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  1. Colocado por: AMG1Agora e uma vez apelidado de "peste grisalha" e
    Assim que tenha tempo já explico o que pretendia dizer, bem como respondo ao seu comentário propositadamente "ofensivo".

    Mas desde já pedir desculpa pela forma como me expressei ao usar o termo "peste grisalha".Estava cansado ontem quando escrevi esse comentário e não reflecti devidamente na total dimensão do mesmo.

    Efectivamente ao usar o termo "peste grisalha", apesar de ser um conceito académico,fiz uma escolha profundamente infeliz que pode dar azo a essa interpretação que fez.

    Ontem estava a pensar num livro do Medina Carreira que em tempos li, e não no tal deputado do PSD (caso que já nem me lembrava).

    Caro AMG1 e todos os que se possam ter sentido ofendidos queiram aceitar as minhas sinceras desculpas.

    Entretanto já lhe respondo porque também não gostei de ser chamado de "desgracadinho" e "coitadinho".
  2. O caso da técnica superior com a pensão de mais de 5k é curioso. Não será pela carreira de técnico superior que tem essa reforma, mas pesquisando pelo nome dela, não aparece mais nada do que a pensão dela. Normalmente quem anda por cargos dirigentes e similares, aparece sempre uma ou várias publicações em DR com nomeações para esses ditos cargos.
  3. Qual o nome?
  4. Veja na lista de aposentados que se encontra no site da CGA. Janeiro de 2022.
  5. Colocado por: rjmsilvamas pesquisando pelo nome dela, não aparece mais nada do que a pensão dela.
    Aparecem mais algumas coisas, nomeadamente algumas funções ( as tais comissões de serviço) em gabinetes de ministros. Contudo não deixa de ser caricato que tenha uma reforma superior ao salário base de um ministro por exemplo
  6. Há situações caricatas. Na Marinha, por exemplo, o objetivo de fim de carreira é ir para uma capitania. Ao vencimento somam os emolumentos e esse total é considerado para o cálculo da pensão de reforma, que para os mais velhos ainda é calculada pelos 90% da ultima remuneração. São situações objectivas em que alguém vai receber uma pensão vitalícia de valor muito superior ao que descontou durante a vida activa.
  7. Colocado por: rjmsilvaVeja na lista de aposentados que se encontra no site da CGA. Janeiro de 2022.

    Não há esses vencimentos na autoridade tributária, provavelmente nem a Diretora Geral... Muito menos na carreira de técnica superior

    Só vejo essa possibilidade com alguma acumulação de vencimento ou ensino superior e carreira técnica... Ou eventualmente trabalho na comissão europeia
  8. Colocado por: NTORION
    Não há esses vencimentos na autoridade tributária, provavelmente nem a Diretora Geral... Muito menos na carreira de técnica superior

    Só vejo essa possibilidade com alguma acumulação de vencimento ou ensino superior e carreira técnica... Ou eventualmente trabalho na comissão europeia


    Já encontrei a senhora, fez vida na política.
  9. Colocado por: AMG1Agora "peste grisalha" para referenciar quem com os seus impostos pagou durante décadas a educação, a saúde, a segurança e tudo o que foi necessario para que hoje portugal tenha a geração mais qualificada de sempre.
    Vamos lá então por partes:
    1- Como deve ter reparado usei o infeliz termo de "peste grisalha" entre aspas, e portanto como é obvio a interpretação não é para ser tida como literal, o que não invalida a infelicidade do termo.
    O AMG1 ja se deve ter deparado com termos como "pestre grisalha" ou "tsunami grisalho" usados em termos académicos como forma de vincar a constatação da dimensão do impacto do envelhecimento da população, sobretudo nas áreas da sustentabilidade social e da saúde. Eu pelo menos já me deparei com ele algumas vezes, e não foi no tal artigo do deputado do PSD. Quando usei o termo, a minha ideia era que o mesmo tinha sido empregue por Medina Carreira no seu livro "Portugal, Que Futuro?". Não fui verificar e aparentemente enganei-me, a ideia esta lá, mas dos trechos que reli e de facto não encontrei referência ao mesmo. Também não considerei devidamente a conotação pjorativa que o termo pode ter, daí o meu pedido de desculpas.

    Agora também não é mentira, que de facto a população portuguesa está fortemente envelhecida. Que parte dessa população envelhecida tem "direitos adquiridos", que pelo menos eu não vejo como podem continuar a ser pagos a longo prazo. A existência desses mesmos direitos coloca efectivamente uma pressão enorme sobre os mais jovens, que sim neste momento são explorados, sobretudo nas fazes iniciais do seu percusrso profissional.


    Colocado por: AMG1Depois se os velhos de hoje tem reformas melhores do que vocês terão amanhã. Já lhe repeti vezes sem conta, não sei, e ninguem sabe. Mas sei que se isso depender de vocês então será um facto!
    Quanto a isto discordo totalmente de si. A única certeza que tenho é que se depender dos actuais reformados, ou de quem esteja já à beira da reforma, "os velhos de hoje tem reformas melhores do que vocês terão amanhã". E porque que é esta a minha convição? porque já é uma evidência, que se vem a verificar há 20 anos. Não digo que seja um desejo declarado, ou premeditado, mas estando a população envelhecida, quer dizer que estes estão em maior número que os mais jovens, e portanto quem toma as decisões tende a corresponder ás expectativas da maioria (neste momento existem cerca de 4.8 milhões de votantes acima dos 50 anos, e cerca de 3.85 milhoes de votantes < 50 anos (sendo que nesta faxa etária, e por culpa própria, a abstenção é muito maior).



    Colocado por: AMG1O que eu sei é que quem se reforma hoje fa-lo em piores condições do que quem se reformou há 20 anos. Portanto, meu caro, se isso lhe acontecer a si, quando já for grisalho, é só mais um dos muitos a quem isso aconteceu.
    Exacto, a questão é que as "piores condições" tendem a ser cumulativas, logo as "piores condições" em 2022 serão diferentes das "piores condições" em 2032...e por aí fora.



    Colocado por: AMG1que tinha conseguido pelas contribuições que tinha feito e não como um favor ou esmola, que o HAL_9000 ou qualquer outro estivesse a fazer e muito menos me sentiria a "explorar" quem quer que fosse.


    Colocado por: AMG1e não os acusem de exploradores, a nao ser que também queiram que nós, os mais velhos, passemos também a achar que todo o esforço na vossa qualificação foi dinheiro deitado a rua, porque vocês não conseguem fazer nada de útil com essa ferramenta, que nós nao tivemos.
    A minha intensão não é querer que ninguém se sinta explorador, é apenas transmitir a minha experiência.
    Quanto ao esforço feito na formação da geração mais jovens, penso que é amplamente reconhecido por todos os que tiveram a oportunidade de estudar. Importa contudo ressalvar dois aspectos:
    - Esse esforço não foi feito meramente por motivos altruitas. Foi feito porque há muito se reconhecia que a chave para aumentar a produtividade em Portugal, e portanto a riqueza criada, passava por uma aposta forte nas qualificações.
    - Depois tende a relação nºjovens a estudar/vs contribuintes tende a ser bastante menor que a relação Nº reformados/contribuintes, daí que não se tratem de esforços semelhantes, sobretudo se projetados no futuro.

    Quanto à noção de exploração, pode ter a ver com a experiência pessoal, mas eu penso que é de alguma forma transversal. Vejamos no meu ramo de actividade, cerca de 60-70% das posições de carreira (com estabilidade e perspectivas de futuro), estão ocupadas por pessoas na casa dos 60 anos e que estão nessas posições há praticamente 40 anos.
    Ao mesmo tempo essas pessoas, que na sua maioria não conheceram um dia de precariedade na sua vida, e nem souberam o que era viver com baixo poder de compra, zelaram por criar e manter um sistema (em benefício próprio diga-se) que assenta em promover a precariedade, os baixos salários, a alta rotatividade e competitividade entre mais jovens ao mesmo tempo que vendem sonhos que sabem ser irreais. Eu considero isto uma forma de exploração para aumentar a produtividade, mas sem que haja o devido retorno.

    Isto pode ser uma situação muito particular da minha realidade que depois tende a influenciar a minha perspectiva geral da sociedade. Mas o facto é que ouço relatos semelhantes de diversas pessoas em áreas completamente distintas.

    Quanto ao "também a achar que todo o esforço na vossa qualificação foi dinheiro deitado a rua", a partir do momento em que sugere a emigração como solução, é isso mesmo que está a dizer. Quanto ao "não votar"... ou "acomodar ao marasmo desta vidinha pobre e triste. Queixando-se do governo, mas não votando; queixando-se dos salários baixos, mas pouco ou nada fazendo para exigir que sejam mais altos." Não me revejo sinceramente. Sempre votei e faço o que tiver de fazer para salvaguardar a minha situação profissional e pessoal, contudo considero que não tenho nem de perto nem de longe a qualidade de vida para a qual trabalho. Não vislumbro no futuro do país grandes perspectivas de melhorar. O AMG1 diz que é sobretudo culpa da minha geração dos "desgracadinhos" e dos "coitaditos", eu acho que apesar da minha geração ter culpas, ela també é fortemente condicionada na sua influência pelas gerações anteriores.




    Colocado por: AMG1E desculpe se me excedi, mas chegar a esta altura da vida e ser visto como explorador, a mim tira-me completamente do sério e olhe que nem disse tudo o que ia na alma.
    A questão, como bem pode entender, nunca foi particularizar, apenas refletir acerca da justiça intergeracional. Ela neste momento existe ou não? OS caminhos traçados e previstos, prevêm maior ou menor justiça intergeracional para o futuro.

    Tal como eu critico o cenário que encontrei, acho perfeitamnete legítimo que a geração dos 20s, critique a minha (30s), no que às questões de habitação diz respeito. Factualmente eles herdaram uma situação bastante pior que a minha.
  10. Colocado por: rjmsilvaOs trabalhadores da FP, admitidos até 2006 eram inscritos na CGA e descontam 11% do vencimento para a sua aposentação. Daí para a frente passaram a ser inscritos e a descontar para a segurança social.

    Tem ideia do que terá motivado essa mudança?
  11. Colocado por: Casa da Horta
    Tem ideia do que terá motivado essa mudança?


    Convergir tudo o que estava disperso num só organismo. Unificar regras de acesso à reforma.

    Neste momento mais de metade dos FP já desconta para a SS.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Casa da Horta
  12. Colocado por: rjmsilva

    Convergir tudo o que estava disperso num só organismo. Unificar regras de acesso à reforma.

    Neste momento mais de metade dos FP já desconta para a SS.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Casa da Horta

    E as regras que estão a ser aplicadas agora aos recem reformados da cga, são as mesmas que aos da SS?
    Ainda estou muito longe mas tenho alguma curiosidade. Até porque ainda sou dos que desconta para a CGA, tal como o Silva. De quem, aqui assumo, morro de inveja porque se vai poder dedicar a tempo inteiro à horta a partir dos 55 anos!
  13. Aos poucos a fórmula de cálculo está a convergir. As remunerações até 2005 são contabilizadas a 90%, daí para a frente é de acordo com as regras da SS.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Casa da Horta
    • eu
    • 27 julho 2023 editado
    Colocado por: rjmsilvaAos poucos a fórmula de cálculo está a convergir. As remunerações até 2005 são contabilizadas a 90%, daí para a frente é de acordo com as regras da SS.


    Devia ter sido igual para todos desde sempre.

    Isto de haver Portugueses de primeira e de segunda é incompreensível.
  14. Eu só acho piada dizerem que os novos não querem saber da poda mas já nascemos com uma dívida brutal e sempre a piorar e os velhotes depois são os coitadinhos e nada queremos fazer.
    Se algum dos reformados fosse agora para o mercado de trabalho queria ver como se iam destacar ou chegar aos postos e regalias que obtiveram e que já não existem.
    Futuramente o meu filho pode acusar o pai de pouco ter feito para modificar o rumo que levamos mas sempre exerci o meu direito de voto.
  15. As conversas entre o AMG1 e o Hal têm sido focadas em questões financeiras, extremamente importantes e decisivas, mas permitam-me uma pergunta mais do foro imaterial.
    Dá para presumir que o AMG1 está a viver um período de reforma muito satisfatório. Tem saúde, inteligência, tempo livre e vai dedicar-se à agricultura! Que mais podemos nós desejar?!

    A pergunta: o que nos sugere durante a nossa fase ativa para um dia chegarmos ao seu patamar de satisfação? :-)

    Além do óbvio dos hábitos de vida saudáveis, claro. E ficam de lado também as questões monetárias, vá. Vamos acreditar, e na verdade eu acredito, que haverá, na nossa reforma, folga financeira para poder ser feliz.

    Qual é o segredo para ser feliz desde que nascemos até que morremos, AMG1? :-)
  16. Colocado por: euDevia ter sido igual para todos desde sempre.

    Isto de haver Portugueses de primeira e de segunda é incompreensível.


    Se calhar devia. Mas não foi, e agora? As soluções têm que ser encontradas para o futuro, que é onde podemos resolver alguma coisa.

    As regras eram conhecidas, ou pelo menos não eram grande segredo. Quando concorri para as forças armadas sabia ao que ia, entretanto mudaram as regras, com claro prejuízo para os mais novos, onde me incluo. O que é que posso fazer? Ir-me embora ou aceitar as novas regras e aguentar até ao fim. Não é agora que por 8 anos, vou abdicar de me poder "reformar" aos 55 anos. Muitos mais novos que eu têm deixado a instituição e vão à procura de melhor.
    • eu
    • 27 julho 2023
    Calma, eu não estou a dizer que a culpa é sua.
  17. Colocado por: rjmsilvaNão é agora que por 8 anos, vou abdicar de me poder "reformar" aos 55 anos. Muitos mais novos que eu têm deixado a instituição e vão à procura de melhor.
    Óbvio que não, qualquer pessoa no seu lugar faria o mesmo.

    Ainda no ano passado estive num convivio com um colega seu (colega mais ou menos... é da GNR) que carpia mágoaa porque quando entrou previa ir para a reserva aos 49, e agora só aos 55 e era injusto....e eu a olhar para ele com "cara de ****" a saber que provavelmente não me poderei dedicar a 100% à horta antes dos 70 se lá chegar com saúde.

    E é precisamente por saberem que as regras existentes são um bocado injustas para os mais novos que o pessoal "esperneia", e quer mudar a situação antes de ser tarde de mais. Não se trata de quem merece ou não merece, é uma questão de sustentabilidade financeira a longo prazo.
  18. Colocado por: euCalma, eu não estou a dizer que a culpa é sua.


    Eu estou perfeitamente calmo. Torna-se é cansativo em centrar as discussões no que não podemos mudar, que são as opções do passado, em vez de encontrar soluções para o que podemos mudar, que é o futuro. Lembra um pouco aquilo que agora está muito na moda, que é andarem certas franjas da nossa sociedade a tentar julgar o passado, por causa do colonialismo e da escravatura.
 
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