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  1.  # 1

    Colocado por: Squirerande parte da população vai perder poder de compra e mentalizem-se que não há solução. A vida é assim. Há momentos em que se têm de fazer alguns sacrifícios temporariamente. A vida não é perfeita.


    https://eco.sapo.pt/2023/01/02/salarios-em-2023-valerao-menos-do-que-em-2014/

    Qual é o espaço de tempo que preconiza para o "temporariamente"? 2 anos ou 5 gerações?
  2.  # 2

    Colocado por: HAL_9000Qual é o espaço de tempo que preconiza para o "temporariamente"? 2 anos ou 5 gerações?

    Já sobrevivi a inflação acima de 20%. Ainda tenho uma cópia de um empréstimo para HPP a 20,5% fixa na CGD.
    Há 50 anos sobrevivemos a 1 milhão de refugiados portugueses.
    Antes tínhamos sobrevivido a uma guerra em 3 frentes.
    Daqui a 5 gerações estamos todos mortos, e daqui a 2 anos estamos por aqui a dizer mal do Costa e a votar nele para as Europeias.
  3.  # 3

    Colocado por: CarvaiJá sobrevivi a inflação acima de 20%. Ainda tenho uma cópia de um empréstimo para HPP a 20,5% fixa na CGD
    Dizer isso sem indicar a taxa de atualização salarial diz pouco. Sei que os anos 80 foram um bocado instáveis em termos de inflação, mas também tenho diversas situações na família, em que dobraram o salário de um ano para o outro nessa altura.

    Colocado por: CarvaiHá 50 anos sobrevivemos a 1 milhão de refugiados portugueses.
    E que bem se sobreviveu. Vá um dia visitar ao vale da amoreira as excelentes condições em que ainda vivem alguns desses refugiados e seus descendentes. Sem falar dos bairros de lata que outrora existiram na AML (e alguns ainda existem).



    Colocado por: CarvaiAntes tínhamos sobrevivido a uma guerra em 3 frentes.
    Os homens primordiais também sobreviveram a caçar mamutes. Penso eu que num país que se quer evoluido, a nossa vida não se trata apenas de uma questão de sobrevivência, mas ok.


    Colocado por: Carvaie daqui a 2 anos estamos por aqui a dizer mal do Costa e a votar nele para as Europeias.
    Fale por si, no dia que eu votar no Costa, podem-me mandar internar :)
  4.  # 4

    Nós os velhos temos sempre duas perspetivas . No nosso tempo é que era bom, ou Agora é só facilidades.
    Curiosamente aqui pelo forum , facebook´s e cafés ninguém votou no Costa. Não consigo perceber donde vieram os votos para a maioria absoluta.
    • AMVP
    • 2 janeiro 2023

     # 5

    Pronto, jovens do fórum... vai haver habitação acessível para vós.
  5.  # 6

    Colocado por: AMVPPronto, jovens do fórum... vai haver habitação acessível para vós.

    Na Lapa !!
    Concordam com este comentário: AMVP
  6.  # 7

    Hum..
    🤭
  7.  # 8

    Colocado por: CarvaiCuriosamente aqui pelo forum , facebook´s e cafés ninguém votou no Costa. Não consigo perceber donde vieram os votos para a maioria absoluta.
    felizmente que a minha profunda aversão a esse sujeito, e aos seus governos está proficuamente documentada aqui pelo fórum muito antes da última eleição.



    Colocado por: AMVPvai haver habitação acessível para vós.
    Então não. Basta confiar as palavras do nosso PM na mensagem de ano novo, e não vejo porque os jovens não podem desde já ter confiança num futuro risonho.
    • AMVP
    • 2 janeiro 2023

     # 9

    Colocado por: HAL_9000Então não. Basta confiar as palavras do nosso PM na mensagem de ano novo, e não vejo porque os jovens não podem desde já ter confiança num futuro risonho.

    Bom, primeiro eu já não sei qual é o conceito de jovem segundo parece-me que em qualquer idade as pessoas deveriam de ter um presente e futuro risonho, mesmo que o futuro seja 1 minuto.
  8.  # 10

    Colocado por: AMVPqual é o conceito de jovem
    De acordo com a minha definição: até aos 30 anos, altura em que idealmente um jovem já deveria ter o seu projeto de vida mais ou menos alinhavado e com as bases lançadas.

    Mas sim, eu sou mais velho que isso e ainda me sinto jovem :), por isso a definição é æ vontade de cada um.
    E sem dúvida que "em qualquer idade as pessoas deveriam de ter um presente e futuro risonho, mesmo que o futuro seja 1 minuto.".
    Contudo quando alguém tenta começar o seu projeto de vida e não vê grandes alternativas além de uma vida de contenção, ou emigração...penso que era para esses que Sor Antonio estava a falar. É tipo Sporting "para o ano é que é mesmo a sério".
  9.  # 11

    Colocado por: HAL_9000Obviamente que aceito e percebo o que quer dizer, mas vamos lá ver: Se na Bélgica a Inflação também ronda os 10%, isso quer dizer que existe uma parte da população que também está a fazer restrições, caso contrário, os preços não teriam subido impulsionados pela procura (de acordo com a sua própria conceção).
    Se a restrição não é a mesma que fazem por cá? Obviamente que não, e por isso mesmo é que defendo que não se pode sacrificar ainda mais o poder de compra do povo português.
    Se por cá se faz restrição na comida, por lá far-se-á na energia. Que a alimentação é mais essencial que a energia, não há duvida. Mas dizer que a energia para conforto térmico, locuoção, etc, não é um bem essencial, já não concordo tanto.
    Esta é a tendência e a probabilidade que tanto fala: Na Bélgica apesar de aver mais maneis que zés, haverá muitos zés, e mesmo maneis que estão a fazer restrição também. Se assim não for, e se não houver restrição na Bélgica, explique-me a origem da inflação por lá então.



    Eu já expliquei a origem da inflação na Bélgica: Energia. No entanto, aparentemente ainda não houve um contágio ao resto da economia, porque os bens alimentares não têm subido.
    Na Bélgica os preços não têm sido impulsionados pela procura. Isto prova que os belgas não têm de uma forma geral aumentado o consumo.
    Não estou a perceber o seu argumento. Se a inflação ronda os 10% é porque a população faz restrições? Mas os Belgas têm tido aumentos de salários indexados à inflação. Não há nenhuma razão para fazerem restrições.



    Colocado por: HAL_9000Se estão a fazer restrição, porque não estão a gastar o aumento de rendimentos que permitem fazer a manutenção do poder de compra a aumentar a procura e a criar uma espiral inflacionista? É que o Squire diz que seria isso que se iria passar por cá, mas não é isso que a prática da Bélgica demonstra. Os belgas não perderam tanto poder de compra como nós, e nem por isso a inflação deles está mais descontrolada que a nossa.


    Os belgas simplesmente não perderam nem ganharam poder de compra, porque têm aumentos indexados à inflação! E é justamente porque mantém o mesmo nível de consumo que a inflação não tem aumentado (ela subiu devido à energia não devido aos bens alimentares).
    Em Portugal, se houvesse indexação dos salários à inflação haveria aumento de consumo, porque grande parte da população faz restrição ao consumo. É esse o meu argumento.
    A inflação deles não está mais descontrolada porque ela não tem origem nos bens alimentares, mas sim na energia.
    Oiça, foi o Hal_9000 que veio trazer o argumento da inflação belga. Não fui eu. É um exemplo que não serve nem a mim, nem a si. Porque não prova nenhuma das perspetivas.



    Colocado por: HAL_9000Então a solução é: em vez de adoptarmos políticas para sermos cada vez mais pareciddos com os belgas, ou seja com rendimentos que permitam menos restrições, Aproveitam-se as crises inflacionistas para contrariar o principal propósito da UE que é reduzir as assimetrias, e mais grave que isso opta-se por agravar essas mesmas assimetrias. Esse agravamento de certeza que vai contribuir para uma maior estabilidade política na Europa, e torna-la cada vez mais relevante no panorama mundial.
    Não extrapulo nada, simplesmente oara mim é profundamente básico que, empobrecer as populações já de si pobres, ao mesmo tempo que se transfere o dinheiro para quem já faz acumulação de riqueza, é uma estratégia profundamente errada. Uma estratégia tão errada que qualquer política que fomente esta estratégia tem de estar igualmente errada.


    Colocado por: HAL_9000Você era bom para ditador. Consigo perfeitamente imaginar o Stalin em 1932 a dizer aos Ucranianos "Grande parte da população vai ter de passar fome e alguns até vão morrer, mentalizem-se que não há solução. A vida é assim. Há momentos em que se têm de fazer alguns sacrifícios temporariamente."


    O HAL_9000 é fantástico. Atrevo-me a dizer que o senhor é o típico português que tanto gostamos de caricaturar. Critica todos, tem um pensamento maniqueísta (uns exploram, outros são explorados), diaboliza, etc. Mas quando lhe pergunto qual a solução para a inflação, a sua resposta é no mínimo hilariante: “eu não sou especialista, nem sou pago para o ser. Quem o é que encontre o problema”.
    O senhor acha-se muito hábil a encontrar o problema ou a injustiça, sendo simultaneamente bastante confiante e dogmático na identificação do culpado, mas já se acha totalmente incapaz para encontrar a solução ou a justiça. Acha genuinamente que esta é uma forma correta de se abordar o que quer que seja?
    Isto é a mesma coisa que eu andar a pregar a toda a gente que a morte é uma injustiça total e não deveria haver morte, quando eu não faço a mais pequena ideia em como a solucionar. Como eu não sei a solução, talvez o mais sensato seria não falar sequer no problema, dado que é uma inutilidade total.


    Colocado por: HAL_9000Pergunto-lhe por curiosidade, tomando como exemplo a grande depressão de 1929 nos EUA, na sua opinião, ela poderia ter sido gerida de outra forma, ou não havia outra solução?


    Não sei. Nunca estudei em pormenor esse acontecimento, por isso não me vou atravessar com o que quer que seja. No entanto, digo-lhe já que não vale a pena colar-me aos supostos “Neoliberais” e fanáticos de Milton Friedman etc. Sou mais um Liberal-Social ou um Social-Democrata. Mas como abomino o Marxismo, diria que sou mais Liberal-Social.


    Colocado por: HAL_9000Eu não sei se é possível, o que eu digo é que o sacrifício que está a ser pedido a essa dita classe média portuguesa, vai atirar o país para um buraco ainda mais profundo o que aquele em que ele se encontra. Quando formos o 27º em 27 talvez se pensem em alternativas.


    Claro que não sabe se é possível. Porque o HAL_9000 só sabe que somos pobres. E também sabe que perdendo poder de compra também nos tornará pobres. No entanto, não sabe a solução.
    Mas devia saber que a inflação alta e permanente cria também empobrecimento. Então, dado que o HAL_9000 admite que não tem outra solução para a inflação, o mais sensato seria assumir que o empobrecimento temporário (sacrifício) seria a solução, já que não tem outra. Ah esqueci-me que não admite tal coisa, porque é… inconcebível e injusto. E qual a alternativa… errr… não sabe. Pois, olhe, nem sei o que lhe dizer mais.

    Enfim, todo o resto do seu post é mais do mesmo. “O Squire quer é empobrecer o país”, “O Squire quer é matar as pessoas à fome”, etc., quando eu já referi mil vezes que se deveria subsidiar os mais carenciados.

    Isto tudo, quando eu só queria mostrar que o Louçã poderia estar errado, o que é um esforço nada heroico, dado que são raras as vezes em que ele está certo.
  10.  # 12

    Colocado por: SquireOs belgas simplesmente não perderam nem ganharam poder de compra, porque têm aumentos indexados à inflação! E é justamente porque mantém o mesmo nível de consumo que a inflação não tem aumentado (ela subiu devido à energia não devido aos bens alimentares).
    A taxa de inflação belga é igual a portuguesa. Mas na sua lógica os belgas não aumentaram o consumo,mas os portugueses sim, e se estes últimos mantivessem o mesmo nível de rendimentos (como os belgas mantiveram) fariam disparar a inflação. Ou então que a mesmíssima em ambos os países reflete que os porTugueses fazem muita restrição, mas os belgas não. seria de esperar que tanto belgas como portugueses, a manter o poder de compra, mantivessem o mesmo nível de consumo, nível de consumo esse que no caso dos portugueses já implicava de facto restrições . Então para controlar a inflação, no seu entender, é imperativo intensificar as restrições onde elas já eram feitas antes da inflação, mas não é essencial que eles aumentem em países onde elas não eram feitas. Ok , percebi a sua lógica...

    Já agora, ainda que a taxa de inflação média média nos bens alimentares em Portugal (19%) seja superior a da Bélgica (15%), não sei até que ponto pode afirmar categoricamente que a inflação na Belgica "subiu devido à energia não devido aos bens alimentares", ou que “bens alimentares não têm subido.” na Bélgica.

    Mesmo em Portugal, com base em que dados é que o Squire afirma que inflação foi alavancada pelo excesso de procura ou e não por oportunismo das cadeias de distribuição?
    Como conclui que existiu um excesso de procura? Os portugueses de repente decidiram ser gordos em 2022? Quais foram os bens alimentares provenientes da Rússia e Ucrânia que começaram a escassear a tal ponto que não chegasse para a demanda?

    Não será que a opção belga no fundo está a demonstrar é que a política adoptada pela generalidade dos países europeus, assente no corte de rendimentos, pode na verdade estar errada?


    Colocado por: SquireAcha genuinamente que esta é uma forma correta de se abordar o que quer que seja?
    já o Squire é o típico especialista em economia cheio de certezas e que alardeia que não há alternativa a Empobrecer,mas perante uma questão mais concreta responde "Não sei. Nunca estudei em pormenor esse acontecimento, por isso não me vou atravessar com o que quer que seja.".
    Por contraponto com a gestão da crise actual, em que mesmo no íncio já tem a certeza que não há alternativas, tendo por base um extenso conhecimento e com certeza experiência em gestão de crises inflacionistas.

    O problema é que a sua certeza é aplicar a mesma fórmula que há 100 anos atrás, com os resultados ótimos que são sobejamente conhecidos.


    Colocado por: SquireMas devia saber que a inflação alta e permanente cria também empobrecimento. Então, dado que o HAL_9000 admite que não tem outra solução para a inflação, o mais sensato seria assumir que o empobrecimento temporário (sacrifício) seria a solução, já que não tem outra.
    lamento informá-lo mas o Squire também não tem solução nenhuma. Volta a reafirmar que o empobrecimento é temporário, mas contudo não responde quando é que se recupera a perda de poder de compra acumulada. Não refer e como é que o agravar das assimetrias na Europa pode ser a solução para o futuro da sociedade europeia. Apenas sabe que o objetivo é reduzir a malfadada procura.

    Se considera que as medidas que mencionei, e que nem sequer são uma originalidade minha, e que incluem: a regulamentação do mercado energetico( como por exemplo Portugal e Espanha já estao a fazer com o gás, e cujo mecanismo adoptado está a ser estudo para a implantação na Europa); a fiscalização das margens de lucro abusivas; taxação de lucros excessivos; estabelecimento do teto ao preço do petróleo russo...não são alternativas, porque carga de água eu terei de aceitar que a receita de empobrecimento, já tantas vezes aplicada é a única alternativa?

    Mas dada a sua inabalável certeza, eu também não sei o que lhe dizer mais.




    Colocado por: Squirequando eu já referi mil vezes que se deveria subsidiar os mais carenciados.
    só não diz é que dentro de um par de anos, aplicando a solução que preconiza" os mais carenciados deixam de ser 10% da população para passarem a ser uma percentagem ainda mais vergonhosa. Ao não diz que a classe média não aguenta pagar muitos mais subsídios aos mais carenciados.

    Colocado por: Squireo que é um esforço nada heroico, dado que são raras as vezes em que ele está certo.
    eu nem discordo que são raras as vezes que ele está certo. Contudo com as suas certezas de que não existe outra alternativa.... Não acerta muito mais também.

    Como tento por norma padronizar as minhas intervenções pelo respeito para com a(s) pessoa(a) que me respondem, por mais "acesa" que esteja a discussão, não lhe vou dizer que o squire é "o típico português que tanto gostamos de caricaturar" sempre cheio de certezas formuladas com base em opiniões que leu em alguma coluna de jornal, nem que o seu discurso é de uma "inutilidade total" (ainda que o pense), da minha parte dou por encerrada a esta discussão de belgas e portugueses, antes de entrar no mesmo registro.

    Cumprimentos
    • Squire
    • 3 janeiro 2023 editado

     # 13

    Colocado por: HAL_9000A taxa de inflação belga é igual a portuguesa. Mas na sua lógica os belgas não aumentaram o consumo,mas os portugueses sim, e se estes últimos mantivessem o mesmo nível de rendimentos (como os belgas mantiveram) fariam disparar a inflação. Ou então que a mesmíssima em ambos os países reflete que os porTugueses fazem muita restrição, mas os belgas não. seria de esperar que tanto belgas como portugueses, a manter o poder de compra, mantivessem o mesmo nível de consumo, nível de consumo esse que no caso dos portugueses já implicava de facto restrições .


    Mais uma vez: Não! Caramba, você não lê o que os outros escrevem? Já disse isto mil vezes. Eu nunca disse que os portugueses aumentaram o consumo. Os portugueses não têm aumentos salariais indexados à inflação! Mas aumentariam o consumo se tivessem um aumento do rendimento disponível, porque fazem restrições ao consumo e isso faria aumentar a própria inflação.
    Grande parte dos belgas não faz restrição ao consumo.



    Colocado por: HAL_9000Então para controlar a inflação, no seu entender, é imperativo intensificar as restrições onde elas já eram feitas antes da inflação, mas não é essencial que eles aumentem em países onde elas não eram feitas. Ok , percebi a sua lógica...


    Mais uma vez: Não! Pelo contrário! Eu disse que se devia subsidiar quem já faz restrições, mas a classe média tem que diminuir o consumo.


    Colocado por: HAL_9000Já agora, ainda que a taxa de inflação média média nos bens alimentares em Portugal (19%) seja superior a da Bélgica (15%), não sei até que ponto pode afirmar categoricamente que a inflação na Belgica "subiu devido à energia não devido aos bens alimentares", ou que “bens alimentares não têm subido.” na Bélgica.


    Admito que fui impreciso. Subiu nos bens alimentares, mas é grande parte explicada pela subida da energia (como já tinha dito anteriormente). Até nem é bem verdade aquilo que disse acerca do contágio ao resta da economia. Aparentemente já começou a tornar-se endémica nos últimos dois meses, o que não muda em nada a minha linha de argumentação:


    .



    Colocado por: HAL_9000Mesmo em Portugal, com base em que dados é que o Squire afirma que inflação foi alavancada pelo excesso de procura ou e não por oportunismo das cadeias de distribuição?
    Como conclui que existiu um excesso de procura? Os portugueses de repente decidiram ser gordos em 2022? Quais foram os bens alimentares provenientes da Rússia e Ucrânia que começaram a escassear a tal ponto que não chegasse para a demanda?



    Outra vez? Mas o senhor sabe ler? Parece que está a debater com um espantalho. De que me serve estar a aqui a lançar argumentos se o senhor não se dá ao trabalho de ler o que os outros escrevem? O senhor faz-me lembrar a cassete de um típico militante do PCP ou do BE.
    Onde é que eu disse que a inflação portuguesa é causada pelo excesso de procura?
    Já anteriormente disse o seguinte:
    “O que os relatórios dizem é que mais de metade do aumento do preço (53,9%) pode ser atribuído às margens de lucro, sendo que os custos de mão-de-obra contribuíram com 8%. Presumo que os restantes custos (perto de 40%), como as matérias-primas ou gastos intermédios, expliquem a subida da inflação.
    Mas isto é uma análise na óptica empresarial. Isto é, como as empresas não têm subido muito os salários, esta nunca seria a explicação para a inflação. E faz todo o sentido. Não foi a subida dos salários que causou a inflação.
    No entanto, a inflação é resultante de uma dinâmica de mercado. O preço praticado pela empresa (e que está a originar o tal lucro exagerado) é por sua vez influenciado pela procura desse bem ou serviço. A redução do rendimento disponível obrigaria a um ajustamento na procura desse bem o que levaria à descida do preço (ou pelo menos ao não crescimento), logo à diminuição da inflação.
    A redução da procura é o melhor mecanismo para estabilização sustentada de preços.
    A inclusão de uma taxa sobre o lucro pode não fazer reduzir a procura, nem estabilizar o preço. Pode inclusive ter o efeito contrário, dado que o empregador pode refletir o valor da taxa que está a pagar no preço final, contribuindo ainda mais para a inflação.”

    Percebe agora que eu nunca argumentei que foi o excesso de procura a causa? Não vou voltar a explicar-me. Basta reler tudo o que disse até agora.
    Já me repeti demasiadas vezes devido à sua recusa ou incapacidade em compreender o que eu digo.


    Colocado por: HAL_9000já o Squire é o típico especialista em economia cheio de certezas e que alardeia que não há alternativa a Empobrecer,mas perante uma questão mais concreta responde "Não sei. Nunca estudei em pormenor esse acontecimento, por isso não me vou atravessar com o que quer que seja.".
    Por contraponto com a gestão da crise actual, em que mesmo no íncio já tem a certeza que não há alternativas, tendo por base um extenso conhecimento e com certeza experiência em gestão de crises inflacionistas.
    O problema é que a sua certeza é aplicar a mesma fórmula que há 100 anos atrás, com os resultados ótimos que são sobejamente conhecidos.


    Quem se acha o especialista é o HAL_9000. Não fui eu que fui puxar um acontecimento de há 100 anos para mostrar o que sei sobre um determinado assunto.


    Colocado por: HAL_9000lamento informá-lo mas o Squire também não tem solução nenhuma. Volta a reafirmar que o empobrecimento é temporário, mas contudo não responde quando é que se recupera a perda de poder de compra acumulada. Não refer e como é que o agravar das assimetrias na Europa pode ser a solução para o futuro da sociedade europeia. Apenas sabe que o objetivo é reduzir a malfadada procura.



    Quando é que se recupera? Sei lá. Não sou vidente. Pode recuperar daqui a 5 anos, ou daqui a 10 anos. Recupera quando voltar a haver crescimento económico.
    Tenho solução sim. A solução é colocar a inflação em 2%! E para isso reduz-se a procura ou aumenta-se a oferta. É esta a solução. O HAL_9000 é que não tem solução alternativa. Limita-se a criticar esta solução, sem dar alternativa. Isto sim é criticável.


    Colocado por: HAL_9000Se considera que as medidas que mencionei, e que nem sequer são uma originalidade minha, e que incluem: a regulamentação do mercado energetico( como por exemplo Portugal e Espanha já estao a fazer com o gás, e cujo mecanismo adoptado está a ser estudo para a implantação na Europa); a fiscalização das margens de lucro abusivas; taxação de lucros excessivos; estabelecimento do teto ao preço do petróleo russo...não são alternativas, porque carga de água eu terei de aceitar que a receita de empobrecimento, já tantas vezes aplicada é a única alternativa?


    A taxação de lucros excessivos não resolve, já lhe disse. O Empregador vai imputar o valor da taxa ao produto alimentando ainda mais a inflação.
    As outras medidas ajudam sim. No entanto, a inflação encontra-se endémica, logo já não será suficiente resolver o problema a montante da cadeia de valor. Nesta altura, é inevitável diminuir a procura ou aumentar a oferta.


    Colocado por: HAL_9000só não diz é que dentro de um par de anos, aplicando a solução que preconiza" os mais carenciados deixam de ser 10% da população para passarem a ser uma percentagem ainda mais vergonhosa. Ao não diz que a classe média não aguenta pagar muitos mais subsídios aos mais carenciados.


    Não tem que ser necessariamente assim, se for possível controlar a inflação num curto espaço de tempo (um ano por exemplo). Agora, certo é que a alternativa do HAL_9000, que é na prática nenhuma (taxar lucros e criar barreiras a montante não resolve algo que já está endémico), levaria a uma inflação alta e persistente durante anos a fio. Isso seria empobrecer toda a gente.


    Colocado por: HAL_9000Comotentopor norma padronizar as minhas intervenções pelo respeito para com a(s) pessoa(a) que me respondem, por mais "acesa" que esteja a discussão, não lhe vou dizer que o squire é "o típico português que tanto gostamos de caricaturar" sempre cheio de certezas formuladas com base em opiniões que leu em alguma coluna de jornal, nem que o seu discurso é de uma "inutilidade total" (ainda que o pense), da minha parte dou por encerrada a esta discussão de belgas e portugueses, antes de entrar no mesmo registro.

    Cumprimentos


    Não seja sensível. Não desrespeitei ninguém.
    Cumprimentos também para si.
  11.  # 14

    Colocado por: SquireMais uma vez: Não! Caramba, você não lê o que os outros escrevem? Já disse isto mil vezes. Eu nunca disse que os portugueses aumentaram o consumo. Os portugueses não têm aumentos salariais indexados à inflação! Mas aumentariam o consumo se tivessem um aumento do rendimento disponível, porque fazem restrições ao consumo e isso faria aumentar a própria inflação.
    Grande parte dos belgas não faz restrição ao consumo.
    Eu prometi a mim próprio que não voltava a comentar este tema, porque já se entrou na lógica da repetição. Mas de facto este ponto do seu raciocínio não me faz o mínimo sentido, e eu de facto não fui claro no último comentário dado o cansaço mental que já acumulava no seguimento de muitas horas ao computador.

    Apenas para clarificar, tomemos como ponto de referência Dezembro de 2021.
    - O belgas com maior poder de compra, não faziam qualquer restrição ao consumo.
    - Os portugueses, tendo em conta os seus rendimentos já faziam algumas restrições .

    Ora a indexação dos rendimentos de ambos à inflação durante o ano de 2022 , apenas iria garantir a manutenção poder de compra (em teoria), logo os belgas continuariam a consumir normalmente sem ter necessidade de fazer restrição, e os Portugueses continuariam a consumir como sempre consumiram o que incluiria algumas restrições.

    O que é aconteceu:
    - Os belgas mantiveram o poder de compra e portanto mantiveram o consumo sem grandes restrições
    - Os portugueses, como perderam poder de compra, podemos assumir que as restrições aumentaram
    -Chegam ambos ao fim do ano com uma inflação a rondar os 10%. E é aqui que não compreendo a sua lógica.

    Até porque se esquecermos as fronteiras e usarmos a sua própria receita "Eu disse que se devia subsidiar quem já faz restrições, mas a classe média tem que diminuir o consumo." eu diria que seria mais importante levar a uma diminuição de consumo de quem não faz restrições.



    Colocado por: SquireEu nunca disse que os portugueses aumentaram o consumo. Os portugueses não têm aumentos salariais indexados à inflação! Mas aumentariam o consumo se tivessem um aumento do rendimento disponível, porque fazem restrições ao consumo e isso faria aumentar a própria inflação.
    Aqui haverá por ventura uma falta de referência temporal que depois baralha estes aumentos de consumo ou diminuições de consumo.
    A única coisa que digo é que o aumento do rendimento disponível (em linha com a inflação), não levaria a um aumento de consumo (quando comparado com o referencial de Dez 2021), apenas à manutenção do mesmo. Tal como os belgas estão a fazer.

    Se eu até posso perfeitamente aceitar que para conter a inflação, tem de haver contenção de consumo, não percebo é porquê que a fórmula do empobrecimento aplicada em Portugal teve exatamente os mesmos resultados obtidos na Bélgica, que optou por não aplica-la. Sendo que aqui se considera o consumo efectuado ao longo de 2021 em ambos os países, portanto a questão das restrições ou falta delas, já está considerada na comparação.

    De qualquer forma não precisa de gastar o seu tempo a responder,


    Cumprimentos
  12.  # 15

    Colocado por: HAL_9000Se eu até posso perfeitamente aceitar que para conter a inflação, tem de haver contenção de consumo, não percebo é porquê que a fórmula do empobrecimento aplicada em Portugal teve exatamente os mesmos resultados obtidos na Bélgica, que optou por não aplica-la. Sendo que aqui se considera o consumo efectuado ao longo de 2021 em ambos os países, portanto a questão das restrições ou falta delas, já está considerada na comparação.


    A receita é global, o aumento das taxas de juro para combater a inflação é transversal.
  13.  # 16

    Ainda não conheço outro que não seja a de restringir o acesso a capital, colocar o dinheiro mais caro para que haja menor volume em circulação.

    Vejo muitos a dizer que não é por ai (até reputados economistas) mas quando começamos a perguntar e qual a alternativa faz-se um silêncio chato...
  14.  # 17

    Colocado por: Sasapoporquê que a fórmula do empobrecimento aplicada em Portugal teve exatamente os mesmos resultados obtidos na Bélgica, que optou por não aplica-la
    Desenvolva, de que forma é que isso responde á observação do Louçã? " porquê que a fórmula do empobrecimento aplicada em Portugal teve exatamente os mesmos resultados obtidos na Bélgica, que optou por não aplica-la".

    Eu muitas vezes não concordo com ele, mas pelo menos é Catedrático em Economia, imagino que fale com algum suporte técnico, daí a observação ser pertinente a meu ver.

    O Squire, o Sasapo e o MS_11 basicamente repetem a receita mais popular: em que se tenta evitar a pobreza gerando no caminho pobreza, na esperança que o balanço final seja positivo. Parece-me uma forma muito pouco elegante de intervir no mercado.
    Não sendo ciência económica estática e imutável, seria de esperar que alternativas mais "elegantes" e previsíveis estivessem desenvolvidas em pleno seculo XXI.
    Uma coisa tão simples como estímulos à poupança, poderia dar um contributo bastante positivo para combater a inflação. Reais estímulos à poupança levaria que a as pessoas em vez de continuar a gastar o dinheiro porque está a desvalorizar (alimentando assim a inflação), o poupassem. Por acaso alguém me sabe dizer quais são os reais estímulos à poupança que temos disponíveis?


    Além do mais, importa referir os economistas que agora defendem que não há alternativa a "colocar o dinheiro mais caro para que haja menor volume em circulação", são os mesmos que acharam boa ideia imprimir mais e mais dinheiro para estimular a economia. Importa também perceber onde é que o dinheiro que sai de circulação, se vai acumular, e sobretudo de onde é que ele sai.

    Tudo isto me parecem questões merecedoras de alguma reflexão.
  15.  # 18

    Colocado por: HAL_9000Apenas para clarificar, tomemos como ponto de referência Dezembro de 2021.
    - O belgas com maior poder de compra, não faziam qualquer restrição ao consumo.
    - Os portugueses, tendo em conta os seus rendimentos já faziam algumas restrições .

    Ora a indexação dos rendimentos de ambos à inflação durante o ano de 2022 , apenas iria garantir a manutenção poder de compra (em teoria), logo os belgas continuariam a consumir normalmente sem ter necessidade de fazer restrição, e os Portugueses continuariam a consumir como sempre consumiram o que incluiria algumas restrições.

    O que é aconteceu:
    - Os belgas mantiveram o poder de compra e portanto mantiveram o consumo sem grandes restrições
    - Os portugueses, como perderam poder de compra, podemos assumir que as restrições aumentaram
    -Chegam ambos ao fim do ano com uma inflação a rondar os 10%. E é aqui que não compreendo a sua lógica.


    Já lhe disse que a natureza da inflação de ambos os países é diferente. Na Bélgica começou por ser essencialmente aumento do preço da energia, tendo nos últimos dois meses contagiado o resto da economia. A inflação subjacente está a aumentar acima da inflação subjacente portuguesa por exemplo. A inflação subjacente portuguesa esteve quase todo o ano acima da belga e só recentemente a taxa belga passou à frente da nossa. A partir de maio de 2022 a inflação subjacente belga inverteu a tendência até que atingiu a taxa de inflação subjacente da portuguesa em dezembro.
    Ou seja, é provável que seja a partir de agora que se verá os efeitos da manutenção do poder de compra na Bélgica. É um bom case study para vermos futuramente o que acontecerá à inflação subjacente na Bélgica. A minha convicção é que irá continuar a subir bem mais que a nossa, como já se está a ver.
    Estaremos cá para ver se o governo belga não fará qualquer coisa quando perceber que a inflação subjacente está imparável. A não ser que os próprios belgas por via da subida dos juros se sintam compelidos a restringir o consumo. Mas isto já são muitos ses.





    Colocado por: HAL_9000Até porque se esquecermos as fronteiras e usarmos a sua própria receita "Eu disse que se devia subsidiar quem já faz restrições, mas a classe média tem que diminuir o consumo." eu diria que seria mais importante levar a uma diminuição de consumo de quem não faz restrições.



    Exato. Como a classe média em Portugal não faz restrições ao consumo, pode acomodar a perda de poder de compra.

    Colocado por: HAL_9000Aqui haverá por ventura uma falta de referência temporal que depois baralha estes aumentos de consumo ou diminuições de consumo.
    A única coisa que digo é que o aumento do rendimento disponível (em linha com a inflação), não levaria a um aumento de consumo (quando comparado com o referencial de Dez 2021), apenas à manutenção do mesmo. Tal como os belgas estão a fazer.


    As coisas não funcionam assim tão simples. Se um individuo faz restrição ao consumo e vê o seu rendimento aumentar, tenderá a comprar mais daquilo que tem feito restrição, ainda que no final do mês perceba que não tem dinheiro para sustentar o aumento desse consumo, cortando noutro lado. No entanto, o vendedor já percebeu o aumento do consumo e, aproveitando a oportunidade, aumenta o preço. Mesmo que o vendedor perceba que haja uma tendência para a procura não aumentar, o vendedor é muito mais lesto a diminuir o preço que a aumentá-lo, contribuindo assim para a inflação.
    É com base nesta premissa que eu disse que o aumento do salário na bélgica não tem os mesmos efeitos práticos que o aumento do salário em Portugal.
  16.  # 19

    Colocado por: HAL_9000

    Eu muitas vezes não concordo com ele, mas pelo menos é Catedrático em Economia, imagino que fale com algum suporte técnico, daí a observação ser pertinente a meu ver.



    Por vezes fala com suporte técnico. Mas na maior parte das vezes fala com suporte ideológico.
  17.  # 20

    Colocado por: HAL_9000Uma coisa tão simples como estímulos à poupança, poderia dar um contributo bastante positivo para combater a inflação. Reais estímulos à poupança levaria que a as pessoas em vez de continuar a gastar o dinheiro porque está a desvalorizar (alimentando assim a inflação), o poupassem. Por acaso alguém me sabe dizer quais são os reais estímulos à poupança que temos disponíveis?

    Quer melhor estímulo à poupança que a subida dos juros? Em Portugal, neste momento, porque a liquidez dos bancos ainda é elevada, os juros dos depósitos não têm subido como no resto de europa, mas a subida dos juros também é benéfica contra a inflação por essa via - o aumento dos juros dos depósitos aumenta a poupança.
 
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