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  1.  # 1

    tudo se vira para os apoios sociais, no entanto temos uma elite que se pendura á força toda no estado (€ do estado) quer pela vantagem da informação, quer pelo compadrio politico.
    Concordam com este comentário: AMG1
  2.  # 2

    Colocado por: marco1tudo se vira para os apoios sociais, no entanto temos uma elite que se pendura á força toda no estado (€ do estado) quer pela vantagem da informação, quer pelo compadrio politico.


    É o problema dos extremos…
    A esquerda queixa-se dos abusos comerciais , lucros extraordinários , condições laborais insuficientes .
    A direita aponta as culpas ao excesso de impostos e dependência de subsídios.

    Etc etc etc …
    Mas depois queixam-se que a maioria da população vota centro ( um pouco mais para á esquerda ou para a direita ).

    Este tipo de diálogo divisório é prejudicial para a evolução económica social e política do país , mas em vez de se aperceberem disso … perpetuam as culpas nos outros.

    É um ciclo vicioso.

    .
  3.  # 3

    Colocado por: marco1tudo se vira para os apoios sociais,


    Não. O estado assistencialista não é apenas nos apoios sociais.

    Podem e devem haver apoios sociais, mas numa ótica de estímulo. De dar a cana de pesca e não o peixe.

    Têm que ser as pessoas e organizações a resolver, a prestar a generalidade dos serviços à comunidade. O estado pode ser o garante, sem ser, necessariamente, o prestador (em diversos domínios).
    Concordam com este comentário: JotaP
  4.  # 4

    Colocado por: SquireÉ aqui que entram as elites. Eu não sou propriamente elitista ou especialmente a favor de elites. Mas em todas as crises e disrupções ou evoluções, há sempre um conjunto de pessoas que assume o poder e a leva por um determinado caminho reformista. Não digo sebastianista. Mas temos que colocar essas pessoas no poder. Se realmente acreditamos numa democracia indireta ou representativa.


    Não funciona. Essas elites, se vierem fora do espectro/cartão político, vai haver sempre atrito e entraves.

    Lembram-se do governo do Passos Coelho? Sem entrar em detalhes demasiado pessoais, através da Universidade de Coimbra sei de movimentações dele para querer ir buscar alguns "cérebros" fora do PSD para formar um governo com estas ditas "elites" com o intuito de verdadeiramente indireitar o Pais. Nada de Boys, pessoas verdadeiramente interessadas em querer endireitar o Pais. Ele sabia muito bem que quem faz carreira política não percebe a ponta de um corno de economia real.

    Mais tarde soube que os Boys do PSD comeram esta pessoa viva só porque não era do partido (nem chegou a exercer nada no governo do PPC). Isto porque havia outros na fila para assumir certas pastas importantes no governo (secretários de estado, etc). Os partidos estão repletos de pessoas com sede de poder e de 15 minutos de fama.

    Ainda assim ele la meteu alguma "elite independente"...que foi comida viva pela comunicação social: Nuno Crato, Álvaro Santos Pereira, por exemplo.

    Isto já há 10 anos. Algo mudou? A elite actual é miúdos acabados de formado ainda a cheirar a leite e são contratados como se fossem experts em vender rifas nas universidades de verão, a ganhar 4000 biscas? Ou "velhos" com +50 anos que sempre ocuparam um lugar na AR e que nem sabem quanto custa 1 dúzia de ovos?

    Chegamos ao ponto que isto só la vai com um bocado de "anarquia" à la française, se é que me faço entender.
    Ainda esta semana comentei com a minha companheira: "A Roménia vai ultrapassar Portugal e isso não me admira nada. Esses gajos no momento certo espetaram uma bala na cabeça do gajo que oprimiu o povo durante 30 anos. Ha mensagens que só se fazem entender com sangue derramado."

    Por ter experiência pessoal e profissional em diversos países europeus, sei como funciona a política e a governação "la fora", e para vos ser sincero, não acredito nadinha nadinha que algo possa vir a mudar para melhor em Portugal. Mas eu continuo a fazer o meu dever cívico e votar (em vão) em quem acho que poderia realmente mudar algo.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
    • AMG1
    • 6 dezembro 2022

     # 5

    Ora bem.

    Elites...cérebros independentes...Universidade de Coimbra...endireitar o país...endireitar o país...

    Isto lembra-me qualquer coisa...há já sei, abril de 1928.

    E foi mesmo, o pais ficou ali direitinho e a piar fininho durante 46 anos.

    Claro que se "faz entender" homem!
    Eu pelo menos entendo-o perfeitamente, muito melhor do que você possa imaginar.
  5.  # 6

    Que comentário triste e vazio comparar o que eu disse com a ditadura de Salazar.

    Enfim.

    Percebem agora a maioria absoluta do PS? O papão do passado continua a atormentar.


    Colocado por: Nostradamusnão acredito nadinha nadinha que algo possa vir a mudar para melhor em Portugal.
  6.  # 7

    Colocado por: AMG1Naturalmente que ha aqueles que se refugiam no populismo


    A palavra "populismo" está ao nível da expressão "anti". Se formos anti, estamos do lado dos bons, se chamarmos o outro de populista é porque ele é mau... e muitas vezes o "anti" é afinal um criador de ódios e o populista diz umas quantas verdades, que não estamos acostumados a que um politico diga....quando na realidade a construção politica do Estado tem por base a defesa do bem comum e portanto deveria ser ali mesmo que encontramos o discurso com o qual nos deviamos identificar...mas não. Queremos que o politico seja um profissional da retórica e diga só coisas bonitas.
  7.  # 8

    Colocado por: NostradamusQue comentário triste e vazio comparar o que eu disse com a ditadura de Salazar.


    Ainda não tinha lido este comentário quando escrevi o meu anterior...et voilá - basta apontar o dedo e chamar o outro de salazarista e resolvemos a nossa dificuldade argumentativa. Agora o AMG1 é dos bons e o Nostra passa a ser dos maus...

    Conheço alguém que estava na calha para ser secretário de estado de uma área muito menosprezada e foi escolhido por Passos precisamente pelo seu passado profissional...depois veio a geringonça e não vingou.
    • Squire
    • 6 dezembro 2022 editado

     # 9

    Colocado por: AMG1

    Quando menciei quadro politico referia-me ao quadro parlamentar que saiu das ultimas eleições, que relativente a maioria conjunta desses dois partidos tem sido uma constante desde as primeira eleicoes legislativas.
    Claro qie o sistema politicos nao se esgota nestes dois partidos e? felizmente, nos ultimos anos até apareceram novas formações, umas mais radicais do que outras nas alternativas que propõem, mas o facto de existirem e de se fazerem houvir e mostrarem novos caminhos, para mim é algo de muito salutar, mas também uma prova de que afinal a nossa democracia tem alguma virtualidades e que nao está condenada a ser mais do mesmo.
    As alternativas estão aí, agora é. Necessario convencer os eleitores de que as suas propostas sao melhores do que as dos outros. Nada de mais natural e salutar numa democracia.
    Quanto ao restante concordo bastante com algumas coisas e menos com outras, mas deixo apenas três notas:

    1. O povo português nao é uma entidade abstrata, somos nós todos juntos, com os nos nossos defeitos e virtudes. Eu tambem dispensava algumas das nossas piores "qualidades" e espero que isso até possa acontecer nas proximas gerações, mas este é o nosso tempo e é com esta "matéria" que vivemos, embora nada nos impeça de a tentar mudar, o que sinceramente vejo menos hoje do que via quando jovem.

    2. Provavelmente percebi mal a sua menção ao papel das elites na mudança social e politica, mas parece-me que estamos em completo desacordo. Obviamente que nao descuro o papel das elites na construção de alternativas politicas, sociais e economicas, mas a escolha, essa deve ser sempre do povo. Esclarecido, claro, e as elites tem aí um papel essencial, mas que tambem se esgota aí.

    3. Quanto a necessidade de avaliarmos constantemente a acção governativa, nao podia estar mais de acordo consigo, mas esse "vigiar", como lhe chama, tambem tem de implicar respeitar opções diferentes das nossas, até porque em democracia quem governa esta legitimado pelo voto e essa legitimidade tem de ser a ultima barreira, mas nisso creio que estaremos de acordo.
    Em meu entender precisamos de uma sociedade civil forte e organizada. Temos de deixar de vez essa ideia algo bafienta de que em sociedade nao existem interesses conflituantes, eles existem e devem ser defendidos de forma organizada e à vista de todos e não da forma dissumulada como são hoje, quase sempre como se fossem algo incontestável para o bem de todos, quando na maioria das vezes nao passam de interesses de uns poucos, quantas vezes a custa dos restantes.
    Uma sociedade civil forte, organizada e interventiva é meio caminho andado para um governo eficiente. Mas se estivermos a espera que sejam os politicos (quaisquer que eles sejam) a dar um passo nessa direção, bem podemos esperar sentados, o que a meu ver é perfeitamente compreensivel.


    Concordo de uma forma geral consigo.
    No que se refere às elites, eu tive o cuidado de frisar que não sou propriamente adepto. Isto porque é uma palavra que pode conter alguma carga negativa. Mas não tem que necessariamente a ter. As elites podem ser prejudiciais, porque se apropriam do poder, como é o caso das ditaduras de extrema direita e esquerda (nazi, fascista ou comunista). São todas elas na prática elitistas, embora, de uma forma cínica, defendam na génese o contrário.
    O que eu defendo é bem diferente. Estamos a falar de um conjunto de pessoas com espirito reformista que é eleita democraticamente pelo povo, sendo assim representativas deste. E o seu poder esgota-se aí como bem disse. E eu considero como elite, porque o seu conhecimento é especifico e é fruto da especialização inerente à sociedade capitalista dos últimos 200 anos. Se tivermos as pessoas com mais conhecimento nos cargos e somente a estes dedicados, teremos inevitavelmente um resultado melhor. Podem ser ou não políticos. Depende da sua qualidade.
    Existe assimetria de informação? Claro que existe. Mas isso não é impeditivo de a população exercer controlo sobre o governo. Só é impeditivo quando o “gap” de conhecimento é gigantesco, ou quando não existe pro-atividade para exercer o controlo, ou quando não existem os pesos e contrapesos no Estado. Basta um destas dimensões falhar e existe o risco claro da elite se apoderar do poder.
    Não existem soluções perfeitas. Quando mandatamos alguém, automaticamente perdemos o controlo absolutos dos eventos. Resta-nos tentar acompanhar o mais de perto possível, ter o maior conhecimento possível sobre os assuntos (o que é diferente de ser um especialista) e assegurar que os pesos e contrapesos do Estado não se desequilibram.

    No que se refere à inércia da população portuguesa, sim efetivamente as estatísticas indicam que são os jovens que mais se abstém em comparação com a população mais velha. Acho que é fruto essencialmente da educação parental e também da atual sociedade de informação. Os jovens são hoje sujeitos a um bombardeamento de informação tão grande que não conseguem ter um pensamento intelectual sofisticado, porque não se conseguem focar. Estou a generalizar claro. Há certamente jovens com grande capacidade intelectual. Mas não me parece que seja a maioria, nem de perto. E se em casa também não forem estimulados e os pais só quererem saber do Cristiano Ronaldo e sempre que se fala de politica, a discussão é feita num tom destrutivo e frustrado, é normal que os jovens acabem por seguir o mesmo caminho. Se eles não se conseguem focar nos problemas da vida real (não a virtual onde eles passam o maior tempo), será então impossível para eles interessarem-se pelos aspetos políticos, porque simplesmente é demasiado stressante para eles, dado que a imagem que foi passada pelos pais é extremamente negativa.
    Mas, por outro lado, temos jovens que até têm uma boa capacidade intelectual, mas que foram completamente endoutrinados. Falo particularmente dos ativistas da esquerda radical, como essas organizações da Climáximo e por aí fora. Não que eu seja um negativista. Eu acredito que o clima está a mudar. O problema aqui é quando se mistura consciencialização ambiental com ideologia. Uma coisa é dizer que temos que fazer algo. Outra coisa é dizer que a culpa é do capitalismo. Mas isto leva-nos para um tema ainda mais complexo.

    Por último concordo quando diz “Em meu entender precisamos de uma sociedade civil forte e organizada. Temos de deixar de vez essa ideia algo bafienta de que em sociedade nao existem interesses conflituantes, eles existem e devem ser defendidos de forma organizada e à vista de todos e não da forma dissumulada como são hoje, quase sempre como se fossem algo incontestável para o bem de todos, quando na maioria das vezes nao passam de interesses de uns poucos, quantas vezes a custa dos restantes.”
    Interesses conflituantes haverá sempre. Dentro da empresa, entre marido e mulher, entre vizinhos, entre amigos. A questão aqui é o que fazer com esse conflito. Dialoga-se? Cortam-se os laços? Ou tentamos eliminar o outro, para criar um mundo novo, utópico onde não haverá conflito? Talvez a primeira seja a mais sensata, sendo que, quando não é possível, cortam-se laços, criando outros.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AMG1
  8.  # 10

    Colocado por: JotaPAinda não tinha lido este comentário quando escrevi o meu anterior...et voilá - basta apontar o dedo e chamar o outro de salazarista e resolvemos a nossa dificuldade argumentativa.


    O que interessa é fazer parecer que se pertence á beautiful people. E claro, fazer isso enquanto os problemas socias (normalmente a escumalha) ficam á porta dos outros.

    Esta gente elevou a outro nível o velho ditado "pimenta no *u dos outros é refresco", pois agora além de refresco é também um salão de beleza moral.

    Quem não os conhece que os compre.
    • Squire
    • 6 dezembro 2022 editado

     # 11

    Colocado por: Nostradamus
    Chegamos ao ponto que isto só la vai com um bocado de "anarquia"à la française, se é que me faço entender.
    Ainda esta semana comentei com a minha companheira: "A Roménia vai ultrapassar Portugal e isso não me admira nada. Esses gajos no momento certo espetaram uma bala na cabeça do gajo que oprimiu o povo durante 30 anos. Ha mensagens que só se fazem entender com sangue derramado."

    P
    Concordam com este comentário:HAL_9000


    Em Portugal já se assassinou um Rei. Mas não creio que chegue alguma vez a esse ponto, nem acho que seja o caminho.
    Não há forma milagrosa. Mas talvez começar pela mesa de votos seja um principio e mais sensato. A abstenção em Portugal é muito elevada. Este é problema gravíssimo. Isto é os deputados da assembleia representam apenas sensivelmente 50% da população, dado que os outros 50% não se manifestaram. Isto é muito mau. Porque assim os partidos politicos sentem que menos de metade da população está atenta ou vigilante, o que lhes dá incentivo ou pelo menos um sentimento de impunidade para desfrutarem do poder livremente.
    Claro que a pergunta seguinte é? Qual o poder que esses 50% têm? Têm mais do que se julga.

    Desde o 25 de abril que os governos têm oscilado entre o PS e o PSD. Ou seja, a hegemonia destes dois partidos tem sido avassaladora. Tal permitiu as estes partidos dominar todo o aparelho estatal e não só. Muitas empresas ficaram e estão agarradas ao Estado como sanguessugas, devido ao compadrio que existe entre empresas, partidos e Estado. Estas empresas chupam literalmente o dinheiro do Estado, porque no Conselho de Administração dessas empresas (quando não são criadas do nada para cumprir um propósito) estão pessoas ligadas a esses dois partidos. Para além disto, o PS e o PSD gozam de uma proximidade com as empresas de advocacia, que na prática fazem as nossas Leis, nas quais muitos têm ligação a estes dois partidos e às tais empresas cujos Conselhos de Administração estão minados.

    Isto para dizer o quê? Que estes dois partidos tomaram conta do poder, mas que é possível mudar. O PS e o PSD morrem de medo de partidos como o Chega. Em tese deveriam ter medo do BE e do PCP, que curiosamente ninguém diz que são populistas, mas são e dos piores. Mas destes dois partidos da esquerda o PS e o PSD não têm medo, porque já perceberam que não têm potencial para crescer. Estagnaram. Já passaram décadas e estes dois partidos não conseguiram tomar o poder. Conseguiram temporariamente influenciar a governação com a geringonça, mas foram somente usados pelo PS, porque o objetivo foi derrubar a todo o custo o PSD de Passos Coelho. António Costa sabia muito bem que se o PSD governasse em 2015, o PS não voltaria ao poder nos próximos 10 anos. O país já estava em trajetória ascendente e o PS tinha perfeita noção disso.
    Isto é, como o BE e o PCP se tornaram inofensivos em termos eleitorais, o único partido que colocaria em perigo a hegemonia do PS e do PSD teria que ser um partido em crescimento e é aqui que entra o Chega. O potencial do Chega é enormíssimo. Em quem é que acham que vão votar os 50% de abstencionistas? Se o Chega começar a falar para essas pessoas (coisa que já o faz), em quem é que acham esses descontentes, os tais frustrados, vão votar?
    E é aqui que entra o poder desses 50% de abstencionistas. É que o PSD e o PS terão que ir ao encontro dessa população, caso contrário desaparecem. 50% de eleitores é muito. E é nesta pressão que está o poder. Se estes 50% forem às urnas votar em partidos que não seja o PS ou o PSD, eles sentirão a pressão para mudar.
    E a vida é feita disto. Quando nos sentimos entalados por alguém, o que devemos fazer é mostrar-lhes que há alternativa. Assim, eles perceberão que, se nada fizerem, se não mudarem, haverá consequências.

    PS: Não estou a persuadir ninguém a votar no Chega. Serviu apenas de exemplo devido ao seu potencial. Há outros partidos no parlamento, como a IL ou o Livre, e também fora do parlamento.
    • AMG1
    • 6 dezembro 2022

     # 12

    Colocado por: NostradamusQue comentário triste e vazio comparar o que eu disse com a ditadura de Salazar.

    Enfim.

    Percebem agora a maioria absoluta do PS? O papão do passado continua a atormentar.




    Eu não fiz comparação nenhuma, limitei-me a fazer uma mera associação de ideias, que nao me parece nada descabida. Estava enganado?
    Óptimo!
    Prefiro pensar que me emganei a ter de admitir que ainda haja, entre nós, quem pense que "há mensagens que só se entendem com sangue derramado".

    Quanto ao mensageiro, acho que ja percebemos quem é, resta saber quem seria(m) o(s) destinatario(s) de tão singular mensagem. Nao nos quer elucidar?

    Ja agora e para que nao pense que quero desconversar.

    Sim! Lembro me perfeitamente do governo do Passos Coelho e das dificeis condições em que teve de governar e não as invejo ou desejo para ninguém!

    Concordo com as todas as medidas que tomou?
    Nao!
    Eram as unicas possiveis?
    Seguramente que nao!

    Agora sempre lhe desejei tivesse êxito, porque de alguma forma esse êxito também seria de todos nós.

    Isto para lhe dizer que sendo um adversário da visao que ele tinha para o país, isso nao me impede de lhe reconhecer o esforço e até o patriotismo com que conduziu o pais naquele momento dificil.
    • eu
    • 6 dezembro 2022

     # 13

  9.  # 14

    Colocado por: euO País precisa é disto:
    Um novo investimento estratégico de 4 MIL milhões devem resolver as novas reivindicações. É aproveitar este ano que existe um excedente de receita.
    Concordam com este comentário: eu
    • AMG1
    • 6 dezembro 2022

     # 15

    Colocado por: JotaP

    Ainda não tinha lido este comentário quando escrevi o meu anterior...et voilá - basta apontar o dedo e chamar o outro de salazarista e resolvemos a nossa dificuldade argumentativa. Agora o AMG1 é dos bons e o Nostra passa a ser dos maus...

    Conheço alguém que estava na calha para ser secretário de estado de uma área muito menosprezada e foi escolhido por Passos precisamente pelo seu passado profissional...depois veio a geringonça e não vingou.


    Meu caro JotaP, ainda bem que reconhece as minhas dificuldades argumentativas, porque como coloca a questão como algo entre "os bons" e "os maus" eu tenho de confessar a falência dos meus argumentos para enfrentar tamanha tarefa e por isso fico por aqui.
  10.  # 16

    Ver altas figuras de estado nas televisões a comentar jogos de futebol dá me voltas ao estômago.
    Concordam com este comentário: JotaP
    • AMG1
    • 7 dezembro 2022

     # 17

    Colocado por: Squire

    Concordo de uma forma geral consigo.
    No que se refere às elites, eu tive o cuidado de frisar que não sou propriamente adepto. Isto porque é uma palavra que pode conter alguma carga negativa. Mas não tem que necessariamente a ter. As elites podem ser prejudiciais, porque se apropriam do poder, como é o caso das ditaduras de extrema direita e esquerda (nazi, fascista ou comunista). São todas elas na prática elitistas, embora, de uma forma cínica, defendam na génese o contrário.
    O que eu defendo é bem diferente. Estamos a falar de um conjunto de pessoas com espirito reformista que é eleita democraticamente pelo povo, sendo assim representativas deste. E o seu poder esgota-se aí como bem disse. E eu considero como elite, porque o seu conhecimento é especifico e é fruto da especialização inerente à sociedade capitalista dos últimos 200 anos. Se tivermos as pessoas com mais conhecimento nos cargos e somente a estes dedicados, teremos inevitavelmente um resultado melhor. Podem ser ou não políticos. Depende da sua qualidade.
    Existe assimetria de informação? Claro que existe. Mas isso não é impeditivo de a população exercer controlo sobre o governo. Só é impeditivo quando o “gap” de conhecimento é gigantesco, ou quando não existe pro-atividade para exercer o controlo, ou quando não existem os pesos e contrapesos no Estado. Basta um destas dimensões falhar e existe o risco claro da elite se apoderar do poder.
    Não existem soluções perfeitas. Quando mandatamos alguém, automaticamente perdemos o controlo absolutos dos eventos. Resta-nos tentar acompanhar o mais de perto possível, ter o maior conhecimento possível sobre os assuntos (o que é diferente de ser um especialista) e assegurar que os pesos e contrapesos do Estado não se desequilibram.

    No que se refere à inércia da população portuguesa, sim efetivamente as estatísticas indicam que são os jovens que mais se abstém em comparação com a população mais velha. Acho que é fruto essencialmente da educação parental e também da atual sociedade de informação. Os jovens são hoje sujeitos a um bombardeamento de informação tão grande que não conseguem ter um pensamento intelectual sofisticado, porque não se conseguem focar. Estou a generalizar claro. Há certamente jovens com grande capacidade intelectual. Mas não me parece que seja a maioria, nem de perto. E se em casa também não forem estimulados e os pais só quererem saber do Cristiano Ronaldo e sempre que se fala de politica, a discussão é feita num tom destrutivo e frustrado, é normal que os jovens acabem por seguir o mesmo caminho. Se eles não se conseguem focar nos problemas da vida real (não a virtual onde eles passam o maior tempo), será então impossível para eles interessarem-se pelos aspetos políticos, porque simplesmente é demasiado stressante para eles, dado que a imagem que foi passada pelos pais é extremamente negativa.
    Mas, por outro lado, temos jovens que até têm uma boa capacidade intelectual, mas que foram completamente endoutrinados. Falo particularmente dos ativistas da esquerda radical, como essas organizações da Climáximo e por aí fora. Não que eu seja um negativista. Eu acredito que o clima está a mudar. O problema aqui é quando se mistura consciencialização ambiental com ideologia. Uma coisa é dizer que temos que fazer algo. Outra coisa é dizer que a culpa é do capitalismo. Mas isto leva-nos para um tema ainda mais complexo.

    Por último concordo quando diz“Em meu entender precisamos de uma sociedade civil forte e organizada. Temos de deixar de vez essa ideia algo bafienta de que em sociedade nao existem interesses conflituantes, eles existem e devem ser defendidos de forma organizada e à vista de todos e não da forma dissumulada como são hoje, quase sempre como se fossem algo incontestável para o bem de todos, quando na maioria das vezes nao passam de interesses de uns poucos, quantas vezes a custa dos restantes.”
    Interesses conflituantes haverá sempre. Dentro da empresa, entre marido e mulher, entre vizinhos, entre amigos. A questão aqui é o que fazer com esse conflito. Dialoga-se? Cortam-se os laços? Ou tentamos eliminar o outro, para criar um mundo novo, utópico onde não haverá conflito? Talvez a primeira seja a mais sensata, sendo que, quando não é possível, cortam-se laços, criando outros.
    Concordam com este comentário:N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário:AMG1


    Em geral concordo consigo, mas habitualmente o nosso problema nao esta em fazer o diagnostico, mas em passar para a receita. Ou seja, neste caso em concreto, as questoes mais relevantes que coloca (peço desde ja que perdoe alguma simplificação) são as que reskmo abaixo e relativamente as quais dou algumas sugestões, que sao fruto exclusivamente de alguma reflexao individual e que óbviamente poderao até nem ser aplicáveis, mas eu também tenho a intenção de descobrir a "verdade" por isso aqui vai.


    1. Como é que mobilizamos para a politica a elite nacional e como é que garantimos que se elegem os melhores, ultapassando todo o alcance que essa classificação pode ter?
    Em geral, eu até acho que boa parte da elite nacional está atenta à politica e nem sequer descura a possibilidade de poder participar. Então porque nao o faz?
    As razões individuais podem ser várias, mas a mim parece-me serao sobretudo.em torno destes eixos;
    a) financeiro. Qualquer gestor de uma media/grande empresa ou ate um prof. universitário ganha bastante mais do que o primeiro ministro, mas nós continuamos a bramar contra os rendimentos e mordomias dos politicos.
    b) demasiada exposição mediatica incluindo a esfera privada, implicando inclusivamente a exposição das suas relações pessoais e familiares, que tem todo o direito de nao quererem ver expostas na praça publica. Temos uma imprensa que nao investiga e que vive de opiniões e casos e casinhos e isso afasta qualquer pessoa que nao queira a sua vida devassada. Portanto, imprensa mais responsavel e interventiva, ou seja uma imprensa que se assuma de facto como o 4ª poder e nao como um espetáculo de entretenimento.
    c) vida interna dos partidos.
    Os partidos são dos militantes, mas vivem dos eleitores e deviam ser mais abertos a participação destes na sua vida. Por exemplo porque nao sao as primárias de cada partido extensivas aos simpatizantes, como acontece p.e. nos USA?
    Todos os deputados faltam a sessões do parlamento com a justificação de "trabalho politico" alguém sabe o que isso é?
    Eu atrevia-me a dizer que é para andarem a falar com os seus eleitores e a inteirarem-se dos seus problemas e dificuldades, mas sei que até para mim acreditar nisso seria demasiado naif. Portanto mais transparência dos partidos sobre o que andam de facto a fazer, ou seja algum tipo de prestação de contas aos seus eleitores. Isso acontece nalguns sistemas politicos europeus, p.e. em UK ou nos nórdicos.
    d) finalmente que os deputados nao sejam uma escolha exclusiva dos diretórios dos partidos. Nós deveríamos saber em quem votamos efectivamente, ou seja a existencia dos círculos uninominais, que numa primeira fase até podiam coexistir com o sistema actual.

    2. Como reduzir significativamente a abstenção?
    Como sabe, não se trata de um problema português, pelo contrário está presente em todos os sistemas politicos dos paises desenvolvidos, nalguns casos até com maior acuidade do que cá. Em primeiro lugar há que perceber qual a verdadeira dimensão do fenómeno, porque estranhamente e depois de tanta integração de informação, parece que continua a ser dificil manter os cadernos eleitorais convenientemente actualizados.
    O voto electrónico e/ou descentralizado tem de avançar, não se percebe porque nao saímos da eterna discussao da segurança. A eleição do PR durante o confinamento mostrou que é possivel alguma abertura.
    A oferta no mercado eleitoral já é suficientente robusta para que nao existam desculpas para a não participação, mas ainda assim nada a impede de crescer ainda mais, desde que nao acabemos numa solução tipo brasileira, o que seria ainda pior do que ja estamos.

    3. Como levar os jovens a envolverem-se politicamente?
    Admito que algumas das alterações ja elencadas poderiam ajudar a um maior envolvimento dos jovens, mas eu até admito que esse envolvimento nao tenha que ser diretamente com partidos, mas mais com causas. Alguma até podem parecer disparatadas (como a que menciona), mas mostram vontade de participar e ja sabemos que é entre os jovens que hoje se envolvem que estão os lideres de amanhã. Depois, quem é que aos 20 anos não quis mudar o mundo? Como já alguem disse só quem nao tem coração.
    Eu acho fantástico que os jovens se envolvam em causas por mais esquisitas e esotéricas que elas me pareçam. Se essa é a altura de errar e aprender, por que razão haveriam de estar certos ou nao poderem transgredir quanto ao politicamente correto. Prefiro ter jovens que se envolvem com idiotices do que jovens apáticos para com a nossa vida em comum. O tempo e a experiencia vai encarregar-se de lhes ensinar o que precisam de saber para se tornarem adultos responsáveis e preocupados com o bem comum, na pluralidade de opiniões e opções que constituem a vida democrática.

    4. Como se resolvem os conflitos em democracia?
    Nao creio que haja outro caminho que nao seja através do diálogo e do compromisso. Todas as restantes opções traduzem algum tipo de tirania sobre o outro, que em meu entender é completamente intolerável.

    As minhas desculpas, pela extensão do texto e por algumas verdades ao estilo do sr. De la Palice, mas é o que me vai na alma.
    Concordam com este comentário: Squire
  11.  # 18

    Colocado por: Quilleute

    A maioria ??
    Mas que disparate …🤦🏽

    Antes de pregar o Ventura … olhe para o censos .

    Os números da subutilização e população inactiva e desempregada poderiam ser menores ?
    Absolutamente!
    Referir que a maioria dos portugueses depende de apoios sociais é simplesmente… mentira

    Já agora até convidada a ver o que o censos específica dentro de cada categoria.
    Talvez aprenda alguma coisa.
    Concordam com este comentário:AMG1
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    1) Não vejo incompatibilidade entre a minha opinião e a sua tabela. Dentro da população activa também há apoios sociais. Dentro da população activa há, também, muita gente empregada pelo estado, o que não sendo um apoio social, acaba por ter o mesmo efeito de co-dependencia. Mais os reformados, e a demografia. Enfim. A minha opinião é: aquilo que o estado social-democrata distribui, mal ou bem, impede o modelo de mudar, porque gera co-dependencia. Não é uma influencia absoluta, certamente há pessoas dispostas a mudar, mas é o suficiente para os votos que mantém o modelo serem maioria quase sempre.

    2) Eu não apoio o Ventura. Acho que as pessoas seduzidas pelo Ventura carecem de descernimento, do que conheço são pessoas geralmente frustrada/zangadas por não conseguir superar algum problema particular da sua vida, sendo o Ventura o tipo de político que canaliza essa frustração.

    3) Eu ja votei PS, já votei até no Bloco de Esquerda quando era mais novo - mais por favor aos temas "fracturantes" (aborto, liberdades sexuais, etc) do que propiamente por motivos económicos. Neste momento priorizo a descida de impostos. Sendo realista, dentro do espectro de possibilidades que temos, penso que a melhor solução seria algo que mantenha o modelo (tal como justificado pelo ponto #1 opino que o modelo actual não tem alternativa viável), mas que seja um pouco menos social.
    • AMG1
    • 7 dezembro 2022

     # 19

    Colocado por: palmstroke
    ...Neste momento priorizo a descida de impostos. Sendo realista, dentro do espectro de possibilidades que temos, penso que a melhor solução seria algo que mantenha o modelo (tal como justificado pelo ponto #1 opino que o modelo actual não tem alternativa viável), mas que seja um pouco menos social.

    Eu também gostaria de manter o estado social que temos ou até mesmo aprofunda-lo e obviamente como qualquer comum dos mortais também gostava de pagar menos impostos. Agora como é que isso se faz, sabe?
    Se entende que o modelo actual não tem "alternativa viável", mas simultâneamente que fosse um "pouco menos social", deduzo que so exista uma alternativa que seja reduzir os custos do estado e nesse caso cortava onde?
    Agora convinha que visse quais são os principais agregados da despesa e obviamente que de pouco adianta se se ficar pelos habituais chavões com que todos concordamos (corrupcao, compadrio, ineficiência de alguns serviços, ...) e com isto, nao estou a dizer que nao seja importante resolve-los, mas também ja se percebeu, há muito, que daí resultam mais manchetes de jornal do que poupanças muito significativas no OE.
    Peço-lhe é que mantenha a questao dentro daquilo que são os apoios sociais e que nao aponte coisas como a TAP ou parecidas, porque nada tem de ver com apoios sociais. Sao decisões politicas, a meu ver erradas, e que podiam ser outras sem colocar em causa o modelo de organização social que temos.
  12.  # 20

    Colocado por: AMG1
    Eu também gostaria de manter o estado social que temos ou até mesmo aprofunda-lo e obviamente como qualquer comum dos mortais também gostava de pagar menos impostos. Agora como é que isso se faz, sabe?
    Se entende que o modelo actual não tem "alternativa viável", mas simultâneamente que fosse um "pouco menos social", deduzo que so exista uma alternativa que seja reduzir os custos do estado e nesse caso cortava onde?
    Agora convinha que visse quais são os principais agregados da despesa e obviamente que de pouco adianta se se ficar pelos habituais chavões com que todos concordamos (corrupcao, compadrio, ineficiência de alguns serviços, ...) e com isto, nao estou a dizer que nao seja importante resolve-los, mas também ja se percebeu, há muito, que daí resultam mais manchetes de jornal do que poupanças muito significativas no OE.
    Peço-lhe é que mantenha a questao dentro daquilo que são os apoios sociais e que nao aponte coisas como a TAP ou parecidas, porque nada tem de ver com apoios sociais. Sao decisões politicas, a meu ver erradas, e que podiam ser outras sem colocar em causa o modelo de organização social que temos.


    (deixe-me dizer que a sua sugestão de como tenho ou não de responder denota muita condescedencia.. não é agradavel discutir assim..)

    Eu nunca disse que gostava de manter/aumentar o estado social que temos e descer impostos, acho que isso não é possível.
    De resto, a sua premissa não faz sentido para mim, porque a descida de impostos não deve ser compensada apenas e só com redução de apoios sociais, mas de forma geral com uma redução do peso do estado na economia, incluindo até redução de subsídios ao sector privado (o contrario de apoios sociais!).

    Portanto:
    - Os apoios sociais condicionam o voto e mantém o modelo.
    - Se o modelo mudasse, os ajustamentos políticos-económicos necessarios para compensar a descida de impostos teriam de ocorrer muito além dos apoios sociais.
 
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