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  1.  # 1

    No meu prédio antigo tinha dois vizinhos com filhos.

    Um dos vizinhos é um chinês com lojas chinesas e armazéns.

    O outro vizinho é um FP duma câmara municipal, ao nível de direção municipal.

    A filha do FP era uma miúda toda jeitosa, produzida que não se coibia de mostrar todos os seus talentos nas redes sociais. Estudava na faculdade, mas pelo que eu via dormia todas as manhãs, à tarde ia com o namorado para o ginásio e à noite ia para as borgas com amigas ou com um dos engates que escondia do namorado.

    A filha do chinês ajudava nas lojas do pai, guiava a carrinha de transporte de mercadorias com ele, estava sempre ao telemóvel em trabalho, não namorava, à noite em vez de sair estudava.

    O desfecho:

    -aqui é que também se vê que Portugal é um país que funciona mal;

    -Ora tudo levaria a pensar que a filha fútil do FP se daria mal na vida... Pois, até seria justo que assim fosse. Mas não! Actualmente trabalha também na câmara numa posição intermédia...daqui a uns anos...;

    -a filha do chinês, continua a ajudar o pai... Mas tive a surpresa de esta semana ter ido estagiar no meu serviço, como parte do internato de especialidade(diferente da minha) que começou este ano!

    Moral da história: Em Portugal até te podes safar bem sem esforço e sem mérito, porque Portugal tem uma economia e mercado distorcidos.
  2.  # 2

    Colocado por: JoelMIsto é cada história da carochinha... Mesmo bom para embalar meninos!


    Neste caso da chinesinha "Xu-i"!
  3.  # 3

    Colocado por: GambinoEm Portugal até te podes safar bem sem esforço


    E porque razão acha que não houve esforço por parte da 1a pessoa? Sabe o acompanhamento em casa? Sabe qual o investimento familiar em apoio escolar ou tutoria diversa? Isso não conta certo? Só conta se obrigar o filho a vergar a mola e a não sociabilizar com os seus demais!

    Pobreza de espírito...
  4.  # 4

    Colocado por: MVAJá quem trabalhou por conta de outrém nesses tempos, hoje encontra-se muito mal (provavelmente vem daí o famoso ódio pelos "empresários

    Também não generalize, eu comecei a trabalhar em 75 depois de sair da tropa. Sempre trabalhei por conta de outrem em áreas muito variadas que foram da aviação á industria metalúrgica. Hoje estou reformado não sou rico mas tenho 3 casas (nenhuma ilegal)e ajudei o meu filho a comprar outra. E vou ajudando os meus netos sem prescindir de ter uma vida bem preenchida. Aliás conheço 2 ou 3 amigos que optaram por essa vida de empresário e agora andam a lamentar-se de terem uma reforma de 300€, embora tenham um MB e casa na terra. O drama deles e muito comum aos reformados de hoje é o dinheiro ter um rendimento zero.
  5.  # 5

    Colocado por: treker666

    E porque razão acha que não houve esforço por parte da 1a pessoa? Sabe o acompanhamento em casa? Sabe qual o investimento familiar em apoio escolar ou tutoria diversa? Isso não conta certo? Só conta se obrigar o filho a vergar a mola e a não sociabilizar com os seus demais!

    Pobreza de espírito...


    Olhe o Instagram da miúda, as unhas, os cabelos, os solários é que não eram pobreza nenhuma!
  6.  # 6

    Colocado por: Gambino

    Há muitos miúdos que também vão tirar um "curso" porque os pais querem e não tiveram oportunidade e desejam ter um filho "dr.". Acontece que para os cursos que muitas vezes vão, mais valia irem para a profissão dos pais.

    O que mais me faz confusão é continuar a haver gente que vai para cursos como história, design, direito, sociologia, relações internacionais, serviço social, português, arqueologia, psicologia, arquitectura, eng. civil, recursos humanos, enfermagem, etc, etc, etc, etc, etc... E depois queixam-se que não têm emprego condigno, bem remunerado e estável!

    Então mas não sabem que a empregabilidade nessas profissões é débil?! Não estão atentos e conscientes?! Ninguém durante o curso os avisou? Não falaram com colegas mais avançados nos anos que lhes podem servir de exemplo a nível da realidade do mercado de trabalho?!
    Concordam com este comentário:Quilleute,Caravelle


    ?? ?

    Ainda bem que alguém tira arquitectura e engenharia senao como o Sr Gambino investia no imobiliário ?

    Um licenciado em história também tem a sua mais valia na sociedade , etc...

    Poderíamos era discutir o número de vagas que o ensino superior oferece ....

    Além disso , a vida não é apenas dinheiro ...
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, zed
  7.  # 7

    Venho só aqui dar a perspectiva de uma "jovem" de 28 anos.

    Tenho vários familiares que emigraram há décadas atrás, regressaram depois e compraram um terreno por uma bagatela e foram construindo a sua casa eles próprios e com ajuda de familiares, pagando por fora a x e y para lá irem fazer uns trabalhos. Hoje em dia se quisesse construir uma casa igual à deles bem tinha que penar, primeiro porque já lá vão os tempos em que os terrenos eram baratos, principalmente porque agora não se pode comprar um terreno qualquer para construção, e segundo porque entre licenças, adjudicação de trabalhos às várias especialidades e às centenas de regras que têm que ser cumpridas o custo final não tem comparação possível. Até podia ter um terreno e muita vontade de ir para lá assentar tijolo, mas simplesmente não podia.

    Na geração dos meus pais houvesse vontade de trabalhar e havia sempre emprego, queriam ganhar um extra e facilmente arranjavam um biscate, e muitas das vezes a ganhar por fora. Já eu quando estava na universidade estive quase um ano à procura de emprego e não me fiz de rogada, até para empresas de condómino de limpeza de escadas procurei, mas são 50 cães a um osso.

    Na geração anterior um bom trabalhador era por norma valorizado e não tinha problemas a passar a efectivo, arranjavam-se empregos para a vida, hoje em dia na grande maioria dos casos até se pode ser um trabalhador exemplar, dar o litro pela empresa e no final de um ano e meio adeus porque não estamos a passar ninguém para a casa, e existem n pessoas prontas a ir ocupar o lugar no dia seguinte. Não falemos sequer da saga dos "temporários", que há pessoal a trabalhar há mais de 5 anos como temporário.

    Portanto boa sorte em situações precárias de emprego a conseguir um empréstimo para uma casa ou algo do género. Para não dizer que antigamente parece que só faltava darem empréstimos nas caixas da farinha 33. Houve uma altura, e inclusive conheço quem se tenha aproveitado, que pediam empréstimo para a casa e com uma notinha por fora lá vinha uma avaliação muito acima. O valor do empréstimo do banco (com a simpática taxa do crédito habitação em comparação aos outros créditos) ainda dava para mobilar a casa inteira e comprar um carrinho. Já a minha geração ou tem 15k ou 20k em mãos para a entrada ou nada feito. Comprei casa há mais de um ano e ainda não tenho mobília nas divisões todas, vamos comprando a pronto conforme vai dando.

    Na geração dos meus pais quem tinha um curso superior tinha emprego praticamente garantido, fazia carreira sem problema nenhum. Hoje em dia ter um curso superior não é nada de mais e cá em Portugal chegam a oferecer 800 ou 900 euros a um engenheiro. Entrem dentro de um pingo doce e vão perguntado aos jovens que lá estão a trabalhar as suas habilitações literárias, garato que saem de lá de boca aberta.

    Os meus pais quando se juntaram e saíram de casa dos pais arrendaram uma casa simpática por meia dúzia de tostões, hoje em dia pedem ordenados mínimos de renda, caução e não sei quantas rendas adiantadas.

    Tenho casais amigos mais velhos cujas esposas já andam a rondar os 35 anos, vêem os anos a passar e o sonho de serem pais a ficar cada vez mais distante. Em situações como a que descrevi quem é que no seu perfeito juízo tem um filho? Já lá vão os tempos do "cria-se à mesma, sem luxos mas cria-se". Hoje em dia o ensino obrigatório é o 12o ano, só a despesa agora em Setembro e Outubro em livros e material escolar está fora das possibilidades de muitos. Se for preciso antigamente ia-se trabalhar e os filhos ficavam com as avós ou numa ama por meia dúzia de tostões, hoje em dia a maioria das avós está a trabalhar, amas nem vê-las porque são denunciadas, e o custo dos berçários e infantários é de vir as lágrimas aos olhos. E tentem lá deixar uma criança de 2 anos sozinha em casa com uma de 6 como se via muitas vezes antigamente a ver se na semana a seguir não têm a SS à porta.

    Há toda uma geração actual a falar mal da geração actual, porque é só gandulhagem, mas o engraçado é que a geração dos malandros e que mais na droga andaram metidos é a que tem agora cinquenta e tal anos (os que lá chegaram). Até da taxa de divórcios falam como sendo algo da geração mais nova, quando na verdade todos os estudos apontam que embora seja algo que foi tornado comum na nossa geração a maior percentagem é precisamente da geração anterior que aguentou casamentos de fachada durante anos e só agora que se normalizou o divórcio ganharam coragem para saltar fora.

    Sim é verdade que a geração anterior também não teve uma vida fácil e teve que trabalhar para o que tem actualmente, mas também é verdade que hoje em dia vontade de trabalhar não chega e já não se fazem coisas pela porta do cavalo como antigamente. E mesmo quanto ao emigrar, já perdi a conta a quantos emigraram recentemente e voltaram com uma mão à frente e outra atrás porque os tempos mudaram e mesmo lá fora já não é a mesma coisa.

    Conheço uma personagem com idade para ser meu avô que criou fortuna com a sua empresa, a diferença é que os tempos eram outros e enganou centenas de funcionários que só quando chegaram à idade da reforma descobriram que o patrão nunca lhes tinha descontado um cêntimo para a SS, para não falar dos negócios mirabolantes que se gaba de ter feito em tempos e que hoje em dia felizmente seriam impossíveis. Ter uma fábrica cheia de maquinaria comprada em 2a mão e nenhuma delas com licença. Já um antigo colega de faculdade bastante proactivo que decidiu arregaçar as mangas e abrir a sua própria empresa luta diariamente para se manter à tona para conseguir respeitar todas a regras e regrinhas, e pagar tudo certinho.

    Agora eu pergunto, que culpa tem a minha geração para sermos chamados de preguiçosos que não querem trabalhar e não saem da casa dos pais quando na verdade herdámos uma economia num estado lastimável que foi completamente destruída pela geração anterior?

    Quanto a ganhar a vida como gamers, youtubers e influencers, nada contra, sempre surgiram profissões novas, estas são simplesmente as mais recentes. Se os jovens estão a conseguir fazer a vida deles assim porque não? Dá trabalho, não é agarrar numa câmara e começar a filmar, a concorrência é muita e conseguir cativar e manter os seguidores não é fácil. E não é algo que se faz ali em meia horinha...é preciso ter ideias para o conteúdo, grava-lo, editá-lo, e não falemos do investimento em material porque hoje em dia ninguém se safa com vídeos gravados no telemóvel...têm que ter câmaras de milhares de euros, luzes, bons computadores, licenças de programas de edição, ou mesmo pagar a editores, pagar por direitos de autor para poderem usar músicas nos vídeos...e garanto que todos aqueles que já chegaram ao patamar de viverem disso têm um contabilista ou aprenderam eles a fazer as coisas de modo a terem tudo certinho. Hoje em dia é um negócio como qualquer outro.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: zed
  8.  # 8

    Colocado por: TanialexandraVenho só aqui dar a perspectiva de uma "jovem" de 28 anos.
    Concordam com este comentário:JoelM,Carvai


    Esta é a perspectiva sobre o seu texto, de quem não é da sua geração mas não tem idade para ser da geração dos seus pais!
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  9.  # 9

    Colocado por: TanialexandraAgora eu pergunto, que culpa tem a minha geração para sermos chamados de preguiçosos que não querem trabalhar e não saem da casa dos pais quando na verdade herdámos uma economia num estado lastimável que foi completamente destruída pela geração anterior?

    Estou de acordo consigo, o meu filho é um pouco mais velho mas felizmente está bem na vida embora trabalhe quase 24H por dia (os computadores desconhecem horários de trabalho).
    E foi de facto a minha geração - eu estava na tropa no 25A - a maior responsável pelo estado do País. Destruíram muito do que funcionava, criaram "direitos adquiridos" insustentáveis que a sua geração está a pagar e que nunca irá ter.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
  10.  # 10

    Colocado por: CarvaiE foi de facto a minha geração - eu estava na tropa no 25A - a maior responsável pelo estado do País. Destruíram muito do que funcionava, criaram "direitos adquiridos" insustentáveis que a sua geração está a pagar e que nunca irá ter.


    Então e esta geração não vota? Ou andam numa de wishful thinking a criticar a situação actual mas sempre com esperança de que lhes calhe o mesmo mas sem grande esforço, independentemente dos efeitos a longo prazo de tal espera?

    Os direitos foram criados em função de uma condição económica existente na altura, se essas condições não existem então mudem-se (o que até foi iniciado por determinado governo mas que os meninos actualmente no governo decidiram implementar novamente).
    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 11

    A meu ver, a verdade é que em algum momento se perdeu a noção de trabalhardware para que a geração seguinte tenha uma vida melhor, estou a falar de um modo geral e não no caso particular de cada uma das famílias.
    Comprendo o que a usar de 28 anos escreveu mas apostaria que a geração dela tb não está preocupada com as seguintes, se estão peço desculpa pq não os conheço, aqueles com quem contacto não querem saber de todo. E sim, querem ter tudo o que consideram ter direito e não é no amanhã é no agora.
    Se têm direito a querer? Claro que sim. Se têm de ter só pq querem? Não.
    Concordam com este comentário: treker666
    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 12

    Quanto a cursos úteis ou inúteis, eu considero que estamos a desperdiçar os filósofos e considero que precisávamos deles para uma série de coisas.

    Quanto à termos muitos ou poucos licenciados, o erro é pensar que licenciatura/mestrado é sinónimo de emprego bem sucedido. Na verdade o ensino superior é suposto ser vantajoso para a pessoa é a sociedade de um modo que vai além do emprego da area. É suposto prepara pessoas para pensar e aprender/adaptar-se ao longo da vida.
    O que falta, na minha perspectiva, é locais onde se possa aprender profissões que por regra não é necessário ir para a universidade e mesmo para essas o mundo está a mudar e vão ser necessários mais conhecimentos teóricos. Por exemplo, diria eu, com automóveis cada vez mais tecnológicos e eléctricos se calhar as competências necessarias para quem trabalha nas oficinas passam a ser outras. Mas esta é apenas a minha opinião.
  11.  # 13

    Colocado por: enf.magalhaes

    ?? ?

    Ainda bem que alguém tira arquitectura e engenharia senao como o Sr Gambino investia no imobiliário ?

    Um licenciado em história também tem a sua mais valia na sociedade , etc...

    Poderíamos era discutir o número de vagas que o ensino superior oferece ....

    Além disso , a vida não é apenas dinheiro ...
    Concordam com este comentário:JoelM


    Eu adoro história! Aprecio muito arquitectura e engenharia e benefício do trabalho deles!

    Mas o problema é que eu não sou o mercado de trabalho!
  12.  # 14

    Colocado por: treker666Esta é a perspectiva sobre o seu texto, de quem não é da sua geração mas não tem idade para ser da geração dos seus pais!


    Estou longe de sofrer do síndrome de calimero, aliás raramente me vêem entrar neste tipo de conversas. Felizmente a vida corre-me bastante bem e não tenho do que reclamar, consegui tudo o que corri atrás. Mas não é por a vida me correr bem a mim que deixo de ter olhos na cara, e sei que a minha situação económica é a excepção à regra.

    Diz ser mais velho que eu mas não tem idade para ser da geração dos meus pais, tudo bem, tem noção no entanto que quem nasceu por exemplo na década 80 não passou por muito do que esta geração passou a nível de emprego por exemplo? Inclusive tenho tios e primos na casa dos trintas e muitos, quarentas, e todos eles concordam que arranjaram emprego muito mais facilmente na época em que entraram no mercado de trabalho, que passarem a efectivos não era nada assim tão fora do comum, e que embora actualmente até possam estar com os ordenados estagnados iniciaram com muito melhores ofertas do que a maioria das propostas hoje em dia. E mesmo no que toca a casa, a exigência de entrada é algo relativamente recente, e portanto não é preciso ter muitos mais anos que eu para se terem safado disso.



    Colocado por: CarvaiEstou de acordo consigo, o meu filho é um pouco mais velho mas felizmente está bem na vida embora trabalhe quase 24H por dia (os computadores desconhecem horários de trabalho).
    E foi de facto a minha geração - eu estava na tropa no 25A - a maior responsável pelo estado do País. Destruíram muito do que funcionava, criaram "direitos adquiridos" insustentáveis que a sua geração está a pagar e que nunca irá ter.


    Fico feliz por saber que o seu filho está bem na vida, felizmente alguns de nós conseguimos não fazer parte das estatísticas. Não podemos é ser egoístas e esquecer que não somos a regra, somos a excepção.

    Do 25 de Abril nada sei, a não ser obviamente o que se aprende na escola e o que fui ouvindo do meu pai e dos meus avós, portanto por muito que possa ter lido sobre o assunto considero-me leiga, porque só sabe quem o viveu. Mas muito mais tarde a chamada altura das vacas gordas não passou de uma bola de neve que teve as suas consequências desastrosas.

    Colocado por: treker666Então e esta geração não vota? Ou andam numa de wishful thinking a criticar a situação actual mas sempre com esperança de que lhes caiba o mesmo mas sem grande esforço, independentemente dos efeitos a longo prazo de tal espera?


    Votamos pois, mas lembre-se que vivemos num país com uma população bastante envelhecida e que grande parte dos eleitores votam cegamente nos mesmos partidos há décadas, e se for preciso ainda vão umas senhoras votar em X e Y porque os maridos lhes disseram que era naquele partido que tinham que votar. Há-de ocorrer a mudança mas paulatinamente, que não existem milagres. Se calhar já terei mais de 40 anos quando algo mudar significativamente, mas se a minha geração conseguir emendar alguns dos erros da geração anterior e conseguir criar melhores condições para a geração seguinte já fico feliz.
    Concordam com este comentário: macinblack
    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 15

    A maioria da população nem sabe como o estado se organiza, o que é um programa de governo ou o que distingue um partido de direita de um de esquerda.
    Concordam com este comentário: treker666, hangas
  13.  # 16

    Colocado por: AMVPA maioria da população nem sabe como o estado se organiza, o que é um programa de governo ou o que distingue um partido de direita de um de esquerda.


    A maioria da população não vota. E um número já muito elevado nunca sequer alguma vez exerceu esse direito.

    Mas o país tem uma tendência mais à esquerda que tinha antes. O país sempre teve uma tendencia algo à esquerda desde do 25 de abril, mas isso acentuou-se nas últimas duas décadas.
  14.  # 17

    Segui os seus 2 últimos comentários com interesse, mas,já agora, diga aqui quais foram, no seu entender

    Colocado por: Tanialexandraalguns dos erros da geração anterior
  15.  # 18

    Colocado por: AMVPComprendo o que a usar de 28 anos escreveu mas apostaria que a geração dela tb não está preocupada com as seguintes, se estão peço desculpa pq não os conheço, aqueles com quem contacto não querem saber de todo. E sim, querem ter tudo o que consideram ter direito e não é no amanhã é no agora.
    Se têm direito a querer? Claro que sim. Se têm de ter só pq querem? Não.


    Não posso falar por todos, mas tenho noção que a mudança não vai ser repentina, há muita coisa a mudar e erros a corrigir, e tal como respondi a outro user, com sorte ainda estarei na casa dos 40 quando se virem mudanças significativas, mas pelo menos que deixe um mundo melhor aos meus futuros filhos.

    Colocado por: AMVPQuanto à termos muitos ou poucos licenciados, o erro é pensar que licenciatura/mestrado é sinónimo de emprego bem sucedido


    Na geração anterior realmente era uma quase garantia, e o que aconteceu é que muitos dos actuais pais com essa memória pensaram que os seus filhos teriam uma melhor vida se se formassem. Pelo menos era a ideia do meu pai, que sempre me disse para estudar para não ter que trabalhar tanto como ele. A parte engraçada é que o meu marido, namorado na altura, foi aprender a profissão do meu pai com ele, serralheiro mecânico de máquinas industriais, e hoje em dia ganha bem mais que a mulher engenheira eletrotécnica (ainda em início de carreira, mas ainda assim tão cedo acho que não o apanho).
  16.  # 19

    Colocado por: MVA

    Não concordo. A geração actual é a mais literada da história da humanidade.




    Está a distorcer um bocado o que vai na cabeça desses jovens.
    O que se passa é que os pais deles, com a 6ª classe, facilmente enriqueceram. Quem ia para empresário nos anos 80, ao fim de 10 anos estava rico, mesmo sem ter quaisqueres habilitações (tenho o exemplo dos meus pais e muitos amigos deles, muitos dos quais com a 4ª classe, que abriam um negócio nos anos 80 e em meados dos anos 90 já estavam riquíssimos). Os meus pais por exemplo, aos 40 anos de idade já tinham 3 casas pagas (pediam crédito à CGD e ao fim de 5 anos conseguiam abater a totalidade do crédito, só com os rendimentos empresariais que tinham).

    Tempos em que ninguém sabia o que era uma factura ou uma declaração de IRS, onde a ASAE não existia, onde as câmaras municipais fechavam os olhos a tudo, tempos em que os empresários nem segurança social pagavam. Hoje em dia é impossível ser-se empresário. A burocracia é tremenda e os impostos, taxas e taxinhas comem todo o possivel lucro.

    Esses jovens queixam-se de que estudaram e esforçaram-se muito mais que os pais deles, mas nunca vão conseguir ter o nível de vida dos pais.
    Concordam com este comentário:DEEPblue,JoelM,Pedro Barradas,desofiapedro,Nostradamus,Bi91


    No tempo em que não se pagava ou se pagava como queria, feudalismos não por favor .
  17.  # 20

    Colocado por: TanialexandraDiz ser mais velho que eu mas não tem idade para ser da geração dos meus pais, tudo bem, tem noção no entanto que quem nasceu por exemplo na década 80 não passou por muito do que esta geração passou a nível de emprego por exemplo? Inclusive tenho tios e primos na casa dos trintas e muitos, quarentas, e todos eles concordam que arranjaram emprego muito mais facilmente na época em que entraram no mercado de trabalho, que passarem a efectivos não era nada assim tão fora do comum, e que embora actualmente até possam estar com os ordenados estagnados iniciaram com muito melhores ofertas do que a maioria das propostas hoje em dia. E mesmo no que toca a casa, a exigência de entrada é algo relativamente recente, e portanto não é preciso ter muitos mais anos que eu para se terem safado disso.



    Esquece-se de referir que a geração anterior à dos seus pais teve taxas de juros brutais e nem por isso deixaram de fazer o esforço de adquirir a habitação. Claro que muitos tiveram de prescindir de cinema, jantares fora etc. Mas lutaram pelo que pretendiam.



    Colocado por: TanialexandraVotamos pois, mas lembre-se que vivemos num país com uma população bastante envelhecida e que grande parte dos eleitores votam cegamente nos mesmos partidos há décadas,

    Aplica-se aos dois maiores partidos tradicionalmente governantes no país, mas não se aplica ao BE por exemplo e bem vemos a postura dos mesmos na politica e as consequências dos mesmos na destruição de emprego no pais. No entanto, os jovens lá estão batidos. Wishful thinking!



    Colocado por: TanialexandraFico feliz por saber que o seu filho está bem na vida, felizmente alguns de nós conseguimos não fazer parte das estatísticas. Não podemos é ser egoístas e esquecer que não somos a regra, somos a excepção.


    Fico satisfeito por ser a excepção, mas conto-lhe o que é a regra! Fui ao MacDonalds e fiz o meu pedido no take away. O montante a pagar era de X.YY€
    Perguntei ao jovem se queria .YY€ para facilitar os trocos ao qual o mesmo anuiu afirmativamente, tendo eu colocado o valor em cima do balcão e ele imediatamente agradeceu. Ao fim de um minuto dá-me o troco original respeitante a X.YY€ mais os .YY€ que eu tinha colocado no balcão. Acha que o problema é mesmo da entrada para o banco ou a falta de empregos?

    (naquele momento lembrei-me logo de uma outra discussão aqui do fórum acerca do ordenado mínimo ser baixo mas ainda assim elevado para muito boa gente. Aquele era um deles)
 
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