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  1. Colocado por: rjmsilva

    Todos os trabalhadores do privado trabalham 40 horas? Todos recebem 6€ de subsídio de refeição? Todos têm que descontar 3,5% do salário para ter assistência médica? Os FP podem apresentar mapas de km fictícios para rever dinheiro sem ser tributado?
    Ser FP não é para os eleitos, todos os dias há concursos abertos.
    No ano passado fiz parte de um júri para meter 56 assistentes operacionais, conseguimos contratar 5.

    Se acha que é tão mau ser funcionário público porque está lá?
    Tirando os médicos todos querem ir para a função pública, ADSE começa agora a não valer a pena mas até á 2 anos dava para tudo mesmo
  2. Colocado por: HAL_9000Assim como as 35 são o máximo para a maioria da FP. Não percebi o seu ponto. O eu tem razão,é de facto assumir que há portugueses de primeira e de segunda. O meu horário normal é de 35h e acho isso uma discriminação sem sentido, imagine quem tem de trabalhar as 40h.

    Nada impede que um empregado acorde com o patrão 30 horas ou 25 horas por semana.

    O que se está a impedir, na minha opinião mal, é que por mútuo acordo um trabalhador não possa trabalhar 50 ou 60 horas semanais. Na verdade, uma boa parte das pessoas trabalha 50, 60 ou mais horas por semana, não declaradas, e se o fazem não é porque o patrão anda em cima delas com o chicote. Eu por exemplo, faço entre 60 a 70 horas por semana.
  3. Colocado por: J.FernandesNada impede que um empregado acorde com o patrão 30 horas ou 25 horas por semana.
    Nem foi essa a minha crítica.

    O que critiquei é que a jornada semanal de referência para público e privado é diferente. Considera do o SMN como ponto de comparação, no público é ganho com 35h/semana. Ao passo que no privado o normal são as 40h semana.
    Ah, mas podem negociar só 20h, pois podem, mas a realidade mostra que a grande maioria dos contratoa de trabalho prevê as ditas 40h.



    Colocado por: J.FernandesEu por exemplo, faço entre 60 a 70 horas por semana.
    Desse que lhe sejam integralmente pagas (ou que se traduzam em rendimento no caso de ser empresário), nada contra. A questão é se o valor do trabalho extra começar a contar a partir das 40, ou a partir das 35h. Se trabalhar por conta de outrem, e o seu contrato de trabalho prever as 35h como jornada normal, quando chega às 40h, já leva 5 h extra.

    Quanto ao número de horas máximas semanais estar limitado, eu até concordo, no sentido de ser uma medida de promoção da vida familiar( precisamos de bebes) e equilíbrio mental e físico. Um trabalhador ao trabalhar muitas horas por semana pode de algum modo estar a degradar a sua saúde,.o que mais tarde se repercute em perda de produtividade e gastos acrescidos para os sistemas de saúde.

    Dito isto, bem sei que para muitos trabalhadores, as 40h só existem no papel. É normal haver quem faça 10 e 11 h diárias, e muitas vezes a ganhar uma miséria.
  4. Colocado por: spvale
    Se acha que é tão mau ser funcionário público porque está lá?


    Porque vou deixar de trabalhar aos 55 anos.
  5. Colocado por: HAL_9000Quanto ao número de horas máximas semanais estar limitado, eu até concordo, no sentido de ser uma medida de promoção da vida familiar( precisamos de bebes) e equilíbrio mental e físico. Um trabalhador ao trabalhar muitas horas por semana pode de algum modo estar a degradar a sua saúde,.o que mais tarde se repercute em perda de produtividade e gastos acrescidos para os sistemas de saúde.

    De acordo, mas quem deveria de decidir se trabalhar muito faz mal ou bem à saúde é o trabalhador, não é o estado.
    • AMG1
    • 26 julho 2023
    Colocado por: Holy_Grail
    Importa-se de aprofundar quais são os sectores em que estava a pensar?
    ...
    Não estou em desacordo em utilizar o dinheiro dos impostos, se necessário, para pagar casos pontuais bem como aumentar o défice para suplantar a diferença entre o período de transição entre os dois sistemas (velho vs novo) porque isso indicaria vontade reformista e uma visão. Agora como por certo sabe, já a partir de 2029/2030 o saldo do sistema previdencial será negativo.
    Em países economicamente mais robustos do que o nosso não faz muita mossa. Nós por cá, com a nossa fraca economia, com um povo iletrado financeiramente e pobre, com o peso da dívida e o Estado a crescer, o que acontecerá a partir daí? Vamos continuar um efeito de dominó por várias gerações?


    Pode ver p.e. o exemplo dos bancários, que sempre foram abrangidos por fundos de pensões proprios dos Bancos e que mesmo depois da integração na SS (em 2011), mantiveram esses fundos, numa logica de complementaridade, o que lhes garante p.e. uma tabela de pensões diferente da existente na SS e a reforma completa a partir dos 55 anos, desde que com um minimo de 35 de carreira contributiva.
    O que aconteceu com a integração na SS é que a TSU é suportada quase integralmente pela entidade empregadora e os trabalhadores bancarios mantêm-se contribuites e beneficiarios do fundo de pensões, que por sua vez recebe da SS aquilo a que o trabalhador tiver direito pela carreira enquanto trabalhador bancário.
    Há também casos de grandes empresas com fundos próprios, que nuns casos abrangem todos os trabalhadores, noutros apenas alguns. Eu próprio estou reformado desde o final do ano passado e não recebo nada da segurança social, porque sou beneficiario de um desses fundos de pensões.

    O gráfico que colocou é muito interessante porque mostra o cenário que se aproxima e que não sendo famoso, já foi bem mais negro. De acordo com as projeções actuais a pior situação ocorrerá por volta de 2040, quando o défice poderá atingir cerca de 3% do PIB. Antes das alterações de 2007 esse valor poderia ultrapassar os 5%. Ou seja, já estivemos muito pior, mas não estamos bem. Actualmente o fundo de equilibrio tem meios para suportar uma parte muito significativa desses défices (não encontrei o valor exacto, mas devera rondar os 25mM€) só que isso implicaria a descapitalizao completa, o que se deve evitar a todo o custo. O próprio governo reconhece este facto e tem há cerca de 1 ano um grupo de trabalho composto por peritos, para estudar formas de mitigar esta situação. Tanto quanto tenho visto, o essencial estará no alargamento das fontes de financiamento, mas veremos o que nos vai sair no sapatinho. Eu não me admirava se também sugirem medidas para reduzir a despesa.
    Mas não vejo qualquer hipótese de haver alterações quanto ao modelo do sistema, nem sequer quanto ao plafonamento. O PS não tem qualquer intenção de o fazer e a oposição mais a direita, com a vontade ferrea de reduzir impostos, também não vejo que vá caminhar nesse sentido.
    Embora haja alguma unanimidade quanto ao impacto negativo da demografia na sustentabilidade destes sistemas, eu há muito que sou de opinião que o maior risco nem vem daí, mas da eventual continuidade das alterações ocorridas nas ultimas décadas, quanto a distribuição a riqueza.
    Se virmos os ultimos 30 anos (1993 vs 2022) podemos verificar que a % do PIB distribuida em salarios reduziu-se em cerca de 2,5%. Caso se tivesse mantido a mesma proporção, os salários em 2022 teriam uma fatia de mais cerca 6,5 mM€, o representava mais de 2mM€ de contribuições. Se fizermos este exercício para os 30 anos, facilmente concluiamos que a sustentabilidae do sistema estava completamente assegurada.
    Agora esta tendência de redução dos salários, não é exclusiva de Portugal, infelizmente está presente em quase todo o mundo desenvolvido e obviamente a afectar todos estes sistemas, cuja base de referencia para o financiamento sejam os salarios. Por isso é que mesmo os sistemas de economias como a Alemanha ou Suécia já experimentaram dificuldades.
    A verdade, é que se esta tendência se mantiver, mesmo os outros sistemas com base na poupança acabarão por ser afectados, nem que seja pela redução da capacidade de poupança dos assalariados.
    • AMG1
    • 26 julho 2023
    Colocado por: spvale

    5. Convivo com muitos reformados no hospital volta e meia eles "gabam" as reformas e os tempos de descontos o caso mais flagrante é tipo utente de 83 anos reformada desde os 44 com reforma de 2.5k.
    Ou utente após prótese total da anca administrativo na função publica reformado com 53 anos e perto de 900 euros de reforma.
    Eu falo das minhas vivências mas que tenho vários casos assim é a verdade se são a excepção isso como é óbvio não lhe sei dizer...


    Epa você so convive com pensionistas felizardos, daqueles trabalharam pouco, descontaram quase nada e recebem muito.
    Eu conheço mais dos outros e os numeros que são publicos tambem mostram uma maior prevalência daqueles que recebem menos e trabalharam mais.
    Confesso que não percebo como é que alguem com 44 anos (em 1980) se reformou seguramente por invalidez e tem hoje uma pensão de 2,5k. Nao vejo mesmo como é que a rega existente nesssa altura permitiria isso, mas poderá sempre ser alguma daquelas situações muito especificas, que entretanto ja tenha acabado há muito.
    Quanto ao FP reformado por invalidez, o que tem isso a ver com a segurança social?
    No passado os FP reformavam-se aos 55 com 36 anos.de serviço. No caso desse pensionista privavelmente já reunia essas condições e teve a reforma muito próxima do vencimento. Agora isso eram regras da FP, que ja acabaram e que nunca existiram na segurança social.
  6. Colocado por: rjmsilva

    Porque vou deixar de trabalhar aos 55 anos.

    Sem penalizações e depois vai argumentar que descontou para receber até aos 100 anos essa reforma
  7. Colocado por: AMG1

    Epa você so convive com pensionistas felizardos, daqueles trabalharam pouco, descontaram quase nada e recebem muito.
    Eu conheço mais dos outros e os numeros que são publicos tambem mostram uma maior prevalência daqueles que recebem menos e trabalharam mais.
    Confesso que não percebo como é que alguem com 44 anos (em 1980) se reformou seguramente por invalidez e tem hoje uma pensão de 2,5k. Nao vejo mesmo como é que a rega existente nesssa altura permitiria isso, mas poderá sempre ser alguma daquelas situações muito especificas, que entretanto ja tenha acabado há muito.
    Quanto ao FP reformado por invalidez, o que tem isso a ver com a segurança social?
    No passado os FP reformavam-se aos 55 com 36 anos.de serviço. No caso desse pensionista privavelmente já reunia essas condições e teve a reforma muito próxima do vencimento. Agora isso eram regras da FP, que ja acabaram e que nunca existiram na segurança social.

    Falo do que sei e vejo, números anunciados pelos governos podem ser sempre falseados e pouca importância dou.
    Se colocar uma prótese acha mesmo que é reformado por invalidez neste momento???
    Mais uma vez FP a ser privilegiada, não pertencia á segurança social mas as reformas vêm de onde é pagas por quem?
  8. Colocado por: spvale
    Sem penalizações e depois vai argumentar que descontou para receber até aos 100 anos essa reforma


    Não disse que me ia reformar, vou deixar de trabalhar. Só me vou reformar pelos 60, Até lá continuarei a fazer os descontos que me compete. Posso receber reforma até aos 100, como posso receber até aos 61. Se fizer as contas entre o que descontei nos cerca de 40 anos que o tiver feito, mais a parte que o meu serviço tem que contribuir, provavelmente será o suficiente para cobrir os encargos com a minha pensão até à idade da esperança média de vida.
  9. Colocado por: rjmsilvaNão disse que me ia reformar, vou deixar de trabalhar.
    Não sei a sua idade, nas se lhe faltarem ainda uns 10 anos ou mais para os 55 não conte muito com "o ovo no **** da galinha".Se bem que sendo exército, os direitos adquiridos sao capazes de ser mais estáveis que na vida civil.



    Colocado por: rjmsilvaSe fizer as contas entre o que descontei nos cerca de 40 anos que o tiver feito, mais a parte que o meu serviço tem que contribuir, provavelmente será o suficiente para cobrir os encargos com a minha pensão até à idade da esperança média de vida.
    Aqui já não concordo tanto, porque para além da reforma, depois dos 60s, 70s, tendemos também a dar despesa em saúde.

    Dai que seja de extrema importância que pelo menos a sustentabilidade a longo prazo da SS seja assegurada para várias décadas em vê de se andar a empurrar o problema para a geração seguinte pagar.
  10. Colocado por: HAL_9000ui já não concordo tanto, porque para além da reforma, depois dos 60s, 70s, tendemos também a dar despesa em saúde.

    Dai que seja de extrema importância que pelo menos a sustentabilidade a longo prazo da SS seja assegurada para várias décadas em vê de se andar a empurrar o problema para a geração seguinte pagar.


    Além de descontar para a CGA também pago IRS como toda a gente, e vou continuar a pagar depois de me reformar, por isso continuo a contribuir para o financiamento do orçamento do SNS. Além dos 3,5% que desconto e continuarei a descontar para a assistência médica.
    • AMG1
    • 26 julho 2023
    Colocado por: spvale
    Falo do que sei e vejo, números anunciados pelos governos podem ser sempre falseados e pouca importância dou.
    Se colocar uma prótese acha mesmo que é reformado por invalidez neste momento???
    Mais uma vez FP a ser privilegiada, não pertencia á segurança social mas as reformas vêm de onde é pagas por quem?


    Vai desculpar-me, mas acho que você sabe o que lhe contam, resta saber se lhe contam a realidade. De qualquer maneira e mesmo que você não confie nos numeros oficiais, o facto é que sao3 eles que orientam, ou deviam orientar, as decisoes dos politicos e não os casos que cada um conhece.
    Quanto à senhora nao se poder reformar por invalidez hoje, isso não implica que não o pudesse fazer ha 40 anos. Mas como não conheço a razão (você tambem não), limitei-me a conjecturar e obviamente posso estar enganado.
    Quanto a FP é óbvio que essas pensões, tal como os salários têm origem nos impostos que pagamos todos, incluindo os funcionários públicos. Mas nada têm que ver com as contas da segurança social que é o tema do tópico.
  11. Colocado por: AMG1Quanto a FP é óbvio que essas pensões, tal como os salários têm origem nos impostos que pagamos todos,


    Os trabalhadores da FP, admitidos até 2006 eram inscritos na CGA e descontam 11% do vencimento para a sua aposentação. Daí para a frente passaram a ser inscritos e a descontar para a segurança social.
    • AMG1
    • 26 julho 2023
    Colocado por: HAL_9000Aqui já não concordo tanto, porque para além da reforma, depois dos 60s, 70s, tendemos também a dar despesa em saúde.


    Será que os reformados passaram a estar isentos de impostos e a AT, sempre tão diligente a avisar-me das minhas obrigações fiscais, esqueceu-se de me avisar desta vantagem de estar reformado.
    O Moedas já me informou que posso ter o passe de borla e até usar as bicicletas e trotinetes sem pagar (deve ser para os velhos se matarem, mas enfim conta a intenção), agora se o Costa sobe a parada e tambem me isenta de impostos. Finalmente passo a ser equiparado a um dos reformados estrangeiros que vem para cá para também não os pagar. Assim já começo a concordar com aqueles que dizem que os velhotes (e também as velhotas, imagino) votam no Costa. Pudera, o HAL_9000 também não votava?
    • AMG1
    • 26 julho 2023
    Colocado por: rjmsilva

    Os trabalhadores da FP, admitidos até 2006 eram inscritos na CGA e descontam 11% do vencimento para a sua aposentação. Daí para a frente passaram a ser inscritos e a descontar para a segurança social.


    Pois, mas atendendo a que a principal (quase única) fonte de receita do estado são os postos que todos pagamos...
    Por acaso não sabia que o desconto para a CGA também eram 11%, já era assim antes de 2006?
    Se percebi só os admitidos depois de 2006 é que estão na SS, ou seja a grande maioria dos que se estão a reformar agora e nos próximos anos mantêm as regras da CGA?
  12. Colocado por: rjmsilvaOs trabalhadores da FP, admitidos até 2006 eram inscritos na CGA e descontam 11% do vencimento para a sua aposentação.
    E é a CGA que vai pagar as pensões a todos os FP admitidos até 2006? Tem dinheiro para isso? Ou como funciona?
  13. Colocado por: AMG1

    Pois, mas atendendo a que a principal (quase única) fonte de receita do estado são os postos que todos pagamos...
    Por acaso não sabia que o desconto para a CGA também eram 11%, já era assim antes de 2006?
    Se percebi só os admitidos depois de 2006 é que estão na SS, ou seja a grande maioria dos que se estão a reformar agora e nos próximos anos mantêm as regras da CGA?


    O dinheiro do estado não é só para pagar FP, é só ir ao portal base para ver as empresas privadas que negoceiam com o dinheiro dos impostos.

    Já poucos se reformam com as regras antigas dos FP (90% do último vencimento) atualmente é aplicada uma fórmula em que o tempo até 2005 é contabilizado de uma forma e daí para a frente de outra. A pensão tem duas parcelas, P1 e P2.
    No caso dos militares, quem tinha 20 anos de serviço em 2005 ficou salvaguardado com as regras antigas, daí para a frente é aplicado P1 e P2.
    Quem tiver curiosidade em ver as pensões pagas pela CGA é só ir ao site da CGA e procurar as listas mensais de aposentados.
  14. Colocado por: AMG1Será que os reformados passaram a estar isentos de impostos e a AT, sempre tão diligente a avisar-me das minhas obrigações fiscais, esqueceu-se de me avisar desta vantagem de estar reformado.
    Óbvio que não, mas dado que a maioria tem reformas miseráveis como o AMG1 bem elenca, então não deverão pagar grande IRS. Pagam todos os outros ainda assim. .

    Mas nem era disso que falava. O facto é que a partir dos 60, os custos com a saúde crescem muito. Na realidade a nossa esperança média de vida aumentou muito, mas em inúmeros casos são mais anos sem grande qualidade de vida devido às diversas co-morbilidades. Ou seja a vida é mantida mais anos a custa de tratamentos e medicação.

    Sem qualquer estudo que o suporte, a ideia que tenho é que a partir de determinada idade tendemos efectivamente a dar despesa, face ao que descontamos. Mas posso estar completamente enganado. Vou ver se há algum estudo que tenha feito esses cálculos.

    Se eu fosse reformado, obviamente que votava no Costa, e digo isto sem qualquer ironia.
  15. Por isso é que vivemos num estado social. Toda gente (quase) contribui e o estado distribui de forma a prover as necessidades de todos. Os velhos precisam de mais cuidados de saúde, mas já foram novos e contribuíram para o sistema cuidar dos mais velhos.
 
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