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  1.  # 1

    Colocado por: Reduto25Para você nunca e o emprego que está mal mas o empregado


    Há problemas de parte a parte. Não há só santos ou pecadores apenas dum lado da barricada. Não há só um modo de viver em comunidade. Nem resultado nenhum quando se diaboliza o patrão constantemente por clubite.

    Se acha que a cebola está cara, pois cultive-a você. Se acha que as margens são escandalosas, pois tem aí a oportunidade de cultivar mais um pouco e vendê-la barata e ainda ganha muito dinheiro.

    Parece a conversa dos empreiteiros... se está tão bom porque não se dedica às obras? É um pouco o mesmo principio...

    Com isto não defendo nem um lado nem outro. Só não vejo sentido em criticar os outros se nós próprios fazemos tudo como antes.
    • AMG1
    • 5 dezembro 2022

     # 2

    Colocado por: DuarteM

    Sem problemas, nas próximas eleições votamos PS ou PSD e fica tudo resolvido.


    Pois!
    Mas como juntos PS/PSD representam 70% dos eleitores e como também nao vejo melhor alternativa, parece-me que qualquer solução para os nossos problemas vai ter de sair deste quadro politico. Por isso barafustar contra eles pode ter o efeito de aliviar a tensão de cada um, mas nao parece que resolva nada.

    Eu tenho a convicção de que os politicos são responsaveis por muita coisa do que nos vai acontecendo, mas nao sao responsáveis por tudo e, até me podem chamar ingénuo, mas creio mesmo que a maioria nao tem como último interesse servir-se apenas a si.
    Claro que o poder tem muitas vantagens e beneficios, mas para a maiorio dos que o exercem com responsabilidade deve ser uma dor de cabeça permanente que muitos de nós certamente nao queriam para si.
    Depois, nas sociedades contemporâneas o poder politico é "apenas" um dos poderes existentes, mas é sempre contra esse que apontamos as baterias.
    Alguém acha genuinamente que o governo português, espanhol, francês, ... tem alguma responsabilidade directa sobre a inflação que atinge a europa?
    E quanto às medidas que estao ao seu alcance para acabar com ela e com os seus efeito, que alternativas crediveis e viáveis (dentro do contexto da zona euro) é que existem?
    A mim parece-me que a única coisa a fazer e proteger os mais fracos e esperar que as medidas do BCE tenham efeito, que é o que todos estão a fazer. Claro que nesse proteger os mais fracos sempre se pode tomar a medida A em vez da B, mas isso ia mudar assim tanto a realidade? Sinceramente a mim nao me parece.
    Naturalmente que ha aqueles que se refugiam no populismo sejo de cariz mais soft ou mais brega e reclamar o tempo todo contra tudo e contra todos, mas esses nao querem construir nada, esperam que esta ordem caia e que do caos saia a redenção. Desenganem-se o mais provável é vir ainda pior.
    Passemos antes a indignar-nos e a exigir responsabilidade a quem a tem, sejam politicos ou não.
    Eu sei que o Antonio Costa ou o Luis Montenegro ou o ..., não alteram os precos dos supermercados, ou sequer os podem (nem devem!) fixar administrativamente. Mas, ja nao sei se os donos dos supermercados (ou das mercearias) aumentam os preços porque os custos também aumentaram ou se só os aumentam porque sentem que existe folga dos clientes para pagar e aproveitam para ganhar mais. Na verdade, também nem sequer me interessa se ganham mais ou menos, o negócio é deles e, tanto quanto se sabe, não estão a cometer nenhuma irregularidade.
    A mim ja me bastava que nao se armassem em moralistas e hipocritas de e viessem para o espaço público chamar-nos a todos de parvos, como fez o herdeiro da JM na ultima edição do expresso.
    Desculpem lá mas este e outros senhores que estão, ao que parece, a tirar bom proveito desta situação merecem muito mais a minha indignação do que o Costa ou o Montenegro, que nas actuais circunstâncias muito pouco podem fazer.
    Pois é nem todos nos revimos no velho e estafado slogan de "os políticos são todos uns malandros", o que nao quer dizer que nao haja malandros em muitos sitios, incluindo também na politica.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  2.  # 3

    Colocado por: AMG1Pois!
    Mas como juntos PS/PSD representam 70% dos eleitores e como também nao vejo melhor alternativa


    Então continue a votar no ps ou psd, pode ser as coisas mudem mesmo a fazer sempre o mesmo.
  3.  # 4

    É preciso por travão nos subsídiosinhos e no progressivo arrecadar de mais taxas e impostos, para engordar um estado assistencialista.

    É preciso votar realmente em políticas diferentes.

    Cada um que vote de acordo com o que acredita. Mas leiam os planos de ideias governativas, não vão pelos debates estéreis e notícias sensacionalistas ou de culto de personalidade na tv.

    Eu passei a votar na IL.
    Concordam com este comentário: MS_11
    • AMG1
    • 5 dezembro 2022

     # 5

    Colocado por: DuarteM

    Então continue a votar no ps ou psd, pode ser as coisas mudem mesmo a fazer sempre o mesmo.


    Os seus dotes de adivinhação ficam-se pelo voto dos outros, ou tambem se estendem a outras áreas?
    Ja agora se pudesse fazer o obséquio de me enviar os numeros do euromilhoes dava-me um jeitao.
  4.  # 6

    Colocado por: AMG1

    Os seus dotes de adivinhação ficam-se pelo voto dos outros, ou tambem se estendem a outras áreas?
    Ja agora se pudesse fazer o obséquio de me enviar os numeros do euromilhoes dava-me um jeitao.


    Para que quer os números do euromilhões se apenas joga no totoloto?
    • AMG1
    • 5 dezembro 2022

     # 7

    Colocado por: ricardo.rodrigues

    Cada um que vote de acordo com o que acredita. Mas leiam os planos de ideias governativas, não vão pelos debates estéreis e notícias sensacionalistas ou de culto de personalidade na tv.

    Eu passei a votar na IL.


    Concordo em absoluto!
    Talvez por isso nao voto na IL.
    Na verdade, nao é só por isso, mas esse é outro debate em que eu nao me meto.
  5.  # 8

    Colocado por: AMG1E quanto às medidas que estao ao seu alcance para acabar com ela e com os seus efeito, que alternativas crediveis e viáveis (dentro do contexto da zona euro) é que existem?
    Olhe por exemplo não aumentar a porra do ISP como ainda fizeram hoje, quando sabem perfeitamente que o pessoal já anda com a corda ao pescoço devido à inflação.

    Não desculpo o governo não facilmente como o AMG1. O Sr Costa já lidera um governo ha 7 anos, teve bons anos de bonança económica em que poderia ter aproveitado para fazer mudanças estruturais, que levassem o país a crescer. Fez isso? claro que não limitou-se a gerir a miséria produzida e a aumentar os impostos, para depois os redistribuir mal. Por isso, apesar de o governo não ter culpa da inflação em si, tem culpa do estado em que o país estava quando a inflação o encontrou. Estamos agora mais pobres que há 20 anos, e não aceito que isso seja culpa de outros que não de quem nos tem governado.

    Agora somos nós que temos votado nesta solução de rame rame, por isso só posso concluir que para uma fração grande da população, a coisa não esteja assim tão má.

    Quanto as grandes cadeias de distribuição, o governo não pode nem deve fixar preços, mas deve garantir que existem entidades reguladoras que garantam que algumas empresas não se aproveitem da situação para lucrar com a miséria alheia. Essas entidades reguladoras, se existem, ou estão depauperadas de meios, ou simplesmente é mais fácil nem se chatearem muito porque salvo raras exceções, não conseguem identificar uma concertação de preços nem que ela lhes bata diretamente na cara.
    • AMVP
    • 5 dezembro 2022

     # 9

    Colocado por: AMG1ois é nem todos nos revimos no velho e estafado slogan de "os políticos são todos uns malandros", o que nao quer dizer que nao haja malandros em muitos sitios, incluindo também na politica.

    Não compreendo, como de um comentário de que o país se vai afundando a única justificação que se encontra é que o mesmo foi no sentido de criticar dirigentes políticos.
    De acordo com a minha noção de democracia, são a populações que têm força no destino do seu país. Quando escrevi o que escrevi e concordei com o user que disse que daqui a uns anos vamos votar PS ou PSD prende-se com o facto da população portuguesa entender que a sua intervenção democrática se limita a isso, o que não é de todo verdade. E deste modo a culpa é mesmo da população, donde os políticos fazem parte.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: simaoguim
    • AMG1
    • 5 dezembro 2022

     # 10

    Colocado por: DuarteM

    Para que quer os números do euromilhões se apenas joga no totoloto?


    Admito que seja uma tentativa para ser irónico. Ok, vale por isso mesmo!
    • Squire
    • 5 dezembro 2022 editado

     # 11

    Colocado por: AMG1

    Pois!
    Mas como juntos PS/PSD representam 70% dos eleitores e como também nao vejo melhor alternativa, parece-me que qualquer solução para os nossos problemas vai ter de sair deste quadro politico. Por isso barafustar contra eles pode ter o efeito de aliviar a tensão de cada um, mas nao parece que resolva nada.

    Eu tenho a convicção de que os politicos são responsaveis por muita coisa do que nos vai acontecendo, mas nao sao responsáveis por tudo e, até me podem chamar ingénuo, mas creio mesmo que a maioria nao tem como último interesse servir-se apenas a si.
    Claro que o poder tem muitas vantagens e beneficios, mas para a maiorio dos que o exercem com responsabilidade deve ser uma dor de cabeça permanente que muitos de nós certamente nao queriam para si.
    Depois, nas sociedades contemporâneas o poder politico é "apenas" um dos poderes existentes, mas é sempre contra esse que apontamos as baterias.
    Alguém acha genuinamente que o governo português, espanhol, francês, ... tem alguma responsabilidade directa sobre a inflação que atinge a europa?
    E quanto às medidas que estao ao seu alcance para acabar com ela e com os seus efeito, que alternativas crediveis e viáveis (dentro do contexto da zona euro) é que existem?
    A mim parece-me que a única coisa a fazer e proteger os mais fracos e esperar que as medidas do BCE tenham efeito, que é o que todos estão a fazer. Claro que nesse proteger os mais fracos sempre se pode tomar a medida A em vez da B, mas isso ia mudar assim tanto a realidade? Sinceramente a mim nao me parece.
    Naturalmente que ha aqueles que se refugiam no populismo sejo de cariz mais soft ou mais brega e reclamar o tempo todo contra tudo e contra todos, mas esses nao querem construir nada, esperam que esta ordem caia e que do caos saia a redenção. Desenganem-se o mais provável é vir ainda pior.
    Passemos antes a indignar-nos e a exigir responsabilidade a quem a tem, sejam politicos ou não.
    Eu sei que o Antonio Costa ou o Luis Montenegro ou o ..., não alteram os precos dos supermercados, ou sequer os podem (nem devem!) fixar administrativamente. Mas, ja nao sei se os donos dos supermercados (ou das mercearias) aumentam os preços porque os custos também aumentaram ou se só os aumentam porque sentem que existe folga dos clientes para pagar e aproveitam para ganhar mais. Na verdade, também nem sequer me interessa se ganham mais ou menos, o negócio é deles e, tanto quanto se sabe, não estão a cometer nenhuma irregularidade.
    A mim ja me bastava que nao se armassem em moralistas e hipocritas de e viessem para o espaço público chamar-nos a todos de parvos, como fez o herdeiro da JM na ultima edição do expresso.
    Desculpem lá mas este e outros senhores que estão, ao que parece, a tirar bom proveito desta situação merecem muito mais a minha indignação do que o Costa ou o Montenegro, que nas actuais circunstâncias muito pouco podem fazer.
    Pois é nem todos nos revimos no velho e estafado slogan de "os políticos são todos uns malandros", o que nao quer dizer que nao haja malandros em muitos sitios, incluindo também na politica.
    Concordam com este comentário:N Miguel Oliveira


    Quando diz "este quadro politico", refere-se somente àqueles dois partidos? Não creio que tenha que ser necessariamente assim. Tudo é mutável e se efetivamente quisermos mudar o que quer que seja temos que procurar outras soluções.

    Não sou apologista de um novo regime. Há pessoas e até partidos, como o Chega, que advogam uma novo regime. Na minha opinião é um tremendo erro. O nosso sistema semi-presidencialista está bem montado no sentido em que os pesos e os contrapesos estão em equilíbrio, para que não se caia numa ditadura. Se a população não gostar do governo, o Presidente da República tem o poder de dissolver a assembleia para convocar novas eleições para ir ao encontro da vontade da população.

    As outras soluções que eu refiro são sim outros partidos. O problema é que o povo português, de uma forma geral, é pouco cívico. Não se interessa por questões coletivas ou comunitárias e só se mexe quando lhes toca na pele. É uma forma de preguiça. Temos instinto de sobrevivência mas não sabemos planear. E quando digo planear não digo planear a própria vida. Digo sim planear em comunidade. Percebendo que se eu fizer isto, tal tem impacto naquilo ou naquela pessoa e qual a melhor forma de obter ganhos comunitários ao invés de pensar que o outro é somente irrelevante para mim.
    Tenho para comigo que esta forma de estar está relacionado com o paternalismo da sociedade portuguesa. Durante 40 anos a sociedade portuguesa esteve amarrada e dependente do Estado. E essa ideia ainda perdura. Reparem que podia até nem ser problema, porque ideologicamente pode ser defensável. O problema é que de uma forma geral o Estado funciona mal.
    Conclusão, temos uma sociedade que quer estar dependente de um Estado que, funcionando mal, origina frustração e indignação na própria sociedade. Entramos assim num circulo vicioso e até paradoxal. Porque as pessoas não querem deixar de ter a ajuda do Estado, mas simultaneamente criticam-no, gerando frustração.
    E é esta frustração que alimenta esta indiferença e alienação cívica que tão caracteriza a população portuguesa. Como se sente farta e impotente, deixa de querer saber.
    Como se combate isto? É aqui que entram as elites. Eu não sou propriamente elitista ou especialmente a favor de elites. Mas em todas as crises e disrupções ou evoluções, há sempre um conjunto de pessoas que assume o poder e a leva por um determinado caminho reformista. Não digo sebastianista. Mas temos que colocar essas pessoas no poder. Se realmente acreditamos numa democracia indireta ou representativa. Não sou anarquista, por isso acredito que é delegando o poder que se obtém os melhores resultados, devido à vantagem de especialização.

    Concluindo, para quebrar o circulo vicioso, a sociedade tem que ser mais exigente para com a classe politica. E para tal tem que manifestar o seu contentamento ou descontentamento na mesa de votos. Depois, a sociedade tem que perceber que as coisas não caem do céu. Tem que haver acompanhamento. A acção do governo/Estado tem que ser constantemente vigiada. E para isso tem que haver mais literacia económica, financeira e politica por parte das pessoas que tem que ser obtida no ensino.

    Enquanto não mudarmos o estágio civilizacional da sociedade portuguesa, para uma participação mais cívica, nunca poderemos almejar a outros voos e estaremos condenados à pobreza. Portugal não é rico em matéria prima. A única forma de crescer é através do valor acrescentado. Portugal nunca conseguirá produzir em grandes quantidades. Mas pode estar na vanguarda tecnológica. Para tal, tem que investir na educação. E para isso temos que ter bons governantes para fazer as devidas reformas. Se não formos exigentes, dificilmente colocaremos as melhores pessoas a governar o país.
    Concordam com este comentário: eu, N Miguel Oliveira, smart
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AMG1
    • AMG1
    • 5 dezembro 2022

     # 12

    Colocado por: AMVP
    Não compreendo, como de um comentário de que o país se vai afundando a única justificação que se encontra é que o mesmo foi no sentido de criticar dirigentes políticos.
    De acordo com a minha noção de democracia, são a populações que têm força no destino do seu país. Quando escrevi o que escrevi e concordei com o user que disse que daqui a uns anos vamos votar PS ou PSD prende-se com o facto da população portuguesa entender que a sua intervenção democrática se limita a isso, o que não é de todo verdade. E deste modo a culpa é mesmo da população, donde os políticos fazem parte.


    E eu até concordo consigo, sobre a necessidade do povo se envolver na politica, seja em partidos ou associações do mais variado tipo que persigam objectivos para melhorar a vida de todos.
    Mas uma coisa e entender-se que a democracia não se esgota no voto a cada quatro anos, outra é entender que a democracia se resume a "votar no PS ou no PSD daqui a quatro anos" e em meu entender era esse o sentido que o tópico estava a seguir.
    De qualquer modo e se interpretei mal, aceite as minhas desculpas, mas foi sem qualquer objetivo de distorcer a sua opinião ou de a contradizer, apenas quiz expressar a minha opinião sobre a leitura que fiz.
    • eu
    • 5 dezembro 2022

     # 13

    O post do Squire é longo, mas merece ser lido na íntegra.
    • AMG1
    • 5 dezembro 2022

     # 14

    Colocado por: HAL_9000Olhe por exemplo não aumentar a porra do ISP como ainda fizeram hoje, quando sabem perfeitamente que o pessoal já anda com a corda ao pescoço devido à inflação.

    Não desculpo o governo não facilmente como o AMG1. O Sr Costa já lidera um governo ha 7 anos, teve bons anos de bonança económica em que poderia ter aproveitado para fazer mudanças estruturais, que levassem o país a crescer. Fez isso? claro que não limitou-se a gerir a miséria produzida e a aumentar os impostos, para depois os redistribuir mal. Por isso, apesar de o governo não ter culpa da inflação em si, tem culpa do estado em que o país estava quando a inflação o encontrou. Estamos agora mais pobres que há 20 anos, e não aceito que isso seja culpa de outros que não de quem nos tem governado.

    Agora somos nós que temos votado nesta solução de rame rame, por isso só posso concluir que para uma fração grande da população, a coisa não esteja assim tão má.

    Quanto as grandes cadeias de distribuição, o governo não pode nem deve fixar preços, mas deve garantir que existem entidades reguladoras que garantam que algumas empresas não se aproveitem da situação para lucrar com a miséria alheia. Essas entidades reguladoras, se existem, ou estão depauperadas de meios, ou simplesmente é mais fácil nem se chatearem muito porque salvo raras exceções, não conseguem identificar uma concertação de preços nem que ela lhes bata diretamente na cara.


    Portanto deduzo que concorde comigo quando digo que para combater a inflação, no essencial, muito pouco de diferente haveria para fazer. Talvez nao tomar a media A, mas a B, ou seja para pegar no seu exemplo p.e. nao aplicar ja o ISP, e em contrapartida cortar alguma coisa noutro lado.

    Eu nao desculpo o Costa em nada, ate porque nao tenho procuração para isso, apenas afirmei que no quadro parlamentar em que estamos, que não é substancialmente diferente do sempre tivemos, as soluções sao estas e nao outras. Claro que se a maioria absoluta fosse da IL ou do BE seguramente que as soluções seriam outras, sem dúvida, mas nao era essa a questão.
    Quanto ao tema do crescimento económico, nao vou entrar na discussão sobre se era ou nao possivel crescer mais, claro que era, mas ao contrario do Hall eu nao estou convencido que isso fosse possivel sem alterar alguns elementos fundamentais da nossa vida em comum e muito menos convencido de que essa mudança fosse para melhor, na minha perspectiva claro.
    • AMG1
    • 5 dezembro 2022

     # 15

    Colocado por: Squire

    Quando diz "este quadro politico", refere-se somente àqueles dois partidos? Não creio que tenha que ser necessariamente assim. Tudo é mutável e se efetivamente quisermos mudar o que quer que seja temos que procurar outras soluções.

    Não sou apologista de um novo regime. Há pessoas e até partidos, como o Chega, que advogam uma novo regime. Na minha opinião é um tremendo erro. O nosso sistema semi-presidencialista está bem montado no sentido em que os pesos e os contrapesos estão em equilíbrio, para que não se caia numa ditadura. Se a população não gostar do governo, o Presidente da República tem o poder de dissolver a assembleia para convocar novas eleições para ir ao encontro da vontade da população.

    As outras soluções que eu refiro são sim outros partidos. O problema é que o povo português, de uma forma geral, é pouco cívico. Não se interessa por questões coletivas ou comunitárias e só se mexe quando lhes toca na pele. É uma forma de preguiça. Temos instinto de sobrevivência mas não sabemos planear. E quando digo planear não digo planear a própria vida. Digo sim planear em comunidade. Percebendo que se eu fizer isto, tal tem impacto naquilo ou naquela pessoa e qual a melhor forma de obter ganhos comunitários ao invés de pensar que o outro é somente irrelevante para mim.
    Tenho para comigo que esta forma de estar está relacionado com o paternalismo da sociedade portuguesa. Durante 40 anos a sociedade portuguesa esteve amarrada e dependente do Estado. E essa ideia ainda perdura. Reparem que podia até nem ser problema, porque ideologicamente pode ser defensável. O problema é que de uma forma geral o Estado funciona mal.
    Conclusão, temos uma sociedade que quer estar dependente de um Estado que, funcionando mal, origina frustração e indignação na própria sociedade. Entramos assim num circulo vicioso e até paradoxal. Porque as pessoas não querem deixar de ter a ajuda do Estado, mas simultaneamente criticam-no, gerando frustração.
    E é esta frustração que alimenta esta indiferença e alienação cívica que tão caracteriza a população portuguesa. Como se sente farta e impotente, deixa de querer saber.
    Como se combate isto? É aqui que entram as elites. Eu não sou propriamente elitista ou especialmente a favor de elites. Mas em todas as crises e disrupções ou evoluções, há sempre um conjunto de pessoas que assume o poder e a leva por um determinado caminho reformista. Não digo sebastianista. Mas temos que colocar essas pessoas no poder. Se realmente acreditamos numa democracia indireta ou representativa. Não sou anarquista, por isso acredito que é delegando o poder que se obtém os melhores resultados, devido à vantagem de especialização.

    Concluindo, para quebrar o circulo vicioso, a sociedade tem que ser mais exigente para com a classe politica. E para tal tem que manifestar o seu contentamento ou descontentamento na mesa de votos. Depois, a sociedade tem que perceber que as coisas não caem do céu. Tem que haver acompanhamento. A acção do governo/Estado tem que ser constantemente vigiada. E para isso tem que haver mais literacia económica, financeira e politica por parte das pessoas que tem que ser obtida no ensino.

    Enquanto não mudarmos o estágio civilizacional da sociedade portuguesa, para uma participação mais cívica, nunca poderemos almejar a outros voos e estaremos condenados à pobreza. Portugal não é rico em matéria prima. A única forma de crescer é através do valor acrescentado. Portugal nunca conseguirá produzir em grandes quantidades. Mas pode estar na vanguarda tecnológica. Para tal, tem que investir na educação. E para isso temos que ter bons governantes para fazer as devidas reformas. Se não formos exigentes, dificilmente colocaremos as melhores pessoas a governar o país.
    Concordam com este comentário:eu


    Quando menciei quadro politico referia-me ao quadro parlamentar que saiu das ultimas eleições, que relativente a maioria conjunta desses dois partidos tem sido uma constante desde as primeira eleicoes legislativas.
    Claro qie o sistema politicos nao se esgota nestes dois partidos e? felizmente, nos ultimos anos até apareceram novas formações, umas mais radicais do que outras nas alternativas que propõem, mas o facto de existirem e de se fazerem houvir e mostrarem novos caminhos, para mim é algo de muito salutar, mas também uma prova de que afinal a nossa democracia tem alguma virtualidades e que nao está condenada a ser mais do mesmo.
    As alternativas estão aí, agora é. Necessario convencer os eleitores de que as suas propostas sao melhores do que as dos outros. Nada de mais natural e salutar numa democracia.
    Quanto ao restante concordo bastante com algumas coisas e menos com outras, mas deixo apenas três notas:

    1. O povo português nao é uma entidade abstrata, somos nós todos juntos, com os nos nossos defeitos e virtudes. Eu tambem dispensava algumas das nossas piores "qualidades" e espero que isso até possa acontecer nas proximas gerações, mas este é o nosso tempo e é com esta "matéria" que vivemos, embora nada nos impeça de a tentar mudar, o que sinceramente vejo menos hoje do que via quando jovem.

    2. Provavelmente percebi mal a sua menção ao papel das elites na mudança social e politica, mas parece-me que estamos em completo desacordo. Obviamente que nao descuro o papel das elites na construção de alternativas politicas, sociais e economicas, mas a escolha, essa deve ser sempre do povo. Esclarecido, claro, e as elites tem aí um papel essencial, mas que tambem se esgota aí.

    3. Quanto a necessidade de avaliarmos constantemente a acção governativa, nao podia estar mais de acordo consigo, mas esse "vigiar", como lhe chama, tambem tem de implicar respeitar opções diferentes das nossas, até porque em democracia quem governa esta legitimado pelo voto e essa legitimidade tem de ser a ultima barreira, mas nisso creio que estaremos de acordo.
    Em meu entender precisamos de uma sociedade civil forte e organizada. Temos de deixar de vez essa ideia algo bafienta de que em sociedade nao existem interesses conflituantes, eles existem e devem ser defendidos de forma organizada e à vista de todos e não da forma dissumulada como são hoje, quase sempre como se fossem algo incontestável para o bem de todos, quando na maioria das vezes nao passam de interesses de uns poucos, quantas vezes a custa dos restantes.
    Uma sociedade civil forte, organizada e interventiva é meio caminho andado para um governo eficiente. Mas se estivermos a espera que sejam os politicos (quaisquer que eles sejam) a dar um passo nessa direção, bem podemos esperar sentados, o que a meu ver é perfeitamente compreensivel.
  6.  # 16

    Se somos um país onde a maioria depende de apoios sociais, sempre governará quem promete esses apoios sociais.

    Goste-se ou não do modelo, tendo o Costa culpa ou não, sendo o subsídio justificado ou não, existindo corrupção e má gestão de fundos ou não, a malta (a maioria) no final acaba sempre por votar naquele que disser "tu mereces um subsídio".

    Não há alternativa a isto, nem vai haver.
  7.  # 17

    • AMG1
    • 6 dezembro 2022

     # 18

    Colocado por: palmstrokeSe somos um país onde a maioria depende de apoios sociais, sempre governará quem promete esses apoios sociais.

    Goste-se ou não do modelo, tendo o Costa culpa ou não, sendo o subsídio justificado ou não, existindo corrupção e má gestão de fundos ou não, a malta (a maioria) no final acaba sempre por votar naquele que disser "tu mereces um subsídio".

    Não há alternativa a isto, nem vai haver.


    Em que se baseia essa ideia de que a maioria depende de apoios sociais?

    Temos de facto um numero, maior do que seria desejável de concidadãos que precisam do apoio do estado, ou seja da nossa ajuda, para poderem ter uma vida um pouco melhor, mas felizmente não são a maioria.
  8.  # 19

  9.  # 20

    Colocado por: palmstrokeSe somos um país onde a maioria depende de apoios sociais, sempre governará quem promete esses apoios sociais.


    A maioria ??
    Mas que disparate …🤦🏽

    Antes de pregar o Ventura … olhe para o censos .

    Os números da subutilização e população inactiva e desempregada poderiam ser menores ?
    Absolutamente!
    Referir que a maioria dos portugueses depende de apoios sociais é simplesmente… mentira

    Já agora até convidada a ver o que o censos específica dentro de cada categoria.
    Talvez aprenda alguma coisa.
    Concordam com este comentário: AMG1
 
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