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  1. Muitos simulam taxa fixa nem que seja 15 anos, mas aumentar 100€ na mensalidade, fica fora de pé para muitos.
  2. Eu vejo isto separado por cenários, partindo da premissa que as casas valorizaram entre 60%-100% nos últimos anos.

    1. Quem tem CH há mais de 5 anos não vai vender a sua residencia primaria, porque comprou a um preço muito inferior ao preço actual, e o valor da prestação bancária seja cual for é muito inferior ao preço de mercado.
    2. Quem tem CH para residencia não primaria (ferias ou investimento para arrendar/AL) talvez se sinta tentado a vender para fazer mais valias e diminuir risco de dívida. Mas claro, enquanto existir a procura actual de arrendamento, muito pressionada pelos estrangeiros que comeram 10% do mercado, não *precisam* de o fazer - principalmente nas grandes cidades - portanto ninguém vai vender ao desbarato.
    3. Finalmente existem os entalados que por azar ou má planificação financeira, não conseguirão suportar a subida de juros, e serão obrigados a vender. Mas aumento de juros não significa necessariamente desemprego, portanto não vejo que exista realmente uma inundação de oferta no mercado capaz de fazer baixar os preços médios, mais provavel é que estes casos sejam absorvidos pelo mercado sem ninguém notar nada.
    4. Naturalmente, se os juros sobem, as pessoas não vão precisar de ter tanto patrimonio em imobiliário, porque podem ter rendimento noutro tipo de soluções sem as dores de cabeça do imobiliário. Algumas pessoas vão querer vender. Vai aumentar oferta. Os preços vão baixar onde existe menos procura - pequenas cidades, interior. Não acredito que baixe mais de 20%. Nos lugares de maior procura não acredito que baixe mais de 10% (voltamos aos preços de 2021).
    5. Pese a que os preços nao baixem tanto, acredito sim que vamos deixar de ter aumentos de preços de casas a 10% ao ano como tivemos nos últimos anos. Mas como as pessoas não vão ganhar mais, vai ficar tudo na mesma.
    Concordam com este comentário: Carvai, Sandra_cc
  3. Colocado por: Jose_BM


    Há pouca habitação a ser contruída
    Concordam com este comentário:NLuz


    Tem fonte ou é posta?
  4. Colocado por: palmstrokeEu vejo isto separado por cenários, partindo da premissa que as casas valorizaram entre 60%-100% nos últimos anos.

    1. Quem tem CH há mais de 5 anos não vai vender a sua residencia primaria, porque comprou a um preço muito inferior ao preço actual, e o valor da prestação bancária seja cual for é muito inferior ao preço de mercado.
    2. Quem tem CH para residencia não primaria (ferias ou investimento para arrendar/AL) talvez se sinta tentado a vender para fazer mais valias e diminuir risco de dívida. Mas claro, enquanto existir a procura actual de arrendamento, muito pressionada pelos estrangeiros que comeram 10% do mercado, não *precisam* de o fazer - principalmente nas grandes cidades - portanto ninguém vai vender ao desbarato.
    3. Finalmente existem os entalados que por azar ou má planificação financeira, não conseguirão suportar a subida de juros, e serão obrigados a vender. Mas aumento de juros não significa necessariamente desemprego, portanto não vejo que exista realmente uma inundação de oferta no mercado capaz de fazer baixar os preços médios, mais provavel é que estes casos sejam absorvidos pelo mercado sem ninguém notar nada.
    4. Naturalmente, se os juros sobem, as pessoas não vão precisar de ter tanto patrimonio em imobiliário, porque podem ter rendimento noutro tipo de soluções sem as dores de cabeça do imobiliário. Algumas pessoas vão querer vender. Vai aumentar oferta. Os preços vão baixar onde existe menos procura - pequenas cidades, interior. Não acredito que baixe mais de 20%. Nos lugares de maior procura não acredito que baixe mais de 10% (voltamos aos preços de 2021).
    5. Pese a que os preços nao baixem tanto, acredito sim que vamos deixar de ter aumentos de preços de casas a 10% ao ano como tivemos nos últimos anos. Mas como as pessoas não vão ganhar mais, vai ficar tudo na mesma.
    Concordam com este comentário:Carvai


    "...as pessoas não vão precisar de ter tanto patrimonio em imobiliário, porque podem ter rendimento noutro tipo de soluções..."

    Quais soluções?! Produtos bancários?!...Ninguém acredita neles.
  5. Colocado por: buraburamono

    Tem fonte ou é posta?


    É uma posta, com base no que vejo.
  6. Edifícios concluídos nos últimos anos, ainda estamos abaixo de 2012, e apenas um terço de 2008
  7. Como as coisas andam, nenhum tipo de investimento está seguro a longo prazo!
    E no futuro só quem tiver um pedaço de terra para cultivar o seu proprio alimento vai conseguir viver bem.
    Porque a comida é um bem cada vez mais escasso e caro.
    Antes, era por causa do covid, agora é por causa da guerra, e amanhã vai ser por outra coisa qualquer...
  8. Colocado por: lpetingaEdifícios concluídos nos últimos anos, ainda estamos abaixo de 2012, e apenas um terço de 2008
      0C061099-AC7D-40AC-9F73-28434B80605B.jpeg


    Fazer um overlap disso com a população do país desde 2010.
    Vai vir charters.

    https://worldpopulationreview.com/countries/portugal-population
  9. Colocado por: lpetingaEdifícios concluídos nos últimos anos, ainda estamos abaixo de 2012, e apenas um terço de 2008
      0C061099-AC7D-40AC-9F73-28434B80605B.jpeg


    Não conhecia estes números!

    O número de edifícios para habitação é absolutamente insignificante! Nem o dobro teria expressão.
  10. Colocado por: buraburamono

    Fazer um overlap disso com a população do país desde 2010.
    Vai vir charters.

    https://worldpopulationreview.com/countries/portugal-population


    Até podemos ser menos que pelo número de construções que foi ilustrado...meu deus! Nem que fossemos 1milhão. O número de construções é irrelevante.
  11. Colocado por: julinhosComo as coisas andam, nenhum tipo de investimento está seguro a longo prazo!
    E no futuro só quem tiver um pedaço de terra para cultivar o seu proprio alimento vai conseguir viver bem.
    Porque a comida é um bem cada vez mais escasso e caro.
    Antes, era por causa do covid, agora é por causa da guerra, e amanhã vai ser por outra coisa qualquer...
      blog-pindorama-47.jpg


    Lembro-me de nos anos 80 muita gente ter a sua terra cultivar ter um porco para matar e ter carne para o ano, e as galinhas claro, mas especialmente neste seculo a comida ficou muito barata e isso deixou de acontecer, talvez volte a isso, mas penso que ainda estamos longe.
  12. Colocado por: RCFSim, idealmente deveria ser assim...


    Pois devia.

    Mas é com as candongas e com tudo o resto na obra.
    Estamos demasiado habituados a facilitar em Portugal, a adiar decisões, ao "vamos indo vamos vendo", e habituados a construir muito barato para o produto que obtemos.

    Todas estas queixas quanto aos preços, aos abusos, à ineficiência do sector advém dum facto muito simples: "fomos muito mal habituados", entre outros factores naturalmente. Culpa de TODOS os intervenientes.

    Agora que toca a ser mais racionais um bocado, porque agora é a doer, porque não há material, o gasóleo não tarda custa o dobro, porque há uma generalizada falta de mão de obra qualificada nas obras, porque é muita coisa importada, quem constrói terá que pensar duas e três vezes no que quer fazer, ser mais racional, menos emocional.

    Sempre se viu a Construção com demasiada ligeireza a meu ver.

    Teremos que "pensar" mais e melhor antes de fazer... e estar informado.
    "Perder" mais tempo na organização e planeamento.

    Lá fora, construir uma moradia não demora 2 anos como cá. Numa obra Tempo é Dinheiro.
    Exemplo: As janelas são encomendadas muito antes da obra e quase todas de igual tamanho, o "buraco" tem que ficar com aquelas medidas exactas (pois as janelas são estão a ser fabricadas), é chegar e montar. É tudo mais rápido, mais eficiente (porque cada coisinha custa um dinheirão). Outro exemplo: montar e desmontar andaimes várias vezes numa mesma obra...

    Deixar de culpar tudo e todos, são os fonecedores, os empreiteiros, os projectistas, os impostos, os estrangeiros, etc. etc... e dedicarmos mais tempo a ver o que devemos fazer de diferente para não acabar com o mesmo resultado alvo de tantas queixas...

    Na minha opinião, as pessoas deveriam abordar a aventura de construir casa própria sempre com o foco de que "esta casa é para vender"... Seriam muito mais racionais, deixando a emoção para as coisas mais pequenas (e baratas) duma casa.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ferreiraj125
  13. Colocado por: Jose_BM

    Lembro-me de nos anos 80 muita gente ter a sua terra cultivar ter um porco para matar e ter carne para o ano, e as galinhas claro, mas especialmente neste seculo a comida ficou muito barata e isso deixou de acontecer, talvez volte a isso, mas penso que ainda estamos longe.


    Nos anos 80 onde???!!! Em Lisboa e Porto certamente que não.
  14. Colocado por: N Miguel Oliveira

    Pois devia.

    Mas é com as candongas e com tudo o resto na obra.
    Estamos demasiado habituados a facilitar em Portugal, a adiar decisões, ao "vamos indo vamos vendo", e habituados a construir muito barato para o produto que obtemos.

    Todas estas queixas quanto aos preços, aos abusos, à ineficiência do sector advém dum facto muito simples: "fomos muito mal habituados", entre outros factores naturalmente. Culpa de TODOS os intervenientes.

    Agora que toca a ser mais racionais um bocado, porque agora é a doer, porque não há material, o gasóleo não tarda custa o dobro, porque há uma generalizada falta de mão de obra qualificada nas obras, porque é muita coisa importada, quem constrói terá que pensar duas e três vezes no que quer fazer, ser mais racional, menos emocional.

    Sempre se viu a Construção com demasiada ligeireza a meu ver.

    Teremos que "pensar" mais e melhor antes de fazer... e estar informado.
    "Perder" mais tempo na organização e planeamento.

    Lá fora, construir uma moradia não demora 2 anos como cá. Numa obra Tempo é Dinheiro.
    Exemplo: As janelas são encomendadas muito antes da obra e quase todas de igual tamanho, o "buraco" tem que ficar com aquelas medidas exactas (pois as janelas são estão a ser fabricadas), é chegar e montar. É tudo mais rápido, mais eficiente (porque cada coisinha custa um dinheirão). Outro exemplo: montar e desmontar andaimes várias vezes numa mesma obra...

    Deixar de culpar tudo e todos, são os fonecedores, os empreiteiros, os projectistas, os impostos, os estrangeiros, etc. etc... e dedicarmos mais tempo a ver o que devemos fazer de diferente para não acabar com o mesmo resultado alvo de tantas queixas...

    Na minha opinião, as pessoas deveriam abordar a aventura de construir casa própria sempre com o foco de que "esta casa é para vender"... Seriam muito mais racionais, deixando a emoção para as coisas mais pequenas (e baratas) duma casa.


    Efectivamente a mão de obra para construção, pichelaria, eletricidade, climatização, pintura, carpintaria, cofragem, serralharia, etc, é cada vez mais escassa. Por seu turno estas profissões são cada vez mais bem pagas, mas pelos vistos continuam a não ser convidativas. Algo que me faz imensa confusão é como jovens continuam a ir para licenciaturas sem emprego e de salários baixos e estas profissões que já pagam acima da média captam tão poucas pessoas.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  15. Colocado por: Sandra_ccestas profissões que já pagam acima da média captam tão poucas pessoas.


    Estigma social
    Falta de oportunidades de formação realmente qualificante
    Más condições de trabalho (organização, planeamento, estaleiro, ferramentas)

    Aqui ao lado, em Espanha, estes três fatores estão resolvidos, não falta malta nova a trabalhar nas obras, pelo menos nas que eu circulo...
  16. Colocado por: Sandra_cc

    Nos anos 80 onde???!!! Em Lisboa e Porto certamente que não.


    claro que sim, não se lembra das pessoas plantarem tomates nos passeios?
  17. Colocado por: RUIOLI

    Estigma social
    Falta de oportunidades de formação realmente qualificante
    Más condições de trabalho (organização, planeamento, estaleiro, ferramentas)

    Aqui ao lado, em Espanha, estes três fatores estão resolvidos, não falta malta nova a trabalhar nas obras, pelo menos nas que eu circulo...


    Em Espanha e noutros Países a questão da atratividade não se põe porque o mercado é colmatado pelo elevado volume de emigrantes que esses Países recebem, sobretudo de África e da Ásia. Como Portugal continua a ser atrativo, em termos de emigração, quase que exclusivamente para Brasileiros (por motivos essencialmente linguísticos e legais) o problema mantém-se
  18. Colocado por: RUIOLI

    Estigma social
    Falta de oportunidades de formação realmente qualificante
    Más condições de trabalho (organização, planeamento, estaleiro, ferramentas)

    Aqui ao lado, em Espanha, estes três fatores estão resolvidos, não falta malta nova a trabalhar nas obras, pelo menos nas que eu circulo...


    é algo que tem que mudar, e talvez comece a mudar.

    Há umas semanas estava a falar com um amigo que é professor numa escola que tem um curso profissional de manutenção industrial, e ele dizia-me que só ia para aquele curso basicamente os piores alunos quer em termos de capacidade quer em termos de comportamento, e que todos os que saiam de la com 18-19 anos saim para primeiro emprego a ganhar mais de 1000 euros em algumas empresas com horas extraordinárias metiam mais 200 ou 300 euros em cima disso.

    A maior parte dos licenciados não sai da universidade para ir ganhar isso, e muitos saem para caixas de supermercado..

    Falta começarem a haver mais gente a ser captada para estes cursos para as areas da construção, e falta captar outro tipo de alunos que tem ali uma oportunidade.
  19. Colocado por: Jose_BM

    é algo que tem que mudar, e talvez comece a mudar.

    Há umas semanas estava a falar com um amigo que é professor numa escola que tem um curso profissional de manutenção industrial, e ele dizia-me que só ia para aquele curso basicamente os piores alunos quer em termos de capacidade quer em termos de comportamento, e que todos os que saiam de la com 18-19 anos saim para primeiro emprego a ganhar mais de 1000 euros em algumas empresas com horas extraordinárias metiam mais 200 ou 300 euros em cima disso.

    A maior parte dos licenciados não sai da universidade para ir ganhar isso, e muitos saem para caixas de supermercado..

    Falta começarem a haver mais gente a ser captada para estes cursos para as areas da construção, e falta captar outro tipo de alunos que tem ali uma oportunidade.


    Um trabalhador destas áreas relativamente experiente, que trabalhe por conta própria, não ganha menos de 2.000€/2.500€ (mas muitos encaixam bem mais) e só declara o que quer.

    Um licenciado muitas vezes anda uma carreira toda entre salários mínimos e os 1.500€, muitas vezes em empregos que requerem pouca ou nenhuma competência de uma licenciatura e francamente a maioria tem parca evolução profissional e uma nefasta alta competitividade entre pares e até superiores.
 
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