Colocado por: AMG1
Entre outras, as duas coisas de que já aqui se falaram hoje: i) indexação da idade da reforma à esperanca média de vida e ii) criação do factor de sustentabilidade, foram ambas criadas por essa legislação.
Mas o melhor é ler, sempre fica com uma ideia de como o sistema funciona.
Colocado por: spvale
Já li, mas esqueceram-se de modificar o que já foi feito de mal e corrigir
Basicamente modificaram para pior as futuras reformas.
As actuais estão desfasadas dos novos cálculos, e deveriam introduzir como já acontece em vários países da Europa um tecto máximo da reforma nunca superior a 1800 euros por exemplo...
Colocado por: AMG1
Não se esqueceram, simplesmente não foi essa a opção.
Esse tecto máximo, quando existe, também pressupõe tecto maximo para a contribuições. E aquilo a que comumente se chama o plafonamento. Nas circunstancias do nosso sistema, essa alteração implicava ter condições financeiras para financiar a transição, caso contrario só com cortes brutais nas actuais pensões é que seria possivel.
Convém nao esquecer, que embora existam algumas (poucas) pensões elevadas, em geral são muito baixas. A pensão média do sistema contributivo nem chega a 600€, a do sistema não contributivo é muito menor. Uma redução significativa nestas pensões implicava colocar uma quantidade enorme de idosos a viver ao nivel da indigência.
Não há soluções fáceis, nem ideais, o que tiver de ser feito tem uma enormidade de contingências pela frente, todas dificeis de ultrapassar.
Colocado por: spvale
Por algum lado temos que começar,o jogo de empurrar com a barriga é fácil.
Ainda hoje uma utente minha se queixava de ganhar 300 euros com 20 anos de descontos mas depois lá mencionou que ganha 450 euros de reforma da Alemanha😅
Em Portugal quem não chora não mama.
Limitar o tecto máximo é um dos caminhos porque a esperança média de vida está sempre a aumentar.
Cortar será sempre o caminho quanto mais tarde pior...
Colocado por: AMG1mas é aqui que os nossos politiquinhos nos falham, uns porque como querem é mudar a natureza do sistema, a unica coisa que lhes interessa é demonstrar que ele esta falido. Os outros porque se negam a assumir que existe um problema e consequentemente a fazer o que quer que seja para o resolver.
Colocado por: eu
E é assim também na saúde, na educação, nos transportes públicos, ...
Colocado por: 4por1e quando chegar a "nossa" vez de precisar mos de um lar e a reforma ser de 600/700 euros ...quem vai pagar a diferença ?
Temos um grande problema futuro ....mas ninguém pensa nisso.
A Mesiricordia só com cunhas.
Colocado por: AMG1
Provavelmente da mesma forma que muito idosos, já o fazem hoje, com a ajuda dos filhos.
Colocado por: AMG1 E o que é que tem de ser feito, que nos torna assim a todos tão irresponsaveis, por não o fazermos?
Colocado por: rjmsilvaQual é o problema das reformas altas se cada um só recebe em função daquilo que desconta? É a típica inveja do português?
Colocado por: Holy_Grail
Ainda que não seja o orador mais eloquente ou persuasivo para mim o que deveria ser feito era:
- parar com este sistema em que uns pagam a reforma dos outros (funciona bastante bem enquanto tem uma pirâmide etária em formato de cone mas que já deixou de ser o nosso caso faz tempo, ao fim ao cabo não está longe de um esquema Ponzi)
- colocar um tecto máximo para as reformas
- as pessoas deveriam saber precisamente quanto dinheiro já descontaram e quantos meses/anos isso representa mediante a esperança média de vida, ou seja, findo o bolo, acabar-se-ia o dinheiro (isto coloca o ónus de planear o futuro para o cidadão e não para o Estado)
- benefícios fiscais para quem detiver PPR's, ETF's ou outros instrumentos de investimento a longo prazo
- invés de termos um "móvel" da Segurança Social que serve para tudo e mais alguma coisa, criar diferentes "gavetas" como fazem na Alemanha. Como provavelmente sabe, desconta-se para acidentes de trabalho, desemprego, reforma, seguro de saúde e cuidados de enfermagem (para apoio à velhice). Não se anda a tirar dinheiro de um lado para o outro para tapar buracos e fingir que está tudo bem. Quando falta, explica-se aonde e a percentagem que terá de ser aumentada.
O que temos vindo a fazer é mais do mesmo: aumentar a idade de reforma, reduzir pensões e, mais cedo ou mais tarde, iremos aumentar os descontos para a S.S.. Em que medida estamos a resolver seja o que for? A minha visão poderá ser simplista, bem sei. Mas por este caminho só estamos a empurrar com a barriga para a frente e esperar que haja um milagre económico qualquer.
Colocado por: rjmsilvaQual é o problema das reformas altas se cada um só recebe em função daquilo que desconta? É a típica inveja do português?
Colocado por: 4por1Aumentar a esperança media de vida , serve quem ? para
A minha mãe tem a reforma mínima , tambem nunca descontou é certo , tem 90 anos e dividimos os cuidados entre mim e o meu irmão
O meu irmão está reformado , fica com ela em casa , eu trabalho e tenho de a por num centro de dia ...pago 450 euros mais a reforma dela.
acham que dá para amealhar para quando eu precisar ?
Colocado por: Holy_Grail
Ainda que não seja o orador mais eloquente ou persuasivo para mim o que deveria ser feito era:
- parar com este sistema em que uns pagam a reforma dos outros (funciona bastante bem enquanto tem uma pirâmide etária em formato de cone mas que já deixou de ser o nosso caso faz tempo, ao fim ao cabo não está longe de um esquema Ponzi)
- colocar um tecto máximo para as reformas
- as pessoas deveriam saber precisamente quanto dinheiro já descontaram e quantos meses/anos isso representa mediante a esperança média de vida, ou seja, findo o bolo, acabar-se-ia o dinheiro (isto coloca o ónus de planear o futuro para o cidadão e não para o Estado)
- benefícios fiscais para quem detiver PPR's, ETF's ou outros instrumentos de investimento a longo prazo
- invés de termos um "móvel" da Segurança Social que serve para tudo e mais alguma coisa, criar diferentes "gavetas" como fazem na Alemanha. Como provavelmente sabe, desconta-se para acidentes de trabalho, desemprego, reforma, seguro de saúde e cuidados de enfermagem (para apoio à velhice). Não se anda a tirar dinheiro de um lado para o outro para tapar buracos e fingir que está tudo bem. Quando falta, explica-se aonde e a percentagem que terá de ser aumentada.
O que temos vindo a fazer é mais do mesmo: aumentar a idade de reforma, reduzir pensões e, mais cedo ou mais tarde, iremos aumentar os descontos para a S.S.. Em que medida estamos a resolver seja o que for? A minha visão poderá ser simplista, bem sei. Mas por este caminho só estamos a empurrar com a barriga para a frente e esperar que haja um milagre económico qualquer.
Colocado por: spvale
Acha mesmo que alguém descontou o suficientemente para receber 4k durante mais de 30 anos reformada?
Como é óbvio se defendo tecto máximo os descontos iam ter um limite máximo também, é impossível saber quando alguém morre.
Colocado por: rjmsilvaNesses casos faz-se o quê? Dá-se o dinheiro aos herdeiros?