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    • argo
    • 17 junho 2023
    "The prospect of millions of households facing a dramatic rise in borrowing costs comes after a week of renewed turbulence in financial markets as City traders bet the Bank rate would reach close to 6% before Christmas."
    https://www.theguardian.com/money/2023/jun/17/uk-homeowners-face-huge-rise-in-payments-when-fixed-rate-mortgages-expire
  1. Colocado por: argo"The prospect of millions of households facing a dramatic rise in borrowing costs comes after a week of renewed turbulence in financial markets as City traders bet the Bank rate would reach close to 6% before Christmas."
    https://www.theguardian.com/money/2023/jun/17/uk-homeowners-face-huge-rise-in-payments-when-fixed-rate-mortgages-expire

    Interessante exemplo. Os ingleses aproveitaram a taxa de referencia quase a zero em 2020/21 e fizeram créditos a taxa fixa por 4 ou 5 anos. Agora estão na prespectiva de virem a ser fortemente penalizados dentro de 2 anos.
    Vão rezando para entretanto as taxas descerem.
    lá como cá e na maior parte do Mundo aplica-se o velho provérbio "O que é bom acaba depressa"
    Concordam com este comentário: argo
  2. Colocado por: CarvaiAgora estão na prespectiva de virem a ser fortemente penalizados dentro de 2 anos.
    Sempre é melhor do que ser já. Dá tempo para se irem preparando o aumento de prestação, e até para vender e encontrar solução se for o caso.
    Tivesse eu a licença no ano passado e também teria fixado a minha por 4 anos a 1,5% (4 anos permite ainda fazer amortizações consideráveis). Assim olhe o foi no ano passado e outra vez este ano, e agora é aguentar durante o tempo que for. Mas se for preciso até as botas velhas vendo na vinted para amortizar o quanto antes :).

    Tudo isto é economia, mas tudo isto é um bocado "estupido". Estes milhões de ingleses, assim como milhões de portugueses vão de facto reduzir o consumo (são obrigados a isso), mas existe uma maioria ainda que não sendo afetada por estas taxas, terá muito mais resistência a reduzir o consumo (muito embora também percam poder de compra de forma expressiva).

    Da mesma maneira que as empresas se apressaram a transmitir ao consumidor o aumento de custos de produção, agora deveria haver mecanismos para as obrigar a transmitir ao consumidor a redução dos mesmos que já se verifica desde o inicio do ano. Contudo o que se observa é o contrário, uma rigidez de preços incrível, ainda para mais no nosso país em que a concorrência verdadeiramente dita, não existe.

    Estou a pensar por exemplo no cimento. Quando houve o choque energético teve um aumento brutal. Os preços da eletricidade já estão controlados há mais de meio ano, e pelo menos aqui na loja de materiais onde vou o preço continua igual.
    • AMG1
    • 17 junho 2023
    Colocado por: HAL_9000

    Da mesma maneira que as empresas se apressaram a transmitir ao consumidor o aumento de custos de produção, agora deveria haver mecanismos para as obrigar a transmitir ao consumidor a redução dos mesmos que já se verifica desde o inicio do ano. Contudo o que se observa é o contrário, uma rigidez de preços incrível, ainda para mais no nosso país em que a concorrência verdadeiramente dita, não existe.

    Estou a pensar por exemplo no cimento. Quando houve o choque energético teve um aumento brutal. Os preços da eletricidade já estão controlados há mais de meio ano, e pelo menos aqui na loja de materiais onde vou o preço continua igual.


    Esqueça o "obrigar", senão daqui a pouco a estão a obrigá-lo a fazer e a aturar o que não quer. A concorrência resolve isso. Arranje uma garagem lá ao lado e ponha-se a vender o cimento mais barato e verá que na loja também baixam o preço. Ou então não faca nada e um dia destes um dos comerciantes que esteja mais "à rasca" vai baixar o preço e os outros nao tem alternativa a não ser baixar também.
    Estes processos tendem a ser mais rápidos onde os consumidores estão informados e organizados de modo que poderem implementar estratégias para contrariar estas práticas.
    Como por por cá, até é um bocado "feio" reclamar e mais foleiro ainda participar em movimentos civicos para resolver estas miudezas, o caminho é aguentar e fingir que são ricos e que nada disto os afecta. Entretanto, o seu vizinho que vende cimento e o meu que vende detergentes, vão-nos comendo a todos de cebolada.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
  3. Colocado por: AMG1A concorrência resolve isso.
    Se existisse....até resolvia. o obrigar é com "". Criar mecanismos que as incentivem a fazê-lo, porque sem incentivos só lá vão mesmo com quebras nas procura, e em certas áreas (como a alimentação, telecomunicações, etc...) essas quebras tendem a não ocrrer porque já se tornaram necessidades prementes.

    O que eu não consigo concordar é com políticas económicas que se limitam a atacar precisamente a fração mais desprotegida da sociedade que é os dependentes dos rendimentos do trabalho. Subverte um pouco a função principal da economia que deveria ser zelar pelo bem estar social e económico da população, ao inves de o atacar.




    Colocado por: AMG1Arranje uma garagem lá ao lado e ponha-se a vender o cimento mais barato e verá que na loja também baixam o preço.
    Tenho é de arranjar 10 garagens, uma para a futa, uma para o cimento, uma para o pão, etc...
    Nem estou a dizer que a culpa é da loja dos materiais, provavelmente aqui o Sr. Manuel não baixa porque o intermediário não baixou, e este por sua vez não baixou porque a cimpor não baixou. O problema é que a cimpor opera quase em concorrência, e todos eles quando aumentaram aumentaram tb as suas margens, então pronto...aguenta e não chora. Qual concorrência qual carapuça. Só lá vai com "incentivos", mas isso seria mais dificil que tirar o dinheiro do bolso dos assalariados, portanto.
  4. Colocado por: AMG1Como por por cá, até é um bocado "feio" reclamar e mais foleiro ainda participar em movimentos civicos para resolver estas miudezas,

    Em contrapartida há sítios onde o pessoal protesta de maneira mais energética. O resultado é sempre o mesmo, uns mortos e feridos e muitos presos.
    Isto num País "governado" por heróis da libertação e expoentes do socialismo, produtor de petroleo e diamantes que se livrou há 50 anos das garras do colonialismo.
    https://expresso.pt/internacional/2023-06-17-Manifestacao-preocupa-Luanda-embaixadas-emitem-avisos-e-empresas-redobram-cuidados-7c08ce73
  5. Colocado por: HAL_9000O problema é que a cimpor opera quase em concorrência,

    Em Portugal sempre houve só 2 produtores - Cimpor e Secil.
    Não me recordo de ter havido no passado grandes contestações ao preço do cimento. Mas também estava fora do setor, nunca comprei um saco.
    • AMG1
    • 17 junho 2023
    Colocado por: HAL_9000
    Se existisse....até resolvia. o obrigar é com "". Criar mecanismos que as incentivem a fazê-lo, porque sem incentivos só lá vão mesmo com quebras nas procura, e em certas áreas (como a alimentação, telecomunicações, etc...) essas quebras tendem a não ocorrer porque já se tornaram necessidades prementes.


    Perante consumidores informados e devidamente organizados, as empresas, sejam o sr. Manuel ou a Cimpor tendem a considerar mais o risco reputacional e consequentemente a não implementarem práticas que as possam prejudicar.
    Deixe-me dar dois exemplos diferentes:

    1. Em Portugal existem pelo menos duas associações de defesa dos cosumidores de servicos financeiros/bancários. Já viu algum sinal da sua existência no espaço público, a propósito dos juros pagos pelos bancos?
    O BdP tem feito pouco por isso, mas eu já ouvi o Centeno a falar do tema e das associações de consumidores, nem sinal.

    2. Aqui há um ano, quando o preço dos alimentos começou a disparar, nas páginas dos jornais de maior tiragem e nas televisões, dum certo país que nem e conhecido por ser um sitio onde os habitantes tenham particulares dificuldades, comecaram a aparecer anuncios regulares em formato gigante e bem sugestivos, dando conta dos preços praticados pelas cadeias de retalho, comparando isso com o aumento dos custos de produção. O resultado foi um enorme sururu que levou as empresas a virem a público debater o tema, mas com quem estava verdadeiramente informado e não disponível para engolir a primeira treta.
    Resultado: lá não foi preciso nenhum IVA 0%, para que a subida do preço dos alimentos tenha ficado aquém do ponto onde chegaram em muitos outros sitios, até onde as pessoas têm mais dificuldades.

    Os mercados devem ser livres e transparentes, mas para que isso ocorra tem de haver algum equilíbrio "negocial" entre fornecedor e comprador, se uma das partes se demite do exercicio dos seus direitos, ou de utilizar os argumentos negociais que tem disponiveis, o resultado só pode ser um.

    Em portugal existem muito mais monopólios privados do que deveriam existir, a pequena dimensão do mercado ajuda muito a que isso ocorra e pouco se faz para ocontrariar, mas o mais grave são os cartéis invisíveis que estão à vista de todos e parece que nao incomodam ninguém. Qual será a razão que justifica que tenhamos das comunicações mais caras da UE, será a sua exepcional qualidade?
    Depois de 2010, a criação do mercado único perdeu fôlego e, do meu ponto de vista, foi péssimo porque essa podia ser uma forma de resolver muitos estrangulamentos, quer para os consumidores, quer para as empresas mais eficientes e criativas.
    Concordam com este comentário: NTORION, HAL_9000
    • AMG1
    • 17 junho 2023
    Colocado por: Carvai
    Em contrapartida há sítios onde o pessoal protesta de maneira mais energética. O resultado é sempre o mesmo, uns mortos e feridos e muitos presos.
    Isto num País "governado" por heróis da libertação e expoentes do socialismo, produtor de petroleo e diamantes que se livrou há 50 anos das garras do colonialismo.


    Como habitualmente, um excelente sentido de oportunidade!
    Não era exactamente nisso que eu estava a pensar, mas o Carvai tem sempre a capacidade de me surpreender.
    Mas eu vou dar-lhe uma "borla" para poder dar gás a sua criatividade. Você sabe, tal como eu, que neste mundo ninguém dá nada a ninguém de borla, admitindo obviamente que tal como eu já não acredita nos "glutoes do presto".

    Quanto aos "libertadores", não se esqueça que o D. Afonso Henriques também foi um libertador. Portanto eles são como as cores, estão disponíveis para todos os gostos.
    • smart
    • 17 junho 2023 editado
    Hum
    Concorrência: cartelizacao...
    🤔
  6. Colocado por: AMG1Quanto aos "libertadores", não se esqueça que o D. Afonso Henriques também foi um libertador. Portanto eles são como as cores, estão disponíveis para todos os gostos.

    É verdade ele libertou a minha terra (Algarve) dos mouros. Não me recordo disso mas quando fui para a tropa só "atacava" as bifas.
    Mas eles estão de volta, já invadiram as praias a vender toalhas e óculos de sol.
    • AMG1
    • 17 junho 2023
    Colocado por: Carvai
    Mas eles estão de volta, já invadiram as praias a vender toalhas e óculos de sol.


    Talvez seja melhor acautelar-se, já passou muito tempo, mas não se esqueça que, como dizem os italianos, "a vingança é um prato que se come frio".

    Já agora temos furriel "fabricado" em Tavira?
  7. Colocado por: CarvaiNão me recordo de ter havido no passado grandes contestações ao preço do cimento. Mas também estava fora do setor, nunca comprei um saco.
    E agora há? infelizmente vivemos num país de conformados: "As coisas são como são".
  8. A euribor já sobe há mais de um ano, mas o racio de NPL da banca (non performing loans, ou seja, créditos em que os clientes - pessoas e/ou empresas - deixam de pagar), nunca parou de descer. A banca não tem razão de queixa.

    https://bpstat.bportugal.pt/serie/12504544

    (ainda não tem dados actualizados do 2S 2023)
  9. Colocado por: AMG1Já agora temos furriel "fabricado" em Tavira?

    Não, Alf Mil na FAP aos 18 anos. Passagem breve pelos Açores e depois Angola. Sem incidentes de maior.
    O pior foi depois do 25A a aviação em Portugal estava uma desgraça (até parece que não mudou muito) fui de novo para África e isso sim foi muito mau. Embora civil apanhei com uma guerra civil que causou 1 milhão de mortos. Muitos incidentes extremamente violentos, não morri porque como dizia a minha mãe só morremos quando o destino quiser, e regressei com uma lesão maltratada e paludismo para o resto da vida.
    Talvez por isso vocês notem na minha escrita uma certa amargura e desvalorização dos problemas, pois assisti ao vivo e não na TV ás maiores atrocidades em nome de ideologias ainda hoje veneradas.
    Ainda hoje 40 e tal anos depois contribuiu mensalmente para uma ONG liderada por uma amiga que trata crianças nessas áreas. Mas se calhar o maior beneficio é para a minha consciência.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: smart
  10. Mas voltando á "vaca Fria" isto é taxas de juro achei curioso este artigo sobre a Turquia. Aparentemente a causa da enorme inflação foram as baixas taxas de juro.
    https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/erdogan-diz-que-prioridade-economica-turca-sera-reduzir-inflacao-a-um-unico-digito
  11. Colocado por: AMG1Como por por cá, até é um bocado "feio" reclamar e mais foleiro ainda participar em movimentos civicos para resolver estas miudezas, o caminho é aguentar e fingir que são ricos e que nada disto os afecta.

    Em Angola tal como previa as manifestações contra o custo de vida foram um bocadinho " gaseificadas" por cá ontem tivemos 2 manifestações em Lisboa. Uma dos LGBT+ muito gira e muito colorida mas não vou usar a famosa expressão do MEC.
    E tivemos outra dos apoiantes do Putin com as habituais cantorias de "intervenção". Não sei qual o preço das bifanas.
    Mas a invasão e genocídio na Ucrânia pela NATO estava perfeitamente documentada.
    Portantes tudo bem e a caminho das praias.
    • AMG1
    • 18 junho 2023
    Colocado por: Carvai
    Em Angola tal como previa as manifestações contra o custo de vida foram um bocadinho " gaseificadas" por cá ontem tivemos 2 manifestações em Lisboa. Uma dos LGBT+ muito gira e muito colorida mas não vou usar a famosa expressão do MEC.
    E tivemos outra dos apoiantes do Putin com as habituais cantorias de "intervenção". Não sei qual o preço das bifanas.
    Mas a invasão e genocídio na Ucrânia pela NATO estava perfeitamente documentada.
    Portantes tudo bem e a caminho das praias.


    Acho que o Carvai é capaz de estar a confundir as coisas. A ultima coisa que me passa pela cabeça é a participação em manifestações sejam as do lirismo LGBT, ou as dos descamisados angolanos. Já as bifanas talvez justificassem o esforço, mas com tanta tasca por esse pais fora, nem nessas vale a pena participar.
    Depois há muito que aprendi que não é com vinagre que se apanham moscas.
    Consumidores informado e a comprar de forma responsável, na defesa dos seus interesses, doem mais a quem devem doer, do que qualquer manifestação.
    Meu caro, já não estamos no sec.XIX, nem sequer no XX, embora haja por aí muita gente que teima em não sair do PREC, de qualquer dos lados da barricada.
    Parafraseando um velho slogan dessa altura: "A LUTA CONTINUA!", mas agora noutros fóruns...
  12. Colocado por: AMG1Meu caro, já não estamos no sec.XIX, nem sequer no XX, embora haja por aí muita gente que teima em não sair do PREC, de qualquer dos lados da barricada.

    Epá sec.XIX não, não sou assim tão velho. Nunca participei em manifestações de qualquer tipo mas estive no 1º DE Maio de 1974 por obrigação (era militar e estava perto de Lisboa).
    Mas lembro que talvez a maior manifestação no Sec.XXI em Portugal foi contra a baixa da TSU. Parece que baixar impostos era um crime.
    E noutra perspetiva que já falei noutro tópico, a manifestação de "motards" em Kiev também neste sec., foi o embrião da catástrofe actual na Ucrânia.
    O BREXIT talvez não tivesse existido se não tivessem existido tantas manif's. O referendo foi para confirmar um sentimento dos britânicos, que tal como noutros sentimentos já esmoreceu muito.
    Mas tem razão que hoje em dia as coias são diferentes, em França não conseguiram alterar a nova lei das reformas, mas nunca sabemos o que nos reserva o futuro.
    • AMG1
    • 18 junho 2023
    A menção ao sec. XIX tinha a intenção de localizar o inicio do que hoje chamamos manifestação e nao outra.

    Agora duas pequenas notas, so para precisar.

    1. TSU
    Técnicamente a TSU nao é imposto, mas uma contribuição. Para quem paga isso tem pouco interesse, mas é relevante para quem se preocupa em perceber para onde vai o que pagamos ao estado. Neste caso só pode ir para a SS e nunca ser alocada a outro fim, já com os impostos a música é outra.
    Depois a manifestação a que alude, imagino que seja a do tempo do PPC, em boa verdade nao era para baixar nada, mas para para reduzir a taxa a pagar pelo empregador e aumentar a pagar pelo empregado.
    Era uma das medidas, entre outras, que procurava reduzir o custo do trabalho, no mesmo sentido de medidas como os feriados, banco de horas individual, ...a maioria delas estava no memorando da TROYCA.
    Apesar destas imprecisões, acho que está a ser injusto para com esses manifestantes. Nao esqueça que o Dr. Paulo Portas não esteve na manifestação, mas estava de "coração" com os manifestantes e com a causa, de tal forma que foi essa a causa proxima da sua demissao irrevogável, que afinal depois ja não foi em vez disso acabou promovido a vice primeiro.

    2. Quanto ao Brexit, não sei sei se foram as manifestações, o que sei é que um dos principais agitadores, um tal Farage, viveu uma data de anos a conta do orçamento comunitário, agora anda em demanda com o PE por causa da pensão de eurodeputado e até já veio afirmar publicamente que o Brexit pode não ter sido assim muito boa ideia.

    Pois eu também não estive nem na do 1 de maio de 74, mas só porque nao estava sequer em Portugal. Já a TSU já estava na fase em que estou hoje, sem paciência para esses peditórios.
    Quando jovem fui a muitas, mas mesmo muitas e até ajudei a organizar algumas e não me arrependo nada desses tempos, até porque isso seria arrepender-me de alguns dos melhores momentos da minha vida, mas foi uma época que ja passou e a vida faz-se no presente e a pensar no futuro, mas sem esquecer o passado, até para não repetir as asneiras que fiz e olhe que não foram poucas.
 
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