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  1.  # 1

    Colocado por: CarvaiPois não convém esquecer que são os bancos que emprestam a maioria do dinheiro ao Estado.


    Pois, nao é assim. Ainda muito recentemente foi divulgado um estudo da OCDE sobre a divida publica dos paises membros e no caso português a distribuição era +/- a seguinte:

    Sistema de bancos centrais : 52%
    Investidores residentes em que se incluem os bancos nacionais, fundos, particulares, etc.: 23%
    O remanescente estará nas mãos de investidores não residentes.

    Portantos os bancos nacionais estão muito longe, mas mesmo muito longe de serem os principais credores do estado.
    Talvez esta situação se altere nos próximos anos, em resultado da nova politica do BCE, mas para já é esta a situação.
    Os numeros acima sao citados "de cabeça", que também já conheceu melhores dias.
  2.  # 2

    Colocado por: AMG1Sistema de bancos centrais : 52%

    Voltamos ao problema de linguagem.
    Os bancos centrais não são bancos? Quem os alimenta? O dinheiro vem todo das impressores?
    Algures por aqui publiquei um link em que a divida do Estado a bancos comerciais portugueses e estrangeiros rondava os 70 Mil milhões do total de 272 Mil milhões.
    É só fazer a percentagem, com qualquer critério á escolha.
    E tirando a CGD e o Montepio há mais algum banco 100% português?
  3.  # 3

    Tenho opiniões desencontradas e muito desconhecimento..

    - Tenho por certo que deve existir um limite prudente sobre o qual os cidadões devem parar de emprestar dinheiro ao estado, tanto para proteger os cidadões como o propio estado (de gastar inutilmente o dinheiro que lhe é emprestado e depois não conseguir pagar de volta), mas qual a dificuldade em comunicar as regras do jogo antes? Não seria melhor terem comunicado antes o objectivo do montante acumulado para esta serie em vez de comunicar o seu término tão de surpresa?

    - Qual é a % do rollover da dívida dos aforradores anteriores? Eu fiz CA em 2014 e salvo erro em 2024 termina o prazo e têem de restituir-me o dinheiro todo. Em 2014 acho que estavamos quase no fim da crise, e lembro-me que também fui para os CA porque era mais vantajoso que os DP. Não sei até que ponto este ciclo de atrair investidores novos não serve para pagar aos investidores anteriores.

    - É tragico os portugueses serem recompensados com 0.5% de juro na banca tradicional. Eu pelo menos não encontro melhor na CGD (ou seja, existe melhor mas com condicionantes que limitam a mobilidade do dinheiro que não me interessa). É que nem dá para disfarçar, efectivamente os pequenos aforradores que vivem do rendimento do trabalho estão lixados, salvam-se os que têm rendimentos do imbobiliário ou capital privado.

    - Eu sou accionista do BCP e leio sempre os resultados trimestrais que publicam. O que mais me surpreendeu nos resultados ďo primeiro trimestre de 2023 foi isto: A carteira de depósitos a prazo em Portugal melhorou de 16,4 mil milhões de euros para 19,5 mil milhões de euros. Não sei como conseguiram isto quando anda toda a gente a fugir para os certificados de aforro, disseram-me que é pelos depósitos de empresas (que têm melhor renumeração, by the way). Mas este facto mais ou menos deita por terra o argumento de que os bancos ficaram nervosos com os CA, pelo menos não pode ser o caso do BCP..
  4.  # 4

    Colocado por: HAL_9000Em que dados concretos se baseia para dizer que a actual dívida procedente dos CA a 3,5% estava no limiar da prudência?
    .
    Concordam com este comentário:pkasa


    Eu não estou a criticar a medida do estado, o HAL está.

    O HAL tem de ter em conta que num sistema de moeda fiduciária, a dívida chega a um certo ponto que só pode ser paga com um aumento de produtividade (altamente improvável durante uma recessão) ou então emitindo ainda mais dívida para pagar a anterior (que obviamente tem de ser emitida a um juro mais baixo). Por isso é que já tivemos a série A, B, C, etc… isto é tão certo como daqui a um tempo chegar a série G, que terá um juro ainda menor.

    Mas noutro aspeto já concordo consigo. O sistema não incentiva à poupança. Mas isto é sistémico e independente de PS/PSD, republicanos/democratas. Face à desvalorização certa pelos motivos que lhe descrevi acima, o objetivo nunca foi poupar, mas sim acumular património (imobiliário, ações, certificados, obrigações, etc…) Isto nunca vai ser resolvido seja com que governo for.
  5.  # 5

    Colocado por: Carvai
    Voltamos ao problema de linguagem.
    Os bancos centrais não são bancos? Quem os alimenta? O dinheiro vem todo das impressores?
    Algures por aqui publiquei um link em que a divida do Estado a bancos comerciais portugueses e estrangeiros rondava os 70 Mil milhões do total de 272 Mil milhões.
    É só fazer a percentagem, com qualquer critério á escolha.
    E tirando a CGD e o Montepio há mais algum banco 100% português?


    Bom, considerar o BCE um banco nacional, é capaz de ser um bocadinho mais do que uma questão de linguagem. Até porque o que estava em causa eram bancos comerciais, ou seja os tais que pagam pouco pelos DP, lembra-se?

    Agora introduz esse novo elemento de haver bancos comerciais a actuar em Portugal, que embora sejam sociedades de direito nacionais são detidas em parte (p.e BCP), ou no todo (BPI/BST) e que por isso já não serão portugueses.
    Ok, pode ser um entendimento, mas não é esse o entendimento das estatisticas que consideram os consideram "residentes".
    As coisas podem ser tudo o que cada um de nos quiser que elas sejam, mas nao é por isso que deixam de ser o que verdadeiramente são...por mais que isso nos custe, sobretudo quando não encaixam nas nossas ideia preconcebidas.
  6.  # 6

    Colocado por: PedroNunes24O HAL tem de ter em conta que num sistema de moeda fiduciária, a dívida chega a um certo ponto que só pode ser paga com um aumento de produtividade (altamente improvável durante uma recessão) ou então emitindo ainda mais dívida para pagar a anterior (que obviamente tem de ser emitida a um juro mais baixo). Por isso é que já tivemos a série A, B, C, etc… isto é tão certo como daqui a um tempo chegar a série G, que terá um juro ainda menor.
    Então inicia-se cada serie com um valor limite bem definido, uma vez atingido o objetivo fecha-se essa série. Não era preferível? As regras não ficavam mais claras? Não era melhor para todos? Aparentemente o melhor é esperar que o “gajo dos CTT” venha dar voz às pressões que já deviam estar a ser feitas para depois se achar com esta série.

    A questão mais relevante para mim é, Portugal consegue financiar-se a 10 anos pagando menos juros que os 2,5 líquidos ( porque dos 3,5 ainda recupera 28%) que paga aos seus cidadãos ? Ou apenas fez o favor aos bancos e ajudou a cavar ainda mais a cova das poupanças dos portugueses?
    Existe a questão da incerteza de os aforradores poderem precisar de levantar os CA , daqui a um ano ou dois, mas com tantas séries, penso que o estado consegue ter uma noção muito boa da tendência, para poder fazer projeções.

    Repare que eu falo nisto por uma questão de princípio, o que eu tinha de colocar nos CÁ, já lá pus no ano início do ano, neste momento rende-me mais amortizar dívida, por isso tanto me dá que acabem a série é e comecem a F. O que me custa é ver que o executivo que a maioria dos portugueses escolher para governar este país, não passam de uns vendidos que se preocupam mais com o que vão fazer depois de saírem do governo do que o que estão a fazer enquanto la estão,

    O PedroNunes24 acha que pode ter sido por uma questão de gestão (e eu até concordaria com tudo o que diz se as regras fossem claras, ou se o PedroNunes24 tivesse de facto dados concretos que me escaparam), eu tendo a lembrar-me do Manuel Pinho enquanto ministro da economia, é que supostamente também defendia o interesse do país.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, eu, smart
  7.  # 7

    Alguém conhece o OpenBank?
  8.  # 8

    Os certificados que fizemos na categoria E, mantêm-se sempre na mesma taxa? Ou por exemplo, eu fiz em Abril de 2023 (3.5 %), esta taxa mantém-se sempre a 3.5 %, ou quando finda os 3 meses, atualizam com nova taxa?
  9.  # 9

    Colocado por: joana_paisatualizam com nova taxa?
    Actualizam conforme a euribor a 3 meses.
  10.  # 10

    Colocado por: joana_paisOs certificados que fizemos na categoria E, mantêm-se sempre na mesma taxa? Ou por exemplo, eu fiz em Abril de 2023 (3.5 %), esta taxa mantém-se sempre a 3.5 %, ou quando finda os 3 meses, atualizam com nova taxa?
    Esses certificados irão sempre render de acordo com a sua formula de cálculo: E3+1%, em que E3 é a média dos valores da Euribor a 3 meses observados nos dez dias úteis anteriores. A que acrescentam depois as respectivas valorizações de permanência: 0,5% do início do segundo ano ao final do quinto; e de 1% a partir do sexto ano e até ao final, ou seja, ao 10.º ano.

    As rentabilidades são actualizadas trimestralmente. Ou seja vão continuar a render-lhe a 3,5% enquanto a euribor a 3M estiver > 2,5%.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: joana_pais
  11.  # 11

    acho que o timing e comunicação estão errados, mas os 3,50% são muito altos quando comparados com os depósitos. Os 2,50% são igualmente atractivos, apenas não concordo com o limite de Eur 50k por pessoa...
  12.  # 12

    ou os depósitos é que são muito baixos em comparação.
    Concordam com este comentário: eu, pcspinheiro, HAL_9000
  13.  # 13

    concordo com o que manelvc diz - os depósitos é que são uma vergonha cá em Portugal. Os banqueiros e os políticos estão todos ao mesmo nível - só olham para o seu bolso. Infelizmente não há ar de mudança à vista....
  14.  # 14

    Colocado por: HAL_9000Esses certificados irão sempre render de acordo com a sua formula de cálculo: E3+1%, em que E3 é a média dos valores da Euribor a 3 meses observados nos dez dias úteis anteriores. A que acrescentam depois as respectivas valorizações de permanência: 0,5% do início do segundo ano ao final do quinto; e de 1% a partir do sexto ano e até ao final, ou seja, ao 10.º ano.

    As rentabilidades são actualizadas trimestralmente. Ou seja vão continuar a render-lhe a 3,5% enquanto a euribor a 3M estiver > 2,5%.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:joana_pais


    Obrigada pela explicação, não tinha a certeza da continuidade da taxa de juro, como se vencem a cada 3 meses, não me tinha preocupado muito com isso, e agora como terminaram o produto, fiquei na dúvida como funcionava.
  15.  # 15

    Ja há vários bancos com
    Depósitos na ordem dos 2,25%/2,5%/ 2,75%..
  16.  # 16

    Colocado por: AMVPAlguém conhece o OpenBank?

    É uma segunda marca do grupo Santander, para operar no segmento digital.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AMVP
  17.  # 17

    Colocado por: FFADacho que o timing e comunicação estão errados, mas os 3,50% são muito altos quando comparados com os depósitos.
    O BCE paga aos bancos a 3,25 para eles lá depositarem o dinheiro que você lhes empresta a a 0,5%. Não sei como é que chegou à conclusão que são os CA que estão altos e não os depósitos baixos.

    Eu diria exatamente o contrário.

    Colocado por: Bragas VJa há vários bancos com
    Depósitos na ordem dos 2,25%/2,5%/ 2,75%..
    Em que condições? Nos pormenores é que está o....
  18.  # 18

    Colocado por: FFADacho que o timing e comunicação estão errados, mas os 3,50% são muito altos quando comparados com os depósitos. Os 2,50% são igualmente atractivos, apenas não concordo com o limite de Eur 50k por pessoa...

    O estado já não se financia nos mercados internacionais abaixo dos 3%. Os 3,5% com os 28% da taxa liberatória ficava abaixo disso.
    Depois há a questão do prêmio pelo risco, no banco tenho o capital garantido até 100k, nos CA não há garantia, pelo q o prêmio tem de ser superior ao da banca.
  19.  # 19

    Eu tal como a generalidade dos portugueses também nao tenho nenhuma bola de cristal para adivinhar o que vai na cabeça do Medina, mas esta quase unanimidade sobre um conluio entre o Medina e os banqueiros deixou-me com vontade de fazer o papel de defensor do diabo.
    Por regra tendo a procurar a explicação mais simples e óbvia para os acontecimentos, antes de embarcar em explicações muito complexas, particularmente naquelas que envolvem uma boa dose de actividade conspirativa entre muitos agentes.

    Os factos publicos são, no essencial, os seguintes:

    1. Os bancos comerciais pagam os DP entre menos 1,5 e 2,5% do que conseguem depositando estes fundos no BCE. Portanto têm aqui um negócio da china, sem sairem de Portugal.

    2. Que instrumentos tem o governo para obrigar os bancos a pagar mais pelos depósitos: nenhum!
    Salvo alguma pressão mediática, que é mais ou menos para o lado que os banqueiros dormem melhor.
    Atenção que eu nao penso assim, a CGD podia e devia ter aqui um papel muito relevante na alteração da situação. O facto é que se a tivesse já aí estaria o habitual coro de vozes a achar que é por isso as empresas publicas perdem dinheiro.

    3. O estado viu em 4 meses os CA aumentarem +/- num terço, por via de estar a pagar mais do dobro do que pagam os bancos.

    4. Claro que o estado necessita de se financiar e a ultima emissão de divida a 10 anos ja ultrapassou os 3%. Pois, mas essa emissão resolveu o financiamento do estado por muitos meses e consequentente a necessidade se ir ao mercado. Convém não esquecer que o Centeno aproveitou o periodo de taxas baixas para aumentar as maturidades médias, que já andam acima dos 10 anos.

    5. Depois temos a gestão dos milhões do PRR que devem funcionar como um ótimo colchão porpocionando boas folgas de tesouraria durante os proximos dois anos.

    6. Não esquecer, que do enorme acréscimo da receita fiscal, por via da inflação, apenas uma pequena parte foi distribuida, ainda há muita massa disponível.

    7. Claro que há aqui a incerteza sobre o que pode acontecer quando o BCE começar a vender a divida que detém, mas eu suspeito que antes disso acontecer ainda muita água deve correr pelas pontes e o Medina deve saber muito mais do que aquilo que chega aos jornais. Depois e ao contrario de 2010/1, na linha da frente já não estão só os PIGs estão lá pesos bem pesaditos. Eu até tenho uma teoria sobre o destino dessa divida, ou pelo menos de parte dela, mas veremos os proximos desenvolvimentos.

    Ora com base nisto tudo, porque razão é que será mais dificil de acreditar que afinal o Medina só estará a fazer o que qualquer um de nós faria, ou seja gerir as finanças do estado da forma mais eficaz e sensata que pode, em vez de acharmos que tem um qualquer conluio com os banqueiros para que estes continuem a ganhar dinheiro sem trabalho nem risco?

    Mas repito, não estou na cabeça do Medina, nem ponho as "mãos no lume" por ninguém.
  20.  # 20

    Colocado por: AMG1Por regra tendo a procurar a explicação mais simples e óbvia para os acontecimentos, antes de embarcar em explicações muito complexas, particularmente naquelas que envolvem uma boa dose de actividade conspirativa entre muitos agentes.
    Tipo a do Manuel Pinho, Ministro da economia, com o Salgado?



    Colocado por: AMG12. Que instrumentos tem o governo para obrigar os bancos a pagar mais pelos depósitos: nenhum!
    3 palavas: Caixa Geral de Depósitos. Se não serve para influenciar a actividade bancária, queremos um banco público para quê? Fazer créditos ruinosos à Artlant, Berardo, vale do lobo, etc etc?
    ´


    Colocado por: AMG1por via de estar a pagar mais do dobro do que pagam os bancos.
    ...em Portugal. Se considerar o contexto europeu onde estamos inseridos, esses 3,5% não fazem uma diferença assim tão abismal face ao praticado pelos bancos.



    Colocado por: AMG1Depois temos a gestão dos milhões do PRR que devem funcionar como um ótimo colchão porpocionando boas folgas de tesouraria
    Mas fora o PRR não há investimento público? Querem ver que é por isso que não saimos da cepa torta?


    Colocado por: AMG1apenas uma pequena parte foi distribuida, ainda há muita massa disponível.
    Uma ideia brutal era distribuir parte dessa massa sacada sem dó nem piedade, pagando juros à classe média, a classe mais sacrificada e que mais poder de compra perdeu, e que está de fora da grande maioria das "ajudas" (esmolas) que o estado anda para aí a distribuir. Mas isso são ideias minhas, que certamente serão disparatadas.



    Colocado por: AMG1em vez de acharmos que tem um qualquer conluio com os banqueiros para que estes continuem a ganhar dinheiro sem trabalho nem risco?
    essa conclusão advém da tradição e força do hábito e pela mera constatação que as crises são óptimas para determinados grupos ganharem dinheiro sempre com o concluio e patrocinio do estado pois claro.

    Eu também não estou na cabeça do Medina e até pode fazer sentido tudo o que diz, mas depois lembro-me que estou em Portugal e o "estado a que isto chegou" dá-me um par de certezas, uma delas é que entre prejudicar os banqueiros ou prejudicar a população, o medina não perdia sequer 30 segundos a tomar a decisão.
    O factor surpresa da medida, anunciada a uma sexta à noite, em nada abona a credibilidade técnica da decisão.
    Concordam com este comentário: Carvai
 
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