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  1.  # 1

    Colocado por: Bruno.AlvesSobre o resto, sem dúvida. O que eu não tenho a certeza é que seja comportável para a vida como a conhecemos o encerramento do mundo durante meses a fio. E sobretudo, mais que tudo, porque basta escapar um para que volte tudo ao mesmo. É ver o caso de Macau: um mês sem novos casos, tudo fechado. Abriram um bocadinho a vida das pessoas, puffff casos novos.


    Se durar muito tempo passa a ser o novo normal, a rotina diária terá de se adaptar de forma a ser possível viver dessa forma, pois sem produzir é impossível o país sobreviver por muito tempo.

    Magalhães, haverá sempre mortes, muitas, o que realmente interessa é encontrar a melhor forma de as minimizar. O caso de ter morrido 1 bebé ou uma rapariga de 16 anos, em 600.000 casos, até na gripe comum.
    Concordam com este comentário: hangas
  2.  # 2

    Margarett,
    Mas que quarentena??
    Continuam milhares de pessoas a circular nas estradas todos os dias. Viu-se ontem o exemplo da Ponte.
    Esta quarentena não é nada!
    Tem mais excepções que regras.
    Pode-se andar na rua, pode-se passear.
    A única coisa que fechou foram lojas, restaurantes ,cafés, bares, e recintos desportivos.
    Concordam com este comentário: Luis Santos Duarte
    • hangas
    • 29 março 2020 editado

     # 3

    Por aqui acha-se que o lockdown vá durar até Junho, e que depois disso não poderá voltar ao normal tão cedo.
    Com as escolas a manterem-se fechadas e o trabalhar de casa até ao Outono.

    E não acredito que será muito diferente por outras paragens.
    2020 foi pelo cano, e vamos ser se 2021 ainda se aproveita.

    Coronavirus lockdown must last until June, says top adviser

    March 29 2020, The Sunday Times

    Britain must remain in full lockdown until June if it is to avoid the worst effects of the coronavirus, the government’s leading epidemiology adviser warned last night.
    As the virus claimed its 1,000th life in the UK — a doubling of the death toll in just three days — Professor Neil Ferguson said in an interview that the entire population could need to stay at home for nearly three months.

    Boris Johnson said yesterday that the pandemic crisis would “get worse before it gets better”.
    Senior figures in government have been more optimistic, suggesting the restrictions could be eased sooner than June, with the peak of the crisis predicted to come in the week of April 12 with as few as 5,700 deaths.
    But Ferguson said: “We’re going to have to keep these measures [the full lockdown] in place, in my view, for a significant period of time — probably until the end of May, maybe even early June. May is optimistic.”

    He said that when the lockdown was finally lifted, people would probably still be asked to enforce some forms of social distancing for months more. That could mean schools and universities not reopening until the autumn, and people told to continue working from home rather than return to their offices.

    https://www.thetimes.co.uk/article/coronavirus-lockdown-must-last-until-june-says-top-adviser-s6p0lcxk2
  3.  # 4

    Um Relato informado do Jorge Buescu, inspirador e que reforça a confiança na nossa capacidade de mobilização, de engenho e de generosidade.

    “Tive hoje uma longa conversa com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor que me encheu de esperança nestes tempos particularmente sombrios. Sobretudo por ver que, no meio do caos, há quem consiga ter visão e esteja a tirar partido daquilo que Portugal tem de melhor nos campos da Ciência e Tecnologia. Manuel Heitor está a envolver activamente a comunidade científica e tecnológica portuguesa – que tem enormes capacidades, como ontem descrevi – para a mobilização geral nesta guerra.
    Vou tentar descrever algumas das frentes nesta batalha muito menos visível, mas talvez não menos importante, do que a frente estritamente médica. São notícias desta frente de batalha que trago hoje.
    Manuel Heitor, em estreita colaboração com outros membros do Governo e líderes de instituições científicas, está a proceder à identificação e valorização de um conjunto de iniciativas e projectos de base científica e tecnológica com implementação imediata e eficaz para entrarem em acção nesta guerra. Serão as nossas “armas secretas” para esta guerra. Eis os exemplos mais impressionantes.
    1. O teste de diagnóstico por PCR implementado pelo Instituto de Medicina Molecular (IMM) (que ontem descrevi no post “Testes: a solução está em Portugal”) está certificado e validado pelo Instituto Ricardo Jorge e está pronto para entrar em acção. Usa reagentes produzidos em Portugal pela empresa de biotecnologia NZYTech. O teste do IMM permitirá ainda estimar a carga viral, que poderá ser relevante na avaliação do prognóstico clínico.
    2. Um dos materiais em falta para a implementação dos testes tem sido a falta de zaragatoas. A Iberomoldes, da Marinha Grande, sob a liderança de Joaquim Meneses, reconverteu a sua linha de montagem no espaço de um dia de forma a produzir zaragatoas. Na próxima segunda-feira deverá dispôr de 40.000 para entrega imediata.
    3. O teste do IMM vai ser produzido em grande quantidade e o objectivo é que seja aplicado em unidades próprias por todo o País. A aplicação dos testes aos lares de idosos é muito importante e particularmente critica e urgente. Está a ser implementada em coordenação directa com a Ministra do Trabalho e Segurança Social (MTSS), Ana Mendes Godinho, e com a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) em articulação com a Segurança Social. Exige uma operação muito sensível de logística, para recolher amostras e aplicar as medidas necessárias de isolamento dos idosos contagiados. Estão a ser recolhidos apoios de mecenas e voluntários pelo MTSS.
    4. A tradição portuguesa nas Biociências está mais ligada à área da Imunologia, não da Virologia. No entanto, outras unidades de investigação de excelência (IGC, ITQB, CEDOC) estão a reorientar a sua investigação com efeitos imediatos para poder ajudar nesta luta.
    5. A Biosurfit, empresa portuguesa de Biotecnologia sediada na Azambuja, em particular dispositivos médicos e testes PCR, reorientou a sua actividade para o desenvolvimento de novo processo de triagem “SMART”, que está já em implementação Hospital de campanha instalado na Cruz Vermelha Portuguesa e arrancará na segunda-feira. Este sistema permite antecipar a detecção dos processos de maior risco ainda antes de o paciente ter marcados problemas respiratórios, facilitando a prevenção da propagação do COVID: um dos grandes problemas deste vírus são os pacientes “invisíveis”, que estão espalhados pela população sem noção de que estão infectados e contagiosos.
    6. O CEIIA, centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produtos sediado em Matosinhos e virado para a indústria aeronáutica, onde trabalha mais de uma centena de engenheiros aeroespaciais, foi reconvertido para realizar o desenvolvimento de ventiladores invasivos, em estreita colaboração com a Escola de Medicina da Universidade do Minho e a indústria. A capacidade de produção é de 100 ventiladores até ao final de Abril, 400 até ao final de Maio e, caso seja necessário, 10.000 até ao final do ano. (Da próxima vez que me vierem dizer “mas para que é que Portugal precisa de engenheiros aeroespaciais?”, já sei o que responder). Para o transporte dos materiais necessários está a ser mobilizada a linha logística da SONAE.
    7. Embora a indústria têxtil e de vestuário seja forte em Portugal, ela está virada para a moda. Em particular, em regime normal Portugal não produz material para utilização médica (luvas, batas, máscaras, fatos isolantes) tendo de o importar. O CITEVE (Centro de Centro Tecnológico Indústrias Têxtil Vestuário de Portugal) reorientou a sua actividade para o desenvolvimento e produção destes Equipamentos de Protecção Individual, estando em estrita colaboração com a indústria, estando toda a operação a ser conduzida em estreita articulação com o Ministro da Economia

    8. Finalmente, é muito bom saber que a FCT está a apoiar a DGS na preparação de uma plataforma de dados de acesso aberto. A DGS não tem neste momento os dados organizados e codificados de uma forma que permita o seu tratamento com as ferramentas da Ciência de Dados, permitindo extrair toda a informação relevante. E sem informação sobre o inimigo dificilmente poderemos ganhar a guerra.

    É este o caminho. Temos competências em Portugal, temos inteligência em Portugal, temos Ciência e Tecnologia em Portugal, temos indústria em Portugal. Temos tudo! Falta apenas colocar as rodas em movimento.

    Foi muito repetido que este é um estado de guerra; mas ainda não construímos uma economia de guerra. Mobilizemos tudo o que o País tem de melhor, recrutemos cientistas, inventemos tecnologias, reorientemos indústrias. Este é uma guerra que o Estado sozinho não pode ganhar. Temos de mobilizar a sociedade civil e saber aproveitar tudo o que ela tem para dar.

    No meio do caos, há algumas razões para esperança. O tempo urge.

    Corações ao alto!

    Jorge Buescu, 28/3/2020
    Nota: o texto pode ser partilhado fazendo copy+paste.
    Concordam com este comentário: eu
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu, hangas, rmarinho, pedrovil, NTORION, cesarl, Luis Santos Duarte
  4.  # 5

    Colocado por: CMartinUm Relato informado do Jorge Buescu,

    Mas continuamos a não acreditar nos nossos.
    Concordam com este comentário: CMartin, montecristoc11
    •  
      CMartin
    • 29 março 2020 editado

     # 6

    Colocado por: CMLS265
    Mas continuamos a não acreditar nos nossos.
    Concordam com este comentário:CMartin


    Colocado por: CMartinInfelizmente, aparentemente, há pessoas à espera e a desejar que o meu Governo falhe, mesmo que isso signifique a ruína do meu País. Escreveu um amigo Egípcio.
    Talvez seja um triste mal geral, fiquei eu a pensar.

    Parece um mal geral.

    Está na altura, talvez, de deixar rancores passados para trás das costas, e elevarmo-nos para que estejamos ao nível destes tempos em que todos somos precisos. Não para bem político, mas acima de tudo, pelo bem de Portugal. O nosso próprio bem. E quem diz Portugal, diz o resto do mundo.

    E ainda, foi emocionante ver nas notícias da manhã, os níveis de poluição que baixaram, tornando cidades quase irrespiráveis, em céus quase limpos! Há uma lição a termos aprendido, entre muitas outras, espero sinceramente um futuro melhor também para a natureza, afinal, nós somos natureza. Sustentabilidade.
    Aproveito a boleia, para também podermos falar nisso. O cuidaremos o todo, do qual somos parte, nem que para evitarmos encontramo-nos de novo nesta situação, numa nota mais egoísta para quem necessite que seja dessa perspectiva.
  5.  # 7

    O facto de estarmos numa emergência mundial não nos pode tornar cegos para as incompetências/negligências de quem deveria fazer o melhor pelo país...
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, elnunes
    •  
      CMartin
    • 29 março 2020 editado

     # 8

    Colocado por: manelvcO facto de estarmos numa emergência mundial não nos pode tornar cegos para as incompetências/negligências de quem deveria fazer o melhor pelo país...

    E também não nos deve tornar cegos para as nossas próprias incompetências e irresponsabilidades individuais. Todos temos muito espaço em que melhorar. Talvez seja melhor cada um começar a fazer esse exercício individual, fazendo a sua parte, antes de começar a chutar a bola para o outro, como é costume. A própria consciência pesa a quem não faz o que sabe que deve, não é culpar outros ou sistemas que a alivia.
    Concordam com este comentário: zed
  6.  # 9

    Colocado por: CMartinE ainda, foi emocionante ver nas notícias da manhã, os níveis de poluição que baixaram, tornando cidades quase irrespiráveis, em céus quase limpos! Há uma lição a termos aprendido, entre muitas outras, espero sinceramente um futuro melhor também para a natureza, afinal, nós somos natureza.

    Que lição? Que o facto de não nos deslocarmos diminui a poluição? Isso já sabemos.
    Mas entre um planeta mais limpo e a necessidade de trabalhar para pagar as contas, a realidade vai fazer acordar os mais líricos muito rapidamente.
    Concordam com este comentário: elnunes
  7.  # 10

    Colocado por: J.FernandesQue lição? Que o facto de não nos deslocarmos diminui a poluição? Isso já sabemos.
    Mas entre um planeta mais limpo e a necessidade de trabalhar para pagar as contas, a realidade vai fazer acordar os mais líricos muito rapidamente.


    O tele-trabalho, agora forçado, poderá passar a ser mais a norma que a exceção.
    E verdade que nem todos os trabalhos podem ser feitos à distância, mas muitos podem.
    Na área dos serviços diria que praticamente todos.

    A generalização do tele-trabalho também traz vantagens indiretas a quem não o pode fazer. Menos trânsito, ou transportes públicos menos apinhados por exemplo.
    Concordam com este comentário: CMartin, eu, zed
  8.  # 11

    Colocado por: J.Fernandes
    Que lição? Que o facto de não nos deslocarmos diminui a poluição? Isso já sabemos.
    Mas entre um planeta mais limpo e a necessidade de trabalhar para pagar as contas, a realidade vai fazer acordar os mais líricos muito rapidamente.


    De uma forma ou de outra a natureza ganhou, seja com ou sem a mão do homem .
    Concordam com este comentário: CMartin, JPJDLV
    • eu
    • 29 março 2020

     # 12

    Colocado por: montecristoc11De uma forma ou de outra a natureza ganhou, seja com ou sem a mão do homem .

    É uma vitória esporádica.
    • eu
    • 29 março 2020

     # 13

    Colocado por: CMartinUm Relato informado do Jorge Buescu, inspirador e que reforça a confiança na nossa capacidade de mobilização, de engenho e de generosidade.


    Excelente artigo, que mostra como num mundo globalizado continua a ser crucial ter capacidade local para enfrentar estes desafios. Principalmente naquilo que é o mais importante: o conhecimento e o capital humano.
    Concordam com este comentário: CMartin
  9.  # 14

    Colocado por: eu
    É uma vitória esporádica.


    Esporádica ? sabe as chaminés que vão deixar de fazer fumo ? os carros que vão deixar de circular? os transportes que serão reduzidos? O mundo não será mais o mesmo , na china ja existem alguns milhões de falências, as pessoas vão ser obrigadas a gastar menos, porque não vai existir liquidez.
    • eu
    • 29 março 2020

     # 15

    Colocado por: montecristoc11O mundo não será mais o mesmo

    Veremos.

    Eu estou convencido que daqui a uns meses vai voltar tudo ao habitual.
    Concordam com este comentário: CMLS265, J.Fernandes
    • eu
    • 29 março 2020 editado

     # 16

    Parece que a quarentena é para manter até junho.

    Como serão feitas as avaliações no sistema de ensino? O ministério da educação deve estar com umas valentes dores de cabeça, a tentar resolver este enorme problema.

    Nota: no ensino superior, parece que as aulas de alguns cursos continuam a funcionar muito bem, através de ferramentas online como Cisco Webex, Microsoft Teams e principalmente Zoom. Mas as avaliações também serão um problema.
  10.  # 17

    Colocado por: JoelMnem mais... parece que o pessoal fica meio idiota quando tem de lidar com critica e que por estamos num estado de total emergência devemos fechar os olhos e "passar a mão no pêlo" aos incompetentes crónicos, na maioria dos casos apontados politicamente sem qualquer currículo ou qualidade da área em que actuam!

    Joel, não temos sido brilhantes. O que é diferente de, nesta altura, atirarmos pedras aos políticos e uns aos outros. Na minha opinião, neste momento, temos que nos unir, e, sim, reconhecer que, apesar de tudo, aparentemente, estamos a conseguir alguns sucessos e agarrarmo-nos a esses sucessos, por uma questão de esperança e porque queremos realmente que isto se resolva, portanto, no intuito de colaboração mútua, e construtiva.
    O facto de não termos sido brilhantes e reconhecermos onde falhámos, pode ser, uma mola para que sejamos brilhantes de futuro.


    E não fomos brilhantes em lado nenhum. Por isso estamos agora aqui assim.
    Concorda ?
    •  
      CMartin
    • 29 março 2020 editado

     # 18

    Colocado por: J.Fernandes
    Que lição? Que o facto de não nos deslocarmos diminui a poluição? Isso já sabemos.
    Mas entre um planeta mais limpo e a necessidade de trabalhar para pagar as contas, a realidade vai fazer acordar os mais líricos muito rapidamente.

    Tem razão no pensamento, e talvez devesse ser esse o maior receio. Que, um dia, vendo-nos livres desta pandemia, voltemos aos erros que nos trouxeram até aqui.
    Estas palavras, como líricos, sonhadores, cor de rosa, muitas vezes usadas quando se fala em ecologia e sustentabilidade, como se fossem uma miragem inatingível e incomportável, anulando a sua seriedade e importância, servem apenas para nos distanciarmos da realidade. O vírus está aqui pela nossa inconsequência. É esta a realidade. Não lírica.
    Sustentável é produzir para pagar contas num equilíbrio entre economia e saúde. Não sei se vai haver grande escolha!
  11.  # 19

    Colocado por: CMartinvoltemos aos erros que nos trouxeram até aqui.

    Para além de maior ou menor eficácia na resposta dos estados que é um assunto discutível, nada nos diz que a pandemia do momento é fruto de erros nossos. Da mesma forma que não têm sido erros das pessoas, as inúmeras epidemias que têm assolado a humanidade desde há milénios.
  12.  # 20

    Colocado por: montecristoc11Esporádica ? sabe as chaminés que vão deixar de fazer fumo ? os carros que vão deixar de circular? os transportes que serão reduzidos? O mundo não será mais o mesmo , na china ja existem alguns milhões de falências, as pessoas vão ser obrigadas a gastar menos, porque não vai existir liquidez.

    Nada disso. Pode demorar meses, um ano ou até dois anos, mas depois business as usual.
    Faz parte da liturgia destes momentos de crise dizer sempre que nada vai ser igual ao que era, até nisso nada muda.
 
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