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    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: J.Fernandes
    Ridículo é achar normal que num país com baixos rendimentos como Portugal, uma pequena parte da população da classe média e média alta pague a quase totalidade dos impostos, com taxas que apanham como milionários, salários que na europa mais desenvolvida pouco passam do salário mínimo local. Um salário bruto de pouco mais de 3000 € em Portugal, atinge uma taxa marginal que só pode ser comparada com a tributação de um salário anual de 6 dígitos em vários países do norte da europa.
    Em 2021, 6% dos agregados familiares pagavam mais de metade da receita anual de IRS e 44% não pagava nada.
    O que o Costa tem feito, usado e abusado, com a justificação da redistribuição, é espremer e extorquir o mais que pode uma pequena percentagem de população com pouca relevância eleitoral, para comprar votos de uma imensa maioria.


    Meu caro, o esforço (mas não a carga) fiscal dos contribuintes nacionais é, salvo erro o quarto ou quinto mais alto da UE. A razão disso é como diz e bem, porque somos poucos a pagar. É uma autentica catástrofe que tão pouco tenhamos de suportar o fardo de tantos. Ate aqui parece que concordamos em absoluto, mas e então o podemos fazer para mudar isto?
    Eu só vejo uma solução, que os rendimentos aumentem e que por essa via passe a havar mais gente a pagar e você concorda com esta solução, ou preferia que o Costa, ou outro qualquer, cobrasse menos e por essa razão investisse ainda menos nos serviços públicos?

    Agora vamos lá aos contribuintes do Norte da Europa. Os dinamarqueses, p.e. suportam a mais elevada carga fiscal da europa, quase 50% do PIB (muito maior do que o nosso) são esses que pagam menos impostos do que nós?
    Claro que o esforço individual é menor, porque pura e simplesmente ganham muito melhor do que nós.
    Como já ontem aqui escrevi, eu não vejo forma de se poder aumentar a receita fiscal, salvo pela base de incidencia da mesma, logo ou encontramos forma de aumentar os rendimentos de uma boa parte da população, ou os nossos serviços publicos só podem definhar cada vez mais.
    Você pode culpar o Costa do que entendet, mas isso não muda esta realidade, porque o máximo que ele pode fazer é cobrar menos aos que pagam e dar menos aos que precisam. Não vejo nenhum problema wue você prefira esse caminho, mas conceda lá que mesmo entre os que pagam (e bem) também há quem pense o contrário, por mais estranho, ou até "ridículo" que isso lhe pareça.
    Depois essa conversa de que o voto dos funcionarios públicos, reformados, desempregados, ou quem quer que seja beneficiario de qualquer ajuda do estado não passa de um voto vendido a quem lhe der ou prometer mais, para alem de absurda implica atestado de estupidez e menoridade a uma parte da população, que é absolutamente indecoroso, para não lhe chamar um nome mais feio.
  1. Colocado por: gil.alvesnão inteiramente verdade! (Vivi os últimos 10 anos por terras Helvéticas).
    O seguro base para uma franquia de 2000CHF custa mensalmente uns 270CHF.


    Portanto, sendo rigoroso, 2153,62 € de franquia em vez de 2000 € e 3488,88 € de custo anual em vez de 4000 €?

    Acho que não muda nada em relação ao meu ponto.

    Colocado por: gil.alves
    Pagas, funciona bem. Não me queixo!
    Cá tiram-to uma batelada de impostos e depois tens de ir ao privado se não te sentes em condições de esperar 12+ horas numa urgência…


    Tendo em conta que os suiços gastam em media 3 vezes mais em seguros de saude e despesas hospitalares do que os portugueses pagam em impostos para sustentar o SNS, mal era que não funcionasse melhor...
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: ferreiraj125

    Se eu não tiver uma solução para o problema significa que não existe problema?

    Sim, também há outros problemas. Basicamente sempre que uma questão beneficia uma grande porção da população em detrimento de outra há o risco de haver politicos a capitalizar votos que beneficiam uma porção da população em detrimentro de outra.

    A solução passa por ter noção de que os politicos podem ter estas praticas e, quiçá, ser menos egoista, e pensar mais no beneficio da sociedade como um todo e menos no proprio umbigo.

    Nomeadamente, evitar a estruturação da sociedade de forma a levar à criação destas fações. Ou seja, neste caso especifico, haver menos gente a depender do estado.


    Se identificas um problema e não encontras solução para ele, obviamente que o problema não desaparece, apenas tens de aprender a viver com ele, até encontrares essa solução, que seguamente nao aparece apenas porque continuas a enunciar o problema.
    Quanto ao resto, até parece que só agora descobriste a razão pela qual o Costa ou outro plitico qualquer costuma fazer promessas em época eleitoral.
    As eleições que aí vêm prometem ser uma bela oportunidade formativa sobre essa matéria.
  2. Colocado por: J.Fernandes
    Isso é em Portugal?! O mesmo Portugal em que se esperam meses e anos por consultas e em que 3,5 milhões de pessoas têm de pagar saúde privada e pública, para resolver os seus problemas?!


    O SNS é subfinanciado, mas isso não muda o facto de ser muito melhor ter um sistema em que não tens toda a bureocracia de faturar todos os procedimentos e não teres a preocupação de estares doente, fragilizado, num hospital, e teres de estar a pensar na cobertura do teu seguro e no custo de cada procedimento ou exame que o medico acha que precisas.

    Já estive nessa situação e é horrivel. Estás doente, queres tratar-te, mas estás constantemente preocupado com o que o teu seguro cobre e o quanto te vai sair da carteira cada procedimento/exame/medicamento, etc, que o medico recomenda.

    Isso do utilizador pagador é giro na teoria, mas na pratica, no que toca à saúde, preferes que seja um medico a decidir o que é que tu precisas fazer para ficares melhor em vez de teres de ser tu, num momento de fragilidade, a fazer decisões monetarias em relação à tua saude.
    Concordam com este comentário: HAL_9000, AMG1, Dias12
  3. Colocado por: J.FernandesO mesmo Portugal em que se esperam meses e anos por consultas
    Isso ja depende do médicos que conheças, ou das pessoas que conheças. E este é um dos problemas de funcionamento do SNS que nem sequer está diretamente relacionado com o estado. Indiretamente está, porque não sabem nomear administradores capazes.
  4. Colocado por: AMG1as e então o podemos fazer para mudar isto?
    Em principio não será continuar a votar em quem só soube agravar essa situação.

    Por outro lado, nenhum dos partidos ditos alternativos consegue transmitir uma estratégia alternativa.

    Por isso, em princípio, o que podemos fazer é emigrar. O último que feche a porta
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: Squire

    Isto para dizer que não é um mito a dependência de muita gente do OE. Aliás, tanto que em campanha eleitoral ou em anos de eleição, os partidos políticos historicamente aumentam as despesas do OE justamente para aqueles grupos, por forma a vencer as próximas eleições. Isto está mais que provado.


    Claro que não é um mito que existe gente que depende do estado, desde logo, todos os que nos prestam.os serviços disponibilizados pelo estado, cujos salários sao decididos por quem governa. Tal comk também é uma realidade que os governos procuram agradar essa "clientela", particularmente.em anos eleitorais. mas alguém contestou isso?
    Agora com que base é que se pode afirmar que a maioria dos funcionarios publicos, reformados ou o que sejam, votam inevitavelmente em quem está no governo?
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: HAL_9000Isso ja depende do médicos que conheças, ou das pessoas que conheças. E este é um dos problemas de funcionamento do SNS que nem sequer está diretamente relacionado com o estado. Indiretamente está, porque não sabem nomear administradores capazes.


    Isso não é (só) um problema do estado é também um enorme problema da nossa sociedade civil.
    O conhecimento das pessoas certas, a troca de favores, a cunha, o jeitinho e as milhentas formas de subvertermos as regras instituidas parece que está inscrito no nosso ADN.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: HAL_9000Em principio não será continuar a votar em quem só soube agravar essa situação.

    Por outro lado, nenhuma das alternativas consegue transmitir uma estratégia alternativa.

    Por isso, em princípio, o que podemos fazer é emigrar. O último que feche a porta


    Desistir é sempre opção.

    Por ser para o HAL_9000 aqui vai um incentivo sobre a forma de uma citação do bochechas: "só é vencido quem desiste de lutar"!

    Se não existe alternativa, o caminho é criá-la. Se todos desistissem nunca havia mudança!
  5. Colocado por: AMG1Se não existe alternativa, o caminho é criá-la
    No seu entender não existe qualquer problema então? Ou tal como eu tb opta por não criar qualquer alternativa? Mera curiosidade, até porque se não estou em erro o AMG1 também foi emigrante.

    A mim falta-me o engenho, a arte, o gosto e o jeito para "fazer política". Limito-me a gerir a minha vida o melhor que sei, e a contribuir para o país o melhor que posso. Mas face ao cenário actual, não tenho a menor dúvida qu, pessoalmente, a decisão financeira mais acertada seria emigrar.

    Mas não posso deixar de constatar que a minha geração, ou desistiu e se afastou, ou foi afastada, ou nem sequer lhe foi dada a minima oportunidade de alcançar lugares de influência e decisão. Vejo as mesmas figuras, que se arrastam há decadas pelas esferas de influências, onde curiosamente chegaram ainda jovens. Essas mesmas figuras insitem em continuar a arrastar-se por lá e como tal a inércia vai sendo mantida.


    Mas também tendo em conta que o "jovem" (lol) PNS pode representar um desses ventos de mudança, é pá.... mais valia terem continuado os mesmos de sempre
  6. Colocado por: AMG1

    Claro que não é um mito que existe gente que depende do estado, desde logo, todos os que nos prestam.os serviços disponibilizados pelo estado, cujos salários sao decididos por quem governa. Tal comk também é uma realidade que os governos procuram agradar essa "clientela", particularmente.em anos eleitorais. mas alguém contestou isso?
    Agora com que base é que se pode afirmar que a maioria dos funcionarios publicos, reformados ou o que sejam, votam inevitavelmente em quem está no governo?


    800 mil funcionários públicos, mais 3,5 milhões de pensionistas, sendo que há análises estatísticas que provam que grande parte do eleitorado mais velho vota PS e em segundo lugar PSD. Mais, a população portuguesa com mais de 65 anos, ascende a 2,5 milhões os quais estão incluídos nos 3,5 milhões de pensionistas.

    Nas eleições de 2022, quase 4 milhões de pessoas votaram no PS e no PSD num universo de eleitores de cerca de 11 milhões de pessoas. Na verdade, apenas 5,5 milhões votaram, o que fez com que estes partidos, que sempre governaram, tivessem obtido 70% dos votos.

    Se dos 11 milhões de eleitores retirarmos 1,5 milhões de eleitores estrangeiros (destes, apenas 10% votou...), ficamos perto de 9 milhões de eleitores.

    Tendo em consideração que a população mais jovem é quem mais se abstém e totaliza 1 milhão de pessoas, ficamos com 8 milhões de pessoas. Como votaram 5,5 milhões, quer dizer que 2,5 milhões de pessoas com mais de 30 anos não votou.
    Ora, é sabido que é a população menos formada que menos vota. Atualmente é consensual entre os politólogos que quanto mais pobre for a pessoa, menos tendência a votar terá. Atualmente existem 2 milhões de pessoas abaixo do limiar de pobreza.

    Ou seja os abstencionistas residentes em Portugal são essencialmente:

    - 2 milhões de pobres;
    - 1 milhão de jovens que não vota;

    Daqui resulta que 4 milhões de pessoas votaram no PS e no PSD. Analises estatísticas indicam que a população mais velha é quem vota no PS e no PSD (pensionistas). Quanto aos funcionários públicos, tendo em conta que não vivem no limiar da pobreza ainda que muitos deles tenham ordenados muito baixos, certamente votam, ate porque estão diretamente ou indiretamente em contacto com o aparelho governativo, por isso não existe a alienação ou a separação entre políticos e povo. Isto de uma forma geral claro.

    Mais, tendo em conta que a função pública está bastante envelhecida, pode-se colocar já de parte que votam IL ou BE.
    Isto é, se 800 mil funcionários públicos são votantes, até porque é do interesse deles, dado que são dos que mais beneficiam do Estado, então o seu voto será na sua grande parte PS ou PSD.

    Toda esta análise é muito simplista. Sem dúvida. Mas creio que é possível fazê-la com coerência e acho que tem lógica.
  7. Colocado por: HAL_9000Em principio não será continuar a votar em quem só soube agravar essa situação.

    Por outro lado, nenhum dos partidos ditos alternativos consegue transmitir uma estratégia alternativa.

    Por isso, em princípio, o que podemos fazer é emigrar. O último que feche a porta


    Também não sou a favor dessa teoria de "os outros não dão melhor alternativa, por isso vou votar PS".

    Primeiro, não creio que as outras alternativas sejam todas piores que aquilo que temos agora, segundo, não acho boa politica votar em manter o status quo se achamos que o status quo não é o melhor. Isso não incentiva a mudança.

    Eu quando sou mal servido num restaurante, vou a outro, mesmo sem ter certezas que os outros restaurantes são melhores.

    Sei que se continuo a ir ao mesmo restaurante mesmo sendo mal servido, esse restaurante não tem qualquer incentivo para me servir melhor.

    Votar noutro partido, mesmo sem garantias de ser melhor, é um incentivo para o partido do atual governo melhorar o que tem feito.

    Além disso, o meu voto é 1 entre potencialmente 11 milhões. Eu estou apenas a contribuir para o partido em que voto, na melhor das hipoteses, ter mais um deputado a fazer oposição ao governo, dando incentivo ao governo para melhorar as suas politicas.
  8. Colocado por: AMG1Claro que não é um mito que existe gente que depende do estado, desde logo, todos os que nos prestam.os serviços disponibilizados pelo estado, cujos salários sao decididos por quem governa. Tal comk também é uma realidade que os governos procuram agradar essa "clientela", particularmente.em anos eleitorais. mas alguém contestou isso?


    Quando fiz tal afirmação fui contestado.

    Não pelo que disse, mas pelo que não disse.


    Colocado por: AMG1Agora com que base é que se pode afirmar que a maioria dos funcionarios publicos, reformados ou o que sejam, votam inevitavelmente em quem está no governo?


    Ninguém disse isso.

    Mas naturalmente, aqueles para quem os rendimentos são determinados por decreto, terão maior tendencia para votar nos partidos que prometem decretar maiores rendimentos.

    Isto leva a um cenario bastante pernicioso em que há partidos cuja estrategia é maximizar o numero de pessoas cujo rendimento é determinado por decreto para terem elevado poder de adquiririr votos por promessa de subida de rendimentos por decreto.
    Concordam com este comentário: Dias12
  9. Colocado por: ferreiraj125Eu quando sou mal servido num restaurante, vou a outro, mesmo sem ter certezas que os outros restaurantes são melhores.
    Certo, estou de acordo consigo. Mas também não entra na primeira tasca que aparece pois não?

    Estas eleições serão para mim das mais dificeis de decidir, terei de ler os programas, ouvir os debates e usar todas as informações que temos ao dispor para conseguir decidir o meu sentido de voto (neste momento votaria em branco).
  10. Colocado por: HAL_9000Certo, estou de acordo consigo. Mas também não entra na primeira tasca que aparece pois não?


    Na pior das hipoteses como em casa (voto em branco), não é? :P

    Colocado por: HAL_9000Estas eleições serão para mim das mais dificeis de decidir, terei de ler os programas, ouvir os debates e usar todas as informações que temos ao dispor para conseguir decidir o meu sentido de voto (neste momento votaria em branco).


    Olha, estou igual.

    Nas anteriores votei IL, mas agora parecem-me um pouco sem direção.

    PSD seria o partido com mais chances de mudar o status quo, mas o seu atual lider é uma nodoa autentica.

    PS está completamente fora de questão porque a ultima coisa que quero é manter o status quo.

    Portanto estou na tal questão de não querer ir ao restaurante habitual porque é uma **** autentica mas também não estar a encontrar alguma coisa melhor. Mas definitamente não irei ao mesmo restaurante. :)
    Concordam com este comentário: Quilleute
    Estas pessoas agradeceram este comentário: HAL_9000
  11. Colocado por: ferreiraj125Isso do utilizador pagador é giro na teoria, mas na pratica, no que toca à saúde, preferes que seja um medico a decidir o que é que tu precisas fazer para ficares melhor em vez de teres de ser tu, num momento de fragilidade, a fazer decisões monetarias em relação à tua saude.
    Concordam com este comentário:HAL_9000,AMG1


    Mais especificamente, estive numa situação em que estava nas urgencias por potencial contacto com HIV onde poderia tomar uma medicação, que tinha de ser tomada o mais rapido possivel, para minimizar o risco de infeção, mas o medico não me sabia dizer o custo da medicação nem se estava coberto pelo seguro.

    Ou seja, de caras, para o medico, em segundos, tive de decidir se tomava a medicação, ponderando o potencial custo que eu nem sabia qual seria (que acabou por ser 2000 €), o potencial risco de ter tido uma exposição ao HIV (que é baixo visto que menos de 1% da população está infetada), o potencial risco de ser infetado por HIV (inferior a 2% numa relação sexual com alguem infetado), potencial eficacia da medicação que iria tomar, e as chances de estar ou não coberto pelo seguro (incognito).

    Portanto, eu, que nem sou medico, tive de estar a ponderar o risco de uma potencial doença para a vida, versus um potencial custo que nem sabia qual era... Não desejo a ninguem. 😂

    O mais ironico é que sabia que os tratamentos de HIV seriam totalmente cobertos pelo seguro. Por isso, sair-me-ia do bolso algo que na realidade poderia poupar dinheiro à seguradora.

    Portanto a logica de que o "utilizador pagador" racionaliza os custos nem se aplica, porque em termos de custos pessoais o mais racional seria não tomar a medicação para minimizar as chances de ser infetado porque o seguro cobriria os custos que teria o resto da vida caso fosse infetado.

    Obviamente tomei a decisão melhor para a minha saude, e que possivelmente mais poupou dinheiro à seguradora, embora possivelmente pudesse ser mais cara para mim. :)

    Isto foi só uma das situações mais "descaradas". Mas no geral, usar um sistema de saude em que estás sempre a pensar nos potenciais custos e ter de lidar com a burocracia de tudo ser faturado foi sempre pouco agradavel em relação a um sistema em que os medicos tomam as decisões do que precisamos e não temos de ser nós a fazer a ponderação de potenciais custos do que necessitamos para o que é melhor para a nossa saude.

    Podes ter uma pneumonia, mas será que queres pagar um raio-x para confirmar ou vamos ver se a coisa melhora?

    Querem ter de fazer essas decisões?
    Concordam com este comentário: Dias12
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: HAL_9000No seu entender não existe qualquer problema então? Ou tal como eu tb opta por não criar qualquer alternativa? Mera curiosidade, até porque se não estou em erro o AMG1 também foi emigrante.

    A mim falta-me o engenho, a arte, o gosto e o jeito para "fazer política". Limito-me a gerir a minha vida o melhor que sei, e a contribuir para o país o melhor que posso. Mas face ao cenário actual, não tenho a menor dúvida qu, pessoalmente, a decisão financeira mais acertada seria emigrar.

    Mas não posso deixar de constatar que a minha geração, ou desistiu e se afastou, ou foi afastada, ou nem sequer lhe foi dada a minima oportunidade de alcançar lugares de influência e decisão. Vejo as mesmas figuras, que se arrastam há decadas pelas esferas de influências, onde curiosamente chegaram ainda jovens. Essas mesmas figuras insitem em continuar a arrastar-se por lá e como tal a inércia vai sendo mantida

    Mas também tendo em conta que o "jovem" (lol) PNS pode representar um desses ventos de mudança, é pá.... mais valia terem continuado os mesmos de sempre


    Mas quem é que lhe disse que sou um conformado?
    Ao contrario dos meus pais e irmãos, nunca militei em nenhum partido, salvo uma breve incursão, aí pelos 16/17 anos, na organização juvenil do POSDS, mas isso foi sobretudo porque aqueles acampamentos eram a ocasião perfeita para desenvolver certas praticas que por essa altura me ocupavam bastante o espirito.
    Agora isso não significa que não tenha dedicado muito do meu tempo e capacidades em beneficio da transformação das comunidades em que me inseria. Mesmo cá em Portugal fui dirigente do meu sindicato e ainda hoje, já reformado, faço parte de um órgão consultivo do mesmo.
    Mesmo quando comprei a barraquita na aldeia da Beira Alta, não descansei enquanto não arranjei forma de encontar parceiros para reactivarmos a associação recreativa, que estava encerrada há mais de 20 anos. Hoje é uma satisfacao enorme ir lá tomar um café e ver aquela gente toda junta a conviver e a discutir tanto a qualidade do vinho de cada um (em geral mau), como a demissão do Costa e olhe que já me fartei de aprender coisas com esta malta, quase toda rapaziada da minha idade ou mais velhos.
    Isto são tudo formas de agir politicamente, Os partidos não tem o monopólio da acção politica, isso é um engano. Depois eu também sou um bocado comodista e nunca tive muita vontade de mudar o mundo, pelo contrário sempre me senti muito mais satisfeito procurando mudar as pequenas coisas que estão ao meu alcance. Numa familia com as caracteristicas daquela em que eu cresci, nem imagina os dissabores que isso me trouxe, mas adiante.
    De facto também fui um emigrante, mas algo diferente do habitual. Eu saí daqui com 7 anos e regressei com 44. Em boa verdade, nem sei se posso dizer que regressei. Com excepção da minha actual mulher, toda a minha familia próxima está fora, incluindo as minhas filhas, netos, irmãos. Mantenho e muito provavelmente manterei sempre la "poiso" até ao fim dos meus dias, embora também esteja por lá cada vez menos. Para ser sincero, por vezes nem sei se sou mais daqui ou de lá. Acho que vivo numa espécie de limbo, que nem eu mesmo entendo muito bem. Talvez não seja por acaso que um dos meus irmãos se refere habitualmente a mim como o "exilado" da familia.
    Depois, discordo por completo dessa sua ideia de que temos um problema porque os jovens não conseguem alcançar os lugares de influência. Aliás, o HAL_9000, no seu ultimo parágrafo acaba por se contradizer. Vamos la ver, os velhor não vão durar para sempre, um dia seja porque morrem, porque se fartam, ou porque alguém corre com eles, hão-de largar esses lugares. Depois, nada me garante que o simples facto de alguém ser mais jovem o torna apto para desenpenhar a maioria dessas funções, até porque admito que a maoria delas não implique grande esforço físico.
    A prova disso mesmo é o HAL_9000 que a dá, quando refere que o PS passou a ter uma liderança mais jovem, mas que não é por isso lhe inspira maior confiança. Depois, meu caro, eu conheço muito "jovem" que é bem mais "velho" do que eu.
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: Squire

    800 mil funcionários públicos, mais 3,5 milhões de pensionistas, sendo que há análises estatísticas que provam que grande parte do eleitorado mais velho vota PS e em segundo lugar PSD. Mais, a população portuguesa com mais de 65 anos, ascende a 2,5 milhões os quais estão incluídos nos 3,5 milhões de pensionistas.

    Nas eleições de 2022, quase 4 milhões de pessoas votaram no PS e no PSD num universo de eleitores de cerca de 11 milhões de pessoas. Na verdade, apenas 5,5 milhões votaram, o que fez com que estes partidos, que sempre governaram, tivessem obtido 70% dos votos.

    Se dos 11 milhões de eleitores retirarmos 1,5 milhões de eleitores estrangeiros (destes, apenas 10% votou...), ficamos perto de 9 milhões de eleitores.

    Tendo em consideração que a população mais jovem é quem mais se abstém e totaliza 1 milhão de pessoas, ficamos com 8 milhões de pessoas. Como votaram 5,5 milhões, quer dizer que 2,5 milhões de pessoas com mais de 30 anos não votou.
    Ora, é sabido que é a população menos formada que menos vota. Atualmente é consensual entre os politólogos que quanto mais pobre for a pessoa, menos tendência a votar terá. Atualmente existem 2 milhões de pessoas abaixo do limiar de pobreza.

    Ou seja os abstencionistas residentes em Portugal são essencialmente:

    - 2 milhões de pobres;
    - 1 milhão de jovens que não vota;

    Daqui resulta que 4 milhões de pessoas votaram no PS e no PSD. Analises estatísticas indicam que a população mais velha é quem vota no PS e no PSD (pensionistas). Quanto aos funcionários públicos, tendo em conta que não vivem no limiar da pobreza ainda que muitos deles tenham ordenados muito baixos, certamente votam, ate porque estão diretamente ou indiretamente em contacto com o aparelho governativo, por isso não existe a alienação ou a separação entre políticos e povo. Isto de uma forma geral claro.

    Mais, tendo em conta que a função pública está bastante envelhecida, pode-se colocar já de parte que votam IL ou BE.
    Isto é, se 800 mil funcionários públicos são votantes, até porque é do interesse deles, dado que são dos que mais beneficiam do Estado, então o seu voto será na sua grande parte PS ou PSD.

    Toda esta análise é muito simplista. Sem dúvida. Mas creio que é possível fazê-la com coerência e acho que tem lógica.


    Vamos simplificar ainda mais. Se 70% dos eleitores votam no PS+PSD, qual é a probabilidade de conseguirmos definir um grupo relativamente homogéneo, seja ele qual for, em que a maioria desse grupo não tenha votado nesses dois partidos?
    Eu so não percebo porque razão acham que o grupo "dependentes do estado" tem uma motivação diferente p.e. do grupo "trabalhadores da insdustria dos lanifícios", ou outro qualquer, quando o comportamento eleitoral deles é o mesmo. Ou seja, a maioria desse grupo quase que inevitavelmente votou no PS ou no PSD.
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: ferreiraj125

    Mas naturalmente, aqueles para quem os rendimentos são determinados por decreto, terão maior tendencia para votar nos partidos que prometem decretar maiores rendimentos.


    Mas o que é que este comportamento (quando exista) tem de mais "natural" do que o voto de alguém de não quer pagar tantos impostos e vai votar num partido que lhe promete ou que ele antecipa que vai baixar os impostos, que também se alteram por decreto?
    Em vosso entender, não são ambos ditados pelo interesse pessoal do eleitor?
    • AMG1
    • 9 janeiro 2024
    Colocado por: ferreiraj125

    Na pior das hipoteses como em casa (voto em branco), não é? :P



    Olha, estou igual.

    Nas anteriores votei IL, mas agora parecem-me um pouco sem direção.

    PSD seria o partido com mais chances de mudar o status quo, mas o seu atual lider é uma nodoa autentica.

    PS está completamente fora de questão porque a ultima coisa que quero é manter o status quo.

    Portanto estou na tal questão de não querer ir ao restaurante habitual porque é uma **** autentica mas também não estar a encontrar alguma coisa melhor. Mas definitamente não irei ao mesmo restaurante. :)
    Estas pessoas agradeceram este comentário:HAL_9000


    Nao levem a mal, mas vocês com tanta preocupação em encontrar o voto ideial, fazem-me lembrar a história do fato do Bocage.
    Vamos ver, quantas são as decisões wue se tomam na vida e podemos dizer; escolhi o ideal!
    Eu arrisco a dizer que muito poucas, ou nenhumas. As decisões são sempre entre as possibilidades existentes, que só muito raramente serão as que cada um de nós queria.
    Eu nunca desisto, escolho sempre entre o existente, nem que seja pela regra do mal menor. Depois temos mais de 20 partidos, não haverá um qualquer que vos sirva?
 
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