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  1.  # 321

    Estou na Suiça e é exatamente como descreveu, o arquiteto é o responsável, pode ir várias vezes á obra mas todas as semanas têm uma séance com todas as empresas envolvidas no projeto.
    Neste caso o DO tem a inteira segurança de que as coisas correm de acordo o planeado e se houver algum problema sabe bem a quem recorrer.
    Temos bons artistas, por algum motivo é que nas obras na Suiça praticamente só se fala português, só não percebo porquê de em Portugal não se conseguir ter a mesma organização.
    No caso do início do tópico, não faz sentido o empreiteiro pedir mais dinheiro depois do contrato assinado, a não ser que quando o contrato foi assinado não tivessem contabilizado tudo, acho que só por o aumento dos preços dos materiais ter aumentado não se justifica porque ao assinar o contrato o empreiteiro deveria encomendar logo os materiais, que na assinatura do contrato seriam ao preço que estava orçamentado.
  2.  # 322

    Colocado por: Gervas69mas todas as semanas têm umaséancecom todas as empresas envolvidas no projeto.


    Idealmente à segunda ou terça-feira, senão esquece. E cada um leva um caderninho para apontar. É que depois não há cá o diz que disse, ou "é a minha palavra contra a tua"... Nas séances havia demasiadas testemunhas para aldrabices e mentiras eheheh, quem não cumpre fica logo queimado perante todos. Há mesmo o espirito de equipa. Por vezes havia aperitivos e convivios, "sardinhadas" (sem sardinhas), fondues, e actividades tipo team building... cujo objectivo era precisamente fomentar a entreajuda entre empreiteiros, troca de ideias e afins.
  3.  # 323

    Colocado por: Gervas69ao assinar o contrato o empreiteiro deveria encomendar logo os materiais

    Ui, vão já cair-lhe em cima.
    Pelo que dizem, o empreiteiro não tem que ter fundo de maneio para isso, nem local para armazenar e muito menos tem que correr o risco de encomendar o material ao início.
    Ou seja, não tem que ter nenhuma responsabilidade nem capacidade de gestão. Se correr mal, mesmo com contrato assinado, pede mais dinheiro ao DO.
    Concordam com este comentário: IronManSousa
  4.  # 324

    Colocado por: pguilhermeUi, vão já cair-lhe em cima.


    Eles também terão os seus argumentos. E bastante válidos.
    Se um empreiteiro encomenda logo isso tudo, acho que também deveriam cobrar isso ao Dono de Obra na hora. E voltar a cobrar se este mudasse de ideias a meio da obra com o material comprado.

    Se já há falta de empreiteiros assim, imagine se só houvessem empreiteiros com capital para enterrar umas centenas de milhares em meia dúzia de obras em simultâneo.

    pguilherme, é que nem as lojas de materiais fazem stock, quanto mais empreiteiros. A crise anterior deixou muita gente com as calças na mão.
  5.  # 325

    Colocado por: Gervas69só não percebo porquê de em Portugal não se conseguir ter a mesma organização.


    Mas olhe que é bastante fácil. Experimente dizer a um dono de obra em Portugal:

    - olhe, na obra você é como outro civil qualquer, não entra sem autorização e sem estar equipado a rigor;

    - olhe, para a sua casa de 300'000€, os honorários para os projectos são 45'000€ (15%) mas não se preocupe com nada;

    - olhe, depois de decidir alguma coisa, qualquer mudança implica um custo, por isso veja lá bem isso agora.

    Etc. Etc...

    Que verá que as respostas não fugirão muito do: "Como? Mas o terreno é meu, faço o que quero e quando quero. Uiiii... Tanto? O meu cunhado pagou 3000€ (1%) pelos projectos. Como? Então como é que eu sei se gosto sem ver o material ao vivo? Ah, disso ainda não tive tempo de ver... Nas só precisa das sanitas mais tarde, não é? Fiscal? Para quê? Eu vou lá controlar não se chateie. Já agora, não dava para acrescentar uma despensa na cozinha? Estive a pensar..."
    Concordam com este comentário: Joao Dias, ADROatelier, ricardo.rodrigues
    • smart
    • 23 janeiro 2022 editado

     # 326

    Hum..
    Sucintamente
    Na minha opinião
    Fantasias ...
    Existe um contrato.
    Têm e vai ser seguido, para o bem e o mal.
    Os preços flutuam de forma vigorante face a torta inflação, por motivos que não importa inúmeras.
    Logo, o dono de obra, quando contrata, deve ter atenção às variáveis que podem impulsionar o orçamento e no limite até diminuir, só que... ninguém de importa de redigir um contrato com cláusulas adequadas, mas mais importante, com penalizações.
    Só em obras de relevo, aparecem estas cláusulas, sobretudo em relação á dilação do tempo de obra e omissões.
    É ler o contrato e ver se lá constam cláusulas que impeçam o acrescer do valor
    Ponto.
    Moralmente, arrisca se a que se não pagar o acréscimo, que a obra fique como ficar.
    O forista é que sabe o que contratou e os termos.
    O empreiteiro sabe bem que se não iniciar a obra, outras aparecerão, face a elevada procura e até com orçamentos mais altos por M2.
    Provavelmente o dono de obra, agora não encontra orçamento s no mercado, mesmo com o acréscimo pedido, mas bem mais altos...
    É a vida...
    Nua e crua
    O carinho é para o JJ
    Em regra, todos vão enganar...a dúvida é que engana menos...
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  6.  # 327

    Então temos que andar a procurar o que é mais sério? É como na política em que comemos e calamos.
    Um contrato redigido serve para proteger ambas as partes, se não for para cumprir afinal para que serve?
    Quando assina o contrato o empreiteiro sabe que vai começar uma obra e que tem um sinal ou uma garantia bancária, porque não encomenda logo o que precisa? No dia que começa a obra é que passa na MAX-MAT a caminho.
    Não tem qualquer justificação para pedir mais dinheiro ao DO tendo como desculpa o aumento do preço dos materiais.
    • smart
    • 23 janeiro 2022 editado

     # 328

    Hum..
    Sem dramas..
    Se assinou contrato, impecável.
    Questiono...
    Quais as penalizações inscritas no contrato por incumprimento?
    O contrato aborda circunstâncias especiais de subidas de preços, com reflexão no orçamento?
    Estou a abordar o tema pela vertente jurídica e para que futuros donos de obra saibam as vicissitudes associadas a construção...
    Então se o preço dos materiais triplicar e os ordenados duplicaram, o construtor tem de assumir o prejuízo, pela razão de ter assinado contrato...o qual não afigura penalidades em caso de incumprimento?
    É isto?
  7.  # 329

    Colocado por: Gervas69porque não encomenda logo o que precisa?

    Porque nenhum cliente quer pagar o custo que dai advém.
    É tão simples como isso.
  8.  # 330

    Colocado por: Gervas69todas as semanas têm umaséancecom todas as empresas envolvidas no projeto.

    Isso não é exclusivo da Suiça.
    Essa metodologia também é aplicada cá. Cria uma dinâmica na obra, com cada interveniente a ter de dar respostas perante os outros, criando um clima de equipa com todos a remar para o mesmo lado.
    Aliviando o clima de desconfiança que se manifesta em muitas obras. Já o disse aqui algumas vezes todos os intervenientes são importantes, todos têm que ganhar a sua parte no negócio. Implementar um clima de transparência torna a produção do objeto a construir mais fácil.
    Claro que existem contratos para cumprir e têm de ser cumpridos, mas um clima de abertura neste caso concreto pode ajudar a resolver a questão e andar para a frente.
    • smart
    • 23 janeiro 2022 editado

     # 331

    Hum..
    Ora,
    Na falta de razões, quero dizer penalidades, que possam comprometer o construtor a executar o que orçamentos, o bom senso impera.
    Ambos querem executar a obra.
    O empreiteiro vê que o orçamento não chega.
    O dono de obra tem um orçamento mas sente se defraudado, pois tem um contrato.
    Juridicamente, existem duas questões..
    O contrato prevê alterações de preços face a circunstâncias a assinar e penalizações por incumprimento?
    Parece que não..
    Então partimos para o bom senso nas relações...
    Ocorreu de facto um aumento de preços? E quanto? E razoável pagar mais ao construtora diferença?
    Pois as partes, quando andam á chuva molham se...
    O dono de obra por inexperiência não preveu penalidades no contrato por incumprimento.
    O construtor olha pela vida dele e não assina contratos com penalizações por incumprimento ou então prevê o aumento de preços, cabendo ao dono de obra protestar a inscrição no contrato caso baixem, para obter vantagem...
    Se fosse tudo um mar de rosas, não eram precisos advogados, direções de fiscalização ...
    Concordam com este comentário: pguilherme
  9.  # 332

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe um empreiteiro encomenda logo isso tudo, acho que também deveriam cobrar isso ao Dono de Obra na hora.

    Colocado por: Joao DiasPorque nenhum cliente quer pagar o custo que dai advém.

    Lá está.
    A tão famigerada posição que o empreiteiro tem que correr risco ZERO. Então não há um contrato com o cliente? Qual é o problema?

    Depois, é patentemente falso. Tal como o empreiteiro cobra uma "adjudicação" para ser paga à cabeça, o fornecedor também o poderá fazer ao empreiteiro, que pagará um adiantamento para selar a proposta. O empreiteiro não tem força negocial para obter essas condições? Então se nem o fornecedor confia no empreiteiro, como esperam que o DO o faça?

    Se passam o ónus para o cliente final de pagar por inteiro o valor à cabeça, ter de arranjar local para armazenamento com condições de carga/descarga, com seguro, etc, etc, porque raio deve o empreiteiro ter margem sobre esse produto? Qual foi o valor acrescentado que o empreiteiro trouxe no fornecimento desse material? Zero. Para isso o cliente compra na fonte.

    Colocado por: N Miguel Oliveira- olhe, para a sua casa de 300'000€, os honorários para os projectos são 45'000€ (15%) mas não se preocupe com nada;

    Fosse isso exequível, tal como eu, muita gente nem pensava duas vezes e até pagava bónus.
    Isso é o que já se paga por cá para valores meio de tabela.
    Só como exemplo, tive proposta de 45k para arquitectura (sem especialidades) e 80k para fiscalização e nenhum dos dois me oferecia uma fração das garantias que refere.
    Concordam com este comentário: frpin
  10.  # 333

    Colocado por: smartO dono de obra por inexperiência não preveu penalidades no contrato por incumprimento.

    Precisamente por isso é que o DO se deveria rodear de profissionais. Montar uma equipa em quem se possa apoiar. E advogado é um dos elementos.

    Infelizmente, a maior parte dos DO começa logo a querer poupar onde não deve, nos intervenientes que vão estar "no seu canto".
    Concordam com este comentário: smart, desofiapedro
  11.  # 334

    O dever do arquiteto não deveria terminar assim que entregasse o projeto ao cliente, algo está mal aí, não sei de será da legislação ou ninguém lhe ligar nenhum.
    Estou a pouco tempo fora, já tinha comprado o meu apartamento antes de sair, mas muitos que estão fora sonham sempre em fazer casa lá na terra e muitos têm problemas porque as obras nunca ficam pelo valor estipulado, ou são os empreiteiros ou os familiares que se aproveitam dos que estão fora.
  12.  # 335

    Colocado por: pguilhermeTal como o empreiteiro cobra uma "adjudicação" para ser paga à cabeça, o fornecedor também o poderá fazer ao empreiteiro, que pagará um adiantamento para selar a proposta. O empreiteiro não tem força negocial para obter essas condições? Então se nem o fornecedor confia no empreiteiro, como esperam que o DO o faça?

    É mais fácil fazer assim. Agarre nessa teoria e vá expô-la a um fornecedor que logo vê a resposta que lhe dão.
    Olhe, vá lá a um fornecedor de soalho por exemplo, dizer que até lhe paga a adjudicação do soalho mas depois só quer que lho entreguem 1 ano depois e só nessa altura é que salda o resto da fatura. E que eles têm de lho guardar de borla durante esse periodo.
    É que basicamente é o que parece que estão a querer exigir aos empreiteiros.
    A não ser que eu esteja a fazer uma leitura errada.
  13.  # 336

    Colocado por: Joao Dias
    É mais fácil fazer assim. Agarre nessa teoria e vá expô-la a um fornecedor que logo vê a resposta que lhe dão.
    Olhe, vá lá a um fornecedor de soalho por exemplo, dizer que até lhe paga a adjudicação do soalho mas depois só quer que lho entreguem 1 ano depois e só nessa altura é que salda o resto da fatura. E que eles têm de lho guardar de borla durante esse periodo.
    É que basicamente é o que parece que estão a querer exigir aos empreiteiros.
    A não ser que eu esteja a fazer uma leitura errada.

    Não necessariamente, basta que lhe diga o que precisa e para quando precisa. Com essa anticipacao até pode conseguir preços melhores no caso de ter mais encomendas do mesmo material para o mesmo período de tempo.
    Nós é que temos muito o hábito de decidir uma coisa hoje e já querer para ontem e pagamos sempre mais por isso
  14.  # 337

    O João está a por-se de bicos de pés. O João não é empreiteiro geral, apenas fornece e instala o soalho. Calma :)

    O empreiteiro que lhe compra o soalho é que poderá negociar esses termos consigo, ninguém disse que era de borla.

    O João cobrará ao empreiteiro o que entender para esse serviço e este reflectirá esse custo na proposta ao DO.

    Se o João não tiver condições para armazenar, o empreiteiro geral é que deverá provisionar essas condições. Se não o fizer e no decorrer da obra o João aumentar o preço do soalho, quem assumirá esse custo? O cliente que tem contrato assinado? Ou o empreiteiro que não tomou as devidas diligências para salvaguardar o serviço que se comprometeu fazer?

    edit: é que o empreiteiro ainda vai ter margem sobre o seu soalho. Se nem para garantir estas condições essa margem serve... então é para quê? Para isso o DO compra-lhe directamente o soalho a si.
  15.  # 338

    Colocado por: Gervas69
    Não necessariamente, basta que lhe diga o que precisa e para quando precisa. Com essa anticipacao até pode conseguir preços melhores no caso de ter mais encomendas do mesmo material para o mesmo período de tempo.
    Nós é que temos muito o hábito de decidir uma coisa hoje e já querer para ontem e pagamos sempre mais por isso

    Não leve a mal mas, não diga disparates.
    Está completamente a leste da realidade da construção neste momento.
    Só esta passada semana, fiz 16 orçamentos para projectos novos. Qualquer um destes orçamentos está sujeito a variações de preços no que a fornecimento de materiais e matéria prima diz respeito.
    O que os fornecedores nos dizem agora é, este é o preço hoje, amanhã sabe Deus. Acho que ainda não perceberam bem o que se está a passar no mundo…
  16.  # 339

    Colocado por: pguilhermeO João está a por-se de bicos de pés. O João não é empreiteiro geral, apenas fornece e instala o soalho. Calma :)

    O empreiteiro que lhe compra o soalho é que poderá negociar esses termos consigo, ninguém disse que era de borla.

    O João cobrará ao empreiteiro o que entender para esse serviço e este reflectirá esse custo na proposta ao DO.

    Se o João não tiver condições para armazenar, o empreiteiro geral é que deverá provisionar essas condições. Se não o fizer e no decorrer da obra o João aumentar o preço do soalho, quem assumirá esse custo? O cliente que tem contrato assinado? Ou o empreiteiro que não tomou as devidas diligências para salvaguardar o serviço que se comprometeu fazer?

    edit: é que o empreiteiro ainda vai ter margem sobre o seu soalho. Se nem para garantir estas condições essa margem serve... então é para quê? Para isso o DO compra-lhe directamente o soalho a si.

    Em bicos dos pés? Está enganado.
    Voltando ao tema, repito o que disse mais atrás. Nenhum cliente quer pagar o custo de uma logística como a que vocês querem impor. É tão simples como isto.
  17.  # 340

    Colocado por: Joao DiasO que os fornecedores nos dizem agora é, este é o preço hoje, amanhã sabe Deus. Acho que ainda não perceberam bem o que se está a passar no mundo…
    A menos que se aplique uma margem de leão ninguem consegue garantir precos para daqui a um mes, daquilo que me têm dito os com quem tenho falado precisamente por esta instabilidade absurda de preços.
    Concordam com este comentário: Joao Dias
 
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