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  1. E qual a diferença entre as duas crises?
  2. Colocado por: pguilherme
    No início de 2022, quando os juros ainda estavam negativos?
    No seu ponto de vista, a conjuntura actual é igual à do início de 2022?

    A não ser que alguém tenha decretado que a inércia são 6 meses, esse prazo não faz grande sentido.
    Para começar, a maioria dos CH continuam indexados à Euribor 12m.
    Depois, mesmo ao dia de hoje, que já todos estão a sofrer com o aumento das prestações, as pessoas têm poupanças e não vão a correr baixar o preço significativamente.... a não ser que estejam com a corda ao pescoço.
    Será que se estão a vender pelo asking price? Ou haverá mais margem para negociação?

    Seja como for, até mesmo empiricamente, podemos consultar a última crise de 2007/2008 para vermos que as casas só atingiram o valor mais baixo em 2012 salvo erro.

    Qual o seu racional para esse prazo dos 6 meses?

    E por fim, acredita mesmo que o aumento de juros, a inflacção, a quebra do poder de compra e toda a actual conjuntura económica não tem rigorosamente impacto nenhum na carteira nem nas decisões das pessoas e investidores e, como tal, os preços não se vão modificar?


    O prazo de 6 meses, não fui eu que escrevi, foram alguns OP, julgo que foi lá para Abril, Maio.

    Acredito que o aumento dos juros, inflação etc., têm impacto nos investimentos, principalmente para quem depende praticamente da totalidade de CH para comprar casa.

    Coisa diferente, serão imóveis ao preço da uva mijona.
  3. Colocado por: VarejoteO prazo de 6 meses, não fui eu que escrevi, foram alguns OP, julgo que foi lá para Abril, Maio.

    Então está meramente, de forma acrítica, a repetir algo que alguém escreveu?
    Se Varejote também não encontra fundamento, porque acredita nesse prazo e porque repete?

    Colocado por: VarejoteAcredito que o aumento dos juros, inflação etc., têm impacto nos investimentos, principalmente para quem depende praticamente da totalidade de CH para comprar casa.

    Na sua opinião, existe massa crítica de pessoas que não dependem de CH para comprar casa?
    E serão estes que, sozinhos e sem a ajuda das pessoas que recorrem ao financiamento, que conseguirão manter os preços em alta?

    Uma das causas apontadas para o aumento de preços foi precisamente o dinheiro barato.
    Acha que as taxas de juro negativas não tiveram um papel importante no mercado imobiliário?

    Colocado por: VarejotePrognósticos no fim do jogo, também eu os faço e acerto.

    Colocado por: VarejoteCoisa diferente, serão imóveis ao preço da uva mijona.

    Tal como já referi, acredito que haverá uma redução de preços, mas sem exageros.
    Mesmo entre 2007-2013, a quebra total não foi exagerada e desta vez provavelmente teremos menos incumprimentos e, por isso, menos redução.

    Valor médio dos prédios transacionados e hipotecados: total, urbanos e rústicos
    24% para prédios urbanos e 37% se contarmos com todos os prédios.

    Índice de preços da habitação (Base - 2015) por Localização geográfica e Categoria do alojamento familiar; Trimestral
    Para alojamento familiar, o INE refere 15%, mas desde 2009, altura que já estava em descida.

    Ainda assim, temos indicadores como: Habitação está mais inacessível do que na crise de 2008

    Só como curiosidade, veja esta notícia do início de 2008, antes de rebentar a crise por cá: Valor da habitação em Portugal triplicou em 20 anos
    Mesmo nas vésperas, referiam alegremente:

    Em 2007, mostra o ICI, o mercado de habitação registou uma subida de preços de 1,3%.
    [...]
    A estagnação sentida pelo ICI em meados do ano não impediu que o ritmo de valorização média anual registasse uma evolução positiva

    Acho interessante a semelhança de situação e discurso.
  4. Colocado por: MS_11E qual a diferença entre as duas crises?

    A conjuntura actual é diferente da de 2007-2008.

    Pelo menos a nível de financiamento e da banca, a situação actual está mais sólida, devido em boa parte às medida macroprudenciais.

    As taxas de juros negativas, tb permitiram fortes amortizações durante anos, o que nos trouxe agora uma maior estabilidade e de menor dependência dos financiamentos correntes. Mesmo que as pessoas decidam não trocar de casa, creio que a esmagadora maioria não tenha dificuldade em simplesmente se manterem a pagar o actual crédito das suas casas.

    Certamente haverão mais diferenças, mas também muitas semelhanças. O que acha?
  5. Colocado por: MS_11E qual a diferença entre as duas crises?

    1) CH com mais restrições agora;
    2) Governo mais "solidário" com quem tem dificuldades.
  6. Colocado por: pguilherme
    Então está meramente, de forma acrítica, a repetir algo que alguém escreveu?
    Se Varejote também não encontra fundamento, porque acredita nesse prazo e porque repete?


    Na sua opinião, existe massa crítica de pessoas que não dependem de CH para comprar casa?
    E serão estes que, sozinhos e sem a ajuda das pessoas que recorrem ao financiamento, que conseguirão manter os preços em alta?

    Uma das causas apontadas para o aumento de preços foi precisamente o dinheiro barato.
    Acha que as taxas de juro negativas não tiveram um papel importante no mercado imobiliário?



    Tal como já referi, acredito que haverá uma redução de preços, mas sem exageros.
    Mesmo entre 2007-2013, a quebra total não foi exagerada e desta vez provavelmente teremos menos incumprimentos e, por isso, menos redução.

    Valor médio dos prédios transacionados e hipotecados: total, urbanos e rústicos
    24% para prédios urbanos e 37% se contarmos com todos os prédios.

    Índice de preços da habitação (Base - 2015) por Localização geográfica e Categoria do alojamento familiar; Trimestral
    Para alojamento familiar, o INE refere 15%, mas desde 2009, altura que já estava em descida.

    Ainda assim, temos indicadores como:Habitação está mais inacessível do que na crise de 2008

    Só como curiosidade, veja esta notícia do início de 2008, antes de rebentar a crise por cá:Valor da habitação em Portugal triplicou em 20 anos
    Mesmo nas vésperas, referiam alegremente:


    Acho interessante a semelhança de situação e discurso.


    O problema ou não é que quem atualmente já não tem condições para comprar, acaba por ser "substituído" pelos que conseguem, devido a haver muito mais procura do que oferta, também em determinadas zona, não é igual para todo o país.

    A minha opinião nem é a questão se vendem mais ou menos é mesmo o rebentar da bolha e voltar a preços de 2017/2018, que sem haver uma "catástrofe", acho uma possibilidade muito remota.
  7. Eu acho que as pessoas estão a esquecer-se de um fator crucial nas crises económicas, o desemprego! Onde está o famoso desemprego?

    O significado disto é muito importante, neste momento continuamos com uma economia com uma redução acentuada de divida e com pleno emprego. E fala-se de crise?

    E existe outro fator importantíssimo de que não se fala, está a entrar no mercado habitacional uma geração inteira de filhos únicos ou com poucos irmãos (15-30 anos) com capacidade económica e com estudos, e com o apoio das famílias quando querem sair de casa dos pais. Eu tenho muitos amigos/as que o primeiro apartamento que tiveram foi oferecido pelos pais (mesmo as famílias que não conseguem comprar 1 apartamento completo, ajudam os filhos com o que podem) e sou de Lisboa.

    Nós estamos com 2 guerras e nem por isso os preços estão a baixar, e quando as guerras acabarem?

    Relativamente ao preço das casas, eu acredito que o que aconteça seja uma correção dos preços à realidade do mercado Português e à capacidade de compra dos Portugueses, visto que as leis dos residentes não habituais e dos alojamentos locais vão ser revistas. Obviamente que esta capacidade está a ser reduzida por via das atuais taxas de juro.

    Fala-se na alteração do coeficiente de localização do IMI, isto vai tirar atratividade aos investidores e pode ser benéfico para as famílias que querem comprar casa própria. Eu acho que isto já devia ter acontecido.
    Concordam com este comentário: palmstroke
  8. Colocado por: Varejotequem atualmente já não tem condições para comprar, acaba por ser "substituído" pelos que conseguem

    Não são substituídos, pois quem continua a ter condições agora, também já tinha antes.
    Ou seja, agora há menos pessoas com condições para comprar, e isso faz reduzir a procura e alivia a pressão.

    Colocado por: VarejoteA minha opinião nem é a questão se vendem mais ou menos

    Mas se há menos procura (e por isso já há menos transacções), o que acontece aos preços?

    Colocado por: Varejoterebentar da bolha e voltar a preços de 2017/2018, que sem haver uma "catástrofe",

    Segundo o idealista (Evolução do preço das casas à venda, Portugal), para os preços de Set desde ano baixarem para os valores de Set de 2018, teriam de descer 32%.
    Também me parece muito.
    Mas atenção que uma correcção de 15% aos valores actuais, já nos coloca ao nível dos preços de 2020.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  9. Mas os valores subiram mais de 20% desde 2020.
    Cair 15% nem chega aos valores de 2020.

    De qualquer forma muitos imóveis foram vendidos abaixo do asking price.

    E agora vão continuar a ser.
  10. Colocado por: pguilhermeAcreditar que nada vai mudar é acreditar que o aumento de juros, a inflacção, a quebra do poder de compra e toda a actual conjuntura económica não tem rigorosamente impacto nenhum na carteira nem nas decisões das pessoas e investidores.


    Podemos estar numa situação em que o preço está simplesmente totalmente desajustado da economia e por isso continua a subir independentemente de tudo o resto.
  11. Colocado por: Varejote

    O problema ou não é que quem atualmente já não tem condições para comprar, acaba por ser "substituído" pelos que conseguem, devido a haver muito mais procura do que oferta, também em determinadas zona, não é igual para todo o país.

    A minha opinião nem é a questão se vendem mais ou menos é mesmo o rebentar da bolha e voltar a preços de 2017/2018, que sem haver uma "catástrofe", acho uma possibilidade muito remota.


    Isso acontece sempre.

    Nunca percebi essa ideia de que a procura é infinita e que vai sempre compensar qualquer fator que a pudesse diminuir.
  12. Colocado por: VarejoteMas os valores subiram mais de 20% desde 2020.
    Cair 15% nem chega aos valores de 2020.

    Percebe que algo que sobre 50%, para voltar ao valor original desce "apenas" 33%, certo?
    0.5/1.5 = 0.33

    Colocado por: ferreiraj125Podemos estar numa situação em que o preço está simplesmente totalmente desajustado da economia e por isso continua a subir independentemente de tudo o resto.

    Também me parece que está muito desalinhado com os nossos rendimentos.
    Até agora tem sido alimentado pelo dinheiro barato e facilidade de financiamento. Agora que isso acabou.... será alimentado por quem?
  13. Colocado por: ferreiraj125Nunca percebi essa ideia de que a procura é infinita e que vai sempre compensar qualquer fator que a pudesse diminuir.

    Nem mais. Se isso fosse verdade, nem sequer haveriam flutuações.
  14. Colocado por: pguilhermeAgora que isso acabou.... será alimentado por quem?


    Não descurar o "sentimento" de quem é atualmente proprietário. Ninguém vai vender ao desbarato, se não estiver com a corda no pescoço. Muita (mesmo muita) malta prefere não vender a baixar significativamente o valor de venda.

    Se não houver pessoas a serem despejadas pelos bancos... julgo que não poderá haver uma correcção acentuada dos preços.

    O meu totobola, hoje, vai para a estabilização... mas a minha opinião vale nada.
  15. Colocado por: pguilherme
    Nem mais. Se isso fosse verdade, nem sequer haveriam flutuações.


    Basicamente o pessoal acha que existe uma especie de procura suplente que só aparece quando for necessario para que os preços continuem a subir.
  16. Colocado por: ferreiraj125

    Basicamente o pessoal acha que existe uma especie de procura suplente que só aparece quando for necessario para que os preços continuem a subir.


    Os preços pelo que se tem visto têm estado a estabilizar.

    Os "suplentes" não são mais do que aqueles que sempre tiveram mais folga financeira para comprar, existem 10000 imóveis para venda, existiam 40000 interessados, agora 10000 ficaram na prateleira, 30000 que têm condições.(é só um exemplo).

    Os que já iam comprar com a água pelo pescoço é que ficaram na prateleira.

    Na semana passado estive a dar uma volta ao "estrangeiro", mesmo nos aeroportos acabei por conversar com várias pessoas, algumas delas emigrantes e brasileiros, que vivem por essa europa fora.

    Eu disse que era de Lisboa, disseram logo que andam a ver casas em Portugal, porque é um país seguro, longe das guerras e de ataques terroristas.

    Esses serão os "suplentes" dos que tinham a água pelo pescoço, com a vantagem para eles de terem dinheiro nos bolsos.
  17. Colocado por: ricardo.rodriguesNão descurar o "sentimento" de quem é atualmente proprietário. Ninguém vai vender ao desbarato, se não estiver com a corda no pescoço. Muita (mesmo muita) malta prefere não vender a baixar significativamente o valor de venda.

    Precisamente. É daí que vem parte da inércia.

    No entanto, não é preciso vender ao desbarato para haver uma correcção. Basta um pequeno desconto.
    Por exemplo, quem já comprou há 10 anos, poderia ter vendido há uns meses atrás com 300% de lucro. Se vender hoje, talvez só consiga 280% de lucro. Dificilmente é "ao desbarato".

    Enquanto a venda não for imperativa, os proprietários podem retirar a casa do mercado (menos oferta) mas também se se retiram como compradores (menos procura).
    Se a venda for imperativa (por motivos financeiros, de trabalho, divórcio, etc, etc) a coisa muda de figura.

    Não acredito que os preços só baixem caso haja incumprimento em barda, despejos, etc.
    Mas também aposto que não vai haver um crash. Haverá um equilibrio.
    • AMVP
    • 26 outubro 2023
    Colocado por: VarejoteEu disse que era de Lisboa, disseram logo que andam a ver casas em Portugal, porque é um país seguro, longe das guerras e de ataques terroristas.

    Yb há quem procure comprar/arrendar porque somos uma porta giratória de legalização de imigrantes, mas pronto eu assumo já que não escrevi isto, pois aposto que vou já ofender alguém aqui no fórum. Mas eu afirmo que se quiser arrendar amanhã para esse fim, faço uma chamada para um país estrangeiro e arrendo logo o imóvel. Mas pronto, não disse nada porque tal coisa não existe em Portugal.
  18. Colocado por: Varejote

    Os preços pelo que se tem visto têm estado a estabilizar.

    Os "suplentes" não são mais do que aqueles que sempre tiveram mais folga financeira para comprar, existem 10000 imóveis para venda, existiam 40000 interessados, agora 10000 ficaram na prateleira, 30000 que têm condições.(é só um exemplo).

    Os que já iam comprar com a água pelo pescoço é que ficaram na prateleira.

    Na semana passado estive a dar uma volta ao "estrangeiro", mesmo nos aeroportos acabei por conversar com várias pessoas, algumas delas emigrantes e brasileiros, que vivem por essa europa fora.

    Eu disse que era de Lisboa, disseram logo que andam a ver casas em Portugal, porque é um país seguro, longe das guerras e de ataques terroristas.

    Esses serão os "suplentes" dos que tinham a água pelo pescoço, com a vantagem para eles de terem dinheiro nos bolsos.


    A questão é que esse conceito de procura na prateleira não faz sentido.

    Quem quer e pode comprar, não fica à espera que os preços subam a um preço que os outros não podem comprar, para ser ele a comprar a um preço mais alto.

    Se eu posso comprar uma casa a 350k e as casas agora estão a 300k, não vou esperar que o preço das casas suba até aos 350k para que quem podia pagar 300k já não possa comprar casa e aí seja eu a comprar por 350k.

    Essa ideia de que os preços vão sempre subir porque há sempre quem pode pagar mais não faz sentido, porque quem pode comprar mais já o faz atualmente, e o preço atual já reflete o preço que quem mais pode pagar está disposto a pagar.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  19. Nunca disse que os preços estão sempre a subir, pelo que se tem visto têm estado em desaceleração.

    Em relação aos mais desafogados, muitos estavam à espera desde 2020 que os preços parassem de subir e eventualmente descer, na realidade continuaram a subir.

    O meu caso também era um desses, comprar moradia e já estava há 2 anos à espera da baixa de preço, acabei por comprar em 2021, outros foram esperando até hoje e provavelmente já se arrependeram de não terem avançado.
 
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