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    • AMG1
    • 18 março 2023

     # 81

    Colocado por: buraburamono

    enfim, se vai continuar a responder aos meus comentários com argumentos ad hominem deixe estar e não ocupe espaço no tópico.


    Deixe-me devolver o seu conselho e pedir-lhe, que se tiver mesmo interesse em trocar opiniões de forma construtiva, talvez seja relevante responder a duas questões que coloquei, mas que aparentemente ignorou.

    1. Você também defende que a europa deve aumentar a sua autonomia energética, no que estamos de acordo, mas depois menciona o sobreinvestimento em energias limpas e o subinvestimento em energias fósseis. Ora a questão é que investimentos são esses que devem ser feitos em energias fósseis, para aumentar a autonomia energetica da europa, tendo em conta a reduzida capacidade de produção de petróleo e gás, com a excepção óbvia da Noruega, que nem está na UE?

    2. Você entende que os triliões do Bernanke estão na origem da actual situação, proposição de que nao discordo, mas esse não é o tema, porque não só existem outras causas, como mesmo esta poderia ter sido evitada se tivesse havido vontade de o fazer durante a última década e essa falta de vontade já nao lhe pode ser assacada.
    Mas se nao concorda com a solução encontrada pelo Bernanke, na altura, o que é que teria sido melhor, deixar implodir o sistema financeiro americano?
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  1.  # 82

    Colocado por: AMG1

    Afinal sempre parece que o homem para banana até parece ter opiniões fortes sobre muita coisa.
    Você nao gosta delas, e está no seu pleno direito, mas lamento informá-lo que só isso não as torna erradas.
    Mas concordo consigo numa coisa, em materia de humildade ele nao ficou a dever nada ao criador, mas isso é o que nao falta, até por aqui.


    você literalmente atacou a minha opinião sem fundamento nenhum (foi porque chamei banana lol?), e agora diz que afinal já tenho direito à opinião?
    As opiniões fortes do stiglizts não estão erradas? não sei se sabe mas anos depois desse artigo o fannie mae literalmente implodiu e causou uma das piores crises financeiras da história.

    Mais pérolas do comparsa:

    Em 2007 faz grandes elogios ao modelo económico da Venezuela 🤡 https://venezuelanalysis.com/news/2719

    O colapso do SVB foi por causa do Jerome Powell! 🤡😂 https://eco.sapo.pt/2023/03/15/colapso-do-svb-deveu-se-a-acao-da-fed-defende-joseph-stiglitz/
    Como se isto não tivesse sido a subida de juros mais telegrafada da história, antecipada pelo FED há mais de um ano. Os artistas do SVB tinham um portfolio de obrigações alavancado muito acima dos níveis de risco sem qualquer hedging!!! caso claríssimo de negligência e sabe-se lá mais o quê.
  2.  # 83

    Colocado por: AMG1

    Deixe-me devolver o seu conselho e pedir-lhe, que se tiver mesmo interesse em trocar opiniões de forma construtiva, talvez seja relevante responder a duas questões que coloquei, mas que aparentemente ignorou.

    1. Você também defende que a europa deve aumentar a sua autonomia energética, no que estamos de acordo, mas depois menciona o sobreinvestimento em energias limpas e o subinvestimento em energias fósseis. Ora a questão é que investimentos são esses que devem ser feitos em energias fósseis, para aumentar a autonomia energetica da europa, tendo em conta a reduzida capacidade de produção de petróleo e gás, com a excepção óbvia da Noruega, que nem está na UE?

    2. Você entende que os triliões do Bernanke estão na origem da actual situação, proposição de que nao discordo, mas esse não é o tema, porque não só existem outras causas, como mesmo esta poderia ter sido evitada se tivesse havido vontade de o fazer durante a última década e essa falta de vontade já nao lhe pode ser assacada.
    Mas se nao concorda com a solução encontrada pelo Bernanke, na altura, o que é que teria sido melhor, deixar implodir o sistema financeiro americano?


    1. A Europa é super dependente de energias fósseis. O caso da Alemanha é chocante. Que trabalho foi feito para mitigar isto na última década? Abracinhos com o Putin e campanhas de energias verdes para mostrar que somos bons meninos e que um dia vamos suportar a economia com ventoinhas em cima do monte.
    Na minha opinião, como escrevi atrás, nuclear é melhor hipótese por ordens de magnitude.

    2. O Bernanke sim senhor salvou a economia a curto prazo. No entanto o bailout dos bancos com práticas completamente imbecis abriu um precedente terrível de moral hazard. Bancos podem fazer o que lhes apetece que são sempre safos. Não lhe sei dizer o que aconteceria se tivessem deixado os bancos arder, mas às vezes é melhor começar da estaca zero quando há demasiada podridão no sistema.
    QE como foi feito é basicamente chutar a lata para a frente. Apenas continua a dar a ilusão de que as coisas funcionam, ao mesmo tempo que criou uma disparidade de riqueza na sociedade surreal. O último apaga a luz.
    • AMG1
    • 18 março 2023

     # 84

    Colocado por: HAL_9000Por acaso teve piada :)

    Mas tb fiquei curioso, se um economista "seguidor" do Adam Smith receber visitas inesperadas para o jantar, como faz?


    Provável seguidor da "selecção natural", provavelmente a primeira reação dever ser decidir se vale a pena alimenta-lo.
    • AMG1
    • 18 março 2023

     # 85

    Colocado por: buraburamono

    1. A Europa é super dependente de energias fósseis. O caso da Alemanha é chocante. Que trabalho foi feito para mitigar isto na última década? Abracinhos com o Putin e campanhas de energias verdes para mostrar que somos bons meninos e que um dia vamos suportar a economia com ventoinhas em cima do monte.
    Na minha opinião, como escrevi atrás, nuclear é melhor hipótese por ordens de magnitude.


    Pois, mas falou em subinvestimento em energias fósseis na europa, afinal parece que tinha em vista a colossal asneira dos governos da CDU na Alemanha, quando abandonaram a energia nuclear em detrimento do gás russo. Curioso é que em vez de dizer isso mesmo, põe em causa a necessidade da transição energética e pelo caminho ainda aproveita para insultar quem a defende. Claro que se é essa a sua opinião, ainda bem que a expressa, mas se quer apontar culpados também convém apontar os verdadeiros responsáveis.

    Ja agora, também vale a pena ter em conta que nem todos os governos europeus foram assim tão irresponsáveis quanto os da sra. Merkle. Verá p.e. que mesmo governos mais alinhados com o pensamento do "banana" Stiglitz (a Suécia p.e.) não se atiraram para os braços do sr Putin, como o fizerem outros bem mais conservadores. Ja nem falo desse inefável Vítor Orban, que aparentemente pretende construir uma central nuclear com tecnologia...russa.
    • AMG1
    • 18 março 2023

     # 86

    Colocado por: buraburamono

    2. O Bernanke sim senhor salvou a economia a curto prazo. No entanto o bailout dos bancos com práticas completamente imbecis abriu um precedente terrível de moral hazard. Bancos podem fazer o que lhes apetece que são sempre safos. Não lhe sei dizer o que aconteceria se tivessem deixado os bancos arder, mas às vezes é melhor começar da estaca zero quando há demasiada podridão no sistema.
    QE como foi feito é basicamente chutar a lata para a frente. Apenas continua a dar a ilusão de que as coisas funcionam, ao mesmo tempo que criou uma disparidade de riqueza na sociedade surreal. O último apaga a luz.


    Concordo a 100% consigo, por isso e que nao percebo porque resolveu culpar e até insultar o Bernanke que saiu da FED há quase 10 anos e não quem, nesse periodo, nao soube, ou nao quis, fazer o desmame dos banqueiros e governos irresponsáveis e com isso evitar boa parte da desgraça que atravessamos.
    Ja agora, também convém ter em conta que se a trajectoria na disparidade da riqueza, se agravou nos ultimos anos, a verdade, é que esse caminho ja vinha de trás, o que pode indiciar que talvez nao seja o remédio para crise financeira a pricipal causa dessa situação.
  3.  # 87

    Colocado por: HAL_9000Então por um lado não há alternativas a aumentar os juros porque existe "excesso de liquidez", impõe-se sacríficios desmesurados às famílias, transfere-se capital de quem está dependente dos rendimentos do trabalho para uma minoria que acumula capital, porque lá está: não há alternativa.


    Bem, hoje o JN diz que está tudo lotado para as férias da Pascoa, do Norte ao Sul. Que para voos internacionais também está tudo esgotado, sobram meia duzia de vagas para destinos menos cotados... não se têm notado muito esses sacrificios todos.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
    • NMGS
    • 18 março 2023

     # 88

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Bem, hoje o JN diz que está tudo lotado para as férias da Pascoa, do Norte ao Sul. Que para voos internacionais também está tudo esgotado, sobram meia duzia de vagas para destinos menos cotados... não se têm notado muito esses sacrificios todos.


    Pois bem, neste caso porque andamos a pagar apoios sociais como vamos pagar? Pagamos as casas e rendas para irem passar férias?
    Concordam com este comentário: HAL_9000
    • NMGS
    • 18 março 2023

     # 89

    Colocado por: PedroNunes24

    Nem eles sabem.

    Não só isso, mas os próprios comentários do BCE são assustadores:

    Se a turbulência no setor bancário se agudizar, o BCE pode fazer uma pausa nos juros pois a própria crise se encarregará de pressionar a inflação em baixa.

    É precisamente o oposto.Para safar a crise bancária, recorrendo à injeção de capital, a inflação vai subir!

    https://eco.sapo.pt/2023/03/17/bce-abre-a-porta-a-fim-de-ciclo-na-subida-de-juros/


    Em princípio o que essa frase reflete é, uma crise bancária corresponde a menos capacidade para as entidades bancárias emprestarem dinheiro a famílias e empresas, pela sua necessidade de fortalecer a capacidade financeira, o que por sua vez diminui a disponibilidade de dinheiro e faz com que exista menos dinheiro em circulação, coisa que acaba por diminuir o consumo, ou seja reduzir a inflação.
  4.  # 90

    ... não se têm notado muito esses sacrificios todos.
    Confesso que também é um mistério para mim. Haverá muita gente que terá essa disponibilidade financeira, mas tb há quem faça créditos para ir de férias ( nunca percebi).


    Mas também leio outras coisas:

    “Consumo das famílias em bens alimentares recuou 2,3% em termos reais em 2022, a maior queda desde o início da série em 1995 e a primeira desde os anos troika, em 2012. Gastaram mais mas levaram menos produtos para casa”

    https://expresso.pt/economia/2023-03-03-Familias-cortam-na-alimentacao-pela-primeira-vez-em-dez-anos-f829c244

    “Fazem contas à vida. Reduziram as compras alimentares, não saem com amigos e ponderam regressar para a casa dos pais. Saiba como o aumento de custo de vida mudou as rotinas de oito jovens”
    https://expresso.pt/geracao-e/2023-03-17-Vivem-sem-luxos-e-reduzem-no-cabaz-alimentar-oito-jovens-contam-como-o-aumento-de-precos-lhes-mudou-o-dia-a-dia-6ec91375

    “Cerca de três quartos (74%) das famílias enfrentam, todos os meses, dificuldades financeiras, sendo que 8% se encontram em situação crítica para pagar todas as despesas ditas essenciais (mobilidade, alimentação, saúde, habitação, lazer e educação). É preciso recuar a 2018 (77%) para encontrar as famílias neste nível de dificuldade.”
    https://eco.sapo.pt/2023/03/15/tres-em-cada-quatro-familias-com-dificuldades-em-pagar-as-contas/
  5.  # 91

    Colocado por: NMGSPois bem, neste caso porque andamos a pagar apoios sociais como vamos pagar? Pagamos as casas e rendas para irem passar férias?


    Colocado por: HAL_9000Confesso que também é um mistério para mim. Haverá muita gente que terá essa disponibilidade financeira, mas tb há quem faça créditos para ir de férias ( nunca percebi).


    Mas duvidam que muitos dos apoiados estarão na fila para fazer o check-in?

    Ainda assim, se o consumo recua 2 ou 3% não me parece que isso signifique "desmesurados sacrifícios às famílias"... ou que vai tudo passar fome ou perder a casa. Muito menos àquelas famílias que levaram anos a surfar na onda dos juros nulos ou negativos... ou que fruto da inflação possuam agora um bem que vale bem mais do que custou... para que ainda por cima sejam ajudados pelo pai-Estado.
  6.  # 92

    Colocado por: N Miguel Oliveira



    Mas duvidam que muitos dos apoiados estarão na fila para fazer o check-in?

    Ainda assim, se o consumo recua 2 ou 3% não me parece que isso signifique "desmesurados sacrifícios às famílias"...
    Acho que o N Miguel Oliveira não tem bem noção do poder de compra de uma família portuguesa, que já d3 si é ridículo, e em queda há duas décadas . Qualquer corte nesse poder de compra implica sim sacrifícios sem sentido.

    Grande parte das pessoas que estão a ir de férias, tb podem ser marmanjos que moram com os paizinhos, porque não conseguem manter-se sozinhos. Não diria que andam fartos de dinheiro, agora poderá haver aqui algumas prioridades trocadas.



    Colocado por: N Miguel Oliveira



    ... ou que vai tudo passar fome ou perder a casa. Muito menos àquelas famílias que levaram anos a surfar na onda dos juros nulos ou negativos... ou que fruto da inflação possuam agora um bem que vale bem mais do que custou... para que ainda por cima sejam ajudados pelo pai-Estado.
    Para o N Miguel Oliveira, parece que o ideal, é só deixar as pessoas o suficiente para comer. Desde que ainda dê para o pão, não estão a fazer sacrifícios. Qualidade de vida? Lazer? Cultura? Tempo de qualidade com a família?
    Para quê? Burgueses agora…

    Quanto ao “àquelas famílias que levaram anos a surfar na onda dos juros nulos ou negativos... ou que fruto da inflação possuam agora um bem que vale bem mais do que custou..”, se era assim uma oportunidade tão boa, e você não aproveitou, foi bem burro Miguel. O facto de os preços terem inflacionado a custa desses juro negativos, ao mesmo tempo que os salários estagnavam, não interessa para nada para a equação . Depois é ótimo ter um bem que vale bem mais do que custou….se o conseguir pagar. Além de que o que esse bem “custou”, não é o valor da escritura, mas sim esse valor mais juros, que como sabe agora estão baratinhos. Quem comprou de 2019 para cá, é que imagino que sejam os mais afectados, não diria que “levaram anos” a aproveitar, ainda que fruto dos juros baixos, tenham tido capacidade para se endividar.

    Agora concordo que não faz sentido andar a ajudar com subsídios apenas algumas pessoas. A Única solução aceitável era de facto através da dedução dos juros\rendas para todos. Quem não ganha o suficiente para pagar IRS, então poder-se-ia pensar em outras soluções quando a taxa de esforço fosse muito elevada.

    Agora assim? Neste momento, para além de ter de pagar o meu aumento de juros, ainda tenho de ajudar a pagar a renda ao Manel, e a prestação a Maria. Por causa disso, eu não vou de férias, mas se calhar o Manel e a Maria, até vão.

    Até digo mais, se não não os salários que estão a pressionar a inflação, então se o dinheiro desvalorizou, os salários têm de aumentar. É que se aumentarem, ninguém precisa de ajuda para nada.
  7.  # 93

    Colocado por: HAL_9000O facto de os preços terem inflacionado a custa desses juro negativos, ao mesmo tempo que os salários estagnavam, não interessa para nada para a equação


    Não. Nadinha.

    Colocado por: HAL_9000Até digo mais, se não não os salários que estão a pressionar a inflação, então se o dinheiro desvalorizou, os salários têm de aumentar. É que se aumentarem, ninguém precisa de ajuda para nada.


    Se as casas não custassem o que agora custam, provavelmente não precisava de ajuda para nada tampouco. Sempre pode ver pelos dois lados.

    Mas se não consegue ligar o aumento do preço das casas com os juros demasiado baixos, tudo bem então. Os demais é que foram "burros".
  8.  # 94

    Colocado por: HAL_9000Agora assim? Neste momento, para além de ter de pagar o meu aumento de juros, ainda tenho de ajudar a pagar a renda ao Manel, e a prestação a Maria. Por causa disso, eu não vou de férias, mas se calhar o Manel e a Maria, até vão.

    Esse é principio básico do socialismo...
    Concordam com este comentário: DR1982, Zarb, HAL_9000, N Miguel Oliveira
    • NMGS
    • 19 março 2023 editado

     # 95

    Não diria que existam burros, existem sim aqueles que devido ao conhecimento profissional tomam opções baseadas na evidência, aqueles que pretendem tomar decisões informadas e procuram por saber, e ainda existem os "depois logo se vê" que é uma boa maioria.
    Portanto,por norma estes últimos são os mesmos que com um crédito habitação por 350€ mês decidem que ainda suportam mais 300€ de prestação de um carro novo, quando o anterior chegava para as necessidades, são aqueles que são incentivados pelo padrão comunicacional e social para adquirir um telemóvel novo por 1000€ adquirem, quando no limite optam por um crédito cofidis ou afins, posteriormente chegam à worten compram uma tv 8k por 1000€ com crédito....estes mesmos que agora oferecemos ajuda social para continuarem a consumir.
    Os depois logo se vê são aqueles que em boa medida apenas tomam atenção quando chegou à sua carteira, ora quando assim é já será tarde.
    Este tipo de pessoas por norma no máximo são alertadas pelas vozes políticas que andaram adormecidas e assim continuam para beneficio da receita de impostos que até são uma mais valia para diminuir a divida em %PIB, de forma a minimizar as consequenciais de refinanciamento.
    Mais para cá mais para lá, a inflação só baixa com diminuição de consumo ou aumento de oferta, sendo que esta última carece de financiamento que em crise económica é mais complicado obter por parte de todos os envolvidos.
    A meu ver, as medidas de apoio seriam para incentivar a produção/oferta, e não em apoios sociais que alimentam o consumo e a permanência da inflação. Como para os políticos interessa impostos (receita) e votos, com estes apoios sociais é isso que ambicionam.
    É sabido, e já se falou por aqui, o que alimentou esta situação foi o Q.E após 2012 e os apoios durante a pandemia, que levaram a um aumento da inflação sujacente, que continua a aumentar atualmente. Ainda antes da guerra na Ucrânia já a inflação cavalgava mas os bancos centrais insistiram que a inflação era temporária, que era um problema apenas de produção/oferta, e que continuaram a "atirar notas" para o incêndio, os mesmos que posteriormente reagiram tarde . Depois com o inicio da guerra na ucrânia a mesma gerou um aumentou da inflação que teve especial impacto do aumento dos produtos energéticos e alimentares. Ora atualmente existe uma correção na inflação com a normalização da situação da ucrânia (sector energético), ainda assim o problema da subjacente alimentada pela excesso de dinheiro anterior a este episódio permanece.
    Ou seja, pelo que consta, se os bancos centrais agissem atempadamente neste momento a inflação estaria em metade, apenas com a correção da componente energética e alimentar. Acontece que a inflação subjacente é mais dependente na facilidade de financiamento e das alterações das taxas de juro.
    Portanto, esta manutenção da inflação sujacente acaba por incentivar a manutenção de taxas de juro altas por muito mais tempo, até que a inflação subjacente baixe para valores normalizados.
    Se as taxas de juro estivessem mais altas desde 2020 o sector imobiliário e outros já tinham abrandado, não existiria aumentos de 20% ao ano pela dificuldade de financiamento. Os próprios créditos pessoais baixavam e diminuíam o consumo, nunca chegaria a inflação a 10% e as taxas de juro aos 4% como será previsível. Assim como também não existiriam aqueles "investidores" ao qual compensava adquirir 4 ou 5 apartamentos para arrendar, que apenas conseguiam porque estavam com taxas negativas. Creio que isto foi um acreditar demasiado otimista, taxas negativas para sempre.
    O mercado imobiliário na Alemanha e EUA já apresentam uma correção, não será uma questão de se afeta o PT, é mais uma questão de quando? Nos primeiros meses de 2023 já existiu uma redução significativa de crédito habitação, embora por incrível que pareça, ou não, o crédito pessoal aumentou, o que poderá significar uma tentativa de fazer face aos novos aumentos do crédito habitação, mas como devem perceber a ser isto não desencadeará nada de bom.
    Aumentar os salários é uma decisão complexa, não digo que não se deva acompanhar em parte o aumento dos preços, mas por sua vez aumentos de salários permanentes é perpetuar a inflação, penso que não estou a dizer nada de novo. Neste sentido talvez seja uma das únicas vantagens dos apoios sociais não generalizados em vez de aumentos de salários generalizados.
    Concordam com este comentário: AMG1, ferreiraj125
  9.  # 96

    A sustentabilidade da dívida depende da sustentabilidade do investimento feito com o crédito obtido. É fundamental conseguir:
    1. pagar os juros,
    2. devolver o capital emprestado,
    3. gerar um valor extra que não existia antes do investimento e que se traduz num aumento da riqueza.

    Ora, se com o aumento da Euribor as famílias deixam de conseguir o #1 e #2, resta vender o investimento! Será a sabedoria do investimento (ou a falta dela) a ditar se ganham o "valor extra" e aumentam a riqueza, ou não.

    E, continuando com o raciocínio, com o aumento de preços na habitação que temos tido, diria que é garantido que qualquer família que tenha comprado há apenas 2 anos, consegue efectivamente esse "valor extra". Fica sem o investimento, mas também fica com mais dinheiro do que tinha antes, e, mais importante, fica com mais dinheiro do que se nunca tivesse contraído dívida. Ou seja, fica a ganhar.

    Por isso tenho alguma dificuldade em aceitar estes apoios do estado. É uma inversão moral dos objectivos de qualquer subsídio social..

    Tirando o factor emocional da questão, é isto.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  10.  # 97

    Colocado por: N Miguel OliveiraNão. Nadinha
    É a sua opinião, com a qual terei de discordar. Pela sua ordem de ideias, ainda se ganham 18 contos de salário, como em 1989, se com a inflação, apenas os preços, mas não os salários inflacionam.

    Se a política económica dos últimos 10 anos decidiu por um aumento da quantidade de moeda circulante, então essa quantidade de moeda não pode ao afetar aos preços, tem também de cehgar aos salários. E isso pelo menos em Portugal não ocorreu. Pior que isso tem-se perdido poder de compra de forma significativa nos últimos 20 anos.

    Bem sei que se podem ter criado mais empregos,mas empregos com ordenados de miséria...



    Colocado por: N Miguel OliveiraMas se não consegue ligar o aumento do preço das casas com os juros demasiado baixos, tudo bem então. Os demais é que foram "burros".
    Mas eu ligo sem problema. Agora eu não tenho é a visão enviesada.

    Da mesma maneira que eu ligo o preço das casas aos juros baixos, também o ligo a redução da oferta. A construção caiu de forma abrupta após a última crise. Logo se há menos oferta, o preço aumenta.

    O problema é que as pessoas não usaram capitais próprios para sustentar esses aumentos de preços, recorreram ao tal endividamento a juros baixos.

    Vai-me dizer que as pessoas tinham alternativas, mas a menos que me garanta que o mercado de arrendamento tinha oferta para toda gente nos últimos 10 anos, eu não vejo grande alternativas a comprar o que está disponível

    Obvio que quem construiu poderia ter feito outras opções, mas como já vimos pouco se construiu....
  11.  # 98

    Colocado por: palmstrokeFica sem o investimento, mas também fica com mais dinheiro do que tinha antes, e, mais importante, fica com mais dinheiro do que se nunca tivesse contraído dívida. Ou seja, fica a ganhar.
    Concordo. Mas a menos que estejamos a falar de casas de férias, essas pessoas vão morar para onde após venderem?

    É que em muitas situações as rendas continuam a ser mais caras que a prestação aos juros actuais, como aliás se pode ver com o estado a apoiar ate 200 mês as rendas.

    A solução tem de ser mai simples, se os preços aumentam ao ponto de os rendimentos não chegarem para as despesas básicas, então tem de se aumentar os rendimentos, seja pelo alívio fiscal, seja pela correção dos salários em função da inflação.
  12.  # 99

    Colocado por: HAL_9000É a sua opinião

    Lamento se não me fiz entender. O "Não. Nadinha" era ironia. Claro que os juros baixos fez aumentar os preços das casas. Mas qual é a dúvida?

    Então, usam esse argumento contra o reformado dinamarquês (vem alguém que pode pagar mais e atrofia os preços... etc etc)... e não o usam contra o português comum, que dum momento para outro começou a pedir 200 em vez de 100 ao banco?

    Ora se com juros baixos deu no que deu, não vejo tanto espanto no que tem acontecido (aumento dos juros).
  13.  # 100

    Colocado por: HAL_9000também o ligo a redução da oferta. A construção caiu de forma abrupta após a última crise. Logo se há menos oferta, o preço aumenta.


    Nisso concordo.
    É preciso ver porque isso aconteceu... e até agora poucos sinais de mudança vi nesse sentido, ou nenhuns mesmo.
 
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