Colocado por: CMartin
Já tinha visto o seu tópico.
Tem que dar uma volta à sua planta.
Colocado por: HenDua(que pelo que percebi isto não é a sua profissão).
Colocado por: VCACera apenas em jeito de experiência... )
Colocado por: CMartinObrigada, zé e João.
E eu, o meu próximo projecto, para já, é meter-me num curso de interiores/ambientes, para ir buscar a parte técnica. Depois tenho outro projecto maior em vista, mas esse, lá mais para a frente.
..(?)).
Colocado por: Castelatambém é técnica: aquele "estendal" com uma revista de decoração pendurada é que não pode mesmo ser...
Colocado por: CastelaTambém o tamanho daqueles costas de cadeira para o espaço em questão é claramente desproporcionado e isto é novamente uma questão técnica
Colocado por: CMartin
Mas a primeira, é avassaladora, é de me tirar o ar. A casa dela, da própria, foi das melhores decorações que alguma vez conheci, fez o que quis, solta, ao seu estilo e resultou de forma a que igual eu nunca vi, nem em nomes da praça.
Colocado por: CMartin
Em que aspecto, o desproporcional é erro técnico?
Será que podemos encaminhar a conversa no sentido da forma e função? Talvez, mas acho que seria muito redutor aqui nesta coisa dos ambientes.
Colocado por: CastelaBom, o estendal a não ser que seja uma instalação (artística) não o percebo numa Gallery Wall.
Colocado por: CMartin
Qual a função de uma gallery wall ? (Forma e função ?)
Colocado por: CastelaA resposta não está no próprio nome?
Colocado por: CastelaUma Gallery Wall é para mim a emulação de uma parede de uma galeria de arte, pelo que é essa a sua função.
Não percebo bem a pergunta porque é um termo que não permite grandes variações, ou permite?
Colocado por: HenDuapensarem que era casada com o criador do tópico
é algo que pode ser reconhecido como tal por alguém que tenha autoridade para o fazer, desde investigadores, curadores, académicos, marchants de arte, críticos de arte, ou alguns artistas, galeristas, editores e mesmo franjas de público culturalmente evoluído, que se movem com à-vontade e regularidade em círculos artísticos
Colocado por: CastelaEm primeiro lugar, o mais correcto neste caso será falar de galeria de arte e não de museu, pois as funções do museu vão muito para além só da exposição de obras de arte, que é a parte visível mas apenas a ponta do icebergue..
Em relação ao revisteiro, se reparar eu fiz a ressalva "a não ser que seja uma instalação (artística)" pelas razões que apontou e tantas outras e sim uma Gallery Wall numa casa é completamente livre, pode-se fazer o que se quiser, mas não deixa de obedecer a regras e lógicas aplicáveis à decoração do resto da casa.
Por falar em regras, e em arte, a primeira regra é que não há regras, assim "tout court" em nome da liberdade criativa o que não equivale a dizer que tudo é arte ou uma obra de arte.
E indo à questão do que é arte? não, não é tudo o que se quiser, mas numa concepção contemporânea, uma obra de arte é algo que pode ser reconhecido como tal por alguém que tenha autoridade para o fazer, desde investigadores, curadores, académicos, marchants de arte, críticos de arte, ou alguns artistas, galeristas, editores e mesmo franjas de público culturalmente evoluído, que se movem com à-vontade e regularidade em círculos artísticos.
Já não é a secular mais ultrapassada ideia de que a obra de de arte, tem que ser bela e aferida por determinadas características aceites por todos, assente nos padrões de gosto vigentes, na simetria, harmonia, simplicidade, proporção, etc...
Na actualidade, a arte contemporânea já não se compadece com este critério de validação da obra de arte, servindo-se de outros valores, ou critérios, para afirmar-se e confirmar-se como arte, no sentido que hoje lhe damos, naturalmente.
Assim, olha-se agora para a capacidade da obra gerar os mais diversos efeitos sensíveis, o seu carácter expressivo, o seu conteúdo semiótico, a capacidade para gerar diálogos, para causar perturbação, o seu grau de provocação, de inovação, a sua capacidade de promover pensamento(s), a sua capacidade de promover múltiplos efeitos intelectuais e sensitivos.
Emerge então a forma artística como criação intencional e como expressão individual, como “Statement”, em que o conceito, a narrativa e o discurso são capitais e cuja função é sobretudo questionar, provocar a reflexão, abrir novas possibilidades, estimular a descoberta, subversivamente provocar, e exige do público um esforço de reflexão, trabalho, uma disponibilidade, mas também conhecimento. Penso que respondo assim à sua última questão.
Colocado por: HenDuapensarem que era casada com o criador do tópico
Colocado por: PandR
Hehehe
Colocado por: CMartinQuero, antes de mais, dizer-lhe que em tudo concordo com o que tem dito, claramente. Isto, para que não ache o contrário. Até tecnicamente, sobre o revisteiro.
Apenas, e tal como diz, existem ressalvas, ou antes, existe mais do que o aparente, ao que se vê, num museu, numa galeria de arte, até numa casa, será a ponta do iceberg, ou do curador, ou do dono da casa. Interpretar o que vemos, no nosso contexto, pura e simplesmente, leva com que deixemos de fora uma série de factores, ou melhor talvez, premissas.
Para mim, uma casa conta uma história também, como tenho quase a certeza que para si será igual, a minha história: o que aprecio, o meu gosto pessoal, o que me dá jeito estar alí ou noutro sítio, por questões práticas, etc. A sua história..
Ou seja, numa casa, imagine, e mesmo com ou sem gallery wall, a decoração ou o ambiente criado será o ambiente criado para a vivência individual, pelo puro prazer aliado a uma crença ou interpretação de funcionalidade, até esta individual. Depende da vida que se leva e do que apreciamos.
No caso do meu revisteiro pendurado na minha gallery wall, desconexa, artística, assimétrica, cheia, sim, instalação-like, acaba por ser uma conjugação de factores meus.
O gosto, vamos deixá-lo de fora desta vez, mas a interpretação do mesmo no outro, acaba por ser tão importante como ter gosto próprio e saber reconhecer, por exemplo, arte
.
Não levando a coisa ao extremo, tudo me leva a crer que saberá ou saberia interpretar o meu revisteiro alí. Mais do que com a ressalva que fez de poder ser uma "instalação", não precisava de ir tão longe e tentar tecnicamente "quantificá-lo" dessa forma, pois sabe, como diz, de facto, não é "tout-court" um ambiente tal como não o é uma pessoa. E com agora uma outra ressalva, Castela: Estou em crer que percebe perfeitamente o que estou a dizer.
No entanto, corrija-me se eu estiver errada a respeito.
Existem aqui algumas equações simplistas que nem vamos trazer para a conversa, pois seria minimizar, e daí, como leu noutro sítio, eu não ser à partida grande apreciadora de "dicas" aqui, porque elas são tão "tout-court", tão simplesmente assim sem mais nada que até parece que são verdade absoluta e que todos o sabem menos eu, será essa a parte técnica, que se sobrepõe ao meu gosto ? Ou deveria. Não me parece. Não a excluí, pelo menos não sinto que a tenha excluído, na minha funcionalidade, de forma e função.
Com que então, o verde não condiz com o azul ?