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    • AMG1
    • 27 fevereiro 2024

     # 1

    Colocado por: HAL_9000

    Raramente concordo com as opiniões da IL, e neste caso tb não é exceção, mas sinceramente para ter um banco público a atuar como a CGD o faz, mais valia não o ter. Vai continuar a dar lucro enquanto conseguir enganar os velhinhos e os clientes que por comodidade não mudam de banco. Seria interessante saber a média de idades dos clientes da CGD. Eu por mim tbm acabei a minha conta há uns anos quando percebi que pelo valor das comissões cobradas, a CGD me tomava por papalvo.


    Porém, continua a ser o banco com mais clientes...desde sempre!
    Será que a medida que se envelhece se vai abrir uma conta na CGD?
    Eu confesso que não tenho nenhuma opinião muito determinada, sobre as vantagens do estado ser dono do maior banco do sistema. Sobretudo porque ninguém percebe que utilização faz disso.
    Veja p.e. a criação do Banco de Fomento foi para quê, se a CGD podia fazer esse papel?
    Agora vender um activo com a relevância da CGD, para usar esse dinheiro para criar fundos de pensões privados, só mesmo de quem olha para o estado como algo que não tem qualquer utilidade.
    Contudo, esta opção tinha o mérito de criar uma enorme liquidez no mercado de capitais, resta saber se as nossas empresas seriam capazes de transformar essa liquidez em investimento com futuro, ou se teria o mesmo (des)caminho dos PRRs desta vida.
    • AMG1
    • 27 fevereiro 2024

     # 2

    Colocado por: HAL_9000
    Obvio que têm. O que se critica é que os filhos desses pais, com uma vida contributiva mais penalizadora chegarem à idade da reforma com metade do valor de pensão. Não terão também eles direito a uma velhice decente?


    Se são valores sujeitos a tributação (IRS) e contribuições para a SS, que diferença fazem de salário?
    O que se mencionou foram verbas ou recebimentos em espécie que não são sujeitas a tributação.
    Sera que os idosos actuais, cuja pensão média (da SS) se fica por 600€ têm mesmo uma vida assim tão "decente". Sabe que o grosso das pensoes fica bem abaixo do SMN. Será que os jovens de hoje não ambicionam mais do que isso?
  1.  # 3

    Colocado por: AMG1Muito curiosamente, entre PS e PSD, nesta matéria a posição do PS é muito mais cautelosa...apesar do PNS!
    É Natural que assim seja.

    O PSD quer recuperar o voto dos pensionistas que perdeu com o PC, e como tal toca a música que essa fração de eleitores quer ouvir.
    O PS como sabe que em principio conta com o voto dos mesmos, pode pintar a imagem de contas certas que herdou curiosamente do PC.



    Colocado por: AMG1até porque foi concebido para uma economia com características muito diferentes da actual, em que o factor trabalho tinha uma centralidade que já não tem hoje.
    Posto isto, não é como é que o sistema é sustentável ao ponto de as pensões no futuro não serem muito piores que as actuais.



    Colocado por: AMG1de garantir "a pé juntos" que o sistema não é sustentável, ou que as pensões do futuro serão necessaroamente muito piores do que as actuais.
    Sabe porquê que as pessoas garante isto? Porque comparam uma pensão obtida em 2024 com uma obtida em 2004, e percebem que a evolução lhes sustenta a crença.
    Por exemplo, um familiar meu reformou-se precisamente em 2004, numa idade que hoje não o conseguiria fazer (63 anos) e com um valor de reforma que foi superior ao que auferia de ordenado. Era Funcionário pÚblico. Isto hoje seria possível?
  2.  # 4

    Colocado por: AMG1Se são valores sujeitos a tributação (IRS) e contribuições para a SS, que diferença fazem de salário?
    Ainda que as percentagens se IRS e SS naõ tenham alterado desde os tempos dos seus pais, todos os demais impostos a que estão sujeitos foram agravados (os tais impostos indiretos), e isso retira-lhes efectivamente liquidez de ordenado e poder de compra, daí eu dizer são sujeitos a um esforço fiscal mais penalizador. penso não estar a dizer nenhuma mentira.



    Colocado por: AMG1O que se mencionou foram verbas ou recebimentos em espécie que não são sujeitas a tributação.
    Não me referia a isso, mas à % de conversão de salário em pensão, que é cada vez mais penalizadora. A tal situação de 2004 vs 2024.

    Colocado por: AMG1Sera que os idosos actuais, cuja pensão média (da SS) se fica por 600€ têm mesmo uma vida assim tão "decente".
    Vamos lá separar águas. Uma coisa são valores de pensão que podem carecer de solidariedade para complementar um rendimento digno. Não me vai ver a mim a defender que uma reforma de 600 euros não deve acompanhara inflação, por exemplo.
    Outra coisa é falar da conversão de um salário médio, numa pensão. Que hoje terá um valor de x, e daqui a 20 anos terá previsivelmente um valor bastante inferior.
    Também não meto no mesmo saco a geração que nasceu nos anos 40-50, que poucas oportunidades tiveram, com as que nasceram nos anos 60-70-80, que tiveram outro tipo de oportunidades.

    Colocado por: AMG1Será que os jovens de hoje não ambicionam mais do que isso?
    Ambicionam, e acredito que vão descontar bastante mais para isso. Olhe duvido que algum jovem hoje aceda à reforma com 15 anos de descontos, como acontecia amiude no passado.
  3.  # 5

    Colocado por: AMG1Será que a medida que se envelhece se vai abrir uma conta na CGD?
    Não, pura e simplesmente a grande maioria dos reformados ainda lá mantém a conta porque antes era obrigatório.
    A grande maioria dos FP ainda lá mantém a conta porque antes, se não era obrigatório, era regra pelo menos.
    Por outro lado, muita gente ainda pensa, que pelo facto de ser um banco público, é um banco mais seguro.

    Na verdade, o que existe é uma grande inércia das pessoas em mudar de banco.
    Se assim não fosse, talvez os nossos bancos nos oferecessem melhores condições, e não aquelas que oferecem.


    Colocado por: AMG1Agora vender um activo com a relevância da CGD, para usar esse dinheiro para criar fundos de pensões privados, só mesmo de quem olha para o estado como algo que não tem qualquer utilidade.
    Como eu disse, também não me faz qualquer sentido.



    Colocado por: AMG1essa liquidez em investimento com futuro, ou se teria o mesmo (des)caminho dos PRRs desta vida.
    :)...Eu bem vejo como está a ser investido o PRR por aqui.
  4.  # 6

    A situação é negra. Por culpa da minha geração que no pós 25A aumentou exponencialmente os "roubos" adquiridos pensando que os cofres cheios do Estado duravam para sempre, tal como muitos herdeiros ricos.
    Mas agora tentar mudar alguma coisa é difícil e era preciso "tomates" e maiorias estáveis. Vejam o caso de França que conseguiram fazer uma mudança mas o Macron acabou, ainda por cima com a ajuda agora dos agricultores.
    O problema não são os políticos, são as pessoas que só se preocupam com o final deste mês.
    Concordam com este comentário: Dias12
  5.  # 7

    Sem mexer nas reformas actuais não dá para fazer nada. Os reformados pensam que descontaram para o que estão a receber hoje mas isso é uma falácia. Quam paga as reformas de hoje são os activos. E esses activos de hoje é que se vão fo... Mas pimenta no cú dos outros para mim é refresco, não é?!?!? Neste caso eu é que estou com a pimenta no cú.
    Portanto, e em jeito de conclusão, as reformas deviam levar desde já com cortes progressivos. Claro que neste momento não se vai tirar meios de sustento a quem recebe pouco. Mas reformas acima de 2k levavam já rateio.
    Concordam com este comentário: treker666
  6.  # 8

    Colocado por: taunusSem mexer nas reformas actuais não dá para fazer nada. Os reformados pensam que descontaram para o que estão a receber hoje mas isso é uma falácia. Quam paga as reformas de hoje são os activos. E esses activos de hoje é que se vão fo... Mas pimenta no cú dos outros para mim é refresco, não é?!?!? Neste caso eu é que estou com a pimenta no cú.
    Portanto, e em jeito de conclusão, as reformas deviam levar desde já com cortes progressivos. Claro que neste momento não se vai tirar meios de sustento a quem recebe pouco. Mas reformas acima de 2k levavam já rateio.

    Isso foi o que o PPC fez, infelizmente só olhamos para o nosso umbigo.
    Nunca mais me esquece uma paciente minha que se queixou que cortou 500 euros mensais na reforma, esqueceu.se foi de mencionar que mesmo assim ganhava 4750 euros limpos mensais.
    Se essas pessoas são poucas não acredito.
    Um antigo ministro do Sócrates com pulseira na quinta em Braga recebe de reforma 12k mensais...
    O sistema falha nesses pormenores, o tempo dará razão quando descobrirem que acabou o dinheiro...
  7.  # 9

    Colocado por: spvale
    Isso foi o que o PPC fez, infelizmente só olhamos para o nosso umbigo.
    Nunca mais me esquece uma paciente minha que se queixou que cortou 500 euros mensais na reforma, esqueceu.se foi de mencionar que mesmo assim ganhava 4750 euros limpos mensais.
    Se essas pessoas são poucas não acredito.
    Um antigo ministro do Sócrates com pulseira na quinta em Braga recebe de reforma 12k mensais...
    O sistema falha nesses pormenores, o tempo dará razão quando descobrirem que acabou o dinheiro...


    O PPC chateou muita gente, e tinha visão e perfil de estadista. Com tempo conseguia fazer muita coisa interessante. Mas foi literalmente trucidado por esses imbecis da esquerda. Pior cego é o que não quer ver. Há muita reforma a ser paga que precisa de meia dúzia de activos a descontarem para ela. Nem falo das reformas que precisam de dezenas. ISSO NUNCA DEVERIA ACONTECER
    Concordam com este comentário: treker666, spvale, Dias12
  8.  # 10

    Colocado por: taunusSem mexer nas reformas actuais não dá para fazer nada. Os reformados pensam que descontaram para o que estão a receber hoje mas isso é uma falácia. Quam paga as reformas de hoje são os activos. E esses activos de hoje é que se vão fo... Mas pimenta no cú dos outros para mim é refresco, não é?!?!? Neste caso eu é que estou com a pimenta no cú.

    Sim é verdade que a maior parte das reformas de hoje são pagas com os descontos dos que trabalham. Mas para onde foram os descontos dos actuais reformados? Pois foram para pagar subsídios de todo o tipo aos jovens e não só. No meu tempo não havia subsidios de desemprego, de natalidade, etc. Quando o meu filho nasceu não tive nenhuma folga paga pelo Estado e a minha mulher teve 30 dias. Subsídios de doença era coisa só usada em casos extremos, não havia cá depressões por o Benfica ter perdido.
    Aliás a filosofia sempre usada pelo Estado é igualzinha á maioria da população - Chapa ganha, chapa gasta e ainda mais qualquer coisinha emprestada.
  9.  # 11

    Colocado por: CarvaiQuando o meu filho nasceu não tive nenhuma folga paga pelo Estado e a minha mulher teve 30 dias. Subsídios de doença era coisa só usada em casos extremos, não havia cá depressões por o Benfica ter perdido.


    O facto de nao haver no seu tempo nao significa que seja algo de errado existir nos tempos de hoje, embora concorde que haja algum exagero nas varios subsidios existentes. Nao sou contra o estado social mas o estado "social ista" que muitos pretendem que exista no país é algo que nao me agrada. O fundo de pensoes da SS só é sustentavel com os cortes que vao ocorrer nas pensoes futuras onde num futuro nao muito distante o valor a receber será algo a rondar pouco mais de 50% do valor do ultimo ordenado (mais coisa menos coisa), o que aliado as dificuldades que as geracoes actuais estao a passar a nivel de emprego, remuneracao, habitacao...no final da vida ter um rendimento notoriamente baixo vai criar grandes problemas sociais num pais que ja vive a beira da pobreza. Com a crise da habitacao e a futura crise de pensoes, ja estou mesmo a ver novas politicas de rendas congeladas, casas confiscadas etc etc.

    Quem nao tenha feito o pé de meia vai penar um pouco e por sua vez os seus filhos tambem. Tera de haver um corte substancial nas reformas de valor elevado quer queiramos quer nao de modo a atingir um certo equilibrio nas financas da SS ou entao simplesmente aceitar que se va receber um valor muito baixo ou que haja (ainda)mais entradade capital por parte do orcamento de estado diminuindo assim o investimento na saude, educacao e outras, ou seja, empobrecimento do pais. Tudo uma questao de escolha ja que o lencol nao vai esticar!
  10.  # 12

    Colocado por: Carvai
    Sim é verdade que a maior parte das reformas de hoje são pagas com os descontos dos que trabalham. Mas para onde foram os descontos dos actuais reformados? Pois foram para pagar subsídios de todo o tipo aos jovens e não só. No meu tempo não havia subsidios de desemprego, de natalidade, etc. Quando o meu filho nasceu não tive nenhuma folga paga pelo Estado e a minha mulher teve 30 dias. Subsídios de doença era coisa só usada em casos extremos, não havia cá depressões por o Benfica ter perdido.
    Aliás a filosofia sempre usada pelo Estado é igualzinha á maioria da população - Chapa ganha, chapa gasta e ainda mais qualquer coisinha emprestada.

    Não soubemos reter os jovens e o talento português onde iam ganhar melhor e descontar mais para a SS.
    As baixas iniciam depois dos 50/55 anos e muita gente antigamente ia com essa idade reformado pelo simples facto de colocar uma prótese no joelho por exmplo.
    Que existe muito subsídio dependente é um facto mas isso é culpa do estado que os atribui sem controlo.
    Veja em Itália https://www.publico.pt/2023/08/12/mundo/noticia/protestos-italia-fim-rendimento-cidadania-2059926 no dia seguinte segundo um amigo meu italiano eram dezenas de novos postos de trabalho criados, acabar com as gamelas
  11.  # 13

    Colocado por: CarvaiQuando o meu filho nasceu não tive nenhuma folga paga pelo Estado e a minha mulher teve 30 dias.
    Também não tinham o mesmo esforço fiscal que hoje é exigido a quem está no ativo, nem de perto nem de longe. Ao menos que esse esforço fiscal se traduza em algo.

    Por outro lado a demografia na sua altura não precisava de incentivos à natalidade :).

    Mas obviamente que existiu uma solidariedade intergeracional e tem de continuar a existir. Agora ela não pode é ser tão desequilibrada como aparenta estar a tornar-se.
  12.  # 14

    Colocado por: Carvai
    Sim é verdade que a maior parte das reformas de hoje são pagas com os descontos dos que trabalham. Mas para onde foram os descontos dos actuais reformados? Pois foram para pagar subsídios de todo o tipo aos jovens e não só. No meu tempo não havia subsidios de desemprego, de natalidade, etc. Quando o meu filho nasceu não tive nenhuma folga paga pelo Estado e a minha mulher teve 30 dias. Subsídios de doença era coisa só usada em casos extremos, não havia cá depressões por o Benfica ter perdido.
    Aliás a filosofia sempre usada pelo Estado é igualzinha á maioria da população - Chapa ganha, chapa gasta e ainda mais qualquer coisinha emprestada.


    Os descontos dos actuais reformados? Nem para pagar as suas reformas chegam quanto mais para o resto...
    Para mim todos os subsídios pagos eram varridos a pente fino. Começando pelas baixas, RSI e acabando na reforma das actuais reformas.
  13.  # 15

    Colocado por: taunus

    Os descontos dos actuais reformados? Nem para pagar as suas reformas chegam quanto mais para o resto...
    Para mim todos os subsídios pagos eram varridos a pente fino. Começando pelas baixas, RSI e acabando na reforma das actuais reformas.

    Não chegavam na altura nem chegam agora. Vi um recibo de ordenado de 1978 onde descontava 7,5 para a Caixa de Previdência e mais 2,5% para o Fundo de desemprego. Não muito longe dos actuais 11%. E os FP e Militares não descontavam nada. No entanto são os que actualmente tem as melhores reformas. Eu por 2,5 anos na tropa recebo 75€ anuais de subsidio de antigo combatente. Rancho melhorado uma vez por ano.
    E tem toda a razão com a praga de subsídios, mas o problema é que os "roubos" adquiridos são muito difíceis de reverter. Vem logo o discurso do fascismo, racismo, xenofobia, etc.
    • AMG1
    • 27 fevereiro 2024

     # 16

    Colocado por: HAL_9000É Natural que assim seja.

    O PSD quer recuperar o voto dos pensionistas que perdeu com o PC, e como tal toca a música que essa fração de eleitores quer ouvir.
    O PS como sabe que em principio conta com o voto dos mesmos, pode pintar a imagem de contas certas que herdou curiosamente do PC.



    Posto isto, não é como é que o sistema é sustentável ao ponto de as pensões no futuro não serem muito piores que as actuais.



    Sabe porquê que as pessoas garante isto? Porque comparam uma pensão obtida em 2024 com uma obtida em 2004, e percebem que a evolução lhes sustenta a crença.
    Por exemplo, um familiar meu reformou-se precisamente em 2004, numa idade que hoje não o conseguiria fazer (63 anos) e com um valor de reforma que foi superior ao que auferia de ordenado. Era Funcionário pÚblico. Isto hoje seria possível?


    Vamos ver se eu consigo responder a tudo isto de forma sucinta.
    1. A razão pela qual o PSD mudou de opinião em poucos meses pode ser a que aponta, ou qualquer outra, p.e. o facto de antes lhe dar jeito empolar a desgraça, porque pensava que só daqui a mais de dois anos é que se ia sentar na cadeira. Afinal a coisa aconteceu mais cedo e agora toca de emendar a narrativa.

    2. As pensões não tem de ser piores no futuro do que são hoje. Se nao alterarem a regra actual e encontrarem forma de manter o financiamento necessario, a unica razão pela qual ss pensões do futuro podem ser mais baixas será porque os salários dos actuais activos são mais baixos do que os dos reformados enquanto activos.
    A questão central da sustentabilidade está no financiamento. Repare que há 30 anos a parte da riqueza distribuida em salários era quase mais 5% do PIB do que é hoje. Ora como o PIB nao decresceu, mas aumentou, isto representa uma quebra brutal na receita, não há forma de resolver a sustentabilidade sem voltar a lá colocar esse valor. A forma como isso se faz podem ser varias e até já está a acontecer mas numa escala insuficiente.
    Se não se discutir isto, sem preconceitos ideológicos sejam mais liberais ou mais estatizantes, não saimos deste limbo em que se vai andando, na esperança de que o tempo resolva.
    Claro que há outra solução, que é começar a baixar a factura das pensões, mas tendo em conta o valor da esmagadora maioria isso implicava colocar uma quantidade enorme de idosos em risco de pobreza.
    É que passamos a vida a ouvir a conversa das reforma milionárias, mas essas não são da segurança social, nem tem nada que ver com isto. A esmagadora maioria das pensoes da segurança social estão muito abaixo do salario minimo.
    3. Convém nao misturar coisas que são diferentes. Em 2004, os FP tinham a sua pensão calculada por regras especificas que eram bastante mais generosas do que as da SS, ainda assim uma pensão da SS em 2004 seria melhor do que em 2024, porque a regra actual so existe desde 2007, mas daí para cá não mudou.
    O periodo de garantia, na SS, continua a ser 15 anos, portanto qualquer pessoa com 15 anos de descontos, quando se reformar, na idade normal de reforma, também terá uma pensão calculada com base nesses salários, que dependendo do valor sobre o qual desconcou, pode ser maior ou menor do que a minima, mas será sempre necessariamente baixa, porque corresponde a cerca de 35% da carreira completa minima.
    As pensoes da SS, decorrentes de uma carreira completa (minimo 40 anos de descontos) se não forem alvo de penalizações ou bonificações, devem corresponder a 80% da remuneração de referência, cuja fórmula de calculo varia em função da duração da carreira, mas que será sempre mais baixa do que a ultima remuneração, pelo menos nas carreira ditas normais, ou seja aquelas em que o último salário seja mais elevado do que a media de todas as remunerações.
    Não conheço as regras da FP, mas julgo que ja ninguém recebe, há muito, uma pensão igual ao último salário. De qualquer modo as regras da FP também não terão impacto na sustentabilidade do sistema da SS.
    ...
    E claro que me parece absolutamente legitimo que quem está hoje a contribuir se preocupe sobre se quando chegar a sua vez de receber, também será tratado pelo menos de forma igual aos actuais pensionistas. Mas convém ter em conta que ninguém até hoje também teve essa segurança. Ou seja, os actuais pensionistas, quando activos e a contribuir, também não sabiam como iriam ser tratados no futuro. Por esta razão é
    que este tema não deve ser tratado com ligeireza nem com preconceitos. Esta em causa a confiança no futuro de cada um.
    Julgo que a grande questão dos actuais pensionistas é terem a expectativa de que estão a suportar uma factura maior do que aquela que vão receber. Ora há soluções para resolver isto, até mesmo sem alterar a natureza do sistema, mas a discussão está tão polarizada, entre os que acham que a falência é inevitavel e os que acham que não é preciso fazer nada, que nem sequer há ambiente para uma discussão minimamente sensata, quanto mais para grandes acordos.
    • AMG1
    • 27 fevereiro 2024

     # 17

    No ultimo parágrafo referia-me, obviamente aos actuais activos e não pensinistas, como por lapso escrevi.
  14.  # 18

    E entretanto vai-se aldrabando os números. O alegado excedente de 5,5 Mil milhões não cobre o prejuízo de 6,8 Mil milhões da CGA. A realidade é que a SS+CGA já estão muito deficitárias e vão piorar.

    -https://eco.sapo.pt/2024/02/27/excedente-de-55-mil-milhoes-da-seguranca-social-e-o-maior-da-decada/
  15.  # 19

    Colocado por: CarvaiE entretanto vai-se aldrabando os números. O alegado excedente de 5,5 Mil milhões não cobre o prejuízo de 6,8 Mil milhões da CGA. A realidade é que a SS+CGA já estão muito deficitárias e vão piorar.

    -https://eco.sapo.pt/2024/02/27/excedente-de-55-mil-milhoes-da-seguranca-social-e-o-maior-da-decada/


    Tem noção que desde 2006 os funcionários públicos são inscritos na segurança social, pelo que a CGA tem cada vez menos receitas, para fazer face aos encargos com pensões, que se vão manter por muitos anos.
    • AMG1
    • 27 fevereiro 2024

     # 20

    Colocado por: CarvaiE entretanto vai-se aldrabando os números. O alegado excedente de 5,5 Mil milhões não cobre o prejuízo de 6,8 Mil milhões da CGA. A realidade é que a SS+CGA já estão muito deficitárias e vão piorar.

    -https://eco.sapo.pt/2024/02/27/excedente-de-55-mil-milhoes-da-seguranca-social-e-o-maior-da-decada/


    Por isso mesmo é que convém não misturar as duas coisas. As regras de financiamento, bem como os beneficios não sao iguais. As contribuições dos actuais activos só pagam as pensões da SS e mesmo nesse caso, apenas as do sub sistema contributivo.
    O sub sistema contributivo da SS não só não é deficitário, como o fundo de sustentabilidade tem cerca de 25 mil milhões de euros (o que o torna bem apetitoso para a industria), que deverá aumentar acima dos 30 mil milhoes, antes do sistema entrar em deficie, o que só deverá ocorrer, segundo as previsões mais pessimistas, por volta de 2032 e manter-se assim durante praticamente toda a decada de 30, voltando a terreno positivo só no final, ou já no inicio da decada de 40. Os velhotes duram muito, mas lá acabam por ir.
    Claro que isto são previsões, com base no histórico dos ultimos anos, que foram muito bons para o sistema. Com base nessas previsões, o acumulado do fundo dará para pagar os deficits esperados, mas manda o bom senso que nos preparemos para o pior, mesmo esperando o melhor. Neste caso também não devia ser diferentes, mas...
    De acordo com o desenho do sistema, o fundo de sustentabilidade deveria ser o suficiente para pagar 24 meses de pensões e neste momento tem o suficiente para cerca de 19 meses. Este fundo não deveria servir para pagar pensoes, mas para socorrer nalguma situação muito excepcional, por isso é que se deveria resolver a questão do financiamento antes da actividade corrente do sistema começar a gerar deficits.
 
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