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    • Canos
    • 7 fevereiro 2021 editado

     # 21

    Colocado por: Sei_láExemplo perfeito, embora não seja preciso ir até ao vizinho. Partilho consigo um caso que conheço:

    Em 2017 ofereci 185k por um T3 completamente renovado (lindíssimo) num centro histórico dos arredores de Lisboa.
    Na véspera do CPCVfui ultrapassado por um casal que ofereceu 190k e ficou com a casa. Fiquei lixado, mas ok, compreendo.

    No final de 2019 o mesmo apartamento aparece listado nos sites do costume por 290k. Em praticamente 3 anos o mesmo imóvel valorizou 100k EUR?

    O mesmo se passa com o resto da construção, que é escassa e aproveita a procura, limitando o acesso de famílias de classe média a casas de classe média!

    É como o Canos diz: quem compra, compra mal! Está a comprar casas de classe média a preços de classe alta.


    Já para não puxar o assunto de casas/prédios para alojamento local que por aí andam, que estão a ser feitas às três pancadas e que no final vão ser vendidas a preço de ouro ou arrendadas por 900€ um T1 quando a moda do alojamento local passar.
  1.  # 22

    Colocado por: Canos

    Já para não puxar o assunto de casas/prédios para alojamento local que por aí andam, que estão a ser feitas às três pancadas e que no final vão ser vendidas a preço de ouro ou arrendadas por 900€ um T1 quando a moda do alojamento local passar.


    Colocado por: Canos

    Já para não puxar o assunto de casas/prédios para alojamento local que por aí andam, que estão a ser feitas às três pancadas e que no final vão ser vendidas a preço de ouro ou arrendadas por 900€ um T1 quando a moda do alojamento local passar.


    Se o turismo não voltar com fulgor essas casas vão ser as primeiras a inundar o mercado.
  2.  # 23

    Colocado por: Canos

    Já para não puxar o assunto de casas/prédios para alojamento local que por aí andam, que estão a ser feitas às três pancadas e que no final vão ser vendidas a preço de ouro ou arrendadas por 900€ um T1 quando a moda do alojamento local passar.


    Aí já estou como o DR1982 diz, provavelmente a moda do alojamento local ou o açambarcamento por estrangeiros com mais poder de compra não vai passar.

    Já agora DR1982, vê o exemplo de Massamá, com T3 de construção aceitável a ultrapassar os 300k. Até no Monte-Abraão tens T3 a aproximar-se dos 300k. Ambos longe de serem paraísos num centro histórico.
  3.  # 24

    Colocado por: CanosAinda vamos concluir que afinal está tudo bem!


    Apenas constato que acontece o que sempre aconteceu, aqui e lá fora. As cidades sofreram o mesmo que qualquer outra lá fora.

    -Os imigrantes vêm para que zonas?
    -Os nacionais cada vez estudam mais, e os empregos (que pedem canudo) onde estão?
    -O êxodo rural nunca parou.
    -Cada vez há mais interessados em viver no centro de tudo, com os serviços todos ali ao pé.
    -Os turistas vêm ver o quê? Se você tem um imovel numa zona nobre/requisitada, não vai cobrar 5 se pode cobrar 8 ou 9.

    Pouco importa se está bem ou mal, é o que há. Olhe o caso do Tyrande, se comprasse o tal imovel por 185k€ e o vendesse hoje por alguma razão, certamente não ia pedir os mesmos 185 que lhe custou.

    No lado oposto, não faltam aldeias que ficarão inabitadas por falta de crianças. Compre uma casa/terreno nesses sitios, invista, dinamize uma zona esquecida.

    Talvez com o hábito do teletrabalho, muita gente volte para o campo. Talvez muitos outros se cansem dos computadores e se virem para a terra.

    Até lá terá o mercado a funcionar. Se há 100 interessados por um barraco à venda na cidade, fica com ele quem oferecer a maior licitação nesse leilão. Nada de mais normal.
    Concordam com este comentário: MrVetable, desofiapedro, RRoxx
  4.  # 25

    Colocado por: Sei_lá

    Aí já estou como o DR1982 diz, provavelmente a moda do alojamento local ou o açambarcamento por estrangeiros com mais poder de compra não vai passar.

    Já agora DR1982, vê o exemplo de Massamá, com T3 de construçãoaceitávela ultrapassar os 300k. Até no Monte-Abraão tens T3 a aproximar-se dos 300k. Ambos longe de serem paraísos num centro histórico.


    Não vejo muitos perto dos 300K no último mês...
    https://www.idealista.pt/comprar-casas/sintra/massama-e-monte-abraao/com-t3,publicado_ultimo-mes/?ordem=atualizado-desc
    • mrsp
    • 7 fevereiro 2021

     # 26

    Vejo que várias vezes falamos da 'classe média' em Portugal, mas não sei até que ponto este conceito não varia entre utilizador.

    Considerando apenas o rendimento líquido, onde fica a classe média? Um casal que ganha €2000, €2500, €3000, €4000, €5000?
  5.  # 27

    Colocado por: Principiantedeobras

    Não vejo muitos perto dos 300K no último mês...
    https://www.idealista.pt/comprar-casas/sintra/massama-e-monte-abraao/com-t3,publicado_ultimo-mes/?ordem=atualizado-desc


    https://www.idealista.pt/imovel/30982257/ Anúncio atualizado há 19 dias.

    Vale o que vale, não quero insistir nisso.

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Talvez com o hábito do teletrabalho, muita gente volte para o campo. Talvez muitos outros se cansem dos computadores e se virem para a terra.

    Até lá terá o mercado a funcionar. Se há 100 interessados por um barraco à venda na cidade, fica com ele quem oferecer a maior licitação nesse leilão. Nada de mais normal.


    Talvez a solução da desmaterialização do local de trabalho seja válida para alguns. Não é com certeza a norma.

    Atenção que estamos a discutir o facto dos preços estarem altíssimos, não a tentar arranjar justificações para o facto: essas são conhecidas e já foram bem enunciadas por todos aqui.

    Como disse anteriormente: acho estranho, até porque não vejo os salários a subir nem vejo o tal influxo de novos compradores vindos do interior (do universo de pessoas que conheço). De algum lado os compradores aparecem, isso parece evidente. A que custo...
  6.  # 28

    Colocado por: Principiantedeobras

    Não vejo muitos perto dos 300K no último mês...
    https://www.idealista.pt/comprar-casas/sintra/massama-e-monte-abraao/com-t3,publicado_ultimo-mes/?ordem=atualizado-desc
    Pelos vistos ate ha casas a preços aceitáveis, nao se pode é querer bife ao preço de tremoço...
    Da forma que alguns falam da a entender que quem vende casas por preços altos devia ser obrigado a baixar para o que os outros querem...
    Em vez de reclamar dos preços tentem ganhar mais ou convencer-se que nao têm possibilidades de comprar nessas zonas, essas casas, os que não tem...
    Quem vende é que estipula o preço, compra quem pode, os outros olham, sempre assim foi e sempre será...

    Como disse o N Miguel procurem alternativas, nao faltam zonas com casas acessíveis sem ser propriamente no fim do mundo, como ja disse antes, pelos paises que tenho andado acho que em Portugal devemos ser dos paises onde mais pessoas conseguem ter casa própria e ainda nos queixamos
    Concordam com este comentário: nore
  7.  # 29

    Colocado por: DR1982Pelos vistos ate ha casas a preços aceitáveis, nao se pode é querer bife ao preço de tremoço...
    Da forma que alguns falam da a entender que quem vende casas por preços altos devia ser obrigado a baixar para o que os outros querem...
    Em vez de reclamar dos preços tentem ganhar mais ou convencer-se que nao têm possibilidades de comprar nessas zonas, essas casas, os que não tem...
    Quem vende é que estipula o preço, compra quem pode, os outros olham, sempre assim foi e sempre será...

    Como disse o N Miguel procurem alternativas, nao faltam zonas com casas acessíveis sem ser propriamente no fim do mundo, como ja disse antes, pelos paises que tenho andado acho que em Portugal devemos ser dos paises onde mais pessoas conseguem ter casa própria e ainda nos queixamos


    É ao contrário, neste momento vende-se tremoço ao preço de bife.

    Ninguém está a obrigar nada a ninguém. O que estamos a discutir é apenas um aspeto: preços que parecem desajustados!

    Fiz agora uma pesquisa no Idealista por nova construção, T3 entre 240k e 260k EUR. Existem apenas 13 resultados nos arredores de Lisboa!

    Se partir dos 180k surgem 32 resultados.

    Há cerca de 3 anos eram cogumelos.
    Concordam com este comentário: json
  8.  # 30

    Tenho de me repetir: as casas valem o que os interessados estão dispostos a pagar por elas.

    Se acho escandaloso um T1 de 50 m2 custar 500.000€ no centro do Porto? Não acho nem deixo de achar, se aparecem interessados a pagar esse dinheiro - e eles continuam a aparecer - porque é que o proprietário o vai vender por 400.000€?!
    Concordam com este comentário: Picareta, DR1982, N Miguel Oliveira, desofiapedro
  9.  # 31

    Colocado por: J.FernandesTenho de me repetir: as casas valem o que os interessados estão dispostos a pagar por elas.

    Se acho escandaloso um T1 de 50 m2 custar 500.000€ no centro do Porto? Não acho nem deixo de achar, se aparecem interessados a pagar esse dinheiro - e eles continuam a aparecer - porque é que o proprietário o vai vender por 400.000€?!


    Pronto é aqui que discordamos: as casas não valem o que os interessados estão dispostos a pagar, as casas valem os materiais, a mão de obra, os estudos/projetos e a localização (+ a margem de lucro).

    Mas ficar-se por aceitar os preços só porque "há quem os compre" é desistir na superfície.
    Quando decide comprar uma ação de uma empresa não vai primeiro confirmar se o preço corresponde ao ativo? É que quando não corresponde começa a cheirar a esturro. Aliás, nem sou eu que o digo, o FMI já o alertava em 2018 e o Financial Times deu continuidade à preocupação em novembro passado.

    Vamos lá ver se nos entendemos: a tese que estou a defender é a de que o preço atual das casas não parece ter acompanhado os salários dos compradores a quem se destinam. E se algo não parece bem, não cheira bem, não sabe bem...
    Concordam com este comentário: Canos, Bondi
    •  
      Tyrande
    • 8 fevereiro 2021 editado

     # 32

    Colocado por: J.FernandesTenho de me repetir: as casas valem o que os interessados estão dispostos a pagar por elas.

    Se acho escandaloso um T1 de 50 m2 custar 500.000€ no centro do Porto? Não acho nem deixo de achar, se aparecem interessados a pagar esse dinheiro - e eles continuam a aparecer - porque é que o proprietário o vai vender por 400.000€?!
    Concordam com este comentário:Picareta,DR1982,N Miguel Oliveira


    É claro que o mercado tem de funcionar.
    O que é ridículo, para além da especulação imobiliária que já mencionei é o exôdo forçado dos cidadãos nacionais.
    Comprar casa nos pólos (Lx/Porto) está praticamente só ao alcance de estrangeiros neste momento!

    Ao ponto que chegamos! O que temos de melhor para oferecer neste país (infraestruturas, transporte, etc) está ao serviço de estrangeiros, porque são eles os únicos a conseguirem pagar imobiliário nessas zonas.

    GG

    EDIT: era bom que o teletrabalho viesse para ficar. Que muitas empresas o adotassem, assim talvez haveria retorno das pessoas para a "terrinha".
    Mas infelizmente, como já ouvi da boca de alguns, pra trabalhar tem de se estar no local de trabalho. Em casa só se está na "****". (desculpem a linguagem, mas estou a parafrasear alguém).

    Ie: na mente de alguns retrógados teletrabalho = tele****.
  10.  # 33

    Colocado por: J.FernandesTenho de me repetir: as casas valem o que os interessados estão dispostos a pagar por elas.

    Se acho escandaloso um T1 de 50 m2 custar 500.000€ no centro do Porto? Não acho nem deixo de achar, se aparecem interessados a pagar esse dinheiro - e eles continuam a aparecer - porque é que o proprietário o vai vender por 400.000€?!

    Lá está, quando não temos visão, não temos mesmo visão.
    O que se está aqui a discutir é o impacto negativo que estes preços (que alguns acham justo) têm no cidadão comum e consequentemente na sociedade.

    Têm filhos a entrar na idade adulta? É que se tem, e mesmo assim continua com essa postura, não está a ser muito amigo dos seus.
    Por isso, ou é daquelas pessoas que anda a fazer vida no mercado imobiliário (seja a vender ou a arrendar) ou não tem muita visão para o futuro desse canteiro à beira mar.

    Isso de ir viver para o interior porque os terrenos/casas estão baratos, é altamente ridículo. Pois no interior não existe nada, nem escolas nem supermercados (por alguma razão que o povo debanda de lá). E ninguém no seu perfeito juízo (a não ser porque gosta) vai para o interior onde tem que se colocar no carro para ir comprar pão.
  11.  # 34

    Colocado por: Sei_láo preço atual das casas não parece ter acompanhado os salários dos compradores a quem se destinam. E se algo não parece bem, não cheira bem, não sabe bem...


    E quem lhe diz que não são os salarios o problema? Comece por oferecer 2000 a cada trolha, e a mão de obra aumenta logo. Se calhar até pagará o mesmo pela casa, mas pelo menos cai por terra o argumento que há pouca mão de obra para acompanhar tanta procura.
    Concordam com este comentário: DR1982
  12.  # 35

    Colocado por: N Miguel Oliveirapouca mão de obra para acompanhar tanta procura.


    Porque acha que sai de PT. Porque pagavam bem quer ver?
    Em PT oferecem um estágio não remunerado ao recém licenciados e o salário mínimo a que anda na áreas à uns 10 anos. E alguns ainda defendem de que o ordenado mínimo deveria acabar. Areia para os olhos a esta hora?
  13.  # 36

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    E quem lhe diz que não são os salarios o problema? Comece por oferecer 2000 a cada trolha, e a mão de obra aumenta logo. Se calhar até pagará o mesmo pela casa, mas pelo menos cai por terra o argumento que há pouca mão de obra para acompanhar tanta procura.


    Concordo, claro, mas não será o cenário aplicado. A relação procura/oferta vai sofrer alterações, as margens de lucro vão acompanhar a descida e o trolha vai continuar a ganhar o mesmo (ou talvez menos).
  14.  # 37

    A compra de habitação por parte de estrangeiros em Lisboa e Porto acaba por ter um efeito sistémico, pois nos arredores os preços também são pressionados.

    E a oferta existente continua a ser pouca. Anos como 2015 e 2016 em que foram construídos poucos fogos novos.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Iko
  15.  # 38

    Colocado por: CanosPorque acha que sai de PT. Porque pagavam bem quer ver?
    Em PT oferecem um estágio não remunerado ao recém licenciados e o salário mínimo a que anda na áreas à uns 10 anos. E alguns ainda defendem de que o ordenado mínimo deveria acabar. Areia para os olhos a esta hora?


    Ora aí está a sua oportunidade.
    Regresse, crie o seu emprego, contrate, e pague aquilo que gostaria de receber se fosse você o empregado. Deixaria de ser parte do problema para ser a solução.

    A malta habituou-se durante anos a mão de obra baratíssima na construção. Habituou-se também a ter casa própria sem sequer terem dinheiro. Na crise muitos emigraram e não voltaram. Agora ao aumento da procura (de casa) não houve resposta da oferta na mesma proporção. Resultando daí tanta especulação.

    Hoje as casas são feitas à pressa e custam mais, aos poucos deixam de ser tão baratas como sempre foram. Aos poucos e com tanta procura, os empreiteiros terão forçosamente que pagar melhor pelos serviços que ninguém quer fazer...
    Concordam com este comentário: Picareta, desofiapedro
  16.  # 39

    Colocado por: Sei_láPronto é aqui que discordamos: as casas não valem o que os interessados estão dispostos a pagar, as casas valem os materiais, a mão de obra, os estudos/projetos e a localização (+ a margem de lucro).

    Não. As casas valem o que em dado momento, os interessados pagarem por elas, ponto.


    Colocado por: Sei_láa localização

    Este é o factor que justifica a diferença de preços entre uma moradia T5 em Trás-os-Montes por 150.000€ e o tal T1 no Porto por 500.000€.
  17.  # 40

    Colocado por: lusomanA compra de habitação por parte de estrangeiros em Lisboa e Porto acaba por ter um efeito sistémico, pois nos arredores os preços também são pressionados.

    Os estrangeiros, essa praga....

    Antes deles estávamos tão bem com centros históricos a caírem de podre!
 
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