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      NTORION
    • 6 fevereiro 2023 editado
    Colocado por: HAL_9000Zelar por um país mais justo em termos sociais é uma obrigação. Eu pelo menos não aceito que as minhas únicas alternativas sejam: comer sem reclamar, ou ir embora.


    Hal, por muito que custe aceitar, o nosso modo de vida mudou muito dos anos 80's para agora, nesse tempo vivíamos com o essencial e ng reclamava, uma pequena casa, um carro por agregado, férias não havia ou eram na costa mais perto, começávamos a trabalhar cedo e os jovens ajudavam os pais na sua profissão ou tinham trabalhos de férias... E, não tenho grande dúvida que a felicidade geral do pais era maior do que agora, onde só o ter/possuir parece trazer qq coisa.

    Mudámos, passamos a querer mais luxos, mais ócio, mais cultura, mais direitos sociais... estamos no nosso direito de querer melhor, mas falhámos no que permitiria isto tudo, dinheiro para o pagar ou produzir o suficiente para ter dinheiro para o fazer. Fizemos estas mudanças todas em cima de divida e a exigir mais ao estado social, é verdade que pagamos como nunca. Vivemos no luxo, mas o pais nunca criou riqueza suficiente para os termos.

    Se quisermos realmente melhorar, temos de recuar, trabalhar mais, optimizar recursos, produzir mais, simplificar e leis e burocracias, reduzir e muito o nosso consumo, aprender a viver e ser feliz com menos coisas, poupar, investir... educar financeiramente os cidadãos. Teremos de passar de burro para mula, para um deixar algo melhor.

    Já sei que o Hal me vai responder que já faz isso tudo, mas uma andorinha não faz a primavera, neste caso nem uma geração de andorinhas a faz, só resulta se o bando todo o fizer. E sinceramente não me parece que o lider do bando sirva para estas mudanças, parece-me que os mais velhos do bando já estão cansados de o tentar fazer e apenas querem aproveitar o que puderem, e os mais jovens nem sequer o pensam em fazer por acharem ser impossível... resta aqui uma geração dos 70-90 que vai trabalhando o possível para criar o melhor possível os filhos e tentar safar-se, mas é a geração que anda sobrecarregada com impostos, que faz os descontos para pagar as pensões e lares de quem nunca descontou o suficiente para as usufruir, paga creches e infantários públicos, paga SNS mas vai ao privado, paga justiça que não existe, políticos que não sabem o que é uma empresa...

    Nota 1. ainda este fds estive com uma pessoa que aos 56 anos vai para a pré reforma... e sabem do que se queixava, tinha de continuar a fazer descontos...

    Nota 2. "O Estado garante o pagamento mensal à creche de um apoio mensal no valor de 460 euros, não podendo ser cobrado às famílias mais nenhum valor a título de mensalidade." Tenho um amigo que tem uma creche, cobrava menos do que isto, sabem o que fez? disponibilizou todas as vagas para este setor. Mas continuam a existir crianças com 3/4 anos sem vagas nos infantários.
  1. Colocado por: HAL_9000Também não é mentira. Das duas uma ou Lisboa é um ecossistema muito particular onde grande parte da população ainda tem grande poder de compra, ou então o pessoal ainda nao fez bem as contas a modo de conter o consumo para salvaguardar dificuldades futuras.


    Não juntam um tostão, cultura do crédito.
    No interior (pelo menos o que conheço) com dinheiro, sem dinheiro, com juros altos ou baixos a vida e o dia á dia é sempre igual.

    Nas grandes cidades até a diferença de fim para o início do mês é brutal. Até circulam muitos mais carros no início do mês.
    O povo do interior é muito mais humilde, não há a cultura do esbanjamento.
    Ainda me lembro (década de 70/80 e até inicio de 90) que até um crédito habitação era coisa que poucos ou ninguém fazia. Era trabalhar, juntar e ir fazendo a casita.
  2. Colocado por: NTORIONSe quisermos realmente melhorar, temos de recuar, trabalhar mais, optimizar recursos, produzir mais, simplificar e leis e burocracias, reduzir e muito o nosso consumo, aprender a viver e ser feliz com menos coisas, poupar, investir... educar financeiramente os cidadãos. Teremos de passar de burro para mula, para um deixar algo melhor.
    Mas eu não discordo em nada do que diz.
    Aliás a minha "revolta" prende-se somente com uma coisa: eu ter noção que faço parte da geração que está fortemente carregada de impostos, para pagar um conjunto enorme de benefícios dos quais nunca vai poder beneficiar. Embora reconheça desde já, que se estudei, foi porque o estado social mo permitiu, e que esse nivel de educação não esteve acessivel a gerações anteriores.

    Agora o nosso estado social, para manter os mais básicos direitos: Saúde, educação, segurança, tem de ser repensado. O dinheiro público tem de ser mais bem gerido, e u não vejo nada disso. Muito menos aceito que eu tenha de perder de ano para ano qualidade de vida, para manter o miserabilismo. Eu e a minha esposa todos os dis saimos de casa ás 7:00h, e todos dias entramos depois das 20h, não posso aceitar que o nosso esforço não nos assegure o minimo de qualidade de vida, sobretudo quando pagamos uma carga de imposto elevadíssimo, quando levamos um estilo de vida frugal, e não beneficiamos de qualquer apoio social (além dos que estão disponíveis para todos).

    O que o NTORION não me pode pedir, é que eu aceite que eu (ou a sociedade), tem de empobrecer, ao mesmo tempo que o dinheiro se acumula e Bancos, petrolíferas, empresas de distribuição, etc...Se a sociedade já produz pouca riqueza para manter o nível de vida, que sentido tem tirar ainda mais dinheiro da sociedade para o concentrar em empresas que acumulam capital?

    Não contesto nem por um momento que o foco das emresas deve ser o lucro. A minha empresa se não fizer lucro, não me paga, nem me aumenta. Contudo, o lucro não pode ser obtido a qualqeur custo.
    O que estavamos aqui a debater, é o facto de a alteração da política monetária estar a ser altamente vantajosa para os bancos em geral, sendo que os bancos portugueses estão a tirar ainda mais partido da situação, ao não remunerar os depóstitos. Não vejo como é que o NTORION relaciona esta minha opinião com "Vivemos no luxo, mas o pais nunca criou riqueza suficiente para os termos." "Teremos de passar de burro para mula, para um deixar algo melhor.". Quanto muito admito que isto só ocorre porque efectivamente ".. educar financeiramente os cidadãos. "



    Colocado por: NTORIONNota 1. ainda este fds estive com uma pessoa que aos 56 anos vai para a pré reforma... e sabem do que se queixava, tinha de continuar a fazer descontos...
    Eheh. No ano passado tive a mesma conversa com um senhor que estava prestes a passar a pré-reforma (ou reserva, era carreira da PSP), em que a revolta dele era: "já lá devia estar há 5 anos, quando entrei para a carreira, a reserva era aos 49 e não aos 55."
    Eu não pude deixar de lhe transmitir que achava que até devia aumentar para os 60, a sociedade e o país não tem maneira de assegurar reservas aos 55, quando falta dinheiro para coisas bem mais essenciais.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  3. Colocado por: DuarteMAinda me lembro (década de 70/80 e até inicio de 90) que até um crédito habitação era coisa que poucos ou ninguém fazia. Era trabalhar, juntar e ir fazendo a casita.
    Eu venho do interior. E o CH era terrivelmente mal visto. Os meus pais sempre foram contra, e isso foi-me incutido.

    O problema é que "trabalhar, juntar e ir fazendo a casita." deixou de ser possível. Por um lado as casas ganharam padrões de conforto (obrigatórios por legislação e bem) que as tornaram muito mais caras. Por outro lado, os processos de licenciamento não permitem que "se vá construindo". Têm de ser empresas devidamente licenciadas a fazê-lo (eu por exemplo andei dois anos a construir o anexo da minha casa aos fds, mas só porque o empreiteiro mo permitiu, contudo isto não é legal).
    Por fim a evolução do preço da habitação evoluiu muito mais rápido que os rendiementos. Hoje seria complicado juntar o suficiente para ir construindo em tempo útil temdo em conta o rácio ordenado médio/valor construção médio.

    Dito isto, é verdade que muitas vezes penso que um número significativo de pessoas tem as prioridades todas trocadas: Investe 30K nun carro, mas mora em casa dos pais. Gasta 150 euros num bilhete para um concerto, mas depois anda sempre à rasca de dinheiro. Compra telemóveis de 1000 euros, mas requer apoio alimentar (conheço estas situações específicas, daí as mensionar). Aqui seria extremamente importante, que tal como as aulas de cidadania que forma introduzidas nas escolhas, se introduzissem aulas de gestão finanças pessoas, noções de economia, etc.

    Para mim é inconcebivél que alguém vá a uma 1ª entrevsta de emprego e queira negociar o salário em termos líquidos, porque não o sabe calcular o rendimento líquido a partir de um salário bruto.
    Ou que alguém fique muito espantado porque o salário que combinou com a entidade patrnal, não tem nada a ver com "o que caiu na conta".
    E isto acontece amiude com pesoas que têm o ensino superiror.
  4. Colocado por: HAL_9000O que estavamos aqui a debater, é o facto de a alteração da política monetária estar a ser altamente vantajosa para os bancos em geral, sendo que os bancos portugueses estão a tirar ainda mais partido da situação, ao não remunerar os depóstitos.

    Não remuneram pq têm lá muito dinheiro a custo 0, e pq as pessoas não colocam simplesmente 'à ordem', lá está, fosse o bando todo fazer isso e íamos ver se não subiam... apenas os certificados têm feito algum comichão.

    Aqui a culpa tb não morre solteira, ou seja não é só do governo, continuamos com a inflacção altissima, mas PT ainda tem de gastar os 17.000 Milhões do PRR, que praticamente executou 0, nem sei quanto é nos outros países. Ora esta 'bazuca' era para amenizar os efeitos da covid, mas ainda nem sequer foi usada!? Estrangulamos o cidadão mas engordamos o estado... Os EUA ao menos deram $ à população para estimular a economia na altura exata que era preciso... e agora a miss Lagarde vem dizer que estado deve reduzir os apoios ao sector energético!?


    Colocado por: HAL_9000O que o NTORION não me pode pedir, é que eu aceite que eu (ou a sociedade), tem de empobrecer, ao mesmo tempo que o dinheiro se acumula e Bancos, petrolíferas, empresas de distribuição, etc...Se a sociedade já produz pouca riqueza para manter o nível de vida, que sentido tem tirar ainda mais dinheiro da sociedade para o concentrar em empresas que acumulam capital?

    Na zona altamente Global em que estamos inseridos o estado pode fazer muito pouco para alterar essa parte, o que pode fazer é dumping fiscal exatamente para atrair empresas (atentem a Marrocos aqui ao lado, o que tem feito, que não tarda nos passa em tudo), mas como está aflito, nem isso consegue fazer. Por isso digo que primeiro temos de abdicar de muito para conseguir voltar a competir... Não é a afastar empresas que vão baixar preços, é a atrair mais para elas criarem emprego e competirem mais entre si, baixando preços...
  5. Colocado por: NTORION
    Não remuneram pq têm lá muito dinheiro a custo 0, e pq as pessoas não colocam simplesmente 'à ordem', lá está, fosse o bando todo fazer isso e íamos ver se não subiam... apenas os certificados têm feito algum comichão.

    Aqui a culpa tb não morre solteira, ou seja não é só do governo, continuamos com a inflacção altissima, mas PT ainda tem de gastar os 17.000 Milhões do PRR, que praticamente executou 0, nem sei quanto é nos outros países. Ora esta 'bazuca' era para amenizar os efeitos da covid, mas ainda nem sequer foi usada!? Estrangulamos o cidadão mas engordamos o estado... Os EUA ao menos deram $ à população para estimular a economia na altura exata que era preciso... e agora a miss Lagarde vem dizer que estado deve reduzir os apoios ao sector energético!?



    Na zona altamente Global em que estamos inseridos o estado pode fazer muito pouco para alterar essa parte, o que pode fazer é dumping fiscal exatamente para atrair empresas (atentem a Marrocos aqui ao lado, o que tem feito, que não tarda nos passa em tudo), mas como está aflito, nem isso consegue fazer. Por isso digo que primeiro temos de abdicar de muito para conseguir voltar a competir... Não é a afastar empresas que vão baixar preços, é a atrair mais para elas criarem emprego e competirem mais entre si, baixando preços...


    Empregos para quem? O país está cada vez mais envelhecido já devemos ter quase metade da população reformada e os jovens tão todos a descontar para o estrangeiro. a queda fiscal é predeterminada pela queda demográfica, simples, não há forma alguma de mudar isto sem mais trabalhadores e é isso que o estado tá a tentar fazer com o Brasil por exemplo, mas os Brasileiros não são burros e não tarda pegam no cartão de cidadão e vão para a Alemanha também tal como os tugas.
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      NTORION
    • 6 fevereiro 2023 editado
    Colocado por: jonnysEmpregos para quem?

    Para os que cá ficam, para os que deixam de sair... é a velha questão, o que nasceu 1º o ovo ou a galinha?

    Se estamos num ciclo vicioso, ele tem de ser quebrado, acha que é a continuar da mesma maneira? Então sim mais vale desistir e entregar isto a 1 pais que queira tomar conta, podiamos ser 1 colónia alemã ou americana pe.
  6. Colocado por: NTORIONPor isso digo que primeiro temos de abdicar de muito para conseguir voltar a competir...
    Se a política é abdicar de muito (de mais ainda?), sobretudo no que à população activa diz respeito, estando nós inseridos num contexto europeu em que apesar de tudo não se abdica de tanto assim...Arisco-me a dizer que não fica cá ninguém para manter isto a funcionar. O facto de já se estar a abdicar de muito neste momento, é que está a mandar emnbora a mão de obra, que todos em conjunto investimos para formar. E peço desculpa, mas não acho que a imigração seja a resposta para este tipo de mão de obra que o país precisa e não consegue fixar.

    No que diz respeito à não remuneração dos depósitos a culpa é só nossa (é ver a linha argumentativa do Bragas V) Tirasse toda gente o dinheiro dos depóstitos para subscrever os certificados de aforro, ou para os poucos bancos que pagam acima de 2%, e podia ser que houvesse mudança de atitute. Mesmo assim ainda há a questão os depóstos das empresas que é mais complicada.
    Contudo, creio que o BCE tem instrumentos no sentido de forçar os bancos a pagar pelos depósitos, para estimular o aforro. Se não usad desses isntrumentos é porque deliberadamente prefere empobrecer a sociedade e transferir a liquidez para algumas empresas.

    Vou discordar de si numa coisa: quando eu digo que esta transferência não é socialmente sustentável, isto não é afastar as empresas. Isto é tão somemente defender que o interesse da sociedade se sobrepõe ao interesse de algumas empresas.
  7. Aí está.. tiramos todos o dinheiro dos bancos e depois vamos pedir crédito ao Estado..

    Você devia era reclamar do seu Estado ter um produto de investimento que remunera acima de 3,25%..

    Isso é que o devia preocupar..

    Além de ser concorrência algo desleal é um ato de gestão muito duvidoso.. o que vale é que o saco do Estado não tem fundo.. o fundo são os nossos bolsos..
  8. Colocado por: Bragas VVocê devia era reclamar do seu Estado ter um produto de investimento que remunera acima de 3,25%..

    Porquê? Fica mais barato ao estado assim do se financiar em dívida pública onde o juro é ditado pelo mercado.
  9. Colocado por: HAL_9000No que diz respeito à não remuneração dos depósitos a culpa é só nossa (é ver a linha argumentativa do Bragas V) Tirasse toda gente o dinheiro dos depóstitos para subscrever os certificados de aforro, ou para os poucos bancos que pagam acima de 2%, e podia ser que houvesse mudança de atitute


    Mas isso foi o que eu referi


    Colocado por: NTORIONNão remuneram pq têm lá muito dinheiro a custo 0, e pq as pessoas não colocam simplesmente 'à ordem', lá está, fosse o bando todo fazer isso e íamos ver se não subiam... apenas os certificados têm feito algum comichão.






    Colocado por: HAL_9000Se a política é abdicar de muito (de mais ainda?), sobretudo no que à população activa diz respeito, estando nós inseridos num contexto europeu em que apesar de tudo não se abdica de tanto assim...Arisco-me a dizer que não fica cá ninguém para manter isto a funcionar

    Tb é verdade que podem sair muitos. Mas sinceramente não vejo grande alternativa a isso sem sobrecarregar ainda mais quem paga impostos. De momento e ao preço que estão as casas tb já ng vai pedir 300-400k emprestados para uma casa. Algo terá de mudar e muito.
    Qd o Hal refere os lucros excessivos dos bancos, lembre-se do que referi no primeiro comentário, precisamos primeiro gerar riqueza... Quando alguém em início de vida pede dinheiro emprestado para uma casa está logo a colocar um peso ao pescoço para 30 ou 40 anos. O sistema bancário foi muito importante no desenvolvimento econômico de muitos países pq o dinheiro era usado essencialmente para permitir financiar negócios,empresas, ou seja produção, que permitia gerar riqueza. A partir do momento em que é usado em bens de consumo/conforto, só geramos dívida a alguém que tem capital, basicamente ficamos reféns disso, ou seja o que o Hal refere.
  10. Colocado por: Sasapo
    Porquê? Fica mais barato ao estado assim do se financiar em dívida pública onde o juro é ditado pelo mercado.


    Olhe que não.. acho que ainda hoje vi a a 5 anos não chegava aos 2,75%..

    Mas já agora o Estado podia abrir um hipermercado com produtos sem IVA e um posto de abastecimento sem ISP..

    Pra nós era porreiro.. só não sei se era justo para a concorrência..
  11. Colocado por: Bragas V

    Olhe que não.. acho que ainda hoje vi a a 5 anos não chegava aos 2,75%..

    Mas já agora o Estado podia abrir um hipermercado com produtos sem IVA e um posto de abastecimento sem ISP..

    Pra nós era porreiro.. só não sei se era justo para a concorrência..

    Eu até entendo essa perspectiva, mas será que e o estado que está a pagar muito, ou os bancos que estão a pagar pouco?
    Concordam com este comentário: pcspinheiro
  12. Colocado por: NTORION
    Eu até entendo essa perspectiva, mas será que e o estado que está a pagar muito, ou os bancos que estão a pagar pouco?
    Concordam com este comentário:pcspinheiro


    Sim, os bancos estão a pagar relativamente pouco.. mas as taxas estão em terreno positivo há menos de 9 meses.. tudo leva o seu tempo, e neste caso, sendo o tempo dinheiro, é natural que seja mais gradual ainda..
  13. Colocado por: Bragas VAí está.. tiramos todos o dinheiro dos bancos e depois vamos pedir crédito ao Estado..

    Você devia era reclamar do seu Estado ter um produto de investimento que remunera acima de 3,25%..
    Você é completamente surreal.

    Ainda há 2-3 dias dizia que os bancos se financiavam à taxa Euribor para a atividade creditícia, e por isso é que coitadinhos lucravam poucochinho e não podiam pagar muito pelos depósitos a prazo (apesar de os bancos na europa o fazerem). Agora já diz, que afinal os bancos precisam dos depósitos a prazo pra conceder créditos. Os bancos não sobem os juros, porque efetivamente têm muita liquidez, o estimulo que precisam (ja que nem o BCE nem o BP são capazes de o dar), é que as pessoas usem os seus depósitos (que estão a desvalorizar BTW) e os invistam em outro lado.

    O estado remunera assim os depósitos por 2 motivos essenciais:
    1. Acredito que lhe saia mais barato- Uma vez que grande parte dos aforradores deixa lá ficar os certificados 10 anos.
    2. neste momento é importante estimular o aforro para controlar a inflação.



    Colocado por: NTORIONMas isso foi o que eu referi
    Sim, sim. Só estava a concordar consigo.





    Colocado por: NTORIONQd o Hal refere os lucros excessivos dos bancos, lembre-se do que referi no primeiro comentário, precisamos primeiro gerar riqueza... Quando alguém em início de vida pede dinheiro emprestado para uma casa está logo a colocar um peso ao pescoço para 30 ou 40 anos.
    Quantas pessoas é que o NTORION conhece que em início de vida vão logo pedir um crédito? Até porque têm de ter no mínimo os 20% mais impostos? Eu conheço poucas, e mesmo essas apenas depois de se casarem/juntarem, etc.

    Um país já de si pobre, em que os mais jovens para além de receberem pouco e terem trabalhos precários, não conseguem sequer pagar uma habitação (renda ou aquisição). O NTORION acha que a solução é abdicarmos de mais ainda?
    Eu comecei a minha vida profissional em 2010, e comi o pão que o diabo amassou naqueles primeiros 4 anos. Se começasse hoje, os primeiros 4 anos, acho que seriam muito piores ainda. Não vejo como é que, sujeitar a classe trabalhadora, sobretudo à mais jovem, a uma perda ainda maior de qualidade de vida, vai resolver os nossos problemas de produtividade.
    Temos de produzir mais sim. Mas o caminho não é certamente a continuar a perder o "talento". As empresas se querem ser mais produtivas, têm de reter o talento.
    Qualquer jovem português que sai daqui e se safa bem enquanto profissional em qualquer pais da europa ou do mundo safar-se-ia de igual modo em Portugal, assim houvesse vontade.
    Já tive oportunidade de dizer, que certa de 70% dos meus colegas do secundário emigraram. Nenhum deles tem perspectivas de voltar, porque os anos que por cá andaram, a vida esteve estagnada em termos familiares, em termos profissionais, em termos financeiros. Não acredito mesmo que a solução passe por empobrecer ainda mais quem está a começar agora.

    Se me disser que a solução passa por mexer em alguns dos "direitos adquiridos" e que são claramente insustentáveis, já acredito mais.
  14. Colocado por: Bragas Vmas as taxas estão em terreno positivo há menos de 9 meses.. tudo leva o seu tempo,
    Para subir, não levou tempo nenhum...Foi quase imediato.
    E esta? hein
  15. Colocado por: HAL_9000Você é completamente surreal.

    Ainda há 2-3 dias dizia que os bancos se financiavam à taxa Euribor para a atividade creditícia, e por isso é que coitadinhos lucravam poucochinho e não podiam pagar muito pelos depósitos a prazo (apesar de os bancos na europa o fazerem). Agora já diz, que afinal os bancos precisam dos depósitos a prazo pra conceder créditos. Os bancos não sobem os juros, porque efetivamente têm muita liquidez, o estimulo que precisam (ja que nem o BCE nem o BP são capazes de o dar), é que as pessoas usem os seus depósitos (que estão a desvalorizar BTW) e os invistam em outro lado.

    O estado remunera assim os depósitos por 2 motivos essenciais:
    1. Acredito que lhe saia mais barato- Uma vez que grande parte dos aforradores deixa lá ficar os certificados 10 anos.
    2. neste momento é importante estimular o aforro para controlar a inflação.



    Sim, sim. Só estava a concordar consigo.





    Quantas pessoas é que o NTORION conhece que em início de vida vão logo pedir um crédito? Até porque têm de ter no mínimo os 20% mais impostos?

    Um país já de si pobre, em que os mais jovens para além de receberem pouco e terem trabalhos precários, não conseguem sequer pagar uma habitação (renda ou aquisição). O NTORION acha que a solução é abdicarmos de mais ainda?
    Eu comecei a minha vida profissional em 2010, e comi o pão que o diabo amassou naqueles primeiros 4 anos. Se começasse hoje, os primeiros 4 anos, acho que seriam muito piores ainda. Não vejo como é que, sujeitar a classe trabalhadora, sobretudo à mais jovem, a uma perda ainda maior de qualidade de vida, vai resolver os nossos problemas de produtividade.
    Temos de produzir mais sim. Mas o caminho não é certamente a continuar a perder o "talento". As empresas se querem ser mais produtivas, têm de reter o talento.
    Qualquer jovem português que sai daqui e se safa bem enquanto profissional em qualquer pais da europa ou do mundo safar-se-ia de igual modo em Portugal, assim houvesse vontade.
    Já tive oportunidade de dizer, que certa de 70% dos meus colegas do secundário emigraram. Nenhum deles tem perspectivas de voltar, porque os anos que por cá andaram, a vida esteve estagnada em termos familiares, em termos profissionais, em termos financeiros. Não acredito mesmo que a solução passe por empobrecer ainda mais quem está a começar agora.

    Se me disser que a solução passa por mexer em alguns dos "direitos adquiridos" e que são claramente insustentáveis, já acredito mais.


    Cite lá a parte que eu disse que os bancos precisavam dos depósitos para dar crédito..

    Pois.. não disse.. você é que leu na diagonal como sempre faz..

    O que eu digo é que me parece correto que se as pessoas querem tirar o dinheiro dos bancos para os penalizar por não subirem as taxas, não faz sentido entrarem pela mesma porta para pedir empréstimo..

    Já que é pra bater o pé, vamos abandonar os bancos de vez, e não só no que nos convém..
  16. Colocado por: Bragas V
    Cite lá a parte que eu disse que os bancos precisavam dos depósitos para dar crédito..


    Colocado por: Bragas VAí está.. tiramos todos o dinheiro dos bancos e depois vamos pedir crédito ao Estado..

    Indiretamente é isso que está a sugerir: Se tirarmos de lá o dinheiro, não podemos lá ir pedir empréstimo, teríamos de ir ao estado (porque os bancos não teriam dinheiro para mos emprestar- interpretei eu). Se não foi isso que quis dizer, fui eu que interpretei mal (ás vezes lá acontece). Mas não caro Bragas V, não leio na diagonal. Ainda que possa ter interpretado errado esta sua frase, de facto pode-se inferir dela a minha interpretação.

    Colocado por: Bragas VO que eu digo é que me parece correto que se as pessoas querem tirar o dinheiro dos bancos para os penalizar por não subirem as taxas, não faz sentido entrarem pela mesma porta para pedir empréstimo..


    Mas porque não? Você vai lá fazer um negócio, e vai pagar por ele. Não vai lá pedir favor nenhum. O negócio para ser bom tem de ser uma situação win-win. O benefício não pode ficar todo para apenas um dos agentes económicos. Tem de ser vajtajoso para ambos. É só isso que eu estou a defender.

    Colocado por: Bragas VJá que é pra bater o pé, vamos abandonar os bancos de vez, e não só no que nos convém..
    Porque deveria abandonar um banco que para além de não me cobrar comissões, até me paga 5% de juros no depósito a prazo?

    A abandonar é aqueles que querem manter as condições praticadas de quando os juros eram negativos, quando já estamos numa realidade completamente diferente.
  17. Colocado por: Bragas VAí está.. tiramos todos o dinheiro dos bancos e depois vamos pedir crédito ao Estado..

    Você devia era reclamar do seu Estado ter um produto de investimento que remunera acima de 3,25%..

    Isso é que o devia preocupar..

    Além de ser concorrência algo desleal é um ato de gestão muito duvidoso.. o que vale é que o saco do Estado não tem fundo.. o fundo são os nossos bolsos..


    reclamar agora? está no factsheet que o yield é a euribor 3M + 1%. reclamar era quando isso foi decidido, sei lá quando.
    pela mesma lógica devemos todos reclamar das prestações do CH não?

    agora se o governo contou com essa despesa no orçamento de estado...
  18. Colocado por: buraburamono

    reclamar agora? está no factsheet que o yield é a euribor 3M + 1%. reclamar era quando isso foi decidido, sei lá quando.
    pela mesma lógica devemos todos reclamar das prestações do CH não?

    agora se o governo contou com essa despesa no orçamento de estado...


    Os que se queixam da inflação e tentam fugir da mesma ao meter o dinheiro em Certificados de Aforro, provavelmente não compreendem que a unica maneira do estado pagar os juros dos certificados é pedir mais dinheiro ao banco central (mais inflação), ou taxar ainda mais os contribuintes.

    Outra lógica que não compreendo é: Se uma empresa apresentasse resultados negativos (défice orçamental) e fosse gerida por um CEO incompetente (PS ou PSD), iam a correr comprar mais ações da mesma?
 
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