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  1.  # 701

    Colocado por: ferreiraj125



    Eu chamo-lhe oportunidade de negocio! 😏


    É o espirito de sacrificio e ajudar o próximo, não é sobre isso que trata a religião em causa? 😏
    Estes aposto que não comem carne à sexta-feira durante o período da quaresma...
  2.  # 702

    Colocado por: HAL_9000A maior oferta de parque habitacional público, permitiria precisamente fazer essa gestão que fala. Obviamente que esse parque habitacional público, a longo prazo teria de ser autosustentável e não recorrer frequentemente ao orçamento de estado. OU seja não poderia funcionar como os bairros sociais actuais em que a maior parte das rendas para além de terem valores anedóticos, nem esses são pagos.


    Precisamente. Eu também gostava que assim fosse. Mas percebendo o que isso implica, acho que há muitas outras coisas que o Estado podia fazer (ou melhor, deixar de fazer) primeiro que não obriga a grandes gastos. Tal como enunciei atrás.

    Por outro lado, o cidadão tampouco está isento de responsabilidade da situação em que vive.
  3.  # 703

    Colocado por: N Miguel OliveiraPor outro lado, o cidadão tampouco está isento de responsabilidade da situação em que vive.
    Nem eu tão pouco o sugeri. O cidadão é responsável pelas suas próprias decisões. Agora, eu não desconsidero que essas decisões sejam até certo ponto condicionadas/influenciadas pelo entorno social em que vive.

    Neste momento temos imensas pessoas que trabalham a tempo inteiro, são trabalhadores perfeitamente dentro da média, quer em termos de dedicação, quer em termos de produtiovidade, e mesmo assim não conseguem ter rendimentos que lhes permita manter uma condição de vida digna: casa, alimentação, luz, água, internet, Carro (se fora dos centros urbanos).

    Se o estado poderia mexer na carga fiscal, e na burocracia e deixar fazer? Claro que podia.
    Se o executivo Chucha, eleito com a maioria absoluta, o vai fazer? Nem por 5 segundos acredito nessa possibilidade.

    Entretanto:
    "O número de casas à venda em Portugal caiu para mínimos de 15 anos. De acordo com um estudo da base de dados Confidencial Imobiliário (CI), divulgado esta terça-feira, 2022 terminou com um registo de oferta residencial de 47.200 fogos para venda em Portugal Continental no quarto trimestre do ano – o valor mais baixo desde 2007."
    https://expresso.pt/economia/economia_imobiliario/2023-01-31-Ha-15-anos-que-nao-havia-tao-poucas-casas-a-venda-em-Portugal-f06f67c4
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  4.  # 704

    O número de casas para venda atingiu, em 2022, mínimos de 15 anos. Segundo um estudo da Confidencial Imobiliário, no último trimestre do ano passado estavam no mercado cerca de 47.200 fogos para venda. Destes, 17.600 são novos e 29.600 são usados.
    A consultora destaca que este é o volume trimestral de oferta “mais baixo desde meados de 2007”, dando continuidade a dois anos de sucessivas quedas na carteira de casas disponíveis para venda. No início de 2021, por exemplo, existiam cerca de 63 mil fogos disponíveis para mudar de mãos.

    https://cnnportugal.iol.pt/casas/vendas/ha-15-anos-que-nao-havia-tao-poucas-casas-para-comprar-em-portugal/20230130/63d7f17a0cf28f3e15c9ca4e
    • NLuz
    • 31 janeiro 2023

     # 705

    Colocado por: palmstroke
    https://cnnportugal.iol.pt/casas/vendas/ha-15-anos-que-nao-havia-tao-poucas-casas-para-comprar-em-portugal/20230130/63d7f17a0cf28f3e15c9ca4e


    O que faz com que o que há esteja caríssimo...
    E não vejo baixa, antes pelo contrário.
  5.  # 706

    Colocado por: HAL_9000O número de casas à venda em Portugal caiu para mínimos de 15 anos


    É aqui que reside o problema. Constrói-se pouco, remodela-se pouco, desperdíça-se muita terra para manter velhos costumes (como o de um terreno, uma casa), etc etc.

    Há pouca oferta.
    A isto junta o aumento da procura fruto da cada vez maior centralização na AML e AMP, e o facto de que muita gente adiou planos no tempo da troika pela incapacidade e pelo sentimento de instabilidade profissional/financeira.

    Agora ainda junta aqueles que durante estes últimos 3 anos tampouco se aventuraram por causa do covid...

    Para animar mais a coisa, falta gente para as obras, os materiais subiram, o transporte e energia idem...

    Pelo que a solução só passa por construir mais, e de modo mais eficaz. Há muita coisa se pode mudar para agilizar e acelarar isto...

    Daí achar infrutifero discutir a questão dos estrangeiros, dos efeitos psicológicos, dos parques de campismo urbano e afins... quando o problema não se resolve com base nisso. Só se resolve construindo, ou redistribuindo os empregos.
  6.  # 707

    Ainda sobre os "peanuts" (estrangeiros + "efeito psicológico"):

    "Os investigadores procuraram sinais do efeito de contágio de Lisboa e Porto nos seus concelhos envolventes (...) Paulo Rodrigues não se atreve a encontrar explicação para estes comportamentos. Prefere antes ressalvar que estes resultados foram obtidos ainda sem terem sido incluídos na análise outros factores que os investigadores admitem que concorrem para este crescimento de preços – como o investimento em habitação turística, o investimento em imobiliário para efeitos de autorização de residência (“vistos gold”) ou o investimento de grandes fundos imobiliários internacionais e os incentivos fiscais de que beneficiam.

    "Pedro Brinca começa por desvalorizar os “vistos gold” como sendo responsáveis pelo aumento de preços. “Um programa que permitiu o investimento de sete mil milhões de euros (90% dos quais em imobiliário) e implicou a transacção de 10.322 imóveis em dez anos, quando só no ano de 2021 se venderam mais de 160 mil casas, não tem peso nenhum”, atira."

    Vale a pena ler/ouvir:
    https://www.publico.pt/2023/01/15/economia/noticia/imobiliario-precos-exuberantes-vieram-ficar-2034023
  7.  # 708

    Mais "peanuts" (alojamento local):

    "(...) o mercado de alojamento local tem uma dimensão muito menor do que a que é geralmente aceite."

    "(...) há “uma obsessão” em responsabilizar o alojamento local pela subida dos preços dos imobiliários, quando de há três anos a esta parte que este segmento de mercado não deveria ser responsabilizado por essa pressão."


    https://www.publico.pt/2023/01/30/economia/noticia/alojamento-local-precos-imobiliario-culpados-2036394
  8.  # 709

    Ainda sobre o que se podia fazer sem necessitar de assentar um tijolo sequer... "peanut" Estado:

    "(...) em 2017 havia mais 140 mil novos contratos do que em 2011. Se agora há 128 mil, quer dizer que se perderam 12 mil contratos, entre 2017 e 2021. Estes ciclos coincidem com as opções políticas que foram tomadas. Foi a reforma de 2012, que incluía a lei dos despejos, que teve este efeito de expansão, e o declínio veio com as alterações feitas a partir de 2016."


    "Sou um defensor de que é preciso deixar o mercado funcionar..."

    "É óbvio que o Governo tem de dar o braço a torcer e reconhecer que aquilo que se andou a fazer está errado. Tem de haver um completo reset ao edifício legislativo, tem de se rasgar todas estas leis, e fazer tudo de novo."

    "(...)o parque público habitacional, (...) Vamos ser razoáveis. O Estado não tem dinheiro, nem capacidade para fazer isto. Nem é com as 26 mil casas do PRR – que, infelizmente, acho que não vamos conseguir construir – que o mercado vai ser influenciado. É uma gota de água num oceano de necessidades. Isto não vai acontecer, não tenhamos ilusões."

    "É óbvio que existe escassez, e que a escassez provoca especulação."


    "Os Censos de 2021 dizem que pode haver retorno. Mas para isso tem de haver liberalização. A palavra tem uma carga horrível, mas a única forma que há-de levar a que as pessoas tenham confiança no sistema é liberalizando-o. Obviamente que tem de vir acompanhado de medidas sociais de defesa e protecção das situações extremas em que há despejos. Mas é preciso liberalizar. O que não pode ser possível é continuarmos com políticas destas, porque esta, sim, provoca escassez."

    https://www.publico.pt/2023/01/23/economia/entrevista/mercado-arrendamento-retorno-liberalizado-2034588
  9.  # 710

    Colocado por: N Miguel OliveiraAinda sobre os "peanuts" (estrangeiros + "efeito psicológico"):

    "Os investigadores procuraram sinais do efeito de contágio de Lisboa e Porto nos seus concelhos envolventes (...) Paulo Rodrigues não se atreve a encontrar explicação para estes comportamentos. Prefere antes ressalvar que estes resultados foram obtidos ainda sem terem sido incluídos na análise outros factores que os investigadores admitem que concorrem para este crescimento de preços – como o investimento em habitação turística, o investimento em imobiliário para efeitos de autorização de residência (“vistos gold”) ou o investimento de grandes fundos imobiliários internacionais e os incentivos fiscais de que beneficiam.

    "Pedro Brinca começa por desvalorizar os “vistos gold” como sendo responsáveis pelo aumento de preços. “Um programa que permitiu o investimento de sete mil milhões de euros (90% dos quais em imobiliário) e implicou a transacção de 10.322 imóveis em dez anos, quando só no ano de 2021 se venderam mais de 160 mil casas, não tem peso nenhum”, atira."

    Vale a pena ler/ouvir:
    https://www.publico.pt/2023/01/15/economia/noticia/imobiliario-precos-exuberantes-vieram-ficar-2034023


    Acredito que muita gente segura casas só porque estão a valorizar.

    Sem falar dos que compram precisamente pela perspetiva de estas valorizarem.

    Não me admira que no dia em que essa valorização abrande muita gente coloque casas à venda e que isso tenha um efeito de bola de neve.

    Claro que a maior parte vai simplesmente continuar a segurar as casas e esperar que estas voltem a valorizar. Pelo que a tendencia é mais a estagnação de preços do que a baixa.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: vitor0830
  10.  # 711

    Colocado por: N Miguel Oliveira"Um programa que permitiu o investimento de sete mil milhões de euros (90% dos quais em imobiliário) e implicou a transacção de 10.322 imóveis em dez anos, quando só no ano de 2021 se venderam mais de 160 mil casas, não tem peso nenhum”, atira."
    Aqui terei de discordar. Se não tem peso nenhum, para que existem?

    Os vistos gold, os beneficios fiscais a fundos imobiliários, se não têm influencia no mercado de habitação, porque prevalecem? Há aqui algo que não bate certo.

    Ora tendo em conta que
    "Há pouca oferta.
    A isto junta o aumento da procura fruto da cada vez maior centralização na AML e AMP"
    Qualqueer agente económico que se introduza num mercado já saturado tendo um muito maior poder de compra, óbvio que provoca uma distorção do mercado em si. Mesmo que adquira apenas 10% do total de bens transaccionados.

    Neste momento os preços da habitação não estão em linha com os rendimentos dos portuguses. Esta distorção teve de ser criada por algum fenómeno. É obvio que a atração de investimento externo para o imobiliário portugues, num mercado já altamente deficitário em termos de oferta, tem de ter influencia.
  11.  # 712

    Colocado por: N Miguel Oliveira"Sou um defensor de que é preciso deixar o mercado funcionar..."
    Também não sei se o mercado a funcionar defende necessariamene as necessidades das pessoas. A maior parte da construção que vemos hoje em dia, não se destina ao bolso do portugues com rendimentos médios.

    Não foi o mercado a funcionar que gerou esta hiperinflação de preços?
    Sim, a carga fiscal é altissima, mas já o era ha 7-8 anos atrás ates deste galope de preços. O galope, foi isso mesmo "o mercado a funcionar".
  12.  # 713

    Colocado por: ferreiraj125Acredito que muita gente segura casas só porque estão a valorizar.


    Colocado por: HAL_9000Qualqueer agente económico que se introduza num mercado já saturado tendo um muito maior poder de compra, óbvio que provoca uma distorção do mercado em si.


    Ou seja, por um lado temos quem pague X quando podia pagar meio X (que nabos!), e temos gente que não vende hoje para vender amanhã...

    E eu a pensar que os agentes imobiliários e promotores devem ter contas para pagar ao final do mês... e que o truque era vender/arrendar muitas vezes.

    Acho que é precisamente isso que acontece no arrendamento, de cada vez que sai um, o que entra já paga mais um pouco.

    Se voltar a ler, desde que o PS governa, há menos contratos de arrendamento, pelo que quando os há, a malta quer ganhar tudo num só dia. Idem para a construção, o que provoca esta subida é o facto de haver poucas casas novas em comparação com o crescimento da população nestas zonas.

    Colocado por: HAL_9000Não foi o mercado a funcionar que gerou esta hiperinflação de preços?
    Sim, a carga fiscal é altissima, mas já o era ha 7-8 anos atrás ates deste galope de preços. O galope, foi isso mesmo "o mercado a funcionar".


    Que o IVA e os 28% no aluguer não tem nada que ver? Então há 7 ou 8 anos como diz, se os preços eram metade, pagava metade em impostos também, apesar da % ser a mesma. Que fez o Estado para receber o dobro agora?
  13.  # 714

    Colocado por: N Miguel OliveiraQue fez o Estado para receber o dobro agora?
    Nada. Por isso mesmo é que esse acréscimo de rendimento deveria ser de alguma forma investido em políticas de habitação: Comparticipação de rendas, redução de impostos para HPP, investimento em Habitação pública, etc.

    Quem diz imposto sobre as rendas diz, IMT, imposto de selo, etc..

    O problema é que temos um governo chucha e o dinheiro parece que se some. Em vez de investir, andou 7 anos para reconhecer que a falta de habitação, ou a inacessibilidade desta é um enorme problema.

    O meu ponto é que: Apesar de o nosso regime fiscal ser um travão à construção, na verdade não houve nenhuma alteração significativa no mesmo (em termos de percentagens), que justificasse o disparar dos preços que se verificaram.
    Por isso sim, acho que esse disparar de preços se deve a:
    - Reduzida oferta.
    - Politica monetária expansionista que tornou o imobiliário uma forma de investimento.
    - promoção dp imobiliário portugues, como um "produto" de investimentio para imigrantes com maior poder de compra e fundos de investimento, e mais, com benefícios fiscais.
  14.  # 715

  15.  # 716

    https://www.imovirtual.com/pt/anuncio/moradia-centro-historico-freixo-de-espada-a-cinta-ID193MC.html#9b576719e1

    Oportunidade para negócio local/global e habitação. Nem todos temos que ser empreendedores na faixa litoral do país.

    #ficaadica
  16.  # 717

    Colocado por: HAL_9000na verdade não houve nenhuma alteração significativa no mesmo (em termos de percentagens), que justificasse o disparar dos preços que se verificaram.


    Por outro lado poderemos constatar que esse aumento ajudou e muito a equilibrar as contas do Estado.
    Acho que os motivos que levaram ao aumento de preços são sobejamente conhecidos.

    Dalguma solução que venha do Estado, não tenha muitas esperanças... muito menos as que implicam gastar dinheiro.

    A nivel individual, o futuro dono de obra terá que ser ainda mais pragmático do que o era. Isso acontecerá por necessidade como quase tudo na vida. No final esperemos que alguma coisa seja aprendida.
  17.  # 718

    Eu aponto como soluções para minimizar os problemas da habitação os seguintes:

    - erradicar os vistos gold, se dizem que não influencia o mercado, pois bem, acabe-se com ele;
    - residentes estrangeiros passam a ser taxados a “taxas gold”, se gostam do nosso país e têm capacidade financeira, pois têm de dar o exemplo;
    - atualização imediata e automática do IMI com base no valor de escritura e não com base nos índices da AT;
    - as imobiliárias que para mim foram o motor do empolamento nos preços da habitação, devem ter uma taxa adicional tal como querem fazer nas petrolíferas e distribuição. Essa taxa teria de ser integralmente investida no setor da habitação ou para contrabalançar outras medidas que implicarem quebra na receita fiscal;
    - alterar o licenciamento urbanístico, com penalizações sérias para o incumprimento de prazos pelas autarquias;
    - redução do IVA na construção, pois sendo regra geral 23% ou inviabiliza a vontade de um particular executar a sua obra, leva a que a fuga seja mais “apetecível e necessária”. Não se percebe porque desceriam o iva para 6% nos painéis, quando numa construção temos inúmeros fatores que também contribuem para a redução do consumo energético;


    Agora destas todas, estou certo que Nenhuma vai ser aplicada nestas promessas do governo.
  18.  # 719

    "(...) achar que os problemas se resolvem com cimento é uma ilusão."

    "A arquitetura tem um enorme papel social e económico a desempenhar e, por desconhecimento ou desatenção, é algo que não é valorizado ou percebido pela maioria dos decisores."

    https://espacodearquitetura.com/artigos/entrevista-a-goncalo-byrne/
    • AMG1
    • 5 fevereiro 2023

     # 720

    Colocado por: N Miguel Oliveira"(...) achar que os problemas se resolvem com cimento é uma ilusão."

    "A arquitetura tem um enorme papel social e económico a desempenhar e, por desconhecimento ou desatenção, é algo que não é valorizado ou percebido pela maioria dos decisores."

    https://espacodearquitetura.com/artigos/entrevista-a-goncalo-byrne/


    Muito interessante!
    Um diagnóstico simples mas que me parece espelhar bem a nossa realidade, embora nao tenha percebido o alcance das referências aos estrangeiros. Provavelmente têm mais relevância do que eu penso.
    Quanto ao caminho a seguir também me parece óbvio: políticas públicas bem desenhadas com vista a atingir o objectivo, intervenção do estado como regulador do mercado habitacional, incluindo como promotor de habitação. Revisão da fiscalidade e da burocracia associada a construção. Gostei do termo "hiperlegislacao", nao tivesse eu passado por um autentico calvário quando resolvi recuperar um apartamento num edificio centenário, no centro historico de Lisboa, ainda por cima situado em zona de proteção de um monumento nacional.
    Depois pareceu-me que a questão da qualidade do construído era também um "recado" para dentro da classe, ou estou enganado?
    Actualmente a generalidade do edificado nao é obra de arquitetos?

    É mesmo, as mentes brilhantes tem sempre esta vantagem, tornam simples e acessivel a compreensao do problema mais complicado.
 
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