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  1. Colocado por: eu
    Estamos sempre a aprender. Não sabia que aquela carteira de imóveis não era um ativo do banco...

    Essa é a confusão, não existe uma carteira de imoveis mas uma carteira de dividas incobráveis algumas garantidas por hipotecas sobre imoveis. E uma coisa é ter uma hipoteca sobre um imóvel e outra é dispor do mesmo para venda sem encargos. Aliás existe por aqui um tópico de um user que queria comprar uma casa numa dessas empresas e deparou-se com muitas dificuldades. Exatamente porque essas empresas não vendem casas mas direitos sobre as mesmas.
    É confuso mas para cumprir a lei é muito complicado. Os bancos não podem vender a qualquer cliente um imóvel por um valor inferior á divida do mesmo a não ser por leilão fiscalizado por uma entidade judicial.
  2. A não ser que haja uma coisinha chamada "dação em cumprimento" - nesses casos, o imóvel passa efectivamente a ser do banco.
  3. Colocado por: eu
    Se o valor contabilístico é muito superior ao valor de mercado, ainda por cima num contexto de valorização imensa do imobiliário, então isso significa que...

    ...foi feita uma enorme vigarice na contabilização dos ativos.

    Portanto, das duas uma: ou há vigarice ou há aldrabice.


    O pessoal ouve falar em imobiliário e dispara logo a imaginação.

    https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/novo-banco-lanca-venda-de-imoveis-no-valor-de-500-milhoes-435405
    A carteira consiste principalmente (cerca de dois terços) em terrenos não edificados e alguns ativos imobiliários industriais, mas há também alguns imóveis residenciais e comerciais. De acordo com a informação transmitida por uma fonte ao semanário, a maioria dos imóveis em causa estão concentrados nos distritos de Lisboa e Setúbal.
    • eu
    • 9 julho 2020
    Não percebi: pode explicar onde é que está a imaginação?
  4. Colocado por: euNão percebi: pode explicar onde é que está a imaginação?

    Imaginação é o pessoal pensar que estão a ser vendidas casas espetaculares a preços da uva mijona, mas depois a realidade é esta :
    https://forumdacasa.com/discussion/70903/1/compra-de-imovel-a-white-star/
  5. Colocado por: luisvv1) O Fundo de Resolução é suportado pelos outros bancos e prejuízos do Novo Banco que se reflectem em necessidade de utilização da garantia não são de todo desejados por estes.

    Isso é na teoria, veja bem quanto é que os bancos já contribuíram e quanto dinheiro já foi necessário. O fundo de Resolução tem peanuts comparado com o necessário.
    • eu
    • 9 julho 2020
    Colocado por: Carvai
    Imaginação é o pessoal pensar que estão a ser vendidas casas espetaculares a preços da uva mijona, mas depois a realidade é esta :
    https://forumdacasa.com/discussion/70903/1/compra-de-imovel-a-white-star/


    Já estou com pena destas empresas que compram as carteiras de imóveis/hipotecas dos bancos em saldo... devem ter um prejuízo enorme, coitadas.
    • eu
    • 9 julho 2020
    Colocado por: CarvaiMais ingénuos os que acham que o Estado vai pagar os 250 MIL milhões que deve ao sistema financeiro português e mundial.

    Curiosamente, uma parte dessa dívida foi contraída... para salvar o sistema financeiro.
  6. hum...
    toda a gente sabe que a divida não vai ser paga...
    O socas até tem razão qd o disse
    pois a divida será amortecida com emissão de nova divida para não entrar em cumprimento com a que esta a vencer...
    o que me preocupa é o valor em juros que têm de ser pagos anualmente e que são pagos..
    vá lá que depois da Troika, foram-se liquidando os contratos a vencer com taxas exorbitantes por outras bastante mais apelativas,,,,
    • smart
    • 10 julho 2020 editado
    .
  7. ...




    O futebol tem muitas semelhanças com o mundo da politica, só atrai #$"!
  8. Colocado por: branco.valterESSA industria já acabou à muito, tínhamos a antiga fábrica da Bombardier na Amadora e já fechou à muitos anos. Assim compra-se material usado (e gasto) e gasta-se várias vezes o seu preço a modernizar o mesmo. Pelo menos esse serviço vai ser feito cá e por Portugueses.


    Uma carruagem nova com as mesmas características fica em cerca de 2 milhões de euros. Esta compra de 1,6 milhões de euros + recuperação das mesmas, levando também em conta o desespero nacional de não haver material circulante, é literalmente uma lança em África.

    https://eco.sapo.pt/2020/07/06/carruagens-compradas-pela-cp-a-espanha-vao-ter-espaco-para-bicicletas/



    Cumprimentos.
  9. Colocado por: euNão percebi: pode explicar onde é que está a imaginação?


    Em achar que só porque é imóvel teve uma valorização espectacular. Por algum motivo os imóveis foram empacotados e vendidos como activos tóxicos.


    Isso é na teoria, veja bem quanto é que os bancos já contribuíram e quanto dinheiro já foi necessário. O fundo de Resolução tem peanuts comparado com o necessário.


    Se e quando houver incumprimento, logo veremos. Para já, o Fundo de Resolução contraiu empréstimos, que são encargo dos bancos.

    mais um bocadinho e alem de resgatar os bancos ainda temos de lhes agradecer encarecidamente o serviço prestado!


    É tentador misturar tudo no mesmo saco, mas há bancos a quem de facto deve agradecer.

    Já estou com pena destas empresas que compram as carteiras de imóveis/hipotecas dos bancos em saldo... devem ter um prejuízo enorme, coitadas.


    Não tem que ter pena. Se tiverem prejuízo (o que pode acontecer, embora lhe possa parecer estranho), resultará de terem avaliado mal o risco. É provável que tenham lucro, mas isso resultará de terem vocação para a tarefa que lhes cabe.

    Curiosamente, uma parte dessa dívida foi contraída... para salvar o sistema financeiro.


    Parte da qual foi reembolsada com um lacinho e com juros da ordem dos 10%. Nada mau negócio. Outra parte ainda, para salvar a parte do sistema financeiro que pertence ao Estado. O restante, enterrado em poços sem fundo, não exactamente para salvar o sistema financeiro, mas para salvar os depositantes (às vezes o pessoal esquece-se, convém ir lembrando).
    • eu
    • 10 julho 2020 editado
    Colocado por: luisvvEm achar que só porque é imóvel teve uma valorização espectacular.

    Os terrenos e imóveis industriais por acaso desvalorizaram 50% nos últimos anos?

    Desfaça esta dúvida: onde foi feita a vigarice?

    A - Na avaliação do valor da carteira por parte do banco;

    B - No desconto exagerado na venda da carteira;

    Mas é de louvar que, após tantas vigarices, aldrabices, burlas, manipulações e fraudes no sistema bancário e financeiro, ainda exista quem ingenuamente acredita na honestidade desta corja. É comovente essa fé.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710
  10. Colocado por: JoelM
    resumindo, tudo normal, tranquilo, dinheiro bem investido nos bancos que só fazem negócios completamente normais!


    Todos os bancos fazem maus negócios. Todas as empresas, diria eu. No caso dos bancos, os activos "tóxicos" estão a consumir capital, degradando rácios, impedindo-os de fazerem negócio.
    No caso do crédito malparado, chega a ser vendido por 10% do seu valor facial.
  11. Colocado por: eu
    Os terrenos e imóveis industriais por acaso desvalorizaram 50% nos últimos anos?

    Não sabemos a data de origem dos créditos. Não sabemos grande coisa, na verdade.


    Desfaça esta dúvida: onde foi feita a vigarice?
    A - Na avaliação do valor da carteira por parte do banco;
    B - No desconto exagerado na venda da carteira;

    O banco não comprou esses imóveis. A avaliação de imóveis, e em especial de terrenos pode variar ao longo dos anos, brutalmente, por influência de inúmeros factores - basta alterações de PDM, expiração de prazos, etc. Se quiser um exemplo (que não me admira que esteja incluído no pacote, porque tanto quanto me recordo tinha dedo do GES), nos tempos de Sócrates foram concedidos direitos de construção num sítio por troca do cancelamento de um projecto já aprovado noutro sítio. Se não e




    Mas é de louvar que, após tantas vigarices, aldrabices, burlas, manipulações e fraudes no sistema bancário e financeiro, ainda exista quem ingenuamente acredita na honestidade desta corja. É comovente essa fé.

    Está enganado. Não ponho as mãos no fogo por ninguém, mas daí não resulta que comece a salivar quando se fala de negócios dos bancos. E à partida, tendo o Fundo de Resolução que aprovar o negócio, dificilmente os descontos estarão fora do razoável para o caso concreto.
    • eu
    • 10 julho 2020 editado
    Vamos fazer um exercício hipotético:

    1 - Entidade A pede empréstimo ao banco para comprar um imóvel X;

    2 - Banco avalia o imóvel por 100 e empresta 75;

    3 - Entidade A deixa de pagar empréstimo;

    4 - Banco vende o imóvel/hipoteca/direitos/whatever ao fundo xpto_star por 30 e fica com 45 de prejuízo; NOTA: vende por 30 algo que foi avaliado por 100.

    5 - Contribuintes injetam milhares de milhões no banco;

    6 - Administradores do banco e do fundo xpto_star vão jantar juntos, para festejar os milhões que ganharam com este embuste.


    Qualquer semelhança com a realidade, não é coincidência.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710
    • eu
    • 10 julho 2020
    Colocado por: luisvvE à partida, tendo o Fundo de Resolução que aprovar o negócio, dificilmente os descontos estarão fora do razoável para o caso concreto.

    Haja fé!
  12. Colocado por: euDesfaça esta dúvida: onde foi feita a vigarice?

    A - Na avaliação do valor da carteira por parte do banco;

    B - No desconto exagerado na venda da carteira;


    Muitas vezes fizeram bem pior, constituíam fundos para onde enviavam a m€*da toda, completamente sobreavaliada, onde já havia financiamento sobre financiamento (devido a incumprimento anterior), ou seja tipo bola de neve, depois era o próprio banco que subscrevia o fundo, noutros casos tentavam impingir umas up's aos clientes.

    Tb outros casos engraçados, uma empresa pedia 20 milhões, davam 30 milhões, 20 para financiamento da empresa, 10 para investir em ações do banco ou nos referidos fundos, ou nas empresas associadas como foi o caso ESFG, etc...ou seja a contrapartida de conceder o empréstimo, era emprestar mais dinheiro que seria aplicado em produtos do Grupo.

    Muito resumidamente eram estes os esquemas.
    Concordam com este comentário: eu
    • eu
    • 10 julho 2020 editado
    Os elefantes brancos: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/os-elefantes-brancos-611775


    Estas últimas duas décadas ficaram marcadas pela subida estrondosa da dívida pública oficial e oficiosa, ou seja, aquela que ainda ai vem.

    Os projectos economicamente inviáveis ou as más decisões políticas custaram ao país dezenas de milhões de euros, sem que qualquer tipo de responsabilidade fosse efectivamente apurada.

    Podemos começar pelas Parcerias Publico Privadas nas infraestruturas ou nos negócios das energias renováveis, com garantias de rentabilidade bastante superiores aos juros praticados e com cláusulas que pouca margem de manobra deram para a sua renegociação, passando pela nacionalização do BPN, com custos superiores a 7 mil milhões de euros, não esquecendo a nacionalização do Novo Banco que custou ao país mais de 15 mil milhões, considerando os resultados negativos e operações de dívida, ou ainda o Fundo de Resolução, aquele buraco negro, onde tudo cabe – desde o Novo Banco ao Banif, passando ainda pelo que não sabemos que terá de caber.

    Não recuperados destas tragédias, temos mais dois elefantes com que nos preocupar. A TAP que não irá custar menos de 4 mil milhões de euros, e um projecto de hidrogénio verde que custará nada mais nada menos de 7 mil milhões de euros, sabendo desde já que irá dar prejuízo na próxima década. No entanto, a palavra “verde” faz toda a diferença já que é o catalisador para a aceitação generalizada, sem questionamentos, de algo que não se conhece e que julgamos proteger o meio ambiente.

    Olhando para trás não se consegue vislumbrar um único projecto onde o contribuinte português fique a ganhar. A este apenas lhe são exigidos cada vez mais impostos, sem garantia da boa gestão dos dinheiros públicos. A ausência de responsabilização da gestão do bem público e escasso, como o dinheiro, tornou-se banal, talvez pelo descrédito e morosidade da justiça.

    Mas temos ainda um elefante branco e grande, que anda bem disfarçado, mas irá acabar nas mãos do contribuinte – o Fundo de Resolução. Na sua génese, seria o sistema financeiro a pagar os prejuízos originados pela necessidade de intervenção no Novo Banco, pelo que não adviriam consequências para o contribuinte que não fosse o aumento momentâneo da dívida publica, pelo financiamento do fundo. Mas ficou claro, pela última apresentação de contas, que a sua dívida é impagável. Senão vejamos. A diferença entre receitas do sector financeiro e os encargos com juros totaliza 134 milhões de euros. Como o buraco do Fundo de Resolução irá atingir 8 mil milhões de euros, então esta dívida só será paga dentro de 59 anos ou em 2079!

    Considerando a dimensão destes números, a incerteza que paira sobre o sector financeiro, nomeadamente a fragilidade da sua estrutura de capitais tendo em conta os efeitos da pandemia, bem como o custo anual crescente dos encargos, temo que este será um buraco que irá passar para o contribuinte.

    Continuamos a adiar a resolução de problemas, desta vez com a ilusão que os fundos europeus irão apagar a má e muitas vezes conflituosa gestão pública. Resta saber até quando.
    Concordam com este comentário: NTORION
 
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