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    • AMG1
    • 5 novembro 2023
    Colocado por: euacadémico das crianças e a estabilidade (incluindo capacidade económica) familiar.


    Por isso mesmo é que um sistema que trata todos por igual, sem ter em conta as condições de cada um, só aparentente é que e justo para todos.
    Isto nao é nada de novo, há muitas décadas que se conhecem estes mecanismos, atraves dos quais se processa a reprodução das condições de partida em vez de as anular.
    Claro que existem sempre alguns que conseguem "dar a volta pot cima" da mesma forma que também há quem tenha todas as condições e não as aproveite, mas isso são excepções, em geral, são os filhos de quem já está melhor que também acabam por ficar melhor. Por isso é que a meritocracia sendo a solução ideal, só será justa para todos se existirem meios de atenuar essa diferenciação inicial.
    Caso contrário tinhamos de admitir que essa reprodução do êxito de uns e do fracasso de outros se trata de uma questão genética enesse caso
    Concordam com este comentário: eu, ferreiraj125
    • AMG1
    • 5 novembro 2023
    Colocado por: NTORION

    No fim do ano, na declaração de IRS logo se acertam as contas.


    Que as tabelas de retenção estão "montadas" de forma que o estado retenha mais do que o imposto devido já se sabia e mesmo com a alteração deste ano, ainda haverá muitos casos em que isso vai continuar. Mas retenção na fonte não é o imposto pago, o IRS é um imposto progressivo. Mesmo que o contribuinte ja tenha rendimentos no escalão mais alto, a tx desse escalão só se aplica aos rendimentos que excedam o limite do escalão inferior. Ou seja, p.e., alguém que ganhe 100k/ano, não paga a tx máxima sobre esse valor, mas apenas sobre o que excede o limite do escalão inferior.
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: HAL_9000Descontando eventuais acertos no IRS, e não querendo estar a divulgar qual é o ordenado da minha esposa, acredite que depois de líquidos ela trouxe menos do que entregou ao Costa do valor total do referido prémio.

    Em termos de processamento do prémio, é como se naquele mês o ordenado dela tivesse sido o dobro.
    Imagine que o ordenado normal dela é 3k e recebe um prémio de 3k. O ordenado é processado como se fosse 6k.
    Rendimento líquido ordenado 3k (incluindo subsídio alimentação)= 2098
    Rendimento líquido ordenado + prémio = 3562
    3562-2098= 1464.

    Ou seja dos 3k de prémio, a minha esposa ficou com 1464 e o Costa com 1536. É possível ou não é possível?

    Estava tudo bem, se a minha esposa quando precisasse de um médico pudesse recorrer ao SNS, mas não, paga 80 euros por mês de seguro de saudar para estar descansada, e quando precisa mesmo de usar o SNS faz 300k de carro porque na AML não se consegue nem médico de Família, nem acompanhamento efectivo.
    Estava tudo bem, se quando tiver,os um filho, tivéssemos creche de graça como diz o Sr. Costa. Mas não, n há creches, e na lista de espera estamos no fim da fila. A solução é pagar 500 euros/mês.
    Está tudo bem, se quando precisássemos de um serviço público qualquer ele efectivamente funcionasse bem.
    Estava tudo bem se a alçada fim de semana quando fazemos a viagem à terra, não tivéssemos de pagar 40 euros de portagens para fazer 600km, ou como alternativa usar as estradas nacionais sem manutenção e muitas vezes sem marcação.

    Mas não ao invés disso, o Costa pega nesses 1536 euros que literalmente rouba do esforço da minha esposa para meter na TAP, na EFACEC ou para atribuir um subsídio qualquer a quem não precisa dele porque foge ao fisco e não declara o que ganha.
    Concordam com este comentário:gil.alves,Carvai,Nostradamus


    Claro que se o valor a receber é maior isso pode implicar uma tx de retenção maior, mas não necessariamente maior tx de imposto a pagar.
    Fazer comparacoes entre dois contribuites distintos, também não vejo que sirva para muito. A não ser que se espere encontrar algum erro da AT. Se o rendimento e igual e o imposto pago é diferente isso so pode resultar de alguma diferenca entre os dois contribuites, com efeito no cálculo da matéria colectável.
    Mesmo a questão da maior retenção da fonte quando o valor do prémio é recebido, creio que se resolve se o pagamento desse prémio for em momento diferente do pagamento do salário.
    Sinceramente não percebo como é que alguém pode ganhar mais e receber menos. Claro que paga mais imposto, mas nao vejo em que circunstancia é que pode ficar com menos do que recebeu a mais. No limite pode ficar com pouco mais de 50% do valor do aumento ou do prémio, mas para isso teria que esse rendimento ser integralmente tributado no último escalão do imposto.
    Mas eu posso estar a ver isto mal, mas da sua resposta também não vejo o contrário.
    Óbviamente que nada disto tem que ver se as tx sao altas ou baixas, porque a regra (justa ou injusta) é igual para todos os contribuites.
  1. Colocado por: AMG1Óbviamente que nada disto tem que ver se as tx sao altas ou baixas


    Ai não?

    Eu ia jurar que o busílis da questão era precisamente a demonstração do quão pornograficamente altas são as taxas, no exemplo dado pelo Hal.
    • eu
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: AMG1Por isso mesmo é que um sistema que trata todos por igual, sem ter em conta as condições de cada um, só aparentente é que e justo para todos.


    Contudo, mesmo com todos os problemas para implementar uma verdadeira igualdade de oportunidades, eu sou de opinião aqueles que mais contribuem para o bem estar e desenvolvimento da sociedade, devem ser bem premiados.

    Mesmo que isso não resulte apenas de mérito pessoal.
  2. Colocado por: euContudo, mesmo com todos os problemas para implementar uma verdadeira igualdade de oportunidades

    Isso não existe, é paleio do pessoal de esquerda que quer nivelar tudo por baixo.
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: Pickaxe
    Isso não existe, é paleio do pessoal de esquerda que quer nivelar tudo por baixo.


    É óbvio para qualquer um, com dois dedos de testa, seja de esquerda ou de direita, sabe perfeitamente que não é possivel "implementar uma verdadeira igualdade de oportunidades", mas isso não deve (nem pode) impedir-nos de procurar minimizar os efeitos dessa desigualdade de partida, por forma que, mesmo os que tem o azar de nascer em meios mais desfavorecidos, mas com potencial, também o possam desenvolver e tirar partido dessa meritocracia, no final isso é também do interesse de todos.
    Mas claro que isto não deve passar de paleio de esquerda que quer "nivelar tudo por baixo".
    Bom mesmo, era termos ficado lá para trás, quando não se questionava o direito divino de uns poucos terem tudo e todos os outros terem quase nada. Nessa altura ninguém questionava a ordem estabelecida e todos aceitavam que os seus filhos não pudessem ir além do lugar (social) em que nasceram.
    Lamento meu caro, mas esse mundo já não existe mesmo que muitos o queiram de volta, vá lá saber-se porquê.
    Concordam com este comentário: eu, ferreiraj125
  3. Colocado por: AMG1Lamento meu caro, mas esse mundo já não existe mesmo que muitos o queiram de volta, vá lá saber-se porquê.

    Infelizmente continua a existir por esse mundo fora desde o Medio Oriente á India, China e Àfrica.
    Concordam com este comentário: AMG1, eu
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: Carvai
    Infelizmente continua a existir por esse mundo fora desde o Medio Oriente á India, China e Àfrica.
    Concordam com este comentário:AMG1


    Tem toda a razão, ainda há muitos milhões de seres humanos que estão sujeitos a essa forma de vida. Mas eu referia-me, óbviamente, ao espaço economico e cultural em que habitamos.
    Concordam com este comentário: eu
    • AMVP
    • 6 novembro 2023
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: Nostradamus

    Ai não?

    Eu ia jurar que o busílis da questão era precisamente a demonstração do quão pornograficamente altas são as taxas, no exemplo dado pelo Hal.


    A questão que coloquei ao HAL_9000 não era evidentemente sobre a taxas. Até eu, que por vezes sou um bocado burrinho, já percebi que neste forum há algumas "vacas sagradas" que são inquestionáveis.
    A minha questão era querer perceber como é que com o actual sistema de impostos sobre o rendimento (IRS) era possível alguém receber mais remuneração e poder ficar com menos dinheiro. Óbviamente que estava a falar de imposto efectivamente pago e não de retenção na fonte, mas mais uma vez deve ser a minha burrice, a impedir-me de ver que por aqui ora se usa uma ou outra coisa, conforme dá mais jeito para validar o que não se questiona como o grande Satã português: os altos impostos. Na entrevista do tal empresário que mencionei, ele até já justificava que não se paga melhor a quem trabalha, porque vai pagar mais impostos.
    Estranho é que existam trabalhadores a acreditar nisto, aliás, o homem até punha a coisa dizendo que eram os trabalhadores que lhe diziam que se calhar nem valia a pena o aumento porque isso ia implicar mais impostos e até podia ficar pior.
    A mim o que verdadeiramente me preocupa é olhar para a distribuição do esforço fiscal dos portugueses e ver que o essencial desse esforço está concentrado num numero demasiado pequeno, onde me incluo, enquanto a grande maioria paga muito pouco, ou mesmo nada. Mas depois vimos toda a gente a queixar-se dos impostos altos. Deve ser mais um daqueles mistérios impossiveis de desvendar, pelo menos para mim, mas como já disse, por vezes sou um bocado burrinho.
  4. Colocado por: AMG1Claro que se o valor a receber é maior isso pode implicar uma tx de retenção maior, mas não necessariamente maior tx de imposto a pagar.
    O meu ponto era muito simples. De um prémio de produtividade, o estado fica com mais dinheiro que o trabalhador e o que lhe dá em troca é completamente miserável.
    É como se o estado estivesse a punir o trabalhador por ser produtivo.

    Até podem ter devolvido do dinheiro retido...olhe os dois recebemos pouco mais 500 euros de reembolso. Grande fartura. Basicamente foi a a dedução das despesas gerais.


    Colocado por: AMG1Fazer comparacoes entre dois contribuites distintos, também não vejo que sirva para muito.
    No caso particular que citei, não estou a ver o problema, uma vêz que se tratava do SMN, não havia lugar ao pagamento de IRS, logo não estou mesmo a ver qual é que é a vossa questão com a comparação efectuada.
  5. Colocado por: AMG1lhe diziam que se calhar nem valia a pena o aumento porque isso ia implicar mais impostos e até podia ficar pior.
    E na verdade podem...se perderem alguns apoios/subsídios que até então tinham... Acredite que há pessoas que preferem não ser aumentadas, dada a miséria quer do salário, quer do aumento.

    Aliás, até querem ser aumentadas, desde que "não apareça na folha"
  6. Colocado por: AMG1A mim o que verdadeiramente me preocupa é olhar para a distribuição do esforço fiscal dos portugueses e ver que o essencial desse esforço está concentrado num numero demasiado pequeno, onde me incluo, enquanto a grande maioria paga muito pouco, ou mesmo nada.
    O AMG1 se fez bem as coisas até poderá beneficiar da redução de impostos para residentes não habituais, não?

    Mas o facto é precisamente esse. Muito poucas pessoas a pagar demasiados impostos, e um governo que é uma verdadeira máquina de fazer pobres, logo cada vez menos pessoas a pagar impostos e cada vez mais pessoas a beneficiar desses impostos. Então o que se faz para n
    Motivar as pessoas que pagam impostos? Cobrar-lhes ainda mais impostos, inclusivamente de prémios de produtividade. Está porreiro.
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: HAL_9000O meu ponto era muito simples. De um prémio de produtividade, o estado fica com mais dinheiro que o trabalhador e o que lhe dá em troca é completamente miserável.
    É como se o estado estivesse a punir o trabalhador por ser produtivo.


    Há toda uma corrente de pensamento que vê os impostos, nao importa quais, como uma punição do estado aos cidadãos, mas julgo que não será o seu caso.
    Vamos ser pragmáticos veja lá se consegue encontrar alguma situação em que o estado fique com mais do 50% do rendimento, do contribuinte, independentemente de se tratar de salario, prémio, comissão, ou outra qualquer verba, desde que aos rendimentos desse contribuinte não seja já aplicável a sobretaxa, ou seja alguém que já está no ultimo escalão do IRS, mesmo sem o prémio.
    Falo obviamente de imposto e não de retenção. Como o HAL_9000 refere "o estado fica", deduzo que seja o que não devolve.
    Depois esta questão dos prémios até parece que vai ficar resolvidano OE de 2024, creio que dentro de certos limites passam a estar isentos de IRS.
    Parece que o dr. Costa concorda consigo e vai acabar com a punição. Já eu gostava mais que ele baixasse era mesmo as taxas, ou pelo menos que acabasse com a sobretaxa mas enfim...gostos, ou interesses, como lhe queiramos chamar.
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: HAL_9000No caso particular que citei, não estou a ver o problema, uma vêz que se tratava do SMN, não havia lugar ao pagamento de IRS, logo não estou mesmo a ver qual é que é a vossa questão com a comparação efectuada.


    Uma pessoa que ganhe o suficiente para nao estar isenta da entrega de IRS pode sempre ser alvo de ver a sua colecta afectada por pe por deduções especificas e com isso ser
    beneficiada quanto ao imposto a pagar.
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: HAL_9000

    Aliás, até querem ser aumentadas, desde que "não apareça na folha"


    Grande questão esta!
    Até já os de "fora" acham estranho certos comportamentos.
    A minha filha mais velha, que nunca viveu em Portugal, este verão quando aí esteve mencionou-me a sua estranheza pelo facto de haver muita gente a fazer pagamentos em dinheiro, mesmo valores grandes. Deu até o exemplo de hoteis em que viu fazer pagamentos de centenas de euros em dinheiro. Ela só estranhou porque era algo contraditório com o que eu sempre disse sobre a utilização dos cartoes de pagamento em Portugal.
    Claro que eu também não lhe soube explicar a razão, dei-lhe algumas pistas, certo e que a reacção não se fez esperar: mas e então não há fiscalização?
    Pois, não há a necessária, foi a minha resposta.
    • AMG1
    • 6 novembro 2023
    Colocado por: HAL_9000O AMG1 se fez bem as coisas até poderá beneficiar da redução de impostos para residentes não habituais, não?


    Nunca pude beneficiar desse louvável instituto. Porque quando ele foi criado já era contribuite residente há quase duas décadas e mesmo que reunisse as condições para beneficiar, também não tinha hipotese porque os meus rendimentos no exterior são num país que rompeu o acordo sobre dupla tributação com Portugal, precisamente por causa deste estatuto.
    Sempre estive encantado com esse estatuto. Tenho um vizinho francês que beneficia dele e julgava que eu também, quando lhe descrevi a situação, saiu-se com esta: mas isso é injusto, não?
    Como a conversa foi na mesa do café onde estavamos a tomar o pequeno almoço, nesse dia pagou ele a conta e mesmo assim (como lhe disse) ainda me ficou a dever uns quantos.
  7. Colocado por: eu

    Contudo, mesmo com todos os problemas para implementar uma verdadeira igualdade de oportunidades, eu sou de opinião aqueles que mais contribuem para o bem estar e desenvolvimento da sociedade, devem ser bem premiados.

    Mesmo que isso não resulte apenas de mérito pessoal.


    Já me debrucei muito sobre o assunto e a conclusão a que chego é que idealmente cada um seria recompensado pelo esforço, mas na pratica isso não é mensuravel.

    Na pratica, a recompensa deve ser aquela que maximiza os resultados, que é uma recompensa dum misto entre esforço e resultados, até porque os resultados são um misto de esforço e sorte.

    A sociedade ideal e praticavel, é aquela em que se tenta minimizar o impacto da sorte, igualando ao maximo oportunidades, mutualizando os efeitos da sorte e do azar.
  8. Colocado por: AMG1

    É óbvio para qualquer um, com dois dedos de testa, seja de esquerda ou de direita, sabe perfeitamente que não é possivel "implementar uma verdadeira igualdade de oportunidades", mas isso não deve (nem pode) impedir-nos de procurar minimizar os efeitos dessa desigualdade de partida, por forma que, mesmo os que tem o azar de nascer em meios mais desfavorecidos, mas com potencial, também o possam desenvolver e tirar partido dessa meritocracia, no final isso é também do interesse de todos.
    Mas claro que isto não deve passar de paleio de esquerda que quer "nivelar tudo por baixo".
    Bom mesmo, era termos ficado lá para trás, quando não se questionava o direito divino de uns poucos terem tudo e todos os outros terem quase nada. Nessa altura ninguém questionava a ordem estabelecida e todos aceitavam que os seus filhos não pudessem ir além do lugar (social) em que nasceram.
    Lamento meu caro, mas esse mundo já não existe mesmo que muitos o queiram de volta, vá lá saber-se porquê.
    Concordam com este comentário:eu,ferreiraj125


    E há que notar que a igualdade de oportunidades é a que maximiza os resultados duma sociedade.

    Por exemplo, o acesso à educação e meritocracia no progresso academico permite que os mais capazes e talentosos possam ser engenheiros, medicos, professores, etc.

    Se apenas aqueles que têm a sorte de nascer numa familia que pode pagar estudos tiverem a oportunidade de se tornarem medicos, engenheiros, etc, a qualidade destes profissionais que existiriam na nossa sociedade seria mais baixa, visto que pertenceriam a um leque mais limitado de pessoas e não seriam necessariamente os mais talentosos e capazes que a sociedade tem para oferecer.

    Quando pagamos pela igualdade de oportunidades, estamos a receber em volta uma sociedade mais rica e desenvolvida, com melhores medicos, melhores engenheiros, melhores professores, melhores investigadores, etc, cujo trabalho vai beneficiar todos.

    Colocado por: Carvai
    Infelizmente continua a existir por esse mundo fora desde o Medio Oriente á India, China e Àfrica.
    Concordam com este comentário:AMG1,eu


    E sem coincidencia, sitios tendencialmente mais pobres, que muitas vezes pagam a preço de ouro pelos nossos engenheiros, medicos, etc.
    Concordam com este comentário: AMG1, eu
 
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