Construir
Há coisas que valem a pena: recuperar casas (e centros históricos)
- Sim, parece estar muitíssimo bem conservada. Nem sempre se consegue... e também nem sempre se consegue vender a quem dê valor! Ainda bem que esta está em boas mãos, que a podem cuidar.Para a conservação ajuda imenso a casa ter sido sempre habitada. Ninguém quer viver num sítio a cair. Agora tem-se tratado do chão, como nas fotos que meti, mas creio que certas pinturas vão ficar como estão. A sala de jantar é preenchida na totalidade por pinturas na parede (muito giras, referentes às 4 estações do ano), e algumas estão a descascar. Estar a restaurar isso seria uma fortuna e nem toda a gente está habilitada a tal. A ver se logo à noite meto umas fotos.Eu por acaso achei muita graça ao chão pintado de vermelho e tenho pena que tenha passado a "espelhado". Não percebo muito do assunto, mas cheira-me a estética do séc. XVII, que é muito mais rara do que séc. XVIII.
Pinturas murais só gente do restauro mesmo, penso eu. A charola de Tomar ficou espectacular.Não ache graça ao chão pintado de vermelho porque aquilo foi feito por um empregado daqui.. E se reparou, não pintaram por baixo dos tapetes. Parece anedota. E viu-se que a tinta não era indicada para ali, já está tudo a sair, cheio de riscos, uma coisa medonha. Por isso agora tem que ser tudo afagado porque já se torna uma vergonha ter o chão naquele estado.
Eu acho que o chão ficou bem mais bonito afagado (para se ver a madeira original) e envernizado. É verdade que a madeira pode ter ficado clara demais e não combina muito bem com as mobílias, mas ficou bem melhor.Eu bem disse que não percebia nada do assunto! Mas como é que ele se lembrou disso???
Acho claro demais e brilhante demais porque agora há coisas que imitam muito melhor o encerado (já fiz por duas vezes essa asneira, por isso estou atenta!). Só espero é que tenham usado um verniz que deixe a madeira respirar porque se não uma madeira que aguentou 3 séculos pode não aguentar 3 anos (também já fiz essa asneira!)- Paulo Correia
- 26 fevereiro 2010
Colocado por: MartaDEu acho que o chão ficou bem mais bonito afagado (para se ver a madeira original) e envernizado. É verdade que a madeira pode ter ficado clara demais e não combina muito bem com as mobílias, mas ficou bem melhor.
Nem que fosse pelo desenho do pavimento.
A beleza está precisamente nessas imperfeições que nos recordam que é algo saído de mãos humanas, natural, não industrial. Quando olho para algo assim, penso no trabalho que deu, nos homens que executaram, nas dificuldades que tiveram de ultrapassar. Já quando olho para um pavimento industrial, vejo uma linha de produção robotizada.
Se combina ou não com as mobílias, faz-me lembrar quem compra arte (pintura por ex) que fiquem bem com os cortinadosEu agora estou a regressar às origens... durante anos abominei pavimento envernizado mas hoje, já o vejo com outros olhos.
À procura de casas, tenho visto umas remodelações feitas nos bairros do Estado Novo em Lisboa (Av. Roma, etc.) onde recuperam os velhos pavimentos de madeira e os envernizam e, gosto imenso do resultado. :)
Mais ou menos como esse que está aí em cima.Boaso episódio da ovelha sem cabeça pode ser alguma ameaça, segundo o que os trabalhadores de lá já me disseram. Nunca se sabe, as pessoas do Norte são maradas)
Declaraçom sujeita a penalizaçom de acordo com o art.º 2º da Constituiçom du Reino du Nuorte pela qual só os natibos podem - e debem - dizer mal deles mesmos. Castigo: duas obelhas (coum cabeça) e um cabrito na assadeira. A repetiçom do erro dá direito a extradiçom para a Lísbia ou arredores ou, em alternatiba, à assistência obrigatória a todos os concertos de beraum do Quim Barreiros.
cumps
José Cardoso
(decepador de obelhas)Colocado por: PauloCorreia
Colocado por: MartaDEu acho que o chão ficou bem mais bonito afagado (para se ver a madeira original) e envernizado. É verdade que a madeira pode ter ficado clara demais e não combina muito bem com as mobílias, mas ficou bem melhor.
Nem que fosse pelo desenho do pavimento.
A beleza está precisamente nessas imperfeições que nos recordam que é algo saído de mãos humanas, natural, não industrial. Quando olho para algo assim, penso no trabalho que deu, nos homens que executaram, nas dificuldades que tiveram de ultrapassar. Já quando olho para um pavimento industrial, vejo uma linha de produção robotizada.
Se combina ou não com as mobílias, faz-me lembrar quem compra arte (pintura por ex) que fiquem bem com os cortinados
Não, o "não combinar" não tem a ver com isso, acho eu. Pelo menos o que eu entendo é : isto: esse pavimento foi encerado durante séculos (lavado, raspado para tirar a cera velha, encerado de novo pelo menos uma vez por ano) e, portanto era mais escuro e tinha um brilho diferente. Claro que as imperfeições lá estavam, os nós, as arestas manuais, etc. Agora ficou um bocadinho plastificado, acho eu (além de que, desde que asneirei com dois pavimentos, tenho um medo de verniz que me pelo).Colocado por: PauloCorreia
Se combina ou não com as mobílias, faz-me lembrar quem compra arte (pintura por ex) que fiquem bem com os cortinados
O desenho do pavimento é realmente bonito. Disso gosto.
Ora bem, o combinar com as mobílias, o que quis dizer foi que não combina com a decoração interior porque é uma decoração MUITO pesada de tons escuros e madeiras nobres, com um chão de pinho, fica esquisito. Mas como está tudo coberto por grandes tapetes, pena minha, não se chega a ver quase chão nenhum.
lobito, já expliquei o "combinar", mas realmente acho que estava melhor com o tal chão mais escuro (sem a tinta vermelha).
j cardoso: ahah, você é um cómico.
FD: Eu gosto de chão envernizado, dependendo também da decoração da casa.Olá todos, caros amigos (uns mais do que outros) das casas recuperadas e logo, meus amigos também :o)
MartaD, A sua casa é belíssima. Fez muito bem, vê (?), em colocar aqui as imagens, obrigada, são lindas imagens.
É a antítese da minha; Não na beleza, porque belo está nos olhos de quem vê, e eu amo a minha, como sabe. Por outro lado, como as casas antigas portuguesas são uma paixão para mim, ..amo a sua também!. A minha é estilo português saloio do qual já coloquei umas fotos, como lhe disse, mas colocarei mais. Comparativamente à sua, a minha casa coraria de pequenina singeleza e talvez eu também devesse, mas não o fazemos, nem eu nem ela, porque somos muito orgulhosas, e cada casa no seu estilo, nenhuma casa antiga é de se menosprezar!
A minha foi feita a troco de almoço e garrafões de vinho, e muito provavelmente alguns efeitos são causa disso mesmo – dos garrafões à mais! A sua é feita de muito mais do que isso.
Deram-lhes características únicas, à sua e à minha e a outras mais que as distinguem e as distinguirão para todo o sempre. Destruir casas assim é destruir a história do País. Pura e simplesmente. Poderia ser apenas por essa razão, que já seria motivo suficiente, que as devêssemos amar e conservar, no meu caso, vou mais longe, é que para além do valor histórico, estas casas têm todas, para mim, uma beleza estética e de arquitectura e de materiais que são preciosíssimos pois inigualáveis! Por serem inigualáveis.
E, lá está, Marta, por serem inigualáveis é que eu as vejo de uma forma tão especial, tão destacada das casas contemporâneas que a Marta prefere, porque sempre conviveu com uma casa assim e não valoriza. Uma casa contemporânea encontra-se esquina sim, esquina sim. É demasiado fácil, nunca original.
A Marta, sem saber, ajudou-me bastante numa outra questão – a do chão. Há pouco tempo o meu foi também sujeito a restauro, das partes estragadas. Até coloquei aqui no fórum a discussão, tinha imensas duvidas porque sugeriam-me sempre substituir o chão todo, ou por outro tipo de madeira ou por outro tipo de material. Optei, felizmente por manter o que estava, a madeira velha, substituindo apenas o que estava estragado, tal como fizeram na sua. Eu fi-lo por instinto, e também pelo que li em vários sítios, porque foi o que me fez sentido, embora me aconselharam a fazer algo diferente. Fico satisfeita, constato que foi, comprovadamente e também com o seu caso como exemplo, a coisa mais correcta a fazer. O que ficou no meu chão, embora bem feito, foi a tal diferença na cor da madeira velha para a nova, que, aguardo, ganhe cor com o tempo, se não, terei que fazer como fizeram na sua também – afagar.(Opto por não envernizar).
..Vem reforçar a lição que já anteriormente tínhamos "aprendido" e que falei com o Paulo Correia e com a Lobito e que fica aqui, uma vez mais, no forum: comprova-se que maioritariamente não somos bem aconselhados, e temos que perguntar, pesquisar, por nós próprios antes de proceder (a restauros). Não se pode confiar, sem antes fazer o trabalho de pesquisa por nós próprios não podemos tomar uma decisão informada e, muitas vezes, nem a mais acertada.Que grande testamento CMartin. Só uma correcção, a casa não é minha, é da minha família. Eu não moro lá (felizmente), mas estou lá todos os dias.
No chão da sala de entrada, mudaram só algumas tábuas, como fez na sua casa. Umas tábuas que já estavam muito estragadas do bicho. E realmente ficou a notar-se a diferença para as velhas, mesmo depois de tudo afagado. Mas teve que ser assim. Não se ia mudar o chão todo da casa, só substituir as tábuas mais estragadas. Por acaso nas fotos que tirei do chão, não apanhei as áreas onde se nota a diferença.
A casa traz-me boas recordações de pequenina mas agora que lá passo os dias, já não lhe dou valor, já não me encanta. Não sei se é da idade, aprecio o antigo mas não gosto de viver com ele.
Espero ver fotos da sua casa, que ainda não vi :)Espero ver fotos da sua casa, que ainda não vi :)
Foto IFoto IIFoto IIIFoto IV
Com cumprimentos,- Paulo Correia
- 5 março 2010
sei que gostam destas coisas (está apenas sujo)
É para ser demolidoÉ para ser demolido "inteiro" e guardado, ou para partir?Ei, 'pere aí, 'pere aí! Dimensões, tem?- Paulo Correia
- 5 março 2010 editado
Colocado por: CMartinÉ para ser demolido "inteiro" e guardado, ou para partir?
Para partir. Mas por agora é só um concurso, ainda tenho de ganhar a obra e ate lá.....Colocado por: lobitoEi, 'pere aí, 'pere aí! Dimensões, tem?
não,
visitei o local ontem e quando vi isto, lembrei-me logo de vocês0.0489 seg. NEW
