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  1.  # 1

    Olá!

    Tenho explorado bastante este fórum nos últimos tempos e com isso aprendi mesmo muito. Contudo, o que aprendi não é suficiente para clarificar em pleno uma questão que me tem estado a acossar. Por isso, lanço aqui o que me apoquenta, na esperança de poder ser agraciada com alguma opinião, parecer, advertência até, dos utilizadores do Fórum da Casa, especialmente dos mais experientes e conhecedores.

    Ora bem... Há cerca de 16 anos que os meus pais detêm um crédito à habitação com taxa variável. Ao longo destes anos todos, os pagamentos mensais ao banco foram sendo feitos, facilmente antes da crise do início dos 2010, e a partir daí, umas vezes de forma mais complicada que outras. Durante a famigerada pandemia de há uns tempos, usufruíram da moratória ao pagamento dos créditos à habitação que muitas instituições bancárias implementaram. Porém, assim que a moratória cessou, pode-se dizer que a amortização do crédito regressou com vontade de vingança, sobretudo com as subidas sucessivas das taxas Euribor. Eis que neste momento, a quantia que mensalmente os meus pais estão compelidos a pagar excede substancialmente a sua capacidade financeira, rondando os €800 (e com tendência a subir num futuro não muito longínquo). Segundo o meu pai, já não é possível renegociar mais o crédito junto da instituição que o concedeu, mas não tenho a certeza se realmente se fez tudo o que era possível para evitar esta dificuldade. Infelizmente, o mecanismo de cooperação do meu pai com situações complicadas é ser avestruz.

    Enquanto única descendente e herdeira, e não querendo que os meus pais entrem em incumprimento, quero ajudá-los a descalçarem esta bota, com o mínimo de dano para mim e para a minha família. Só que não consigo assumir o pagamento deste crédito ao mesmo tempo que tenho uma renda de casa pouco mais barata que o mesmo. A solução sugerida pelos os meus pais é que nós (eu e o meu marido) assumíamos o pagamento do crédito, mudávamo-nos para casa deles e construíamos uma casa mais pequena no quintal para lá residirem, pois já têm ambos 60+ anos e não precisam de mais espaço.

    Por muito que gostasse de lhes fazer a vontade e sobretudo de evitar que deixem de ter onde morar, não consigo deixar de me sentir desconfortável com esta possibilidade. Para construir um segundo fogo (que é possível, já fomos à CM local esclarecer isso), eu teria de solicitar um outro crédito à habitação. Ora eu moro em casa arrendada precisamente porque não reúno condições para obter crédito para adquirir uma casa (o que consegui poupar nos últimos 4 anos para dar como entrada não é suficiente nas condições do mercado imobiliário actual), logo duvido seriamente que conseguirei obtê-lo para construir uma casa, ainda que singela e sem necessidade de adquirir primeiro o terreno.

    Estou emocionalmente envolvida nisto mas apesar disso (ou se calhar por causa disso), sinto dificuldades em pensar em soluções alternativas. Daí ter iniciado esta discussão: tenho a esperança de aqui conseguir diferentes noções provenientes de pessoas que conseguem ter um ponto de vista objectivo.

    O que fariam? Estou mesmo interessada em conhecer as vossas ideias.
  2.  # 2

    Colocado por: InicialO que fariam? Estou mesmo interessada em conhecer as vossas ideias.
    Antes de mais os seus pais deveriam falar com o banco. Alertar, antes de haver qualquer falha na prestação, que estão a ficar numa situação financeira muito precária e portanto solicitam uma renegociação.



    Colocado por: InicialA solução sugerida pelos os meus pais é que nós (eu e o meu marido) assumíamos o pagamento do crédito, mudávamo-nos para casa deles e construíamos uma casa mais pequena no quintal para lá residirem, pois já têm ambos 60+ anos e não precisam de mais espaço.
    Se tivesse o dinheiro para mandar fazer o anexo, ainda seria solução a pensar. Não tendo, o melhor é mesmo não se por em aventuras.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  3.  # 3

    e o seu pai está comtemplado pelos critérios que obrigam os bancos a renegociar os créditos?


    existem outros créditos que sejam possíveis de conciliar baixando o valor mensal?


    quanto à ideia do seu pai, desculpe que lhe diga, acho-a disparatada.
    se não tem dinheiro como vai construir a segunda habitação, com outro crédito habitação? mas o terreno onde a vai construir já está hipotecado pelo crédito habitação atual. isto sem falar se o terreno terá mais capacidade construtiva que permita essa segundo edifício.

    geralmente estes casos bicudos são resolvidos com soluções radicais ou pouco ortodoxas tais como irem todos morar na casa do seu pai, ou o seu pai vender a casa
    Concordam com este comentário: macinblack, reversível
    •  
      marco1
    • 2 março 2023 editado

     # 4

    é complicado, assim á primeira tem de passar mesmo por reduzir despesas drasticamente.
    depois há uma série de pormenores que por aqui desconhecemos que poderiam enunciar alguma solução,
    por exemplo qual é o grau de convivencia entre o seu agregado e os seus pais?
    a casa dos seus pais tem condições que com algumas alterações pudesse dar para todos?
    seria viável para o seu agregado fazer uma mudança face á localização profissionalmente e não só?
    a região tem alguma oferta em termos de arrendamento simpatico de uma casa pequena para os seus pais? eles conseguiriam emocionalmente dar esse passo?
    enfim não desanime isto há-de passar e melhores dias virão.
    entretanto lá por fora vê-se coisas assim
    https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/jovem-constr%C3%B3i-mini-casa-no-jardim-e-vive-praticamente-de-borla/ar-AA1801Bv?ocid=msedgntp&cvid=fcd3de98a05f437693152d33aff243cc&ei=17
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Inicial
  4.  # 5

    Se fosse a si mudava para a casa dos pais e deixava de pagar renda.
    Tentava aprovar num banco um credito habitacao(ch) para comprar a casa aos pais. Esse ch seria pelo valor em divida mais o necessario para construir um pequeno anexo (nao pequena casa)para os seus pais viverem com todas as comodidades necessarias.
    Se esse ch originar uma prestacao mais baixa que a sua atual renda, melhora a sua liquidez, os seus pais deixam de ter a pressao de pagarem ao banco 800€. E passa a ter uma casa para a sua família.
    Contudo, é necessario perceber se ambas as familias estarao preparadas para aceitar uma situação destas.
    Se calhar com 20k consegue fazer um pequeno anexo com wc,cozinha/sala e 1 quarto.
    Concordam com este comentário: Dani, N Miguel Oliveira, tc82
    • Dani
    • 2 março 2023

     # 6

    Colocado por: InicialOlá!

    Tenho explorado bastante este fórum nos últimos tempos e com isso aprendi mesmo muito. Contudo, o que aprendi não é suficiente para clarificar em pleno uma questão que me tem estado a acossar. Por isso, lanço aqui o que me apoquenta, na esperança de poder ser agraciada com alguma opinião, parecer, advertência até, dos utilizadores do Fórum da Casa, especialmente dos mais experientes e conhecedores.

    Ora bem... Há cerca de 16 anos que os meus pais detêm um crédito à habitação com taxa variável. Ao longo destes anos todos, os pagamentos mensais ao banco foram sendo feitos, facilmente antes da crise do início dos 2010, e a partir daí, umas vezes de forma mais complicada que outras. Durante a famigerada pandemia de há uns tempos, usufruíram da moratória ao pagamento dos créditos à habitação que muitas instituições bancárias implementaram. Porém, assim que a moratória cessou, pode-se dizer que a amortização do crédito regressou com vontade de vingança, sobretudo com as subidas sucessivas das taxas Euribor. Eis que neste momento, a quantia que mensalmente os meus pais estão compelidos a pagar excede substancialmente a sua capacidade financeira, rondando os €800 (e com tendência a subir num futuro não muito longínquo). Segundo o meu pai, já não é possível renegociar mais o crédito junto da instituição que o concedeu, mas não tenho a certeza se realmente se fez tudo o que era possível para evitar esta dificuldade. Infelizmente, o mecanismo de cooperação do meu pai com situações complicadas é ser avestruz.

    Enquanto única descendente e herdeira, e não querendo que os meus pais entrem em incumprimento, quero ajudá-los a descalçarem esta bota, com o mínimo de dano para mim e para a minha família. Só que não consigo assumir o pagamento deste crédito ao mesmo tempo que tenho uma renda de casa pouco mais barata que o mesmo. A solução sugerida pelos os meus pais é que nós (eu e o meu marido) assumíamos o pagamento do crédito, mudávamo-nos para casa deles e construíamos uma casa mais pequena no quintal para lá residirem, pois já têm ambos 60+ anos e não precisam de mais espaço.

    Por muito que gostasse de lhes fazer a vontade e sobretudo de evitar que deixem de ter onde morar, não consigo deixar de me sentir desconfortável com esta possibilidade. Para construir um segundo fogo (que é possível, já fomos à CM local esclarecer isso), eu teria de solicitar um outro crédito à habitação. Ora eu moro em casa arrendada precisamente porque não reúno condições para obter crédito paraadquiriruma casa (o que consegui poupar nos últimos 4 anos para dar como entrada não é suficiente nas condições do mercado imobiliário actual), logo duvido seriamente que conseguirei obtê-lo paraconstruiruma casa, ainda que singela e sem necessidade de adquirir primeiro o terreno.

    Estou emocionalmente envolvida nisto mas apesar disso (ou se calhar por causa disso), sinto dificuldades em pensar em soluções alternativas. Daí ter iniciado esta discussão: tenho a esperança de aqui conseguir diferentes noções provenientes de pessoas que conseguem ter um ponto de vista objectivo.

    O que fariam? Estou mesmo interessada em conhecer as vossas ideias.





    Já que é a única filha e herdeira , o que poupou nos últimos 4 anos poderia amortizar parte da dívida ao banco , e baixar a prestação da casa .
    • AMVP
    • 2 março 2023

     # 7

    E is seus pais, para ja, arremdarem parte da casa? Nao e bom mas pelo menos sempre entrava mais algum enquanto pensam na solucao.
  5.  # 8

    Colocado por: pauloagsantose o seu pai está comtemplado pelos critérios que obrigam os bancos a renegociar os créditos?


    Pois, neste momento os bancos são obrigados, por lei, a renegociar.
  6.  # 9

    Colocado por: SirruperSe fosse a si mudava para a casa dos pais e deixava de pagar renda.
    Tentava aprovar num banco um credito habitacao(ch) para comprar a casa aos pais. Esse ch seria pelo valor em divida mais o necessario para construir um pequeno anexo (nao pequena casa)para os seus pais viverem com todas as comodidades necessarias.
    Se esse ch originar uma prestacao mais baixa que a sua atual renda, melhora a sua liquidez, os seus pais deixam de ter a pressao de pagarem ao banco 800€. E passa a ter uma casa para a sua família.
    Contudo, é necessario perceber se ambas as familias estarao preparadas para aceitar uma situação destas.
    Se calhar com 20k consegue fazer um pequeno anexo com wc,cozinha/sala e 1 quarto.


    Parece-me boa ideia.

    Outra solução poderia ser simplesmente reorganizar o interior da casa, eventualmente ampliando-a um pouco. Permitindo dividir o espaço em dois fogos autónomos. Poderia ficar mais barato que o anexo e com jeito evitar pedir novo empréstimo. Usava as poupanças para as obras, deixava de pagar a renda, e passava a pagar a prestação ao banco, eventualmente, você uma parte, e os seus pais outra parte. No fundo, seria densificar o terreno/casa. Isto assumindo que se pagam 800€/mês, imagino que a casa não seja propriamente pequena...
  7.  # 10

    Outra ideia, e caso fosse possível, poderia fazer destaque de parte do terreno e vendê-lo por exemplo.
  8.  # 11

    Os seus pais que vendam a casa.
    Concordam com este comentário: Nostradamus, reversível
  9.  # 12

    O que está a pesar na prestação é o seguro de vida? Veja com um mediador se ajuda transferir crédito com seguro á parte. Acaso é na CGD?
  10.  # 13

    Colocado por: rjmsilvaOs seus pais que vendam a casa.
    .... e apliquem as mais valias a comprar uma palete de chapa zincada,sem isolamento que é mais barata, e uma palete de barrotes de madeira tratada, que podem vir a dar jeito.


    Vender a casa resolve o problema da prestação, não resolve é o problema da habitação dos pais da user.

    É de facto um problema bicudo.
  11.  # 14

    Colocado por: HAL_9000.... e apliquem as mais valias a comprar uma palete de chapa zincada,sem isolamento que é mais barata, e uma palete de barrotes de madeira tratada, que podem vir a dar jeito.


    Vender a casa resolve o problema da prestação, não resolve é o problema da habitação dos pais da user.

    É de facto um problema bicudo.


    Dependendo de onde morem, deve ser possível encontrar uma casa para arrendar por menos de 800 euros.
  12.  # 15

    Colocado por: rjmsilvadeve ser possível encontrar uma casa para arrendar por menos de 800 euros.
    Acredito que sim, é uma opção. Se bem que o mercado de arrendamento tb não está muito estável.

    Mas estava a pensar, se o empréstimo foi feito há 16 anos e ainda tem uma prestação na ordem dos 800 euros. Das duas uma: ou se trata de uma casa grande (e nesse caso a user podia de facto considerar a possibilidade de se mudar para cada doa pais e ajudar a pagar a prestação, no sentido de assegurar o imóvel para o futuro), ou é uma casa muito bem localizada,e aí para ter uma renda mais em conta os pais teriam de se mudar para outra zona mais em conta (basicamente é o que já fazemos os mais jovens hoje em dia).

    Mas sim, em última opção é melhor os pais venderem do que falharem a prestação ao banco.
  13.  # 16

    Eu ia viver para lá poupava uns valentes dinheiros e é uma situação temporária vejo como uma oportunidade
  14.  # 17

    Colocado por: InicialA solução sugerida pelos os meus pais é que nós (eu e o meu marido) assumíamos o pagamento do crédito, mudávamo-nos para casa deles e construíamos uma casa mais pequena no quintal para lá residirem, pois já têm ambos 60+ anos e não precisam de mais espaço.


    Colocado por: Inicialconstruir um segundo fogo (que é possível, já fomos à CM local esclarecer isso)


    Brincalhões os seus pais.

    Livram-se das suas responsabilidades, passando-as à herdeira, e ainda ganham uma casa gratuita.

    Os seus pais com +60 anos ja perceberam que daqui a meia dúzia de anos, com as suas reformas não vão conseguir suportar essa casa. A escolha racional é vender isso já.

    No entanto se eles querem seguir a ideia de construir nas traseiras do lote, fazem já um destaque no terreno actual, salvaguardam esse terreno para eles, de seguida vendem a casa, e constroem um pequeno T1 de 70m² no terreno. 100 000€ devem chegar para essa obra. Falta saber se a venda permite pagar as dividas e construir sem ficar novamente com dividas.

    Ou então compra você a casa por um valor simbólico (e não valor de mercado), de forma a permitir que os pais paguem o crédito e investir no tal T1. Nem sei se seria possivel, não sabemos o montante em divida nem as suas capacidades financeiras.
  15.  # 18

    Colocado por: SirruperSe fosse a si mudava para a casa dos pais e deixava de pagar renda.
    Tentava aprovar num banco um credito habitacao(ch) para comprar a casa aos pais. Esse ch seria pelo valor em divida mais o necessario para construir um pequeno anexo (nao pequena casa)para os seus pais viverem com todas as comodidades necessarias.
    Se esse ch originar uma prestacao mais baixa que a sua atual renda, melhora a sua liquidez, os seus pais deixam de ter a pressao de pagarem ao banco 800€. E passa a ter uma casa para a sua família.
    Contudo, é necessario perceber se ambas as familias estarao preparadas para aceitar uma situação destas.
    Se calhar com 20k consegue fazer um pequeno anexo com wc,cozinha/sala e 1 quarto.
    Concordam com este comentário:Dani,N Miguel Oliveira


    Subscrevo este post.
  16.  # 19

    Os bancos tipicamente recusam fazer CH em compras entre familiares directos.
    Se há espaço para construir, e porque não uma casa pré-fabricada? Como solução temporária parece-me bem mais em conta. Vejo casas dessas a 20k, e aí seria provavelmente apenas obras para fazer o saneamento.
    Concordam com este comentário: Dani
  17.  # 20

    Colocado por: InicialOlá!

    (...) já têm ambos 60+ anos e não precisam de mais espaço.



    Está aqui a solução. Fazer downgrade da casa. Provavlmente nesta fase da vida um T2 ou mesmo T1 seria o suficiente. Tente uma permuta para poupar sobre o IMT.

    Esqueça os comentários que "as casas estão muito caras". Está a trocar bens dentro do mesmo tipo de mercado. Compra mais caro, mas também vende mais caro.

    Devido à idade até conseguem aplicar as mais valias que sobrarem num PPR ou semelhante como complemento à reforma, o que lhes vai trazer ainda mais qualidade de vida.
 
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