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  1. Colocado por: J.Fernandes
    Como eu já tinha dito atrás, se companhias ainda assim com melhor saúde económica já começaram a despedir em força, como é que ainda há tanta gente a querer passar a ilusão de que os despedimentos na TAP não são inevitáveis?


    O problema é que a TAP sem a crise pandémica já deveria despedir e em força, mas não fez nem antes, nem muito antes, nem nunca.

    A TAP, tal como outras mega-organizações que pertencem ou pertenceram ao estado e em que o mesmo mantém posição, nunca fizeram uma real e profunda reestruturação de que precisam há já décadas.

    Tal nunca é possível porque o estado tem, ou continua a ter, intervenção e poder nessas organizações e a reestruturação das mesmas passa, não tenhamos comedimento em o dizer, por despedimentos em massa.

    A TAP é uma dessas organizações. Antes da pandemia a TAP já precisava de ajuda financeira e já não é a primeira vez que tal sucede.

    A TAP invariavelmente precisa de ajuda porque está mal estruturada e um dos problemas que tem é inevitavelmente o custo com pessoal.

    Este problema do custo com pessoal já existia antes da pandemia e agora, com a mesma, agravou-se mais ainda. A pandemia agiu como um factor acelerador.

    Contudo o estado continua a não querer fazer o que é verdadeiramente necessário e portanto, mesmo com alguns despedimentos pós nacionalização, a TAP não será verdadeiramente reestruturada. Serão apenas despedidos alguns funcionários, preferencialmente fora do País (compreensível), mas não acontecerá aquilo que o poder político tem medo e nunca deixou suceder: despedimento duma percentagem elevada da força de trabalho.
    • eu
    • 4 julho 2020
    Ou renegociação dos salários.
    Concordam com este comentário: Gambino
  2. Colocado por: JoelM

    eu pensava que tudo o que era privado é que era bom e dava lucro e não havia preguiçosos a trabalhar lá...



    quer dizer que foi privatizada e continou com má gesttão e a culpa continua a ser do estado? eh pah...


    Nunca foi privatizada a 100%, essa é a verdade e portanto sim, a culpa é essencialmente do estado e da sua ingerência e gerência na TAP.

    Mesmo sendo totalmente privatizada, tenho dúvidas que o estado não impusesse condições sob forma de contrato.

    Os privados não fazem milagres e também há empresas privadas que caiem nos mesmos vicíos do estado e em outros - veja-se os bancos a Efacec, etc.

    A diferença é que as essas organizações privadas acabam, na grande maioria, a médio prazo falidas, ou reestruturadas, as do estado acabam injectadas com dinheiro do contribuinte. Se o estado não injectasse dinheiro nos bancos e nacionalizasse a Efacec essas empresas, totalmente privadas, estavam "mortas".
  3. Colocado por: JoelM

    mas estamos a brincar? mesmo agora, o estado entrou no capital da empresa de novo e não detinha a maioria das acções, só não reformaram a empresa da maneira que bem entendenram porque não quiseram. Tudo o resto são desculpas de má gestão !


    A minha convicção não é essa. Tenho para mim que o estado tendo posição na TAP sempre teve profunda influencia sobre o decurso da mesma.

    Inclusive, antes da pandemia, sabemos que o estado recorreu publicamente à "ameaça" de reverter a privatização/nacionalização, em várias ocasiões em que na TAP se falou em reduzir a operação, claramente como forma de pressionar os accionistas maioritários nas suas decisões.

    Tal situação levou inclusive o accionista maioritário a perder interesse na TAP e procurar vender a sua posição, tudo isto ainda não havia pandemia no horizonte.
  4. https://expresso.pt/economia/2020-03-19-Covid-19.-TAP-ja-nao-esta-a-renovar-os-contratos-a-prazo-cerca-de-100-pessoas-afetadas

    Veja a data da noticia e depois diga-me se acredita que eles pararam por aqui. Só em contratados devem ser uns milhares de pessoas.
  5. Colocado por: JoelMeu pensava que tudo o que era privado é que era bom e dava lucro e não havia preguiçosos a trabalhar lá...

    Não duvido que você pense isso, por mais ignorante que seja o pensamento, vindo de si não surpreende.

    Outras pessoas mais sensatas pensarão que nas empresas privadas - e não é o caso da amálgama estado/privados que é a TAP - quando as coisas correm mal, há má gestão, há preguiçosos e há prejuízos recorrentes, o destino é certo: insolvência.
  6. Depois do 25A o Estado saqueou centenas de empresas e propriedades ao seus legítimos proprietários. Depois ao longo dos anos foi vendendo as mesmas, algumas aos antigos donos (caso do BES p.ex.). Durante anos a exploração das mesmas foi quase sempre deficitária mesmo quando era monopolistas.
    Se alguém conseguir lembra-se de alguma empresa publica não monopolista que dese lucros leva um doce. ( A Galp acho que sempre deu lucros mas tinha quase todo o mercado).
    Agora o caso da EFACEC é irónico, como foi comprada com o produto do saque noutro País, agora o Estado nacionaliza o roubo. Assim tipo a Colombia a nacionalizar propriedades do P. Escobar.
  7. Colocado por: CarvaiDepois do 25A o Estado saqueou centenas de empresas e propriedades ao seus legítimos proprietários. Depois ao longo dos anos foi vendendo as mesmas, algumas aos antigos donos (caso do BES p.ex.). Durante anos a exploração das mesmas foi quase sempre deficitária mesmo quando era monopolistas.
    Se alguém conseguir lembra-se de alguma empresa publica não monopolista que dese lucros leva um doce. ( A Galp acho que sempre deu lucros mas tinha quase todo o mercado).


    O estado não deve servir para gerir empresas, creio que esse não é o fundamento do estado.

    Sempre fui funcionário do estado e também presto serviço a privados, portanto livremente digo que a gestão do estado é absolutamente medíocre.

    A gestão dos privados em Portugal também não me merece elogios nenhuns.

    A diferença que encontro entre privado e público é que, pelo que tenho visto, os privados acabam, a prazo, por ter que empurrar os "encostados" e cortar as "gorduras", ou então definham e acabam insolventes (assim terminaram duas entidades com que colaborei, uma delas com infra-estrutura gigantesca). O estado não faz isso, pois tem liquidez virtualmente ilimitada que provém dos contribuintes e portanto toda a gestão é feita sem qualquer interesse real sobre eficiência.

    Mas reitero que o que constato na gestão de entidades privadas em que trabalho é francamente insatisfatório.
    Concordam com este comentário: eu
    • eu
    • 4 julho 2020
    Colocado por: Gambinoa gestão do estado é absolutamente medíocre.

    A gestão dos privados em Portugal também não me merece elogios nenhuns.


    E eis um resumo do País.

    No Estado ou nos Privados, a excelência é a exceção.
  8. Colocado por: JoelMmais ignorante ainda é não perceber uma ironia...

    Você é que não percebeu em que sentido é que achei a sua afirmação ignorante.


    Colocado por: JoelMquem o viu e quem o vê...

    Mas eu nunca defendi outra coisa. Nunca defendi intervenções estatais, bail-outs, ou outra coisa do género, sempre defendi que empresas falidas devem fechar.

    As insolvências são muito importantes para que haja uma economia transparente e competitiva. Entre outras coisas também é esta seleção natural que permite que os privados sejam mais eficientes e produtivos que o público.
    Concordam com este comentário: Gambino
    • eu
    • 4 julho 2020 editado
    Colocado por: J.FernandesAs insolvências são muito importantes para que haja uma economia transparente e competitiva. Entre outras coisas também é esta seleção natural que permite que os privados sejam mais eficientes e produtivos que o público.


    Em teoria, concordo.

    Mas na prática, nem sempre as empresas privadas ineficientes e improdutivas falem. O sucesso depende de muitos fatores além da eficiência e produtividade. Nos negócios, por vezes até a sorte (estar no sítio certo na altura certa) tem um papel decisivo.

    Da mesma forma, por vezes empresas produtivas e eficientes não conseguem vingar. A conjuntura por vezes arrasa a boa gestão.

    No fundo, nos negócios não há verdades lineares, as coisas são muito cinzentas e dinâmicas.
    Concordam com este comentário: Gambino
  9. Colocado por: eu

    Em teoria, concordo.

    Mas na prática, nem sempre as empresas privadas ineficientes e improdutivas falem. O sucesso depende de muitos fatores além da eficiência e produtividade. Nos negócios, por vezes até a sorte (estar no sítio certo na altura certa) tem um papel decisivo.

    Da mesma forma, por vezes empresas produtivas e eficientes não conseguem vingar. A conjuntura por vezes arrasa a boa gestão.

    No fundo, nos negócios não há verdades lineares, as coisas são muito cinzentas e dinâmicas.
    Concordam com este comentário:Gambino


    Concordo e efectivamenete a sorte desempenha um papel fundamental no trabalho e até na vida.

    Mas salvaguardo, que uma entidade eficiente tem sempre mais probabilidade de singrar que uma não eficiente.

    Tem razão que há muitos factores externos à eficiência, sobretudo numa economia tão "básica" como a portuguesa.
    Concordam com este comentário: eu
  10. Colocado por: euMas na prática, nem sempre as empresas privadas ineficientes e improdutivas falem.

    O que se passa é que muitas vezes com uma certa cultura instalada de pagar tarde e más horas, deixam-se andar empresas que já deviam estar encerradas, a amontoar dívida a fornecedores e empregados durante anos, tornando um problema num problema ainda maior.

    Depois, outras coisas ainda mais graves, por exemplo o estado interferir para que certas grandes empresas moribundas continuem a ser financiadas, para que não se criem problemas sociais com desempregados pouco antes das eleições. A este propósito três palavras-chave: Qimonda, La Seda e Sócrates.
    Concordam com este comentário: Gambino
    • smart
    • 4 julho 2020 editado
    hum..
    serio man?
    mais valia estar calado....
    não há mais nada para dizer?
    é uma questão de gosto?
    que id
  11. hum...
    lol
    • eu
    • 4 julho 2020 editado
    Colocado por: J.FernandesO que se passa é que muitas vezes com uma certa cultura instalada de pagar tarde e más horas, deixam-se andar empresas que já deviam estar encerradas, a amontoar dívida a fornecedores e empregados durante anos, tornando um problema num problema ainda maior.

    Depois, outras coisas ainda mais graves, por exemplo o estado interferir para que certas grandes empresas moribundas continuem a ser financiadas, para que não se criem problemas sociais com desempregados pouco antes das eleições. A este propósito três palavras-chave: Qimonda, La Seda e Sócrates.


    Outro problema é que, em determinados setores e regiões, todas as empresas do setor trabalham da mesma forma (mal). A ausência de concorrência competente permite que estes focos de incompetência não se extingam.
    Concordam com este comentário: Gambino
  12. Colocado por: eu

    Outro problema é que, em determinados setores e regiões, todas as empresas do setor trabalham da mesma forma (mal). A ausência de concorrência competente permite que estes focos de incompetência não se extingam.


    Concordo com isso completamente e acrescento ao que disse, que há sectores em que o concorrente acaba por ser o estado.

    Ora, sendo o concorrente o estado e sendo portanto pouco, ou nada eficiente, a(s) organizações desse sector não se sentem forçadas a elas próprias serem eficientes.
  13. Colocado por: euOu renegociação dos salários.
    Concordam com este comentário:Gambino


    No estado em que se encontra a companhia suspeito que isso seja insuficiente. Os despedimentos em massa são incontornáveis para uma verdadeira viabilidade.
  14. Colocado por: J.Fernandes
    Não duvido que você pense isso, por mais ignorante que seja o pensamento, vindo de si não surpreende.

    Outras pessoas mais sensatas pensarão que nas empresas privadas - e não é o caso da amálgama estado/privados que é a TAP - quando as coisas correm mal, há má gestão, há preguiçosos e há prejuízos recorrentes, o destino é certo: insolvência.

    Nem sempre , o contribuinte já pagou muitos euros para privados iniciarem, manterem , expandir o negócio ou mesmo evitar a falência .
    Está dualidade é interessante , se o estado intervém , não o deveria ter feito ! Se não intervém é porque não intervém .
  15. Colocado por: enf.magalhaesNem sempre , o contribuinte já pagou muitos euros para privados iniciarem, manterem , expandir o negócio ou mesmo evitar a falência .

    Isso são empresas privadas onde há interesses de pessoas ligadas à politica, governo, autarquias, etc, o privado que não tem contactos nos órgãos de decisão, seguramente que vai à falência quando se acabar o dinheiro.
 
0.3255 seg. NEW