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    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 781

    Colocado por: HAL_9000Está uma vez mais a referir aqueles que podiam ter ido para o centro e foram para a periferia. O problema atual em principio não afeta essas pessoas. Esses têm a situação resolvida, querem lá saber que o cen0tro agora esteja caro ou barato. Têm a sua habitação na periferia, e muito provavelmente continuam a ter a perceção que fizeram uma boa escolha na altura. O problema estános que ainda não têm habitação. Estes últimos é que nem no centro nem na periferia.


    Claro, até porque as pessoas têm a perceção que cada vez mais temos preços europeus e salários portugueses. E depois não entendem as isenções fiscais dadas aos estrangeiros, quando os nacionais mais não vêm que aumentos da carga fiscal todos os anos.

    É verdade. A grande maioria pessoas que já têm o seu poucochinho garantido, e com medo de o perder preferem que lhes diga umas palavras bonitas e garanta que consegue perpetuar ou poucochinho. Aí não discordo em nada. Temos o pais que merecemos.


    Nenhuma. Apenas porque o AMG1 referiu que a vinda de famílias de estrangeiros lhe melhorou muito a vizinhança. Ou têm de ser estrangeiros com dinheiro?

    Quando a estes desgraçados, são explorados ao ponto de não viverem com as minimas condições de dignidade. Pelo que li em algum lado, cada um destes desgraçados paga 10 euros/dia para usar a cama 12h. Logo, cada cama rende 20 euros por dia. Veja nas notícias quantas camas conseguem por num T0 como aquele e calcule a rentabilidade mensal desse T0, e percebe de que forma é que a exploração destes desgraçados inflaciona o mercado habitacional.



    Se não tem dimensão, então que se acabe com os benefícios fiscais e com os vistos gold, e não se deixe a dúvida no ar. Se não acabam, é porque de facto a dimensão ainda será considerável.
    Depois numa área metropolitana com uma terrível falta de oferta, qualquer casa que adquirida por um estrangeiro com maior poder de compra, vai agravar o problema existem.

    mas eu reforço. O problema não é os estrangeiros comprarem cá casas. O maior problema é os nossos rendimentos serem ridículos ao pé dos deles, serem ridículos ao ponto que um casal que trabalhe 80 horas por semana, não consegue pagar uma habitação condigna sem passar necessidades. Óbvio que quando se chega a este extremo, as pessoas comecem a disparar em todas as direções.

    Veja a contestação social que existe desde o inicio do ano, e começa a ter uma ideia do porquê se de procurarem culpados em todo lado.


    Eu nao duvido em nada do que diz quanto as dificuldades sentidas por quem hoje procura habitação. Mas lembro-lhe que ainda ha 30 anos Lisboa estava pejada de bairros de lata e que seguramente nessa altura deveria ser ainda pior arranjar casa.
    Nao quero de forma nenhuma regressar a essa chaga, que nos colocava mais proximos das cidades da América do sul do que da Europa.
    A questão é como diz os rendimentos da maioria das pessoas que trabalha em Lisboa nao consegue pagar uma casa na AML. Da mesma forma que muitos tambem nao conseguiriam em Amsterdão, Berlim ou Estocolmo, se nessas cidades nao existisse a oferta publica que existe e que acaba por "balizar" o mercado.
    A solução passa por aí. Uma oferta publica seja de aluguer ou de aquisição, dirigida nao exclusivamente aos indigentes, mas as classes médias que precisam de viver nas áreas metropolitanas e nao tem salarios que lhes permita arrendar ou comprar aí habitação. Nao estamos a falar de bairros sociais, tal como os conhecemos mas de espaços que nao tendo localizações premium, também não sao a 100 km do centro.
    E claro transportes decentes. Afinal prque razão se fizeram tantas estradas, nao foi para serem utilizadas?
    Agora e mais uma vez quanto aos estrangeiros. Tal como nos, portugueses, não temos todos as mesmas possibilidaded economicas, com os estrangeiros a situação é também a mesma. Há quem venha para ca viver dos rendimentos que com origem no exterior, os que vem investir e criar riqueza e os que vêm trabalhar, desde o mais humilde estafeta até ao mais reputado cientista, todos devem ser tratados por igual em direitos e deveres que devem tambem ser os nossos. Isso incluiu poderem comprar ou alugar a casa que puderem ter sem qualquer limitação pelo simples facto de serem estrangeiros, até porque isso nao resolve problema nenhum. Quer um exemplo?
    Entre os quatro paises escandinavos, apenas a Dinamarca tem limitações quanto a compra de imoveis por estangeiros. Ora sabe qual dos 4 o que tem mais problemas de habitação: precisamente a Dinamarca. Claro que (infelizmente para nós) não sao os nossos problemas, mas nao estão tão bem quanto os restantes. Portanto a resposta nao esta na proibicao, mas em politicas públicas que garantam o direito a habitação de todos, naturalmente com as contingencias que temos, mas sem receio de afrontar especuladores, não com leis absurdas, mas com as intervenções certas no mercado, fazendo uso de todo o "poder de fogo" de que dispõe. Afinal quem é o maior proprietário das áreas urbanas, nao será o estado?
    Quanto aos meus vizinhos. Eu não os escolhi nem sei, nem quero saber, quanto dinheiro têm e isso aplica-se tanto aos estangeiros como aos portugueses.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  1.  # 782

    Precisamente. Restringir o acesso a habitação a alguém só porque é estrangeiro ou tem mais poder de compra não faz sentido algum a meu ver.

    Era o mesmo que agora proibissemos os portugueses ricos de comprar, só porque podem comprar mais caro.
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 783

    Colocado por: HAL_9000Eu até gosto de ler as suas intervenções. Mas aqui acho que está profundamente enganado.
    O esforço exigido em 2005 por exemplo para adquiri uma habitação, em nada se compara ao esforço exigido atualmente. É como do dia para a noite.

    P ara explicar o meu ponto de vista, recorro aos salários da Função pública e estabeleço uma comparação 2005/2023, para uma pessoa da dita classe média que inicia a sua carreira nos anos visados,

    2005
    Remuneração de entrada de um Técnico superior de 2ª classe na Adm central/local:1287.68 eur (2.9 SMN)
    Salário mínimo Nacional em 2005- 437.2 Eur
    Preço de um T4 em Arroios em 2005 - 99.000 euros
    Valor de um T6 de 350 m2 a estrear numa aldeia do Distrito de Viseu: 66.000 euros
    (Valor dado com conhecimento de causa).
    2023
    Remuneração de entrada de um Técnico superior na Adm central/local: 1268.04 eur (1.65 SMN)
    Salário mínimo nacional em 2023: 765 eur
    Preço de um T4 em Arroios: Consegue algum por menos de 300.000 euros?
    Valor de um T6 a estrear numa aldeia do Dist. Viseu: Se me arranjar algum por menos de 150.000, eu compro já.

    Isto sem considerar a progressão fiscal, que para o mesmo salário bruto, faz com que em 2023 o trabalhador leve para casa menos rendimento liquido que aquele que levaria em 2005.
    Agora some a isto o aumento no custo na alimentação que se verificou desde o ano passado, e depois diga-me que "os problemas dos actuais candidatos, não deverao ser substancialmente diferentes daqueles que ja foram vividos pela generalidade dos que ja conseguiram aceder a esse bem."


    Sem querer relativizar a importancia do que diz, provavelmente se fizer o mesmo exercicio para outros bens de primeira necessidade vai concluir algo muito parecido. Agora foi engano ou é mesmo verdade que o salário do técnico superior da função publica baixou mesmo?

    O problema está mais do que identificado. Os salários portugueses são baixos, mas como é que isto se altera?
    Criando mais riqueza e distribuindo melhor.
    Alguma coisa de estranho se deve estar a passar, ainda ontem alguém dizia por aqui que os carros caros batem records de vendas, ao mesmo tempo que os restaurantes e centros comerciais continuam cheios. Agora, ou na verdade há mais dinheiro disponível do que se fala, ou então os bancos estão a suportar isto tudo com crédito, coisa em que eu nao acredito. Logo, a crise pode ser grande, mas parece estar longe de chegar a todos.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 784

    Colocado por: HAL_9000Óbvio que não. Mas eu reconhecer e aceitar os resultados eleitorias, é diferente de dizer que todos nós escolhemos estes dirigentes. Eu pelo menos faço questão de dizer que jamais escolheria um ministro do Sócrates para meu Primeiro Ministro.
    Obviamente que aceito o resultado da maioria.


    Nunca me pensei a fundo na questão da obrigatoriedade. Mas tenho a certeza que votar além de ser um direito, é sobretudo um dever.


    Quando falei em nós referia-me, obviamente aos eleitores que votaram e deram a maioria absoluta a quem deram.
    Claro que para quem votou noutros são estes, a maioria, que estão enganados. Mas o inverso também e verdade e daqui a 3 anos pode ser tudo ao contrário. A democracia e as eleições livres são um luxo de que nós desfrutamos sem nos custar um cêntimo. Afinal somos uns previligiados por vivermos deste lado do mundo em que a liberdade e o primado da lei são a regra, em vez daqueles sitios sombrios onde o medo impera e onde a miseria, muitas vezes extrema, da maioria é tambem a regra.
    Mas o caminho nao é para trás, mas sim para a frente. Sejamos mais exigentes conosco, mas tambem com os noutros. Não ha problema nenhum em.mostramos que temos ideias e interesses diferentes e até, por vezes, antagónicos. Com firmeza e dialogo tudo tem solução.
    A contestação social faz parte do processo democrático, ao governo cabe governar no interesse de todos. Greves há em todas as democracias fazem parte do processo e tem de ser vistas como naturais, afinal são a expressão institucional do descontentamento de quem se sente injusticado, o que para mim sera sempre melhor do que "coletes amarelos" ou outros de qualquer cor.
  2.  # 785

    "Das 79 habitações colocadas este ano para arrendar em Braga, só 17 têm renda abaixo do salário mínimo nacional."

    https://ominho.pt/das-79-habitacoes-colocadas-este-ano-para-arrendar-em-braga-so-17-tem-renda-abaixo-do-salario-minimo-nacional/amp/
  3.  # 786

    Colocado por: AMG1Nao é óbvio?
    O que é que o governo do PPC fez?
    Foi sim senhor, e veja o resultado que teve..o PPC desapareceu da cena política e o PSD está a meio de um deserto, de onde tão cedo não sai.
    Mas no caso específico das reformas, penso que aquela coligação até esteve bem, apesar de ter ido longe de mais em muitos outros aspectos.



    Colocado por: AMG1O que é que o governo do Antonio Costa fez ainda este ano?
    O governo do Antônio Costa continua a dizer que não e a enganar os reformados. Este executivo tem de ter a coragem de dizer a verdade aos reformados, até porque essa gestão é imperiosa. Se as mudanças necessárias tivessem sido feitas há 20 anos atras(quando as pessoas até podiam escolher quais os anos de contribuições é que seriam usados para calcular a pensão de reforma), as pessoas hoje reformar-se-iam em melhores condições, e a carga fiscal talvez não tivesse subido tanto. Se hoje fossem feitas as mudanças necessárias não se comprometia tanto as condições de quem se vai reformar daqui a 20 anos.

    Mas enquanto as pessoas preferirem manter o poucochinho, por medo de o perderem, nada vai mudar. Quem tem a situação resolvida tem. Quem não tem "paciência é a vida".
  4.  # 787

    Colocado por: AMG1Mas lembro-lhe que ainda ha 30 anos Lisboa estava pejada de bairros de lata e que seguramente nessa altura deveria ser ainda pior arranjar casa.
    É um facto a existência dos bairros da lata, que se agravaram até na sequência da descolonização. Tb não consigo ter uma opinião formada sobre a dificuldade de encontrar casa nessa altura. Contudo tb é verdade que havia muito mais construção nessa altura, e o preço da habitação não estava tão desfasado dos rendimentos das famílias. Há 30 anos atrás era muito mais comum apenas um dos elementos do casal trabalhar. Mas sim, aí o acesso à habitação também não era facil, embora penso que o problema não fosse tão generalizado a nível nacional como é hoje.

    Mas não posso deixar de relatar uma situação curiosa que conheço de relações familiares. Um casal de Funcionários públicos, vivia num desses bairros da lata para os lados de Odivelas, mas tinha 2 apartamentos a render em Lisboa. Com os rendimentos construíram ainda depois duas pequenas moradias na zona de Casal de Cambra e foi quando deixaram as barracas.

    AOlhe hoje em dia um casal de FP conseguir ter 4 casas na AML sem que as tenha herdado. Está bem esta.
    Também em abono da verdade se diga que duvido que hoje em dia esse mesmo casal se sujeitasse a viver nas barracas tantos anos.



    Colocado por: AMG1Da mesma forma que muitos tambem nao conseguiriam em Amsterdão, Berlim ou Estocolmo, se nessas cidades nao existisse a oferta publica que existe e que acaba por "balizar" o mercado.
    pois, mas aqui não existe essa oferta pública, nem sobra o mesmo rendimento ao fim do mês para fazer face as outras despesas. Se formos a ver os custos de habitação na AML em função do poder de compra, consegue verificar que Lisboa está pior que as cidades todas que menciona.



    Colocado por: AMG1A solução passa por aí. Uma oferta publica seja de aluguer ou de aquisição,
    Mas isso é o que já defendi em diversos tópicos aqui pelo fórum, sem grande concordância por parte dos outros foristas diga-se de passagem.

    Contudo importa referir que o país tem pouca capacidade de investimento, e ainda que agora dessatasse a promover habitação pública, isso não iria resolver os problemas actuais,que precisam de uma solução urgente e não uma solução para daqui a 10-20 anos.



    Colocado por: AMG1Portanto a resposta nao esta na proibicao,
    Mss a única pessoa que falou em proibição foi o AMG1. Eu pelo menos nunca falei em proibir a compra por estrangeiros, até porque isso não seria possível no que aos europeus diz respeito. O que eu digo é que é errada a política das isenções fiscais, a promoção do país como um lar para os reformados europeus, a venda de cidadania a troca de imobiliário e a falta de políticas de habitação que assegurem/facilitem ao acesso à mesma a quem mora e trabalha em Portugal seja nacional ou estrangeiro.
    Quem está a levantar a questão de proibir é o AMG1
  5.  # 788

    Colocado por: AMG1Agora foi engano ou é mesmo verdade que o salário do técnico superior da função publica baixou mesmo?
    Não consegui precisar ao certo se a carreira de "técnico superior de 2a classe" de 2005 corresponde exatamente ao mesmo que a carreira geral de "técnico superior" de hoje, mas o tipo de funções são as mesmas, sendo que hoje até existe uma exigência e uma abrangência maior para esta carreira.

    Mas não me admiro nada que tenha baixado mesmo. Há mais licenciados, passou a haver mais técnicos superiores e menos assistentes técnicos, por isso o que devem ter feito foi mudar a designação da carreira e baixar o ordenado de entrada. Mas até eu, que nem consigo bem defender os FP se compararmos com as condições do privado, reconheço que perderam imenso poder de compra nos últimos 20 anos, ao ponto que a função pública hoje deixou de ser atrativa no que as carreiras gerais diz respeito.



    Colocado por: AMG1O problema está mais do que identificado. Os salários portugueses são baixos, mas como é que isto se altera?
    Criando mais riqueza e distribuindo melhor.
    Pois o problema é que a distribuição da riqueza é terrivelmente mal feita. Basta ver como está a ser redistribuída está riqueza neste período de hiperinflação.
    Mesmo uma pessoa quando investe em si, se esforça, luta para se destacar na sua profissão e consegue um aumento de 200 euros, vai a ver e nem 100 leva para casa. Ou seja o estado sem nada fazer consegue um aumento de igual valor, para depois distribuir mal. O trabalhados aos 100 que leva para casa, apercebeu-se que afinal já só vale 90, e se quiser gastar no supermercado, esses 100 provavelmente nem 60 valem se comparar com o ano passado.

    Para produzir mais, criar mais riqueza, é preciso antes de mais nada que sejam criadas as condições para o fazer e que se deixe de promover uma economia assente numa mão de obra não especializada, barata, precária e explorada.
    É preciso "reter o talento", fazendo uso do investimento que se faz todos os anos em educação, em vez de enviar esse talento para outros países que esses sim sabem tirar partido dele.

    O meu único problema com a emigração/imigração é esse mesmo. O resultado das nossas políticas é empurrar para fora do país a mão de obra que poderia de facto contribuir para criar mais riqueza ao mesmo tempo que se atrai mão de obra não especializada que vem para ca para ser explorada. Como é que o AMG1 acha que vamos conseguir produzir mais riqueza a insistir neste erro?

    Ou acha que é obrigação dos nossos jovens especializados ficarem cá a produzir e a criar riqueza( não tendo perspectivas, não tendo casa, não podendo constituir familia, ajudando a pagar benefícios sociais de que nunca vão poder usufruir, etc..) na esperança que produzindo mais as condições do país vão melhora?
  6.  # 789

    Colocado por: N Miguel OliveiraPrecisamente. Restringir o acesso a habitação a alguém só porque é estrangeiro ou tem mais poder de compra não faz sentido algum a meu ver.
    acabar com os benefícios fiscais para estrangeiros, e deixar de promover o país como o el dourado dos reformados endinheirados e nómadas digitais, não é a mesma coisa que restringir o acesso a habitação.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  7.  # 790

    Colocado por: AMG1Alguma coisa de estranho se deve estar a passar, ainda ontem alguém dizia por aqui que os carros caros batem records de vendas, ao mesmo tempo que os restaurantes e centros comerciais continuam cheios. Agora, ou na verdade há mais dinheiro disponível do que se fala, ou então os bancos estão a suportar isto tudo com crédito, coisa em que eu nao acredito. Logo, a crise pode ser grande, mas parece estar longe de chegar a todos.
    No que aos carros diz respeito, não tenho a menor dúvida que estão alavancados em Crédito.
    Ando há quase um ano, num processo prolongado para trocar o meu clássico de 97, e sempre que vou a um stand, há um padrão:
    1- Pois, isto está complicado, não há carros para a procura, e isso está a inflacionar o preço. Atiram umas balelas quaisquer sobre chips que devem ter lido nasnoticias e andar.
    2- Temos aqui este carro por x, mas só dá uma prestação de Y mensal.

    Depois colegas e amigos, todos referem a questão do financiamento para o carro como a opção mais vantajosa.
    Eu tenho claro que não irei adquir nenhum carro recorrendo a crédito, mas fico claramente com a sensação que essa é a prática corrente actual.

    Quando ao que está a suportar "os restaurantes e centros comerciais", também não sei. Ou são pessoas que tendo a questão da habitação resolvida, não são assim tão afetadas pela inflação. Ou são pessoas que não tendo a questão da habitação resolvida, também não querem saber e "logo se vê", ou os rendimentos reais estão muito longe dos rendimentos declarados, ou simplesmente as pessoas não sabem fazer contas e não têm planos de poupança. Eu para consguir manter o meu plano de poupança (em % dos rendimentos) tenho-me visto e desejado no último ano. Não percebeo mesmo de onde surge o dinheiro qu sustenta este consumo.
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 791

    Colocado por: HAL_9000Foi sim senhor, e veja o resultado que teve..o PPC desapareceu da cena política e o PSD está a meio de um deserto, de onde tão cedo não sai.
    Mas no caso específico das reformas, penso que aquela coligação até esteve bem, apesar de ter ido longe de mais em muitos outros aspectos.



    O governo do Antônio Costa continua a dizer que não e a enganar os reformados. Este executivo tem de ter a coragem de dizer a verdade aos reformados, até porque essa gestão é imperiosa. Se as mudanças necessárias tivessem sido feitas há 20 anos atras(quando as pessoas até podiam escolher quais os anos de contribuições é que seriam usados para calcular a pensão de reforma), as pessoas hoje reformar-se-iam em melhores condições, e a carga fiscal talvez não tivesse subido tanto. Se hoje fossem feitas as mudanças necessárias não se comprometia tanto as condições de quem se vai reformar daqui a 20 anos.

    Mas enquanto as pessoas preferirem manter o poucochinho, por medo de o perderem, nada vai mudar. Quem tem a situação resolvida tem. Quem não tem "paciência é a vida".


    Bom lá estamos nós outra vez com as reformas e, como habitualmente, com muitos "tiros ao lado".
    O PPC congelou totalmente os aumentos das reformas. O Antonio Costa congelou uma parte desse aumento. Nao sei porque os distingue assim tanto. Até as razões que invocaram foram as mesmas.

    Agora deixe-me esclarecer alguns factos sobre o sistema de pensões da SS:
    1. As regras actuais resultam de uma lei de 2007, portanto já com 15 anos, em que foram feitas alterações muito significativas entre as quais: i) criação do factor de sustentabilidade, ii) alteração da idade da reforma em função da esperança de vida; iii) alteração das regras de cálculo da remuneração de referencia, que passou a ter em conta toda a carreira contributiva.
    De acordo com os pressupostos da altura estas regras deveriam garantir a sustentabilidade pelo menos para mais 30 anos, dos quais 15 já se foram e pelo meio tivemos muitos anos de desemprego elevado que reduziram enormemente as contribuições. Para além de que a evolução demográfica, apesar de parecer estar a alterar-se, também nao teve a evolução esperada.
    O que isto nos diz não é que o sistema está falido, mas que provavelmente precisa de ser recalibrado. A OCDE ainda no final do ano passado os reparos que fazia ao sistema português tinham sobretudo a ver com algum execesso de generosidade nas reformas antecipadas e fracos incentivos para quem se mantém activo e a contribuir depois de atingir a idade pessoal da reforma.
    Portanto questões que não são dificeis de alterar nem acredito que representem um custo político muito elevado.
    Eu até acho que mais importante do que isto era alterar as regras de aumentos anuais das pensões, até para acabar com este rosário de só aplicar a lei quando dá jeito. Para isso bastava fazer como no sistema sueco em que o aumento das pensões está indexado ao aumento dos salários e não como entre nós, que estão indexados a inflação e ao crescimento económico, se fosse assim, este ano o Costa nem precisava de se preocupar c9m explicações manhosas, porque os salarios vão crescer muito abaixo da inflação.

    Tanto quanto sei, em nenhum momento foi possivel ao pensionista escolher os anos que contavam para o cálculo da remuneração de referência. Antes da actual fórmula (2007) de cálculo, eram considerados os melhores 10 anos dos ultimos 15. Claro que havia quem conseguia manobrar a coisa aumentanto enormemente os salarios nos ultimos 10 anos, mas isso só estava ao alcance de alguns "empresarios" que assim ludibriava o sistema em beneficio próprio.
    Essa regra ainda existe para quem se reforma actualmente mas só se aplica a parte da pensão respeitante as contribuições até 2001. Já pouca relevância tem, salvo nos casos em que a pessoa tem uma carreira muito longa e os salários entre 1990 e 2001 eram mais elevados do que os posteriores.

    Claro que o sistema tem uma história, que nem sempre foi a melhor, p.e. durante toda a década de 90 século passado foi possivel fazer imensas reconversoes de RH nas empresas, em boa parte a conta da SS, mas isso acabou há muito e nao adianta olhar para trás, até porque os dois génios responsáveis por isso estão ambos bem. Um feito pavão na ONU e o outro a gozar o sol algarvio donde, a tempos emerge, para lembrar que ainda existe.
    Como ja disse, claro que a sustentabilidade do sistema não é eterna e é preciso ir fazendo as alterações necessárias para manter esse equilibrio, mas essas alterações tem custos politicos que ninguém quer correr. Agora cabe-nos a nós, que votamos, exigir a quem elegemos que nos diga se existe algum problema e, se existir, como o vai resolver.
    Ora quanto ao PS ja sabemos que nao vai mudar nada de significativo, porque foge do tema como do diabo. O PSD diz que o sistema nao e sustentável, mas nao explica porquê, nem diz o que mudava, para além da velha e estafada conversa do plafonamento, mas que não quer explicar aos seus eleitores do que se trata, porque sabe que isso lhe tiraria votos. Depois temos os outros.
    PCP/BE: mais responsabilidade para a SS sem dizer como a pagava, IL: diz claramente que procura mudar o sistema, de forma gradual, para um sistema eminentemente privado, começando pelo plafonamento do sistema público, mas claro que se esquece de dizer como financiava a transição, nisto aliás também nao diverge muito do PSD, só que tem a coragem de dizer o que quer como objectivo final. Resta-nos o Chega mas eu suspeito que ninguém sabe o que pensam sobre o tema, talvez nem eles mesmo saibam. Para alem de repetirem até à exaustão que o sistema está falido falam vagamente do plafonamento, mas eu só ouvi o Ventura falar uma vez sobre o tema e fiquei com ideia que nem sabe exactamente o que isso é. Depois também não será um tema muito apelativo para um partido que sabe ter entre os seus eleitores muitos pensionistas.
    Gostemos ou não, é este o sistema que temos e os actores politicos em quem votamos. Para mim continua a fazer sentido apostar no sistema, mas exigir que nos digam a sua real situação e o que pretendem fazer para a resolver.
    Nao tenho nenhuma garantia de que a conversa dos politicos que nós elegemos, n seja menos fiável do que a conversa de quem tem interesses comerciais óbvios no plafonamento do sistema ou mesmo no seu fim.
    Concordam com este comentário: Carvai
  8.  # 792

    Colocado por: AMG1Bom lá estamos nós outra vez com as reformas e, como habitualmente, com muitos "tiros ao lado".
    O PPC congelou totalmente os aumentos das reformas. O Antonio Costa congelou uma parte desse aumento. Nao sei porque os distingue assim tanto. Até as razões que invocaram foram as mesmas.
    Vamos lá ver. O PPC congelou totalmente os aumentos das reformas, disse que o fazia e explicou porque o fez.
    O António Costa congelou parte do aumento, mas num ano de inflação record. Ou seja na prática o corte real promovido pelo AC até pode ser maior. Qual é o problema? O problema é que o AC não consegue admitir que fez um corte. Explicou a muito custo que este corte se devia a garantir a sustentabilidade da SS. Não é capaz de ser claro para uma fração muito significativa dos seus eleitores.
    Por isso é que os distingo. Um disse o que estava a fazer, o outro..o outro é um malabarista.



    Colocado por: AMG1O que isto nos diz não é que o sistema está falido, mas que provavelmente precisa de ser recalibrado.
    Óbvio, mas é isso que eu digo. Se não forem feitas mudanças urgentes, a recalibração será cada vez mais gravosa para a população activa. Percebo perfeitamente que aos reformados, e a quem está quase lá, interesse muito pouco que se mexa agora no sistema de pensões, ou ouvir falar em ajustes e cortes. Mas dada a nossa evolução demográfica, quando mais se adia essa recalibração, mais dolorosa ela vai ser para os que ainda não acederam à reforma. ´
    As recalibrações terão forçosamente de passar por um abaixamento da taxa de reconversão, congelamento dos aumentos para reformas acima de determiando valor, maior rigor nas concessão das reformas antecipadas, pré-reformas, reservas, etc..Desindexar da inflação, tal como sugere.
    Qualquer outra solução que garanta a sustentabilidade e que não passe por cortes +/- amenos às pensões actuais e futuras implica aumento de impostos para financiar a SS, e isso eu sinceramente não tenho disponibilidade para fazer. Nem eu, nem ninguém com menos de 40 anos, que não faz ideia se um dia vai ter pensão ou não.

    O AMG1 diz que o actual sistema é sustentável, mas também não quer abordar muito o "a que custo". Sabe perfeitamente que´, dada a nossa evolução demográfica, o sistema actual só é sustentável sobrecarregando mais a população activa. Penso que tem noção que a população activa já não tem muito mais por onde ser expremida.




    Colocado por: AMG1anto quanto sei, em nenhum momento foi possivel ao pensionista escolher os anos que contavam para o cálculo da remuneração de referência. Antes da actual fórmula (2007) de cálculo, eram considerados os melhores 10 anos dos ultimos 15.
    Era a isto que me referia. No fundo as pessoas escolhiam, para efeitos de cálculo de pensão de reforma, os 10 melhores anos da sua carreira contributiva (tendo em conta que tiveram uma normal progressão ascendente na sua carreira profissional).


    Colocado por: AMG1Claro que o sistema tem uma história, que nem sempre foi a melhor, p.e. durante toda a década de 90 século passado foi possivel fazer imensas reconversoes de RH nas empresas, em boa parte a conta da SS, mas isso acabou há muito e nao adianta olhar para trás,
    Muito pelo contrário. Os erros do passado devem ser relembrados, reforçados, esmiuçados por dois motivos: Pra que não se voltem a cometer. Para que as pessoas saibam exatamente quem culpar, quando perceberem as condições em que se reformam.

    Reformar, recalibrar um sistema de pensões implica um acordo entre diversos partidos. Ninguém quer tratar diretamente o tema, porque sabem exatamente o que é que isso implica em termos eleitorais. Contudo, acho que continuar a enganar as pessoas é pior. Não para as que já estão reformadas, mas é pior para todos os que vêm a seguir.
  9.  # 793

    Não vejoe problema em proibir a venda de casas a estrangeiros que não residem cá .

    O preço das casas está como está porque foram eles que as tabelaram por cima
    • RCF
    • 8 fevereiro 2023

     # 794

    Colocado por: Reduto25Não vejoe problema em proibir a venda de casas a estrangeiros que não residem cá .

    O preço das casas está como está porque foram eles que as tabelaram por cima


    Já o outro dizia que ia acabar com os ricos em Portugal... é isso mesmo. Deve ser esse o caminho
  10.  # 795

    Colocado por: Reduto25O preço das casas está como está porque foram eles que as tabelaram por cima


    Onde? Portugal inteiro?
    Havia uma personalidade que dizia que todos tinham o direito de viver em Lisboa! Quem? Os 10 milhoes de tugas? Bem...o direito têm, posses para isso é que duvido.
  11.  # 796

    Colocado por: RCFJá o outro dizia que ia acabar com os ricos em Portugal... é isso mesmo.
    nem concordo com o que foi escrito de proibir. Mas também deixe-me que lhe diga que a politica seguida tem feito muito pouco para acabar com os pobres.
    Aliás parece mais uma estratégia para multiplicar pobres.
  12.  # 797

    Sim apartir do momento que eles conseguem oferecer mais tudo o resto vai se tabelar por cima e não por baixo .

    Podem ser ricos cá basta serem residentes
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 798

    Colocado por: Reduto25Não vejoe problema em proibir a venda de casas a estrangeiros que não residem cá .

    O preço das casas está como está porque foram eles que as tabelaram por cima


    Considerando que a maioria do investimento imobiliario de nao residentes é efetuado através de veiculos financeiros, quantas soluções quer que lhe dê para ultrapassar essa limitação legislativa?

    Ja ontem deixei aqui o exemplo da Dinamarca que tem uma limitação desse tipo e simultaneamente tem também, entre os nórdicos, as piores condições de acesso a habitação, sobretudo na área metropolitana de Copenhaga. Sao inúmeros os dinamarqueses que trabalham na zona de Copenhaga e vivem no sul da Suécia. A zona limitrofe de Malmo, quase parece uma periferia de Copenhaga.
  13.  # 799

    Colocado por: AMG1
    O seu post inicial chocou-me, porque:

    1. Está errado nos pressupostos. Porque não são os mais idosos que elegem quem nos governa. Somos todos os que votamos e entre esses os reformados ou idosos, nem são a maioria, nem sequer votam maioritariamente no partido que nos governa pelo menos nos ultimos anos. É pelo menos isso que mostram os estudos sobre a distribuição do voto em Portugal.

    2. A ideia de que um sistema de pensões assente na solidariedade intergeracional é prejudicial para quem hoje paga,também não e menos absurda, porque esquece o óbvio, é que quem hoje recebe já no passado pagou e quem hoje paga, no futuro vai receber.
    Claro que estes sistemas, que existem na maioria dos paises europeus, tem de ser sustentáveis e garantir equidade na distribuição do esforço de quem paga e de quem recebe. O nosso sistema tem problemas, claro que tem, desde logo o demográfico e esse já nao pode ser resolvido pelos idosos.
    A sustentabilidade do sistema de pensões nao está assegurada para a eternidade, nem no nosso nem em qualquer outro, porque depende de um conjunto enorme de variáveis. Agora há soluções para resolver esses problemas e há estudos que apontam essas soluções, mas óbviamente que não são estes patrocinados por quem tem interesse directo na alteração do sistema. Convém ter em conta que estão em causa muitos milhares de milhões de euros, que fariam as delicias de muitos negocios financeiros.
    Agora não há que adocar a pílula, quem se vai reformar daqui a 20 anos muito provavelmente vai reformar-se mais tarde e talvez (não é uma fatalidade) com uma taxa de substituição menor do que actual, tal como acontece a quem se reforma hoje relativamente a quem se reformou há 20 anos. Mas convém não esquecer que isto também acontece porque vivemos cada vez até mais tarde e com mais saúde. Portanto trabalhar durante mais tempo pode nao ser necessáriamente um fardo.
    Se tiver paciência veja outros comentários mais desenvolvidos sobre este tema e que sinceramente me vou dispensar de repetir.

    Agora quanto aos direitos adquiridos dos mais velhos, refere-se exatamente a que?
    Às pensoes baixas que maioria recebe, tal como infelizmente também acontece com os salários dos activos?

    Meu caro, do que nós precisanos é de criar mais riqueza e depois distribui-la de forma mais equilibrada entre todos. Precisamos de um projecto para o país que sirva para todos, sejam novos ou velhos, activos os reformados e nao de um projecto que ponha uns contra outros, acantonados nas suas trincheiras sejam elas quais forem.

    Eu entrei há pouco tempo para o grupo dos reformados, portanto mais um dos que voce vê como titular de direitos adquiridos que lhe estão a destruir o futuro, mas olhe que continuo activo, e só passei à situação de reformado mais de dois anos depois da idade legal, porque já nao quiseram atender ao meu pedido para me manter a trabalhar. Aqui está algo que talvez precise de mudar. A TSU a pagar pelas empresas relativamente a quem ja adquiriu o direito à reforma, mas continua a trabalhar.
    Só menciono isto, não para justificar a pensão que recebo, porque nao é nenhuma esmola mas o resultado de muitos anos de trabalho e descontos, mas apenas para que perceba o quanto me chocou a sua insensibilidade para com uma situação que um dia também será a sua.


    Tanta desonestidade intelectual também me choca.

    1. Precisamente o contrario. Os estudos demonstram que são as pessoas mais idosas e menos escolarizadas que votam no PS.





    https://www.pedro-magalhaes.org/bases-sociais-do-voto-nas-legislativas-de-2022/

    Não só somos dos países com maior proporção de idosos, como os jovens são os que menos votam:

    https://www.publico.pt/2018/10/22/p3/noticia/os-jovens-votam-pouco-mas-ha-alguem-a-falar-para-eles-1847004

    Logo, quem meteu o PS no poleiro foram claramente os mais velhos.

    E não é de admirar, tendo em conta que é o partido que mais promete beneficios aos mais velhos.

    2. O problema não é um sistema de pensões assente na solidariedade intergeracional per se, mas o facto de termos um sistema que sabemos que está a dar mais aos atuais pensionistas, às custas das gerações mais jovens, do que aquilo que vai dar a essas mesmas gerações mais novas:

    As pensões atuais até estão próximas do valor do último salário recebido. Em 2019, a taxa de substituição do vencimento pela pensão era de 79%, segundo o mesmo estudo. Ou seja para um ordenado de dois mil euros, o trabalhador recebe 1580 euros de reforma. Mas daqui por 48 anos, as estimativas são bem mais negras e apontam para uma redução de 33 pontos, de 79% para 46%

    https://www.dinheirovivo.pt/economia/nacional/pensionistas-vao-perder-mais-de-metade-do-salario-15362826.html


    As pensões, são, neste momento, em media, melhores do que aquilo que vão ser quando chegar a hora de a minha geração receber.

    Então, eu penso, se calhar, eu não deveria descontar tanto.

    Se calhar, deveria apenas descontar o suficiente para suportar pensões ao nivel daquelas que a minha geração vai receber...
  14.  # 800

    Colocado por: AMG1Para isso bastava fazer como no sistema sueco em que o aumento das pensões está indexado ao aumento dos salários e não como entre nós, que estão indexados a inflação e ao crescimento económico, se fosse assim, este ano o Costa nem precisava de se preocupar c9m explicações manhosas, porque os salarios vão crescer muito abaixo da inflação.


    Um sistema bastante melhor que o nosso.

    Dessa forma também seria do interesse dos pensionistas que os salarios subissem.

    É que atualmente, o unico interesse dos pensionistas é terem o dinheiro a cair na conta no final do mês, venha ele donde vier. Lixe-se quem se lixar.
 
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