashE a ideia de algo catastrófico acontecer e ainda poderem ir buscar o nosso outro imóvel é horrível!

    Faz como todos os outros - antes disso acontecer, transfere a propriedade para um familiar de confiança.
    O mais comum é doar aos filhos e criar um direito de usufruto vitalício - enquanto for vivo pode usar o imóvel a seu bel prazer, quando morrer, esse direito extingue-se e os seus filhos podem usar o imóvel. Aconteceria de qualquer forma, por herança, por isso...

    Segundo sei, também há quem crie empresas fachada em off-shores e transfira a propriedade dos imóveis para as mesmas. Aprenda com o BPN! ;)
    Nada como o FD para ir directo ao assunto, é isso mesmo que se faz, quando a coisa dá para o torto (ou se advinha que vai dar para o torto)!
  8.  # 15

    Sim, como que fosse assim tão simples mudar de titular, um imovel com uma hipoteca bancária.

    Deixemo-nos de brincadeiras.

    Cumps
  9.  # 16

    Colocado por: ParreiraSim, como que fosse assim tão simples mudar de titular, um imovel com uma hipoteca bancária.

    Deixemo-nos de brincadeiras.

    Cumps


    Não há nenhum hipoteca sobre a segunda casa da(o) ace.crash, logo sim é fácil. É só ir a um notário, seguido de uma visita à conservatória e fazer.
  10.  # 17

    E vai passar a outra casa para nome de outrém para que, se a casa hipotecada é sempre a primeira a ser penhorada?
  11.  # 18

    Em princípio não teremos dificuldade em pagar as prestações, mas será que em caso de incumprimento o banco pode ir buscar um segundo imóvel que não ficará hipotecado (e já está totalmente pago)? E a ideia de algo catastrófico acontecer e ainda poderem ir buscar o nosso outro imóvel é horrível!


    o que preocupa o(a) ace.crash não é a hipoteca do primeiro, é eventualmente lhe irem buscar outro património PARTICULARMENTE a outra casa, e isso evita desde já se a doar a um filho.
  12.  # 19

    Colocado por: luisvvVejamos: 340.000 euros de empréstimo, a 30 anos, com uma taxa de 3% = prestação de cerca de 1475 Euros/mês = 17700 euros/ano. Dado que neste valor boa parte são juros, parece difícil que ao fim de 1 ano tenha amortizado 20000 euros.


    o empréstimo será a 41 anos taxa a 1% (já com spread e euribor incluidos durante o primeiro ano).
    são 800 e tal euros de prestação mensal (500 e qq coisa amortizam a dívida, e 300 e tal são juros).
    só com estas 12 prestações ao fim de um ano já só devemos 333 mil e qq coisa.
    como planeamos amortizam mais 13.000 euros extra no final do ano, deveremos cerca de 320.000 ao fim de 12 meses.

    Claro que são previsões com base no que ganhamos e conseguimos poupar este ano mas podem existir imprevistos em 2010! Daí o nosso receio de alguma catástrofe que ponha em risco a posse da nossa primeira casa (já totalmente paga e que não vai ficar hipotecada).

    Hoje tivemos uma boa notícia, o banco corrigiu (em alta !!!!!) o valor da avaliação do imóvel para 370.500!!! eu até vou mesmo repetir "o banco corrigiu (em alta !!!!!) o valor da avaliação do imóvel para 370.500!!!".
    Já alguém tinha ouvido uma destas? eu nunca! ultimamente os bancos andam a avaliar tudo por baixo!

    Obrigado pelas vossas opiniões. Venham mais...

    P.S. - não há filhos, mas há familiares de confiaça. Todavia pensamos só por a casa em nome deles se virmos a coisa a começar a dar para o torto, isto é, se tivermos a ver que dali a uns meses poderemos não conseguir pagar a prestação, ou não? será que devemos por já no seu nome, apesar de actualmente podermos pagar perfeitamente as prestações?
    •  
      FD
    • 9 setembro 2009

     # 20

    Colocado por: ace.crashpensamos só por a casa em nome deles se virmos a coisa a começar a dar para o torto

    Isso mesmo, não faz sentido fazê-lo antes.
 
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