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  1.  # 541

    Colocado por: J.Fernandespelo que teremos a dado momento de continuar a nossa vida e conviver com o vírus,

    Basicamente também será isto. O flatten the curve não erradica o vírus, apenas torna-o "controlável". Entretanto, vai havendo menos casos, e eventualmente, ressurgirão novos surtos, até lá, daqui a 12 ou 18 meses surge a vacina, com alguma sorte também a população se tornou mais imúne pelo número de infectados. E também teremos mais medicamentos e meios para tratar dos ressurgimentos porque passámos por isto - o primeiro surto.
    Ou seja, estaremos a ganhar tempo, até haver vacina e tratamento adequado. Agora, teremos que passar por isto, da melhor forma como sabemos e conseguimos.
  2.  # 542

    Colocado por: wuxingAliás esta crise tem sido exemplar em pôr à vista o estado doente das nossas sociedades, só não vê quem não quer.

    Não percebi.
    • wuxing
    • 23 março 2020 editado

     # 543

    Colocado por: CMartin
    O Boris seguia outra estratégia, que seria o herding.
    Basicamente, tornar a comunidade imune em deixar o vírus livre para infectar. Mas, lá está, como "no terreno" provou-se que não se teria depois capacidade do SNS no Reino Unido para tratar de tantíssimos casos em simultâneo do vírus (falavam em 60 por cento da população infectada) teve que aderir ao flatten the curve, como todo o mundo.


    Lá está não há plano nem estratégia, queriam o "herding" porque era o mais fácil não tinham que fazer nada. E qual o custo em vidas humanas!?

    E agora vão correr atrás do prejuízo, não é por aderirem ao "flatten the curve" que a curva é "flattened".
  3.  # 544

    Colocado por: wuxingAliás esta crise tem sido exemplar em pôr à vista o estado doente das nossas sociedades, só não vê quem não quer.

    Concordo muitíssimo consigo. Sou das que tem secretas esperanças que com isto o mundo se torne um sítio de melhores pessoas. E como consequência dessa geração de melhores pessoas que tenhamos também de futuro gerações de governantes brilhantes.
    Mas não apontarmos dedos, pelo menos antes de medirmos os nossos próprios defeitos individuais (eu os meus, tu os teus, etc...).
  4.  # 545

    Colocado por: wuxing

    Sim.


    O que pode reforçar a sugestão de uma paragem de maior intensidade nesta fase inicial.


    Colocado por: Reduto25Serve te de muito quando estiveres no caixão , as repercussões económicas mentais criminais ou outra coisa qualquer . Ainda não se mentalizaram do que está ai continuem a pensar em estabilidades financeira depressões ou ansiedades..


    Depois de estar no caixão, já nada serve para nada :)
    Até lá, é de grande interesse para todos, pois a saude e a economia são inter-dependentes.
  5.  # 546

    Wuxing. Vá ler a respeito. São estratégias complexas, técnicas que se aplicam em variadas problemáticas desde sempre, ao longo da Humanidade. Herding. E flatten the curve.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: nmex2
    • hangas
    • 23 março 2020 editado

     # 547

    Colocado por: CMartinO Boris seguia outra estratégia, que seria o herding.
    Basicamente, tornar a comunidade imune em deixar o vírus livre para infectar. Mas, lá está, como "no terreno" provou-se que não se teria depois capacidade do SNS no Reino Unido para tratar de tantíssimos casos em simultâneo do vírus (falavam em 60 por cento da população infectada) teve que aderir ao flatten the curve, como todo o mundo.



    Também não era bem deixar o virus livre, como ouvi dizer na SIC.
    Eu vi as conferências de imprensa do governo de UK em directo e não foi isso que ele disse.
    A ideia era fazer um ring fencing da população de risco, e abrandar a propagação, pedindo a quem tivesse o minimo sintoma para ficar em casa 7 dias.
    Isto seria o suficiente para adiar o pico para o inicio do verão, onde o NHS teria mais facilidade de lidar com os casos críticos e dar tempo de o reforçar.


    Mas também disse que iria haver medidas de contenção no seu devido tempo, e que iria ser duras. E como tal só iria ser pedidas no seu devido tempo, sabendo que não seriam sustentáveis. Queria assim aplica-las quando surtissem maior efeito.

    Iria haver assim uma propagação nas camadas de menor risco de forma a que no próximo inverno não houvesse outro pico.

    O plano inicial, embora tivesse a sua lógica à luz dos dados existentes foi rapidamente desmoronado pela avalanche de dados mais recentes e que tornaram o modelo não sustentável.

    Principalmente porque foi validado pela comunidade cientifica a suspeita de que havia contágio por assintomáticos durante uns dias.
    Revendo em alta o valor de R0 para 2.2 (em vez dos 1.8 estimados anteriormente) e isto deu cabo do modelo todo.
    Não so iria atingir o pico mais cedo, como seria bem mais alto que o esperado. Seria uma chacina!
    Concordam com este comentário: F.zenha
  6.  # 548

    Basicamente, como disse o JFernandes e bem, vamos aprender a conviver com este vírus. Como foi com o Sars, o Mers, e tantos outros antes desses. Até lá...é isto que temos. Temos que nos cuidar e ser sensatos, pela nossa saúde e pela saúde económica, i.e. o bem estar nacional e global. O que cada um de nós acha é apenas o que cada um acha. Eu inclusivé. Não mandamos nada. Mas podemos sempre ser melhores pessoas, isso, sim, está ao nosso simples alcance.
    P.S. Por exemplo tenho um par de luvas num vaso exterior da minha casa. Alguém deitou fora as suas luvas alí. Na minha propriedade. Para além do que representa as luvas estarem alí para mim. Ou seja : todos sabemos tudo (política, economia, as soluções para o coronavírus, temos resposta para tudo) mas não somos capazes sequer de descartar um par de luvas conspurcadas ou infectadas de forma decente. Civil.
    Temos cabeças demasiado grandes. E que servem para muito pouco ! E dedos enormes que servem para julgar ! Somos péssimos. Todos.
    Concordam com este comentário: hangas, desofiapedro, fventura
    Estas pessoas agradeceram este comentário: desofiapedro
  7.  # 549

    Colocado por: J.Fernandes
    Obviamente. Friamente, a questão para um governo é esta: tem que se evitar o maior número de mortes possível, mas nem que morram 50.000 pessoas em Portugal, vão continuar a existir outros 10.000.000 de pessoas que precisam de comer.
    Concordam com este comentário:pguilherme




    Mais rapidamente morrem da doença do que á fome , eu não era vivo mas em casa do meu pai na altura de salazar eram 12 á mesa e só tinham agua e pão e com sorte um bocadinho de carne e estão hoje aqui todos bem vivos .
    • hangas
    • 23 março 2020 editado

     # 550

    Mas concordo com uma coisa. E também já uma investigadora portuguesa alterou para isto em Portugal.

    Parece que havia a ideia que 2 ou 3 semanas em casa, o virus deixava se se propagar, e voltava tudo ao normal.
    A verdade é que isto só para quando houver imunidade de grupo, e ela pode ser atingida de duas formas
    a) uma vacina e uma vacinação em larga escala
    b) uma maioria da população ter passado pela infeção (pelo que li para este virus 60-70% é suficiente para baixar o R para <1)

    Como tal tem que se manter a curva achatada até umas destas condições acontecer.

    A vacina pode demorar o seu tempo, normalmente 12-18 meses na fase em que se está. Assumindo que se apressam etapas, uns optimistas 9-12? Como tal só nos resta mantê-la achatada até que qualquer uma ou uma combinação de ambas estas coisa aconteçam.

    Agora nenhuma economia aguenta 9-12 meses de quarentena...
    Concordam com este comentário: CMartin, F.zenha, Ruipsm
  8.  # 551

    Colocado por: CMartinBasicamente, como disse o JFernandes e bem, vamos aprender a conviver com este vírus. Como foi com o Sars, o Mers, e tantos outros antes desses


    O problema é que este tem outra escala.

    Estas pessoas agradeceram este comentário: F.zenha
  9.  # 552

    Colocado por: hangasO problema é que este tem outra escala.

    Não precisamos do gráfico. Nós sabemos bem que este tem outra escala, afinal o Mers e o Sars foram ambos no nosso tempo.
  10.  # 553

    A estratégia é diluir os infectados pelo maior espaço de tempo possível para ganhar tempo para conseguir tratar todos os doentes que necessitam com cuidados de excelência ou pelo menos minimamente decentes em termos de qualidade e segurança .
    Se não conseguirmos espaçar os casos e houver um pico que ultrapasse a capacidade do SNS isso significa que os doentes críticos com covid e os outros doentes críticos sem covid vão ser tratados as 3 pancadas .... E tratar pessoal as 3 pancadas significa mortes desnecessarias e não apenas de idosos !
    Imaginem um hospital de campanha na primeira linha do combate ! Imaginem a confusão ! Imaginem os erros , imaginem as escolhas que tem de fazer, porque Unidades de intensivos ou intermedios nao vao chegar .... resumindo: um apocalipse.....

    O queriam fazer no UK é impraticável .... para funcionar tinham de isolar totalmente os grupos de risco e mesmo assim garantir que o serviço de saúde consegue atender uma afluência massiva de todos os outros, porque os doentes iam ser todos concentrados ....

    O ideal é ganhar tempo . Para atender todos e dar tempo aos investigadores para desenvolver um tratamento dirigido e uma vacina.
    Concordam com este comentário: CMartin, hangas, marco1, Danisimoes
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Danisimoes
  11.  # 554

    Absolutamente de acordo com os últimos comentários, hangas e enfermeiro. Para mim, é isso mesmo que dizem e bem. Agora é aguentarmo-nos o mais civilizadamente possível.
  12.  # 555

    resumindo

    Portugal fecha um mês e... Portugal acaba economicamente coisa que eu não concordo, a crise será invevitável em muitos setores e de uma forma geral mas não é um mês que irá atenuar isso ENTENDAM
    tambem não por fechar um mês que o virus se irá embora, mas vai-se ganhar muito muito tempo e evitar muitas muitas mortes, lembrem-se disto bem para memoria futura
    Concordam com este comentário: Reduto25
  13.  # 556

    Colocado por: marco1resumindo

    Portugal fecha um mês e... Portugal acaba economicamente coisa que eu não concordo, a crise será invevitável em muitos setores e de uma forma geral mas não é um mês que irá atenuar isso ENTENDAM
    tambem não por fechar um mês que o virus se irá embora,mas vai-se ganhar muito muito tempoe evitar muitas muitas mortes, lembrem-se disto bem para memoria futura
    Concordam com este comentário:Reduto25


    fechar como quem diz , isto é tudo menos fechado
  14.  # 557

    Colocado por: J.Fernandes
    E eu também vejo alguns que pensam que fechar um mês vai resolver o problema. Não vai.

    Fechar um mês é importante para que o número de casos não suba de maneira a ultrapassar a capacidade dos hospitais, mas o vírus vai continuar a circular por muito tempo e não há capacidade para o país estar parado dois ou três meses, pelo que teremos a dado momento de continuar a nossa vida e conviver com o vírus, o que, com as devidas precauções, principalmente dos mais suscetíveis, até é desejável, porque só se acaba com a pandemia quando houver imunidade de grupo, isto é, quando um número significativo da população já tenha sido em certo momento infetada. Pelo menos é o que tenho entendido dos artigos que tenho lido sobre isto.
    Concordam com este comentário:CMartin

    É isto mesmo JFernandes, sim.
  15.  # 558

    marco1 e reduto25, leiam sobre a Singapura. Não serve para o nosso caso, mas apenas para vos dizer que o shutdown é uma medida. Entre outras medidas. Ou entre outras estratégias. Depende dos casos. Shutdown. Herding. Flatten the Curve. Depende dos casos e dos resultados "no terreno". Têm base de decisão.
  16.  # 559

    Eu acho que o futuro vai estar num equilíbrio entre o lockdown e a mitigação, mas não será uma coisa estática.
    Acho que os vários governos vão fazer ajustes de forma dinâmica conforme a evolução dos dados.

    Arrisco até dizer que depois do pico, e se confirmado que a imunidade é pelo menos de média duração, que possa haver uma espécie de "pulseira verde" que permita que esses indivíduos voltem a vida activa sem receio de serem infetados ou infetarem outros.
    Mas para isso é preciso que se desenvolva o tal teste de anti-corpos.
  17.  # 560

    CMartin

    não pode sintetizar?

    é que neste momento estou confesso mais atento a Itália e Espanha.
    Concordam com este comentário: CMartin
 
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