Colocado por: HAL_9000Está uma vez mais a referir aqueles que podiam ter ido para o centro e foram para a periferia. O problema atual em principio não afeta essas pessoas. Esses têm a situação resolvida, querem lá saber que o cen0tro agora esteja caro ou barato. Têm a sua habitação na periferia, e muito provavelmente continuam a ter a perceção que fizeram uma boa escolha na altura. O problema estános que ainda não têm habitação. Estes últimos é que nem no centro nem na periferia.
Claro, até porque as pessoas têm a perceção que cada vez mais temos preços europeus e salários portugueses. E depois não entendem as isenções fiscais dadas aos estrangeiros, quando os nacionais mais não vêm que aumentos da carga fiscal todos os anos.
É verdade. A grande maioria pessoas que já têm o seu poucochinho garantido, e com medo de o perder preferem que lhes diga umas palavras bonitas e garanta que consegue perpetuar ou poucochinho. Aí não discordo em nada. Temos o pais que merecemos.
Nenhuma. Apenas porque o AMG1 referiu que a vinda de famílias de estrangeiros lhe melhorou muito a vizinhança. Ou têm de ser estrangeiros com dinheiro?
Quando a estes desgraçados, são explorados ao ponto de não viverem com as minimas condições de dignidade. Pelo que li em algum lado, cada um destes desgraçados paga 10 euros/dia para usar a cama 12h. Logo, cada cama rende 20 euros por dia. Veja nas notícias quantas camas conseguem por num T0 como aquele e calcule a rentabilidade mensal desse T0, e percebe de que forma é que a exploração destes desgraçados inflaciona o mercado habitacional.
Se não tem dimensão, então que se acabe com os benefícios fiscais e com os vistos gold, e não se deixe a dúvida no ar. Se não acabam, é porque de facto a dimensão ainda será considerável.
Depois numa área metropolitana com uma terrível falta de oferta, qualquer casa que adquirida por um estrangeiro com maior poder de compra, vai agravar o problema existem.
mas eu reforço. O problema não é os estrangeiros comprarem cá casas. O maior problema é os nossos rendimentos serem ridículos ao pé dos deles, serem ridículos ao ponto que um casal que trabalhe 80 horas por semana, não consegue pagar uma habitação condigna sem passar necessidades. Óbvio que quando se chega a este extremo, as pessoas comecem a disparar em todas as direções.
Veja a contestação social que existe desde o inicio do ano, e começa a ter uma ideia do porquê se de procurarem culpados em todo lado.
Colocado por: HAL_9000Eu até gosto de ler as suas intervenções. Mas aqui acho que está profundamente enganado.
O esforço exigido em 2005 por exemplo para adquiri uma habitação, em nada se compara ao esforço exigido atualmente. É como do dia para a noite.
P ara explicar o meu ponto de vista, recorro aos salários da Função pública e estabeleço uma comparação 2005/2023, para uma pessoa da dita classe média que inicia a sua carreira nos anos visados,
2005
Remuneração de entrada de um Técnico superior de 2ª classe na Adm central/local:1287.68 eur (2.9 SMN)
Salário mínimo Nacional em 2005- 437.2 Eur
Preço de um T4 em Arroios em 2005 - 99.000 euros
Valor de um T6 de 350 m2 a estrear numa aldeia do Distrito de Viseu: 66.000 euros
(Valor dado com conhecimento de causa).
2023
Remuneração de entrada de um Técnico superior na Adm central/local: 1268.04 eur (1.65 SMN)
Salário mínimo nacional em 2023: 765 eur
Preço de um T4 em Arroios: Consegue algum por menos de 300.000 euros?
Valor de um T6 a estrear numa aldeia do Dist. Viseu: Se me arranjar algum por menos de 150.000, eu compro já.
Isto sem considerar a progressão fiscal, que para o mesmo salário bruto, faz com que em 2023 o trabalhador leve para casa menos rendimento liquido que aquele que levaria em 2005.
Agora some a isto o aumento no custo na alimentação que se verificou desde o ano passado, e depois diga-me que "os problemas dos actuais candidatos, não deverao ser substancialmente diferentes daqueles que ja foram vividos pela generalidade dos que ja conseguiram aceder a esse bem."
Colocado por: HAL_9000Óbvio que não. Mas eu reconhecer e aceitar os resultados eleitorias, é diferente de dizer que todos nós escolhemos estes dirigentes. Eu pelo menos faço questão de dizer que jamais escolheria um ministro do Sócrates para meu Primeiro Ministro.
Obviamente que aceito o resultado da maioria.
Nunca me pensei a fundo na questão da obrigatoriedade. Mas tenho a certeza que votar além de ser um direito, é sobretudo um dever.
Colocado por: AMG1Nao é óbvio?Foi sim senhor, e veja o resultado que teve..o PPC desapareceu da cena política e o PSD está a meio de um deserto, de onde tão cedo não sai.
O que é que o governo do PPC fez?
Colocado por: AMG1O que é que o governo do Antonio Costa fez ainda este ano?O governo do Antônio Costa continua a dizer que não e a enganar os reformados. Este executivo tem de ter a coragem de dizer a verdade aos reformados, até porque essa gestão é imperiosa. Se as mudanças necessárias tivessem sido feitas há 20 anos atras(quando as pessoas até podiam escolher quais os anos de contribuições é que seriam usados para calcular a pensão de reforma), as pessoas hoje reformar-se-iam em melhores condições, e a carga fiscal talvez não tivesse subido tanto. Se hoje fossem feitas as mudanças necessárias não se comprometia tanto as condições de quem se vai reformar daqui a 20 anos.
Colocado por: AMG1Mas lembro-lhe que ainda ha 30 anos Lisboa estava pejada de bairros de lata e que seguramente nessa altura deveria ser ainda pior arranjar casa.É um facto a existência dos bairros da lata, que se agravaram até na sequência da descolonização. Tb não consigo ter uma opinião formada sobre a dificuldade de encontrar casa nessa altura. Contudo tb é verdade que havia muito mais construção nessa altura, e o preço da habitação não estava tão desfasado dos rendimentos das famílias. Há 30 anos atrás era muito mais comum apenas um dos elementos do casal trabalhar. Mas sim, aí o acesso à habitação também não era facil, embora penso que o problema não fosse tão generalizado a nível nacional como é hoje.
Colocado por: AMG1Da mesma forma que muitos tambem nao conseguiriam em Amsterdão, Berlim ou Estocolmo, se nessas cidades nao existisse a oferta publica que existe e que acaba por "balizar" o mercado.pois, mas aqui não existe essa oferta pública, nem sobra o mesmo rendimento ao fim do mês para fazer face as outras despesas. Se formos a ver os custos de habitação na AML em função do poder de compra, consegue verificar que Lisboa está pior que as cidades todas que menciona.
Colocado por: AMG1A solução passa por aí. Uma oferta publica seja de aluguer ou de aquisição,Mas isso é o que já defendi em diversos tópicos aqui pelo fórum, sem grande concordância por parte dos outros foristas diga-se de passagem.
Colocado por: AMG1Portanto a resposta nao esta na proibicao,Mss a única pessoa que falou em proibição foi o AMG1. Eu pelo menos nunca falei em proibir a compra por estrangeiros, até porque isso não seria possível no que aos europeus diz respeito. O que eu digo é que é errada a política das isenções fiscais, a promoção do país como um lar para os reformados europeus, a venda de cidadania a troca de imobiliário e a falta de políticas de habitação que assegurem/facilitem ao acesso à mesma a quem mora e trabalha em Portugal seja nacional ou estrangeiro.
Colocado por: AMG1Agora foi engano ou é mesmo verdade que o salário do técnico superior da função publica baixou mesmo?Não consegui precisar ao certo se a carreira de "técnico superior de 2a classe" de 2005 corresponde exatamente ao mesmo que a carreira geral de "técnico superior" de hoje, mas o tipo de funções são as mesmas, sendo que hoje até existe uma exigência e uma abrangência maior para esta carreira.
Colocado por: AMG1O problema está mais do que identificado. Os salários portugueses são baixos, mas como é que isto se altera?Pois o problema é que a distribuição da riqueza é terrivelmente mal feita. Basta ver como está a ser redistribuída está riqueza neste período de hiperinflação.
Criando mais riqueza e distribuindo melhor.
Colocado por: N Miguel OliveiraPrecisamente. Restringir o acesso a habitação a alguém só porque é estrangeiro ou tem mais poder de compra não faz sentido algum a meu ver.acabar com os benefícios fiscais para estrangeiros, e deixar de promover o país como o el dourado dos reformados endinheirados e nómadas digitais, não é a mesma coisa que restringir o acesso a habitação.
Colocado por: AMG1Alguma coisa de estranho se deve estar a passar, ainda ontem alguém dizia por aqui que os carros caros batem records de vendas, ao mesmo tempo que os restaurantes e centros comerciais continuam cheios. Agora, ou na verdade há mais dinheiro disponível do que se fala, ou então os bancos estão a suportar isto tudo com crédito, coisa em que eu nao acredito. Logo, a crise pode ser grande, mas parece estar longe de chegar a todos.No que aos carros diz respeito, não tenho a menor dúvida que estão alavancados em Crédito.
Colocado por: HAL_9000Foi sim senhor, e veja o resultado que teve..o PPC desapareceu da cena política e o PSD está a meio de um deserto, de onde tão cedo não sai.
Mas no caso específico das reformas, penso que aquela coligação até esteve bem, apesar de ter ido longe de mais em muitos outros aspectos.
O governo do Antônio Costa continua a dizer que não e a enganar os reformados. Este executivo tem de ter a coragem de dizer a verdade aos reformados, até porque essa gestão é imperiosa. Se as mudanças necessárias tivessem sido feitas há 20 anos atras(quando as pessoas até podiam escolher quais os anos de contribuições é que seriam usados para calcular a pensão de reforma), as pessoas hoje reformar-se-iam em melhores condições, e a carga fiscal talvez não tivesse subido tanto. Se hoje fossem feitas as mudanças necessárias não se comprometia tanto as condições de quem se vai reformar daqui a 20 anos.
Mas enquanto as pessoas preferirem manter o poucochinho, por medo de o perderem, nada vai mudar. Quem tem a situação resolvida tem. Quem não tem "paciência é a vida".
Colocado por: AMG1Bom lá estamos nós outra vez com as reformas e, como habitualmente, com muitos "tiros ao lado".Vamos lá ver. O PPC congelou totalmente os aumentos das reformas, disse que o fazia e explicou porque o fez.
O PPC congelou totalmente os aumentos das reformas. O Antonio Costa congelou uma parte desse aumento. Nao sei porque os distingue assim tanto. Até as razões que invocaram foram as mesmas.
Colocado por: AMG1O que isto nos diz não é que o sistema está falido, mas que provavelmente precisa de ser recalibrado.Óbvio, mas é isso que eu digo. Se não forem feitas mudanças urgentes, a recalibração será cada vez mais gravosa para a população activa. Percebo perfeitamente que aos reformados, e a quem está quase lá, interesse muito pouco que se mexa agora no sistema de pensões, ou ouvir falar em ajustes e cortes. Mas dada a nossa evolução demográfica, quando mais se adia essa recalibração, mais dolorosa ela vai ser para os que ainda não acederam à reforma. ´
Colocado por: AMG1anto quanto sei, em nenhum momento foi possivel ao pensionista escolher os anos que contavam para o cálculo da remuneração de referência. Antes da actual fórmula (2007) de cálculo, eram considerados os melhores 10 anos dos ultimos 15.Era a isto que me referia. No fundo as pessoas escolhiam, para efeitos de cálculo de pensão de reforma, os 10 melhores anos da sua carreira contributiva (tendo em conta que tiveram uma normal progressão ascendente na sua carreira profissional).
Colocado por: AMG1Claro que o sistema tem uma história, que nem sempre foi a melhor, p.e. durante toda a década de 90 século passado foi possivel fazer imensas reconversoes de RH nas empresas, em boa parte a conta da SS, mas isso acabou há muito e nao adianta olhar para trás,Muito pelo contrário. Os erros do passado devem ser relembrados, reforçados, esmiuçados por dois motivos: Pra que não se voltem a cometer. Para que as pessoas saibam exatamente quem culpar, quando perceberem as condições em que se reformam.
Colocado por: Reduto25Não vejoe problema em proibir a venda de casas a estrangeiros que não residem cá .
O preço das casas está como está porque foram eles que as tabelaram por cima
Colocado por: Reduto25O preço das casas está como está porque foram eles que as tabelaram por cima
Colocado por: RCFJá o outro dizia que ia acabar com os ricos em Portugal... é isso mesmo.nem concordo com o que foi escrito de proibir. Mas também deixe-me que lhe diga que a politica seguida tem feito muito pouco para acabar com os pobres.
Colocado por: Reduto25Não vejoe problema em proibir a venda de casas a estrangeiros que não residem cá .
O preço das casas está como está porque foram eles que as tabelaram por cima
Colocado por: AMG1
O seu post inicial chocou-me, porque:
1. Está errado nos pressupostos. Porque não são os mais idosos que elegem quem nos governa. Somos todos os que votamos e entre esses os reformados ou idosos, nem são a maioria, nem sequer votam maioritariamente no partido que nos governa pelo menos nos ultimos anos. É pelo menos isso que mostram os estudos sobre a distribuição do voto em Portugal.
2. A ideia de que um sistema de pensões assente na solidariedade intergeracional é prejudicial para quem hoje paga,também não e menos absurda, porque esquece o óbvio, é que quem hoje recebe já no passado pagou e quem hoje paga, no futuro vai receber.
Claro que estes sistemas, que existem na maioria dos paises europeus, tem de ser sustentáveis e garantir equidade na distribuição do esforço de quem paga e de quem recebe. O nosso sistema tem problemas, claro que tem, desde logo o demográfico e esse já nao pode ser resolvido pelos idosos.
A sustentabilidade do sistema de pensões nao está assegurada para a eternidade, nem no nosso nem em qualquer outro, porque depende de um conjunto enorme de variáveis. Agora há soluções para resolver esses problemas e há estudos que apontam essas soluções, mas óbviamente que não são estes patrocinados por quem tem interesse directo na alteração do sistema. Convém ter em conta que estão em causa muitos milhares de milhões de euros, que fariam as delicias de muitos negocios financeiros.
Agora não há que adocar a pílula, quem se vai reformar daqui a 20 anos muito provavelmente vai reformar-se mais tarde e talvez (não é uma fatalidade) com uma taxa de substituição menor do que actual, tal como acontece a quem se reforma hoje relativamente a quem se reformou há 20 anos. Mas convém não esquecer que isto também acontece porque vivemos cada vez até mais tarde e com mais saúde. Portanto trabalhar durante mais tempo pode nao ser necessáriamente um fardo.
Se tiver paciência veja outros comentários mais desenvolvidos sobre este tema e que sinceramente me vou dispensar de repetir.
Agora quanto aos direitos adquiridos dos mais velhos, refere-se exatamente a que?
Às pensoes baixas que maioria recebe, tal como infelizmente também acontece com os salários dos activos?
Meu caro, do que nós precisanos é de criar mais riqueza e depois distribui-la de forma mais equilibrada entre todos. Precisamos de um projecto para o país que sirva para todos, sejam novos ou velhos, activos os reformados e nao de um projecto que ponha uns contra outros, acantonados nas suas trincheiras sejam elas quais forem.
Eu entrei há pouco tempo para o grupo dos reformados, portanto mais um dos que voce vê como titular de direitos adquiridos que lhe estão a destruir o futuro, mas olhe que continuo activo, e só passei à situação de reformado mais de dois anos depois da idade legal, porque já nao quiseram atender ao meu pedido para me manter a trabalhar. Aqui está algo que talvez precise de mudar. A TSU a pagar pelas empresas relativamente a quem ja adquiriu o direito à reforma, mas continua a trabalhar.
Só menciono isto, não para justificar a pensão que recebo, porque nao é nenhuma esmola mas o resultado de muitos anos de trabalho e descontos, mas apenas para que perceba o quanto me chocou a sua insensibilidade para com uma situação que um dia também será a sua.
As pensões atuais até estão próximas do valor do último salário recebido. Em 2019, a taxa de substituição do vencimento pela pensão era de 79%, segundo o mesmo estudo. Ou seja para um ordenado de dois mil euros, o trabalhador recebe 1580 euros de reforma. Mas daqui por 48 anos, as estimativas são bem mais negras e apontam para uma redução de 33 pontos, de 79% para 46%
https://www.dinheirovivo.pt/economia/nacional/pensionistas-vao-perder-mais-de-metade-do-salario-15362826.html
Colocado por: AMG1Para isso bastava fazer como no sistema sueco em que o aumento das pensões está indexado ao aumento dos salários e não como entre nós, que estão indexados a inflação e ao crescimento económico, se fosse assim, este ano o Costa nem precisava de se preocupar c9m explicações manhosas, porque os salarios vão crescer muito abaixo da inflação.