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      Mk Pt
    • 2 setembro 2020 editado

     # 1

    Colocado por: pedrosatre

    sim e... o que é que isso altera a discussão sobre se "deveria ser deixado à responsabilidade do técnico e do DO, alterações ao que está na "lei" e que obriga-se por exemplo à assinatura de um termo de responsabilidade."

    A lei é uma, e é para se cumprir. Boa ou má, é o que há.
    Haver regras é o que distingue países civilizados de países onde tudo é feito desordenado.

    O que refere era passar um atestado de competência aos técnicos para fazerem o quisessem.

    E se havia alguns com a sanidade e bom senso de se preocuparem com questões de segurança, conforto de utilização, acessibilidade, etc, muitos são incompetentes o suficiente para fazerem o que lhes apetece ou o que simplesmente o cliente pede, desde que pague.

    É ver o exemplo do tópico do DR.
    A imagem vende. O resto depois logo se vê.


    A imagem na arquitectura não é tudo e nem pode ser. Uma habitação não é uma escultura para participar em concursos/prémios de beleza e aparecer em capas de revistas.

    A arquitectura, uma habitação, é criar espaços agradáveis e interessantes de serem vividos, e ao mesmo tempo confortáveis, duráveis (com excepção de edifícios efémeros) e, se possível, fáceis de manter.
  1.  # 2

    Colocado por: pedrosatrenão pode ter uma cozinha junto com a sala, não terá liberdade para isto porquê,
    onde diz que não se pode???
  2.  # 3

    Colocado por: Anonimo1210Eu por acaso não vou colocar nenhuma banheira, acho que não é necessário e a minha câmara aprovou tudinho sem banheira...
    mas certamente tem espaço para ela
    Concordam com este comentário: drodrigues, leonardobraga
  3.  # 4

    Colocado por: Mk PtO RGEU obriga a ter pelo menos uma casa de banho completa, ou seja, com bidé e banheira.


    li bem

    mas tambem não interessa pois o mike já referiu corretamente depois o que as acessibilidades pedem.
    só quis corrigir o seguinte, o RGEU não impõe casa de banho completa mas sim que exista uma banheira, até pode ser apenas uma segunda wc com apenas banheira e lavatório
    quem está a exigir wc completa ( nem se percebe bem porque ) é as acessibilidades mas com a ressalva que a banheira pode ser antes um a base de duche.
    Concordam com este comentário: brunomrosa, Pedro Barradas
  4.  # 5

    Colocado por: pedrosatrePor exemplo este projeto acha que fazia este sentido a cumprir a legislação de cá, ficaria algo muito estranho e acho esse desenho de uma simplicidade brutal.
    Este projeto tem três prêmios na Austrália
    National Architecture Award, Victorian Architecture Award, Houses Award.
    olhe, posso lhe garantir que 90% dos projectos em portugal não seriam possiveis na austrália. a legislação australiana em relação à cosntrução é muito pior que a de cá.
  5.  # 6

    Colocado por: antonylemosolhe, posso lhe garantir que 90% dos projectos em portugal não seriam possiveis na austrália. a legislação australiana em relação à cosntrução é muito pior que a de cá.


    então nesse caso temos o quê, está toda à gente muito ofendida com o post mas essa IS não passava cá, o que pergunto é se não é um exagero o que existe.
  6.  # 7

    Colocado por: JoelM

    termo de responsabilidade do que? iam ser responsabilizados pelo que?

    sinceramente não entendo o que quer dizer... isso ia ser uma espiral descendente na qualidade dos edifícios, alias, já com regulamentação a qualidade é o que é...


    Responsabilizados por exemplo por não cumprir as acessibilidades, um documento que retirasse essa responsabilidade das Câmaras, não é com certeza de nenhuma responsabilidade técnica que estou a falar, um DO que está a construir a sua casa, com o seu investimento não pode decidir o que esta lá dentro porquê?, uma coisa que se vê lá fora e que até acho piada,R/C apenas com garagem e espaço de lazer e quando falo de espaço de lazer aquelas salas que se abrem para o exterior e ficam a fazer parte do mesmo, depois toda a casa se desenvolve para cima. Aqui é impossível, um R/C por cá tem que ter um espaço que sirva para quarto e uma casa de banho completa. Qual é razão de um DO que está a gastar o seu dinheiro não poder decidir como quer a sua casa se assim a quiser?

    Exemplo



  7.  # 8

    Colocado por: pedrosatreQual é razão de um DO que está a gastar o seu dinheiro não poder decidir como quer a sua casa se assim a quiser


    uma frase enganadora.

    a maioria das pessoas constroi a casa não com o seu dinheiro mas com o dinheiro do banco. assim a casa só é sua depois de devolver o dinheiro a quem o emprestou. como é um processo de 20, 30 ou 40 anos, muita coisa pode acontecer na vida da pessoa e perder a casa para o banco e este ficar com uma casa dificel de vender.





    Colocado por: pedrosatreR/C apenas com garagem e espaço de lazer e quando falo de espaço de lazer aquelas salas que se abrem para o exterior e ficam a fazer parte do mesmo, depois toda a casa se desenvolve para cima. Aqui é impossível, um R/C por cá tem que ter um espaço que sirva para quarto e uma casa de banho completa.


    não concordo, desde que acha um percurso acessivel isto é a escada que liga o R/C ao 1º andar ter as medidas exigidas para montar uma cadeira elevatória não vejo impedimentos de ter a casa da forma como descreve. Existem muitas casas quem tem os quartos todos no 1º piso, se é uma mais valia ter um no R/C para a velhice, talvez, algo que possa ser usado como escritório na juventude e transformado num quarto no futuro, mas não é obrigatório.
  8.  # 9

    Colocado por: pauloagsantos

    uma frase enganadora.

    a maioria das pessoas constroi a casa não com o seu dinheiro mas com o dinheiro do banco. assim a casa só é sua depois de devolver o dinheiro a quem o emprestou. como é um processo de 20, 30 ou 40 anos, muita coisa pode acontecer na vida da pessoa e perder a casa para o banco e este ficar com uma casa dificel de vender.







    não concordo, desde que acha um percurso acessivel isto é a escada que liga o R/C ao 1º andar ter as medidas exigidas para montar uma cadeira elevatória não vejo impedimentos de ter a casa da forma como descreve. Existem muitas casas quem tem os quartos todos no 1º piso, se é uma mais valia ter um no R/C para a velhice, talvez, algo que possa ser usado como escritório na juventude e transformado num quarto no futuro, mas não é obrigatório.


    Essa do banco é boa, desculpamos ter uma coisa que não queremos na sua totalidade porque o dinheiro é o do banco, ok...

    A segunda parte acho que está enganado daí haver sempre um escritório no R/C mesmo que os DO nem saibam escrever...
  9.  # 10

    Colocado por: pedrosatreA segunda parte acho que está enganado daí haver sempre um escritório no R/C mesmo que os DO nem saibam escrever...


    ui... tantos projectos que já passaram por aqui no forum com a cozinha e sala no R/C e todos os quartos no 1º andar.




    Colocado por: pedrosatreEssa do banco é boa, desculpamos ter uma coisa que não queremos na sua totalidade porque o dinheiro é o do banco, ok...


    ok apresento outra explicação.

    pq não posso andar nu na rua? pq existem regras, nao é. Ok a rua é de todos, mas pq não posso andar nu no meu terreno? o terreno é meu, pq não posso fazer o que quero nele?

    com as casas é o mesmo, a casa é sua, mas não pode fazer o que quer nela, porque existem regras.
  10.  # 11

    antes ter estas limitacoes e tentar garantir alguma qualidade e acessibilidade nas funcionalidades das habitações do que deixar tudo na mao dos arquitectos, seja para promotores a tentar capitalizar todos os m2, ou para DO que, para poupar na construção ou ate no próprio projecto, façam sacrifícios estapafúrdios. Neste último caso, o provável é que a casa e os seus defeitos fiquem cá muito mais tempo que o DO e daí haver a necessidade de requisitos mínimos
  11.  # 12

    Colocado por: pguilhermeantes ter estas limitacoes e tentar garantir alguma qualidade e acessibilidade nas funcionalidades das habitações do que deixar tudo na mao dos arquitectos (...)


    Pelo que entendo, o pguilherme não acredita na responsabilidade técnica e profissional de arquitetos... Me desculpe, mas o pguilherme não é arquiteto, pois não? Se é, se inclui nesse comentário?

    Pelo que leio aqui fico com a impressão de que as leis são irretocáveis, "incriticáveis", e que os arquitetos é que são os irresponsáveis que querem fazer algo que não é adequado aos seus clientes, DO. Isso, porque falamos de casas de banho e cozinhas open space. Imagina se falássemos de outras questões mais controversas (e há muitas).
    Concordam com este comentário: pedrosatre
  12.  # 13

    Colocado por: pguilhermeantes ter estas limitacoes e tentar garantir alguma qualidade e acessibilidade nas funcionalidades das habitações do que deixar tudo na mao dos arquitectos, seja para promotores a tentar capitalizar todos os m2, ou para DO que, para poupar na construção ou ate no próprio projecto, façam sacrifícios estapafúrdios. Neste último caso, o provável é que a casa e os seus defeitos fiquem cá muito mais tempo que o DO e daí haver a necessidade de requisitos mínimos


    Gostava mais de ver as câmaras preocupadas com outras questões essas para mim fundamentais, a nível de estrutura e qualidade de acabamentos, isolamentos e ver se o que vai nos projetos realmente é que os Construtores e DO fazem.
  13.  # 14

    Colocado por: pauloagsantos

    ui... tantos projectos que já passaram por aqui no forum com a cozinha e sala no R/C e todos os quartos no 1º andar.






    ok apresento outra explicação.

    pq não posso andar nu na rua? pq existem regras, nao é. Ok a rua é de todos, mas pq não posso andar nu no meu terreno? o terreno é meu, pq não posso fazer o que quero nele?

    com as casas é o mesmo, a casa é sua, mas não pode fazer o que quer nela, porque existem regras.



    Lembro-me aqui daquele projeto no Porto a cas dos 100 MIL que o dono de obra e arquitecto colocou um escritório no R/C por mera obrigação para cumprir as normas, foi dito pelo mesmo.
  14.  # 15

    Colocado por: leonardobragaPelo que entendo, o pguilherme não acredita na responsabilidade técnica e profissional de arquitetos


    Para o DO/promotor, o arquitecto é um meio para um fim.

    O promotor/DO pode ter algumas ideias em sacrifício dos tais requisitos mínimos de funcionalidade, acessibilidade, etc.
    O que deveria, então, o arquitecto fazer nestes casos? Recusar, por princípio, projectar tais ideias? Ou, para não perder o cliente, fazer o que lhe é pedido?

    Se o arquitecto deveria recusar-se, por princípio, a incorporar algum tipo de conceitos, então porquê transferir este ónus para o profissional em vez de assumir um conjunto de requisitos mínimos para todo e qualquer projecto?

    Colocado por: leonardobragaPelo que leio aqui fico com a impressão de que as leis são irretocáveis, "incriticáveis"

    Se as leis não estão perfeitas, deveriam ser melhoradas, não abolidas. Julgo que este conceito é relativamente consensual... ou pensa de forma diferente?

    Colocado por: leonardobragaos arquitetos é que são os irresponsáveis que querem fazer algo que não é adequado aos seus clientes, DO.

    Antes pelo contrário. Como referi acima, os clientes é que podem ter determinadas exigências menos.... comuns.
    Assim, este tipo de regras até protege o arquitecto e afasta-o de um potencial papel de mercenário (onde o cliente procura um arquitecto que esteja disposto a desenhar qualquer coisa, pelo preço certo).

    Posto isto, também acredito que pudessem surgir arquitectos que, para se diferenciarem e estabelecerem no mercado, pudessem tentar ser de tal forma arrojados que sacrificassem o que hoje consideramos que são requisitos mínimos.

    E se, na sua opinião, nunca nenhum arquitecto ousaria em desenhar algo menos acessível ou funcional, então qual o impedimento dos requisitos mínimos?
  15.  # 16

    Colocado por: pedrosatreGostava mais de ver as câmaras preocupadas com outras questões essas para mim fundamentais, a nível de estrutura e qualidade de acabamentos, isolamentos e ver se o que vai nos projetos realmente é que os Construtores e DO fazem.


    Não gostaria que um corpo governamental me ditasse como devem ser os acabamentos em minha casa. Para não falar que, face ao dinamismo de soluções, materiais, mecanismos, etc, actuais e futuros, seria um regulamento que teria de ser tão grande quanto ágil. Por outras palavras, ou impossível ou estrangulador de inovação e modernização.

    Já a nível de estruturas (cargas, sismos, etc), isolamentos (térmicos e acústicos), e ventilação (provavelmente até outros aspectos) também concordo que devessem haver requisitos mínimos.

    Repare que, desta forma, estar-nos-íamos a mover na direcção oposto à proposta, criando mais condicionalismos em vez de removê-los.
  16.  # 17

    Colocado por: pguilherme

    Para o DO/promotor, o arquitecto é um meio para um fim.

    O promotor/DO pode ter algumas ideias em sacrifício dos tais requisitos mínimos de funcionalidade, acessibilidade, etc.
    O que deveria, então, o arquitecto fazer nestes casos? Recusar, por princípio, projectar tais ideias? Ou, para não perder o cliente, fazer o que lhe é pedido?

    Se o arquitecto deveria recusar-se, por princípio, a incorporar algum tipo de conceitos, então porquê transferir este ónus para o profissional em vez de assumir um conjunto de requisitos mínimos para todo e qualquer projecto?


    Se as leis não estão perfeitas, deveriam ser melhoradas, não abolidas. Julgo que este conceito é relativamente consensual... ou pensa de forma diferente?


    Antes pelo contrário. Como referi acima, os clientes é que podem ter determinadas exigências menos.... comuns.
    Assim, este tipo de regras até protege o arquitecto e afasta-o de um potencial papel de mercenário (onde o cliente procura um arquitecto que esteja disposto a desenhar qualquer coisa, pelo preço certo).

    Posto isto, também acredito que pudessem surgir arquitectos que, para se diferenciarem e estabelecerem no mercado, pudessem tentar ser de tal forma arrojados que sacrificassem o que hoje consideramos que são requisitos mínimos.

    E se, na sua opinião, nunca nenhum arquitecto ousaria em desenhar algo menos acessível ou funcional, então qual o impedimento dos requisitos mínimos?


    Não tenho nada contra requisitos mínimos de iluminação, ventilação, área de ocupação do terreno. Mas acho que alguns requisitos mínimos meio anacrônicos (tais como ter bidê ou mesmo banheira - os pontos que citei o tempo todo - e outros).

    E acho que nenhum BOM arquiteto ousaria projetar algo menos acessível ou funcional. Há os maus arquitetos, mas não são maioria, certo? E eu tenho como norma pessoal valorizar o trabalho e a formação dos meus colegas de profissão e valorizar a profissão em si.
    Concordam com este comentário: pedrosatre
  17.  # 18

    Colocado por: leonardobragatais como ter bidê ou mesmo banheira - os pontos que citei o tempo todo - e outros


    Julgo que os exemplos que apresenta pecam pela questão do espaço necessário a pessoas com mobilidade reduzida, independentemente da obrigatoriedade de banheira ou bidé.

    Ou seja, até poderia concordar que banheiras e bidés não deveriam ser obrigatórios, mas que o espaço à movimentação de cadeiras de rodas sim, deveria ser sempre acautelado.

    Quanto à sua norma pessoal e crença de que um bom arquitecto (no true scotsman?) não faria isto ou aquilo, pergunto novamente: sendo o mercado livre e imaginando a abolição destas regras, o que faria um bom arquitecto quando confrontado com estes dilemas? Recusar trabalho? E se estas recusas começarem a ter impacto no resultado financeiro da actividade?

    Por fim, sendo verdade que os exemplos que apresentou não dispõem de espaço suficiente para pessoas com mobilidade reduzida, então obriga-se a pergunta: não serão esses arquitectos bons, de acordo com o seu critério? O que levou à decisão destes espaços tão pequenos?
  18.  # 19

    Olhando novamente para ambos os exemplos, até parece que as decisões da largura das IS foram derivadas da simetria do resto da planta.
    Lá está, fica certinho, e bonito/coerente esteticamente... mas provavelmente inútil para pessoas com mobilidade reduzida. Ou estarei a ver mal?
  19.  # 20

    Colocado por: pguilhermeOlhando novamente para ambos os exemplos, até parece que as decisões da largura das IS foram derivadas da simetria do resto da planta.
    Lá está, fica certinho, e bonito/coerente esteticamente... mas provavelmente inútil para pessoas com mobilidade reduzida. Ou estarei a ver mal?


    Está a olhar muito bem, tudo tem o seu equilíbrio e a sua correta proporção e por isso mesmo deveria ser o DO responsável por estas alterações estéticas porque afinal de contas é ele que está a fazer o investimento. Se o obrigassem a assinar um papel na câmara em como estava ciente que estava a aprovar um projecto que não cumpria as acessibilidades seria um problema seu caso futuramente necessitasse de vender ou se ficasse sujeito a mobilidade reduzida. Acho muito bem que se criem os mínimos quando estamos a falar de térmica, acústica, ventilação, isso sim dita a qualidade de uma habitação o resto é estética e gosto de cada um. E aberrações caro pguilherme já se fazem por aí muitas ao abrigo destas normas e a maior parte delas nem a mão de um arquitecto levam.
 
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