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  1.  # 101

    Colocado por: HAL_9000A solução tem de ser mai simples, se os preços aumentam ao ponto de os rendimentos não chegarem para as despesas básicas, então tem de se aumentar os rendimentos, seja pelo alívio fiscal, seja pela correção dos salários em função da inflação.


    A solução é tudo menos simples. Concordo com o alivio fiscal, mas é preciso certa cautela e que seja também ela direcionada para os sectores mais expostos. Pois não se pode descuidar a questão da dívida... o que ainda torna a coisa mais complicada com menor receita. Continuo a achar que é muito pela redução do Estado e dos gastos, entre os quais muitos destes apoios... que se poderia chegar à redução fiscal.
    E acho que isso é válido também para o cidadão comum (e o seu sobre-endividamento)... no que toca à construção nova, acho que há muita margem por onde ajustar. E não faltam exemplos, pois a falta de fogos está longe de ser um problema novo.

    Depois há sempre o risco duma inflação prolongada, em que hoje defino um preço em função da incerteza e do que posso esperar para o mês que vem. O que vai perpetuando a inflação. Acho que aconteceria o mesmo se indexasse o aumento dos salários à inflação, ou seja, provocaria uma inflação continua. Idem para o valor das rendas, etc. Veja-se o caso da Argentina por exemplo. Acho que é tudo menos simples.
  2.  # 102

    Colocado por: HAL_9000Vai-me dizer que as pessoas tinham alternativas, mas a menos que me garanta que o mercado de arrendamento tinha oferta para toda gente nos últimos 10 anos, eu não vejo grande alternativas a comprar o que está disponível

    Obvio que quem construiu poderia ter feito outras opções, mas como já vimos pouco se construiu..


    Pouco se construiu em parte também por causa disso... das opções que se tomam e das ideias preconcebidas, que tornam senso comum que "agora para comprar ou fazer uma casa preciso de 200, 300 ou 400k€", quando não tem que ser forçosamente assim.

    Com os juros altos menos se construirá. Ou melhor, talvez se construa na mesma mas se mude é de atitude, e do modo de viver uma casa.

    Idem para as empresas. Já agora, interessante esta entrevista (audio) ao CEO duma construtora da minha terra esta semana:
    https://expresso.pt/podcasts/o-ceo-e-o-limite/2023-03-13-Jose-Teixeira-presidente-do-Grupo-DST-Sou-um-lider-solidario.-Fui-um-operario-reconheco-o-valor-do-trabalho-45e9b2dc


    Colocado por: HAL_9000Agora eu não tenho é a visão enviesada.

    :)
    Pois não sei... mas dá-me a sensação muitas vezes que o HAL não faz nada por vontade própria, é sempre forçado porque não vê alternativas... e a sua visão não é enviesada por acreditar nisto ou naquilo, mas por sentir-se forçado e justificar isso mesmo.

    Acho que se alguém não pode pagar ao banco, vende, paga a dívida e parte pa outra. Idem para as rendas (ou os empregadores pagam mais ou mudam de sitio)... Agora ser o Estado a deitar a mão... hmmmm.
    Concordam com este comentário: AMG1
  3.  # 103

    Colocado por: N Miguel Oliveirae não o usam contra o português comum, que dum momento para outro começou a pedir 200 em vez de 100 ao banco?
    Certo, não discordo disso. A questão é começou a pedir 200 porque?
    - poucos oferta disponível, logo os preços foram aumentando de forma gradual e constante.
    - a política monetária implementada a partir de 2012 estimulava de facto ao endividamento.
    - Falta de alternativas melhores.

    Mas essa política monetária, levou a uma desvalorização da moeda, que culminou com esta inflacao, por isso os salários vão ter de corrigir. Não sei é se as pessoas conseguem aguentar o tempo necessário para tal.
  4.  # 104

    Colocado por: N Miguel OliveiraJá agora, interessante esta entrevista (audio) ao CEO duma construtora da minha terra esta semana:
    O Teaser parece interessante. Vou ouvir.

    Colocado por: N Miguel Oliveira, é sempre forçado porque não vê alternativas...
    o forçado que eu digo não é no sentido das pessoas serem obrigadas com uma arma.
    A questão é que todos nós, perante uma indecisão estudamos as alternativas, e perante as existentes opta-se por aquela que parece a melhor.
    Depois tem de considerar que muitas vezes as pessoas não podem tomar decisões da mesma maneira quando teem família a depender delas.

    Tudo bem eu aceito que o dinheiro não dá para pagar a prestação ou a renda se pode vender a casa, ou trocar de trabalho para um local mais barato. Mas também sei que esse tipo de decisões não são fáceis, e na verdade nem sempre resolvem o problema.

    Por exemplo, uma das senhoras que nos dá apoio aos laboratórios esta semana teve de pedir férias porque tem de mudar de casa. O senhorio não quis renovar o contrato, apenas aceitava fazer um novo contrato por + 100 euros. Ela não podia pagar e vao mudar para mais longe. Até agora demorava 30 min para o trabalho, vai passar a demorar 1h, mas nao vai mudar de emprego, porque ela já tem 2 empregos na mesma zona : um das 5:30 as 9:00 e depois das 17-19h e outro das 9-17h. Deve ganhar o salário mínimo em ambos.
    A opçoes dela:
    1- pode ir trabalhar para onde vai morar agora, mas teria de arranjar não 1 mas dois empregos para fazer face as contas. Tem um miúdo, pelo que nos sei o que implicam essas quebras de rendimento.
    2- pode ir morar para mais longe (tipo eu) e a renda de facto desce bastante. Mas não consegue de maneira nenhuma ter dois empregos.
    3- Mantém a situação actual e sinceramente eu não sei quando é que ela vê o filho.

    Claro que ela tem opções. Só acho é que nenhuma delas permite uma qualidade de vida decente. Daí que eu diga que se vê "obrigada" por força das circunstâncias a escolher a que considera menos gravosa. Mas não é isso que a torna uma boa alternativa, ou sequer uma alternativa aceitável na sociedade em que eu gostava de viver.

    Quando disse que não tinha a visão enviesada, foi por o Miguel basicamente sugeriu que as pessoas se endividaram mais e mais e isso é que feZ disparar os preços, mas não referiu a brutal redução da oferta. Pergunto novamente, qual era a alternativa se o mercado de arrendamento é o que é, e não havia construção?
    Não digo que não havia alternativas, apenas tenho interesse em saber quais as alternativas que o Miguel considera aceitáveis.

    Mas tambem concordo que a solução não pode ser ajudas do estado através de subsídios, até porque é assim que se criam dependências estatais que depois eternizam incompetentes no governo.
  5.  # 105

    Eur 12M a 3,35%.

    Depois de ter praticamente tocado nos 4%, é qualquer coisa..
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ruipsm
  6.  # 106

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    A solução é tudo menos simples. Concordo com o alivio fiscal, mas é preciso certa cautela e que seja também ela direcionada para os sectores mais expostos. Pois não se pode descuidar a questão da dívida... o que ainda torna a coisa mais complicada com menor receita. Continuo a achar que é muito pela redução do Estado e dos gastos, entre os quais muitos destes apoios... que se poderia chegar à redução fiscal.
    E acho que isso é válido também para o cidadão comum (e o seu sobre-endividamento)... no que toca à construção nova, acho que há muita margem por onde ajustar. E não faltam exemplos, pois a falta de fogos está longe de ser um problema novo.

    Depois há sempre o risco duma inflação prolongada, em que hoje defino um preço em função da incerteza e do que posso esperar para o mês que vem. O que vai perpetuando a inflação. Acho que aconteceria o mesmo se indexasse o aumento dos salários à inflação, ou seja, provocaria uma inflação continua. Idem para o valor das rendas, etc. Veja-se o caso da Argentina por exemplo. Acho que é tudo menos simples.


    Subir os salarios contribuiria para a inflação, mas não duma forma totalmente retroalimentada.

    Simplesmente se os salarios subissem com a inflação em vez de serem as pessoas comuns a perderem dinheiro, seriam outros.
  7.  # 107

    Colocado por: Bragas VEur 12M a 3,35%.

    Depois de ter praticamente tocado nos 4%, é qualquer coisa..
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Ruipsm


    Esta correção deve-se ao que está a acontecer no Credit Suisse, enquanto não estiver resolvido existirá um abaixamento temporário da Euribor.
  8.  # 108

    credit suisse já está resolvido (à partida). o mercado está a antecipar uma recessão ainda este ano. ouro a subir, petróleo a descer, juros a descer. SOFR a achar que até dezembro o FED corta 100bps.
  9.  # 109

    Colocado por: buraburamonocredit suisse já está resolvido (à partida). o mercado está a antecipar uma recessão ainda este ano. ouro a subir, petróleo a descer, juros a descer. SOFR a achar que até dezembro o FED corta 100bps.


    Ainda vais ouvir bastante nas próximas semanas, e não está resolvido. Chegaram a um acordo de compra, mas ainda falta finalizar muita burocracia, como vão ser tratados os "ativos tóxicos", os acionistas ainda tem uma parte do banco...
    Só hoje as ações cairam 60%.
    https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/detalhe/credit-suisse-afunda-60-e-acoes-ja-valem-menos-que-preco-pago-pelo-ubs

    Em contrapartida, o desemprego baixou um pouco aparentemente cá em Portugal, logo poderá haver alguma estabilidade neste sentido.
  10.  # 110

    Colocado por: macinblack

    Ainda vais ouvir bastante nas próximas semanas, e não está resolvido. Chegaram a um acordo de compra, mas ainda falta finalizar muita burocracia, como vão ser tratados os "ativos tóxicos", os acionistas ainda tem uma parte do banco...
    Só hoje as ações cairam 60%.
    https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/detalhe/credit-suisse-afunda-60-e-acoes-ja-valem-menos-que-preco-pago-pelo-ubs


    O único entrave contratual ao negócio é se os CDS subirem 100bps. Duvido muito que falhe, o UBS compra por 4cents ao dolar. Os obrigacionistas foram todos à vida 🫣 e com uma garantia estatal de 100biliões. temos o primeiro bailout disfarçado.

    Incrível a Suiça a alterar uma lei de um dia para o outro para contornar o voto de shareholders.

    Se o credit suisse vale tuta e meia, o que é que isso significa para o resto dos bancos? hm....
  11.  # 111

    Colocado por: macinblack

    Esta correção deve-se ao que está a acontecer no Credit Suisse, enquanto não estiver resolvido existirá um abaixamento temporário da Euribor.


    primeiro SVB e signature. depois todos os bancos regionais dos USA. depois credit suisse.

    e acaba por aqui? 🤔
  12.  # 112

    Colocado por: HAL_9000Concordo. Mas a menos que estejamos a falar de casas de férias, essas pessoas vão morar para onde após venderem?
    É que em muitas situações as rendas continuam a ser mais caras que a prestação aos juros actuais, como aliás se pode ver com o estado a apoiar ate 200 mês as rendas.


    Têm um activo condicionado a uma dívida com juro variável, não o conseguem sustentar, têm de vender e ponto final.

    O importante é que ficaram com mais dinheiro do que tinham antes e portanto não deviam ser subsidiados, têm de usar esse dinheiro extra para financiar alternativas: arrendar, ou comprar algo que possam pagar (mais longe, mais pequeno), ou vão viver com familiares, ou alugam parte de outra casa.

    Como é normal do espírito humano, procuram uma solução, e, como é normal nas sociedades, aqueles com mais espírito conseguem viver melhor.

    No limite, se são pessoas desprovidas de alternativa, por vicissitudes da vida ou por suas propias condicionantes mentais, têm mesmo de ir viver para a rua. A % de pessoas sem qualquer alternativa, dentro do universo total, seria baixa, é um preço a pagar para não sustentar o insustentável,
  13.  # 113

    Colocado por: buraburamonoúnico entrave contratual ao negócio é se os CDS subirem 100bps. Duvido muito que falhe, o UBS compra por 4cents ao dolar. Os obrigacionistas foram todos à vida 🫣 e com uma garantia estatal de 100biliões. temos o primeiro bailout disfarçado.

    Incrível a Suiça a alterar uma lei de um dia para o outro para contornar o voto de shareholders.

    Se o credit suisse vale tuta e meia, o que é que isso significa para o resto dos bancos? hm....

    No primeiro vento fraquinho caí um banco desta dimensão (apesar dos problemas conhecidos)... Uiii

    E alteram uma lei que enr@b@ com um ferro em brasa os obrigacionistas... Milhares de processos judiciais em curso... E quero ver o impacto disso nas obrigações das restantes empresas... Parece um grande tiro, mas não só nos pés... Mais ali a rasar o coração.

    Felizmente o PS salvou a tap e protegeu os bancos e restantes credores.
  14.  # 114

    "Perante a turbulência na banca sentida nos últimos dias, a presidente do Banco Central Europeu (BCE) salienta que “o setor bancário da Zona Euro é resiliente”, mas assegura que “a caixa de ferramentas do BCE está pronta para dar apoio de liquidez para o sistema financeiro, se tal for necessário”.

    https://eco.sapo.pt/2023/03/20/banca-da-zona-euro-e-resiliente-mas-bce-esta-pronto-para-apoiar-liquidez-se-necessario-assegura-lagarde/

    O quê que esta senhora quer dizer exatamente com isto? Sinceramente fico algo perdido com a "estratégia" do BCE.
  15.  # 115

    Voltam a ligar as impressoras para fazer face às dificuldades dos bancos, e as taxas acabam por ter efeito nulo sobre a inflação a não ser que disparassem para 10%.

    Como tal andamos a levar no lombo com uma medida que faz sentido mas que perde efeito prático por todas as outras que a contrariam.

    Como medidas de hilcoptre money de alguns estados...
    Concordam com este comentário: NTORION
  16.  # 116

    Colocado por: MS_11Voltam a ligar as impressoras para fazer face às dificuldades dos bancos, e as taxas acabam por ter efeito nulo sobre a inflação a não ser que disparassem para 10%.
    Pois bem me pareceu que era isso.



    Colocado por: MS_11omo tal andamos a levar no lombo com uma medida que faz sentido
    Já não concordo , usar o aumento de juros como única medida de combate à inflação independentemente do que gerou e está a sustentar a inflação, é no mínimo displicente.

    Aliás vê-se bem quão certos estavam da estratégia, que agora anda tudo de calças na mão, a ver se consegue arranjar qualquer coisa para as segurar.
  17.  # 117

    HAL_9000 já o li em inúmeras intervenções...

    Já o rebati e questionei, o HAL acha que não se combate inflação subindo as taxas... mas depois fico pasmado porque não aponta nennhuma alternativa.

    Quem tem certeza de uma solução estar errada deve ter uma alternativa melhor.
  18.  # 118

    Colocado por: HAL_9000Pois bem me pareceu que era isso.



    Já não concordo , usar o aumento de juros comoúnica medidade combate à inflação independentemente do que gerou e está a sustentar a inflação, é no mínimo displicente.

    Aliás vê-se bem quão certos estavam da estratégia, que agora anda tudo de calças na mão, a ver se consegue arranjar qualquer coisa para as segurar.


    A inflação ou se combate com subida de juros (aumento do valor do dinheiro) ou com o aumento de produção (para suprir o excesso de procura).. se os governos todos andam a dar rebuçados ao povo (desvalorização do dinheiro aumento da procura) o que é que acha que o BCE irá fazer?
  19.  # 119

    Colocado por: MS_11Quem tem certeza de uma solução estar errada deve ter uma alternativa melhor.
    Não necessariamente, não sou economista e muito menos tomo decisões a nivel de politica monetária. Contudo tenho a certeza que há alternativas porque os bancos centrais sempre que se vêm com o ra** apertado, começam logo a arranja-las. A economia é o que fazê-mos dela, não tem regras imutáveis, e como tal tem alternativas.

    Contudo sei que esta inflação, neste momento não está a ser sustentada pela procura, o próprio BCE já o reconheceu. Nesse caso, a subida dos juros, baixa a inflação como?

    Neste momento o importante é controlar os sectores que estão a sustentar a inflação, verificar se existe aproveitamento da situação, e controlar. A Europa como um todo tem o poder necessário para o fazer.

    Aliás se o BCE ou o FED tinham tanta certeza na receita que estavam a aplicar, agora começam a andar para trás e para a frente, a procurar alternativas, a fazer ações coordenadas, etc, porquê?
    Andamos até agora a levar com os efeitos da subida de juros, a perder poder de compra, para voltarem a ligar as impressoras se for necessário? Qual é a lógica desta "única solução"?
  20.  # 120

    Colocado por: xiripitio (desvalorização do dinheiro aumento da procura)
    A questão é: A inflação neste momento não está a ser sustentada por nenhum aumento de procura. Você não consegue reduzir a procura na alimentação por exemplo. O aumento de juros aqui pouco efeito tem na procura, apenas provocam miséria e criação de subsídios que uns pagam para não deixar os outros morrerem de fome.


    Volto a dizer, se aumentar os juros era a única solução, agora voltam a injetar capital? Isto não é um contrassenso?

    Ainda ontem estive a ouvir um economista que defendia que o aumento de juros era única solução. Qual é que era a solução dele para as pessoas que estavam a passar necessidades? Explicar-lhes porquê que tinham de ficar mais pobres, e porquê que não havia alternativa...Se as pessoas percebecem, aceitavam :)- "olhe você vai passar fome, mas não há alternativa. Aguente que doi menos".

    Com isto não estou a dizer que não concordo com o aumento das taxas de juros.
    Efectivamente elas tinham de ser normalizadas por todos os motivos e mais alguns. Agora contesto é a velocidade a que foi feita a normalização, e o uso da subida das taxas de juros como "única solução". Aliás está a vista no que está a resultar a única solução, a inflação continua alta, a inflação adjacente idem, o sistema bancário começa a tremer das perninhas. Vamos ver....
    Concordam com este comentário: ANC
 
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