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  1.  # 21

    É uma situação muito complicada, de qualquer ponto de vista.

    Em primeiro lugar, independentemente do valor da renda, o senhorio é obrigado a obras de conservação, que neste caso deveriam ter sido feitas antes de cair o telhado. Deixar chegar a situação a este ponto só vem complicar ainda mais a situação.
    É sobretudo uma enorme pena que senhorio e arrendatário não tenham tido um diálogo franco há (muitos) anos, em que o senhorio poderia ter explicado que é impossível conservar um edifício com aquelas rendas, e que como não se pode ter sol na eira e chuva no nabal, a manutenção do edifício tinha que ser feita pelos próprios inquilinos, ou pelo menos com uma grande ajuda destes.


    https://www.e-konomista.pt/obras-a-cargo-do-senhorio/
  2.  # 22

    Colocado por: LuisPereiraE não é obrigado por lei a fazer obras mínimas para garantir a habitabilidade do imóvel?

    Com que dinheiro ? Quantos anos de rendas são necessários para fazer essas obras ?

    Sabe que há leis (e jurisprudência) no sentido de que nenhum proprietário é obrigado a fazer obras de conservação ordinária que lhe levem mais de 50% (ou será 60% ? ) do rendimento que o imóvel lhe dá ?

    Mas eu pergunto: só há aquelas casas naquela zona ? Por que razão os inquilinos não mudam de casa ? É que o senhorio não pode pô-los fora mas os inquilinos podem sair quando quiserem. Por que não saem ?

    Pois ...
  3.  # 23

    Colocado por: LuisPereiraSe as rendas são baixas e se acha que o prédio não vale o investimento em o manter porque não faz doação aos inquilinos?


    Le-se aqui cada coisa...
    Concordam com este comentário: jcab, imo, Doctor Z
    Estas pessoas agradeceram este comentário: RicardoPorto
  4.  # 24

    E quanto o senhorio arrecadou ao longo dos 40 ou 50 anos dos inquilinos? Nao chegam para obras?
    Nao é a Santa Casa, mas temos de avaliar todo o historial e nao apenas o 'hoje'

    Ps: tenho casa própria
  5.  # 25

    Colocado por: JOCOR
    Com que dinheiro ? Quantos anos de rendas são necessários para fazer essas obras ?

    Sabe que há leis (e jurisprudência) no sentido de que nenhum proprietário é obrigado a fazer obras de conservação ordinária que lhe levem mais de 50% (ou será 60% ? ) do rendimento que o imóvel lhe dá ?

    Mas eu pergunto: só há aquelas casas naquela zona ? Por que razão os inquilinos não mudam de casa ? É que o senhorio não pode pô-los fora mas os inquilinos podem sair quando quiserem. Por que não saem ?

    Pois ...


    Gostava de ler essa lei..tambem existe uma da obrigatoriedade de manutenção.

    O meu avô tinha uma casa com renda de 1€..so conseguiu a casa de volta quando a inquilina morreu
  6.  # 26

    Colocado por: RicardoPortoSabe que há leis (e jurisprudência)




    Colocado por: RicardoPortoGostava de ler essa lei.


    Ricardo, veja este Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (e há mais)

    http://www.dgsi.pt/jtrl.nsf/33182fc732316039802565fa00497eec/4650c73dc4d116c380257f5e0040d985?OpenDocument&Highlight=0,obras,renda,baixa
    Estas pessoas agradeceram este comentário: RicardoPorto
  7.  # 27

    Colocado por: JOCOR
    Com que dinheiro ? Quantos anos de rendas são necessários para fazer essas obras ?

    Sabe que há leis (e jurisprudência) no sentido de que nenhum proprietário é obrigado a fazer obras de conservação ordinária que lhe levem mais de 50% (ou será 60% ? ) do rendimento que o imóvel lhe dá ?

    Mas eu pergunto: só há aquelas casas naquela zona ? Por que razão os inquilinos não mudam de casa ? É que o senhorio não pode pô-los fora mas os inquilinos podem sair quando quiserem. Por que não saem ?

    Pois ...


    Esse valor é anual? Ou seja, um inquilino que receba 2k de renda de um imóvel, não tem de fazer obras num valor superior a 1k?
  8.  # 28

    Colocado por: TicMic

    Le-se aqui cada coisa...
    Concordam com este comentário:jcab,imo
    Estas pessoas agradeceram este comentário:RicardoPorto


    Porquê?
    Já se questionou porque é que a renda é baixa?
  9.  # 29

    A mim faz-me confusão as pessoas (senhorios) só se predisporem a fazer obras quando o investimento é rentável.

    Acho ridículo.

    O prédio é seu. É um bem seu. Só tem mais é de o manter. Se não tem dinheiro peça empréstimo. Hipoteque o imóvel.

    Não fazer obras só agrava. Se entra água para os pisos e paredes interiores, irá ruir. Se cair uma pedra em cima de alguém que vá à passar na rua você vai-se meter em tantos trabalhos que vai desejar voltar ao dia q podia ter feito alguma coisa. E esse dia ainda pode ser hoje.

    Se o edifício representar um risco, vai ser intimidado pela câmara a fazer as obras num prazo muito curto. Se não as fizer a câmara faz por si (obras de contenção, sem olhar a despesas) e dá-lhe a fatura.
    Concordam com este comentário: Capuchinha, desofiapedro
  10.  # 30

    há certas zonas cheias de edifícios que nunca tiveram licença de utilização e que nem são passiveis de legalizar salvo alterações profundas, e não estão abrangidas por nenhum lei de reabilitação e não são passiveis de criar sequer propriedade horizontal e poder transacionar as frações ( propriedade total), em suma ninguém pega naquilo a "não ser as finanças" ou um investidor para no futuro mandar abaixo e fazer algo de novo, amadora por exemplo.
    Concordam com este comentário: Mk Pt
  11.  # 31

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    • size
    • 5 dezembro 2019

     # 32

    Colocado por: O.MartinsA mim faz-me confusão as pessoas (senhorios) só se predisporem a fazer obras quando o investimento é rentável.

    Acho ridículo.



    Todo o investimento tem que ser rentável, quando é essa a finalidade...mesmo que pouco

    Cada caso é um caso...

    No caso de prédios para rendimento, perante rendas antigas, de miséria, impostas pelos sucessivos governos, depauperando os proprietários, que investiram no intuito de um justo rendimento, aonde é que eles poderão ter angariado dinheiro ao longo dos anos, para a conservação da casa ? Paralelamente, supostamente, com arrendatários oportunistas...

    Ridículo...
    Concordam com este comentário: nunos7, desofiapedro
  12.  # 33

    Colocado por: sizeperante rendas antigas, de miséria, impostas pelos sucessivos governos, depauperando os proprietários, que investiram no intuito de um justo rendimento, aonde é que eles poderão ter angariado dinheiro ao longo dos anos, para a conservação da casa


    concordo que este é o ponto fulcral deste problema.

    Aos proprietários das casas não lhes for permitido aumentar o valor das rendas de acordo com a inflação e neste momento tem ganharam ao longo dos anos dinheiro para manter os prédios, nem vão gerar dinheiro no futuro para pagar as obras se as rendas não forem aumentadas.

    Não sei quantos inquilino tem o prédio em questão, se são muitos ou poucos, mas se foram 4 inquilinos a pagarem rendas de 40 euros.

    4*40*12 = 1920 euros por anos.

    deste valor temos que retirar os impostos do estado (28%) sobra pouco mais de 1300€. Nem vou entrar com o IMI, mas arranjar o telhado é coisa para levar 10 anos de rendimentos ao dono do prédio.

    este é um problema sem solução, porque a única solução seria o estado injectar uma soma astronómica de dinheiro para dar casas a estas pessoas e preços controlado e o estado não está para ai virado.

    e mesmo quando essas casas aparecem depois as pessoas não querem sair da casa onde sempre viveram.
    Concordam com este comentário: Capuchinha, desofiapedro
  13.  # 34

    Colocado por: O.MartinsA mim faz-me confusão as pessoas (senhorios) só se predisporem a fazer obras quando o investimento é rentável.

    Acho ridículo.

    O prédio é seu. É um bem seu. Só tem mais é de o manter. Se não tem dinheiro peça empréstimo. Hipoteque o imóvel.

    Não fazer obras só agrava. Se entra água para os pisos e paredes interiores, irá ruir. Se cair uma pedra em cima de alguém que vá à passar na rua você vai-se meter em tantos trabalhos que vai desejar voltar ao dia q podia ter feito alguma coisa. E esse dia ainda pode ser hoje.

    Se o edifício representar um risco, vai ser intimidado pela câmara a fazer as obras num prazo muito curto. Se não as fizer a câmara faz por si (obras de contenção, sem olhar a despesas) e dá-lhe a fatura.
    Concordam com este comentário:Capuchinha

    O prédio é dele sim, mas por lei nem lá pode morar, nem o pode rentabilizasr. Portanto o Senhor considera justo que um senhorio que não consiga rentabilizar o seu imóvel tenha de investir continuamente nele para dar qualidade de vida aos inquilinos? Estaria perfeitamente de acordo consigo se o senhorio pudesse rentabilizar o imóvel. Neste caso até lhe convém que o imóvel não tenha condições para ver se os inquilinos saem. Alguém que na amadora paga menos de 50 euros de renda está mesmo à espera de morar numa casa com todas as condições?

    Se a câmara o intimar para arraja, ao menos que arranje também alojamento para todos os inquilinos com rendas a 50 euros, uma vez que o senhorio pode não ter liquidez para fazer as obras, nem tão pouco vai pedir dinheiro emprestado para um empreendimento não rentável.

    Experimente investir numa casa, e depois perder dinheiro com a mesma todos os meses, e venha cá contar se gosta da experiência.
    Concordam com este comentário: desofiapedro, DonaRute
  14.  # 35

    Para este caso em específico acredito que a única possível esperança residirá num contacto, o quanto antes, do proprietário com a Câmara Municipal.

    Ao abrigo do programa Portugal 2020 e dos fundos deste, foram criados incentivos para a reabilitação urbana. E se não estou em erro, haviam condições mais vantajosas para quem tivesse imóveis para arrendar com rendas controladas. Mas eu não sou expert da matéria, por isso é ir contactar com que é, na Câmara Municipal.

    https://lisboa.portugal2020.pt/np4/380.html

    http://www.cm-amadora.pt/municipio/projetos-cofinanciados/2858-lisboa-2020-reabilitacao-de-espacos-devolutos-casal-da-mira.html
  15.  # 36

    Colocado por: HAL_9000O prédio é dele sim, mas por lei nem lá pode morar, nem o pode rentabilizasr. Portanto o Senhor considera justo que um senhorio que não consiga rentabilizar o seu imóvel tenha de investir continuamente nele para dar qualidade de vida aos inquilinos? Estaria perfeitamente de acordo consigo se o senhorio pudesse rentabilizar o imóvel. Neste caso até lhe convém que o imóvel não tenha condições para ver se os inquilinos saem. Alguém que na amadora paga menos de 50 euros de renda está mesmo à espera de morar numa casa com todas as condições?


    E porque não pensa em vender o prédio?
    É como ter um carro e não ter dinheiro para a gasolina.
  16.  # 37

    Analogia muito fraca.
  17.  # 38

    Colocado por: Nasa1989Analogia muito fraca.

    Venda o carro/prédio… não estamos a falar da habitação propria.
  18.  # 39

    Colocado por: LuisPereira

    E porque não pensa em vender o prédio?
    É como ter um carro e não ter dinheiro para a gasolina.


    Porque se calhar está à espera de trocar de inquilinos para o poder rentabilizar. Faz-me confusão ter de ser a iniciativa privada a fazer solidariedade social. Esta situação é tão insustentável que nem o próprio estado coloca casas à renda por este valor.
    Ele pode efectivamente vender o prédio, mas tirando a parte em que é "obrigado" a fazê-lo e considerando que está devidamente legalizado para venda, quem estaria disposto a pagar o valor justo por um prédio (ainda que deteriorado) que tem contratos de longa duração com rendas de 40 euros? Só se o vender ao desbarato.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  19.  # 40

    Colocado por: LuisPereiraE porque não pensa em vender o prédio?
    É como ter um carro e não ter dinheiro para a gasolina.


    e quem o comprava? os inquilinos que pagam as rendas de 40?

    se os inquilinos tivessem mais dinheiro já tinham mudado para uma casa com melhores condições, não mudam porque os rendimentos sao baixos e não dá para mais.

    Outra pessoa nunca irá pegar num prédio cheio de inquilinos com rendas desses valores.

    usando a sua analogia do carro, o problema não é ter dinheiro para a gasolina, o problema é quererem que ele vá de lisboa ao porto com 5 litros de gasolina.
    Concordam com este comentário: desofiapedro, DonaRute
 
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