Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 281

    O canos deu um exemplo... sociologia é um curso que tem mais ou menos saídas profissionais que outros, muitas vezes, tirar sociologia ou outro qualquer vai dar ao mesmo.
    Arrendar um quarto? A sério? Um casal, a viver num quarto arrendado... durante quanto tempo... até o mercado ter rendas ou imoveis baratos? Fogo... claro que mais vale um apartamento, sempre dá para meter a renda no IRS.
    Pelo menos sempre têm o canto deles, onde podem chegar a casa e estar descansados, sem partilhar cozinha ou wc.
    Há coisas que o dinheiro paga e essa é uma delas. Ou será que a ideia é estar 20 anos a aforrar, sempre gastar em nada mais e depois compra-se a casa? Comprar casa nesses termos se calhar não se justifica, pelo menos para todos.
    Cada um de nós faria diferente... talvez... mas não quer dizer que estejamos certos e eles errados, ou vice versa
  2.  # 282

    Se calhar aquele casal, ganhando o mesmo, indo para outra zona do pais, interior por exemplo, gastavam menos de metade e teriam um vida muito mais confortável... é procurar. enquanto não há filhos, enquanto o emprego é precário é mais facil.
    Concordam com este comentário: IronManSousa, hangas, desofiapedro, Johny Mouse, rjmsilva, lmcaet
  3.  # 283

    Lol... e o filho e a namorada secalhar também desamparavam a loja...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: NLuz
  4.  # 284

    Colocado por: Pedro BarradasSe calhar aquele casal, ganhando o mesmo, indo para outra zona do pais, interior por exemplo, gastavam menos de metade e teriam um vida muito mais confortável

    REformulo.
    não é se calhar, é de certeza!!! Mas as pessoas ainda não se mentalizaram disso. depois mais tarde, vem se podem ou não voltar ás zonas urbanas, filhos a estudar noutro tipo de ensino. etc... a vida mais regularizada.

    "Just my 5 cents".. ( de quem saiu da cidade para o interior... e vai vendo a vida a passar...)
  5.  # 285

    Colocado por: Picaretaisso ou ter o 12º ano é a mesma coisa.


    eu até arriscava a dizer que ainda é pior. Porque se tivessem o 12º ano não tinham o sonho e a expectativa de virem a trabalhar nas áreas de formação deles e já se tinham agarrado a outro trabalho, se calhar mais puxado para o físico, mas mais bem remunerado ao fim do mês. Mais dois jovens que foram "enganados" pela sociedade que vende o chavão que todos tem que ter um curso superior.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, alexp, Caravelle, desofiapedro, Picareta, lmcaet
  6.  # 286

    Colocado por: pauloagsantosMais dois jovens que foram "enganados" pela sociedade que vende o chavão que todos tem que ter um curso superior.

    Totalmente de acordo...
    Até porque a maioria deles, fazem o custo, por fazer, sem qq tipo de vocação. só porque sim, actualmente então com os cursos superiores de 3 anos... enfim é somente reter o pessoal na escola... de~pois na pratica, apra a vida do dia dia, profissionalmente, acabam por, na maioria dos cursos, não serem mais valias para as empresas, e muitos também não tem uma postura empreendedora...
  7.  # 287

    Colocado por: Pedro Barradas
    Totalmente de acordo...
    Até porque a maioria deles, fazem o custo, por fazer, sem qq tipo de vocação. só porque sim, actualmente então com os cursos superiores de 3 anos... enfim é somente reter o pessoal na escola... de~pois na pratica, apra a vida do dia dia, profissionalmente, acabam por, na maioria dos cursos, não serem mais valias para as empresas, e muitos também não tem uma postura empreendedora...


    eu, enquanto professor, digo sempre aos meus alunos que o curso vale ZERO, o que vale são as competências que adquirem ao longo do curso. Se querem lá andar a passear os livros, a fazer as cadeiras por insistência até vencerem o professor por cansaço e acabarem o curso com média de 10, que depois o mercado de trabalho irá fazer o ajuste no ordenado deles.

    Mas o que me revolta é o desajuste dos cursos superiores ao mercado de trabalho, abriram-se cursos que não interessam a ninguém. Usando o exemplo de sociologia, em 2020 existiram 628 vagas divididas em 11 instituições do ensino superior. Não digo que os sociólogos não sejam precisos, mas são precisos tantos? É que muitos bons alunos vão para estes cursos, fazem o trabalho deles, adquirem as competências, mas depois o mercado de trabalho não precisa dessas competências.

    Felizmente já se começa a ver alguns pais a alertar os filhos para as saídas profissionais de alguns cursos, mas aqui à uns anos o que os pais queriam era que os filhos tiram-se um curso superior, não interessava em quê, mas tinham que ter um curso superior.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, Caravelle
  8.  # 288

    Colocado por: pauloagsantos
    Mas o que me revolta é o desajuste dos cursos superiores ao mercado de trabalho, abriram-se cursos que não interessam a ninguém. Usando o exemplo de sociologia, em 2020 existiram 628 vagas divididas em 11 instituições do ensino superior. Não digo que os sociólogos não sejam precisos, mas são precisos tantos? É que muitos bons alunos vão para estes cursos, fazem o trabalho deles, adquirem as competências, mas depois o mercado de trabalho não precisa dessas competências.


    A formação não tem que ser para uma vida profissional - se querem estudar X porque sentem que é isso que gostam, força. O erro está em achar que o curso dá algum tipo de direito especial a um emprego ou a uma remuneração. "Passei anos a estudar, agora mereço ganhar X" é um pensamento comum mas equivocado.

    A mim não me chateia que haja muitos sociólogos ou que haja "mais" do que os "precisos", porque eu não sei quantos são precisos e ninguém sabe. Além de que, mesmo que soubéssemos, o facto de já haver um determinado número não deve impedir novos sociólogos de entrar no mercado e lutar por ele.
    Só terão é que fazer pela vida - se não há procura, terão que a criar.



    Felizmente já se começa a ver alguns pais a alertar os filhos para as saídas profissionais de alguns cursos, mas aqui à uns anos o que os pais queriam era que os filhos tiram-se um curso superior, não interessava em quê, mas tinham que ter um curso superior.


    Apesar de tudo, ainda há um prémio remuneratório associado à formação superior.
    Concordam com este comentário: eu, desofiapedro
  9.  # 289

    Colocado por: luisvvApesar de tudo, ainda há um prémio remuneratório associado à formação superior.


    é essa a frase que é preciso explicar muito bem.

    há um prémio remuneratório associado a algumas competências da formação superior.

    um curso, por si só, não trás mais dinheiro no final do mês. Os formados que estão a ganhar o ordenado mínimo nas caixas dos supermercados, sabem-no muito bem. Ou não ganharam competência nenhuma ou ganharam competências que não são precisas no mercado do trabalho.

    são as competência, o saber fazer que trás dinheiro, não o curso.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, desofiapedro
    • alexp
    • 23 fevereiro 2021 editado

     # 290

    Isto está muito ligado ao fenómeno dos nem nem's.
    Muito jovem de 17 anos quer ir para a universidade porque vê os amigos a levarem uma vida de borga fora da casa dos pais. E isso torna-se o mais importante para muitos. Uns até fazem tudo para irem juntos para as mesmas universidades. Os que tem notas boas safam-se os que não tem notas escolhem um curso de tirar leite aos pitos que tenha a mínima nota de admissão.
    Depois são uns anos de boa vida e voltam para casa dos pais para continuar a receber a mesada.
    Concordam com este comentário: lmcaet
    • eu
    • 23 fevereiro 2021

     # 291

    Colocado por: luisvvA formação não tem que ser para uma vida profissional - se querem estudar X porque sentem que é isso que gostam, força

    Exatamente, o conhecimento não serve apenas para o trabalho.
    • alexp
    • 23 fevereiro 2021

     # 292

    Colocado por: eu
    Exatamente, o conhecimento não serve apenas para o trabalho.

    É verdade. Mas na era da informação o conhecimento já não se encontra fechado nas universidades. Quem quiser consegue obtê-lo facilmente sem ir a uma universidade.
    Concordam com este comentário: eu, Caravelle
  10.  # 293

    Colocado por: alexpÉ verdade. Mas na era da informação o conhecimento já não se encontra fechado nas universidades. Quem quiser consegue obtê-lo facilmente sem ir a uma universidade.


    embora algum conhecimento precisa de uma componente laboratorial forte. Existem areas em que não basta ler os livro, é preciso colocar as mãos na massa e fazer muita experimentação. Nisso os laboratórios das universidades são bons.


    Mas acabamos por divergir um pouco do custo das habitações.

    toda esta conversa fez-me lembrar aquela história de um sheikh qualquer das arabias.

    "Quando o fundador de Dubai, Sheikh Rashid, foi questionado sobre o futuro de Dubai, ele disse ”meu avô andava de camelo, meu pai andava de camelo, eu ando de Mercedes, meu filho anda de Land Rover, e o meu neto vai andar de Land Rover; mas meu bisneto vai andar de camelo... "

    ou seja:
    Tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam tempos fáceis. Tempos fáceis criam homens fracos, homens fracos criam tempos difíceis.

    devemos estar um pouco na fase dos homens fracos começarem a criarem tempos difíceis.
    Concordam com este comentário: alexp, Pedro Barradas, pedrocipri, eu, macinblack, HAL_9000, Caravelle, lmcaet
    Estas pessoas agradeceram este comentário: NLuz, lmcaet, WarrenG, IronManSousa
  11.  # 294

    Colocado por: pauloagsantos
    é essa a frase que é preciso explicar muito bem.
    há um prémio remuneratório associado a algumas competências da formação superior.
    um curso, por si só, não trás mais dinheiro no final do mês. Os formados que estão a ganhar o ordenado mínimo nas caixas dos supermercados, sabem-no muito bem. Ou não ganharam competência nenhuma ou ganharam competências que não são precisas no mercado do trabalho.
    são as competência, o saber fazer que trás dinheiro, não o curso.


    Há um prémio remuneratório, quer porque para trabalho igual maior formação gera maior remuneração, quer porque em média funções que requerem formação superior pagam melhor.
  12.  # 295

    Colocado por: luisvvquer porque para trabalho igual maior formação gera maior remuneração


    só se for na função publica ou empresas com uma forte presenças sindical que obriguem a seguir o contrato coletivo de trabalho à risca.

    se um empresa precisa de uma rececionista em que o 12 ano é suficiente não é por a menina (ou o menino) tirar um doutoramento relações publicas ou em línguas que o patrão vai aumentar o trabalho ou irá ganhar mais em outro empresa e ser rececionista.

    infelizmente o que se passa é que dado o excesso de licenciados em algumas áreas, eles acabam por aceitar um trabalho em que era preciso apenas o 12º ano com a remuneração a condizer.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  13.  # 296

    Colocado por: pauloagsantossó se for na função publica ou empresas com uma forte presenças sindical que obriguem a seguir o contrato coletivo de trabalho à risca.

    se um empresa precisa de uma rececionista em que o 12 ano é suficiente não é por a menina (ou o menino) tirar um doutoramento relações publicas ou em línguas que o patrão vai aumentar o trabalho ou irá ganhar mais em outro empresa e ser rececionista.
    Ora nem mais, a formação superior não é devidamente reconhecida monetariamente em Portugal. No meu entender, fazer um curso superior não é só adquirir conhecimentos técnicos e científicos, dá às pessoas todo um conjunto de ferramentas que as torna mais moldáveis, mais adaptáveis e mais criativas em qualquer trabalho que executem, e isso deveria ser valorizado.

    Mas também diga-se de passagem, as nossas políticas de ensino são parte do problema: não têm o cuidado de adaptar a oferta de formação às necessidades do país ou a uma estratégia para o país. Basicamente a política é formar, formar, formar para cumprir metas europeias, e quem vier atrás que feche a porta. Compromete-se assim o futuro profissional dos profissionais que formam.

    A qualidade do ensino muitas vezes também não é a exigível. Os cursos têm de abrir porque ha profissionais contratados, alguns desses profissionais em vez de se preocuparem com a qualidade do ensino e da investigação que desenvolvem, preocupam-se muito mais em travar batalhas internas pífias. Ainda não há muito tempo apareceu nas notícias "uma guerra" entre professores e um administrador de um Instituto que agora não me recordo o nome porque o último tinha tratado os primeiros por "colegas"????. Nada disso dignifica o ensino superior, e nada disso contribui para a qualidade e exigência que o mesmo deveria ter.
    Movimento-me no meio académico há anos suficientes para saber que nos últimos anos a qualidade e exigência global tem vindo a decair (apesar de continuar a haver qualidade e exigência atenção), e também isso contribui para que o facto de ter ou estudos superiores hoje em dia não seja devidamente valorizado. Contudo, e pegando no exemplo do rececionista que falaram em cima, acho que qualquer empresa ficaria melhor servida com uma pessoa com formação superior do que com alguém com o 12º ano (sem desmérito, e tirando aqui da equação características de personalidade que podem fazer toda a diferença), e isso deveria ser evidentemente valorizado.
  14.  # 297

    Colocado por: pauloagsantos
    só se for na função publica ou empresas com uma forte presenças sindical que obriguem a seguir o contrato coletivo de trabalho à risca.


    Essas e não só. Há inúmeras empresas com políticas semelhantes.


    se um empresa precisa de uma rececionista em que o 12 ano é suficiente não é por a menina (ou o menino) tirar um doutoramento relações publicas ou em línguas que o patrão vai aumentar o trabalho ou irá ganhar mais em outro empresa e ser rececionista.


    Não. Mas se a escolher por ter o curso, vai. Como é evidente, falamos em médias ou tendências e de médio/longo prazo, não em casos anedóticos ou coisas pontuais.


    infelizmente o que se passa é que dado o excesso de licenciados em algumas áreas, eles acabam por aceitar um trabalho em que era preciso apenas o 12º ano com a remuneração a condizer.


    Não é necessariamente uma questão de excesso, também acontece muita má gestão de expectativas.
  15.  # 298

    Colocado por: luisvvNão é necessariamente uma questão de excesso, também acontece muita má gestão de expectativas.
    Se não houver objetivamente trabalho para essas pessoas na sua área de formação , então existe excesso. A gestão de espectativas faz com que as pessoas saibam o que as espera, mas não cria vagas onde as não há.
  16.  # 299

    Colocado por: HAL_9000
    Se não houver objetivamente trabalho para essas pessoas na sua área de formação , então existe excesso. A gestão de espectativas faz com que as pessoas saibam o que as espera, mas não cria vagas onde as não há.


    Mas porque não haveria trabalho? O volume de trabalho não é fixo, flutua ao sabor de inúmeras variáveis. Se não há procura, cria-se. Se me disser que em determinadas áreas as pessoas são formatadas para esperar um certo tipo de posição, concordo. Mas se hoje há "procura" para 100 sociólogos, porque raio um acabadinho de formar não pode competir com os que já existem? Ou criar ele próprio o seu mercado..
  17.  # 300

    Colocado por: luisvvMas se hoje há "procura" para 100 sociólogos, porque raio um acabadinho de formar não pode competir com os que já existem? Ou criar ele próprio o seu mercado..

    Que se inscrevam como militantes do BE, pelo que se vê é dos poucos sítios onde eles medram.
 
0.0581 seg. NEW