Querer relativizar o peso do BPN desta forma é um bocado ridículo. Posto desta forma, nenhuma despesa específica do Estado seria relevante quando comparada com a despesa total. Além disso, a despesa do Estado não pode ser vista toda da mesma forma: injectar dinheiro no BPN não é a mesma coisa que gastar dinheiro com a Saúde (é apenas um exemplo).
Colocado por: luisvvo sistema financeiro, como qualquer outro, deve estar sujeito à lei da vida: faliu, está falido, siga para bingo.
Colocado por: luisvvRidículo porquê? Ridículo é insistir no discurso de culpar os bancos pela crise - confundindo a situação portuguesa com a de outros países. Ridículo é insistir na história do BPN, como causa relevante da situação actual - que não é !!
Excluindo o BPN, a dívida continua a aumentar ao ritmo de 3 BPN por ano. São cerca de 40 BPN em dívida, e vão continuar a aumentar. Dizer que é pela saúde, pela educação ou pelo consumo de papel higiénico é pouco relevante.
O exemplo que deu foi um exemplo do que não é a democracia, não ajuda muito a definir o que é.
Claro, tem razão, mas parece-me que estamos aqui a falar coisas diferentes. Ninguém acha que se um grupo de pessoas julgar correcto apedrejar uma mulher, que esse grupo de pessoas, por estar em maioria, tem razão.
Podemos discutir democracia de uma forma mais abrangente, mas a única coisa que tentei perceber foi o que você vê como democrático, porque só dá exemplos de mercados financeiros, e que acha que é democrático um sistema onde a procura e a oferta definem os preços. Eu também considero isso democrático, mas não é isso que estou a discutir.
Estou a discutir que, esse sistema neoliberal, não resultou, e temos muitos exemplos no mundo.
Não se pode "democratizar" tanto os mercados pois eles não se auto-regulam, fazem tudo em função do lucro e não em função do bem estar social, e isso tem tido consequências para as populações, que têm sido ignoradas pelos responsáveis políticos que seguiram o caminho neoliberal.
Está a referir-se ao quê? Em que "patéticos pormenores" das nossas vidas se intromete o Estado?
Não foi por si, foi pela maioria, e o "contrato" que não assinou são leis que regem a nossa sociedade.
A alternativa que conheço a isto é a anarquia. Qual é a alternativa que propõe?
Está consciente das consequências da falência súbita e generalizada dos Bancos ?
Colocado por: luisvvCom o devido respeito, tretas.
Colocado por: luisvvCedo ou tarde, o esquema tem que acabar - a bem, através da redução drástica dos gastos do Estado (o que é contra a natureza social-democrata dos Estados europeus), ou a mal, através do fecho da torneira do crédito.
Colocado por: luisvvQualquer pessoa minimamente informada e sem uma crença excessiva nas virtudes do Estado e seus investimentos podia prever, com alguma segurança, que algo aconteceria.
Colocado por: luisvvLá está o erro de perspectiva: os agentes do mercado compram e vendem para ter rendimento do seu capital. Ninguém obriga os agentes a entrarem no mercado - e isto é válido para compradores e vendedores, para credores e devedores.
Colocado por: luisvvSério. Quando o vendedor V vende o produto P ao comprador C, ambos transmitem informação sobre os preços a que estão dispostos a transaccionar os respectivos bens.
Colocado por: luisvvÉ sempre mais cómodo culpar os outros. No caso presente, por enquanto são "os bancos", mas nos últimos tempos já foram as "agências de rating" , os "especuladores" e eu sei lá mais o quê.
Colocado por: luisvvVista por olhos SD, a relutância dos investidores em emprestar mais dinheiro a países endividados que insistem em continuar a gastar mais do que recebem, é evidentemente uma prova da ganância dos mercados.
Colocado por: luisvvVista por olhos SD, a subida de juros de empréstimos a países que admitem ser inevitável a reestruturação da dívida é, adivinhou, prova da ganância dos mercados.
Colocado por: luisvvnão duvido nem por um segundo que as opções gerais tomadas o são por convicção de que são as mais correctas e/ou adequadas às circunstâncias.
Colocado por: luisvvVejamos: aquilo que por cá é visto como centro-direita (a parte social-democrata do PSD), na Europa é centro-esquerda. Portugal é, de forma genérica, um país mais à esquerda que a Europa, onde por sua vez predominam ideias SD, que não deixam de ser de esquerda.
Apesar de tudo, eu prefiro raciocinar noutros termos: liberal / socialista (entendendo aqui socialista como alguém que defende em maior ou menor grau a predominância do colectivo).
Colocado por: luisvvJá agora, se tiver curiosidade, Bastiat tem outras parábolas muito interessantes, sendo a mais conhecida a da petição dos vendedores de velas, deliciosamente mordaz e ainda hoje admiravelmente actual.
Colocado por: luisvvEstá a brincar, certo? Foi o BPN que nos pôs aqui ?
Colocado por: luisvvFalta de regulação ?? O Rui é capaz de me explicar em que medida é que os bancos portugueses não são e deviam ser regulados?
Colocado por: luisvvAs perguntas vão de novo ao lado. Poderia ter perguntado, por exemplo : V é monopolista? Isso sim, é relevante.
Colocado por: luisvvOs preços administrativos são, na melhor das hipóteses inúteis, na pior das hipóteses nefastos.
Eu já lhe disse quenão defendo que a culpa da situação actual é dos Bancos, não insista comigo nesse argumento.
O défice brutal que temos tem várias causas,mas o BPN é uma delas. É um facto! 5,000,000,000 euros não é algo que se possa relativizar! É um contributo BRUTAL!
Colocado por: luisvvEsqueça o contributo do BPN, e continua a ter exactamente o mesmo problema
Colocado por: luisvvE se decidirem que lhe vão retirar, digamos, 20% do dinheiro que ela tem na carteira, para comparticipar no custo de um jantar de confraternização já é democrático?
Colocado por: luisvvDei o exemplo dos mercados (quaisquer que sejam), porque em certo sentido não há mecanismo mais democrático que esse -por permitir o encontro e arbitragem voluntária de interesses contraditórios, sem qualquer tipo de coacção e sem violar interesses legítimos das partes.
Colocado por: euImporta-se de elaborar ?
Colocado por: luisvvCreio que incorre num grande erro, comum à SD: o lucro é mau e indesejável. Ora, o lucro é o que permite o bem-estar social. O lucro permite aos agentes avaliarem a relevância dos serviços e produtos que vendem. A ilusão de que certos serviços podem ser prestados a custo zero é isso mesmo: ilusão.
Colocado por: luisvvTodos. O Estado define o que eu posso ou não comer, o que posso ou não beber. Pune-me se eu fumar. Pune-me se eu consumir substâncias que o Estado não aprove.
Colocado por: luisvvQue contrato é esse que não pode ser rescindido? Que contrato é esse que vincula uma das partes e é arbitrado pela outra? E em que medida é que um "contrato" assumido por uma vaga "maioria" é democrático quando me impede de (ou compele a) fazer algo que não afecte legítimos interesses de terceiros?
Colocado por: luisvvSe não me engano, a alternativa que conhece e designa por anarquia è na verdade a anomia (a temida ausência de regras e leis). Anarquia (embora haja diversas correntes que se reclamam anarcas, muitas delas radicalmente opostas) é outra coisa - a ausência de coacção.
Colocado por: José Pedro NunesExcelente compilação de notícias.
Colocado por: José Pedro NunesJá só se fala em andar para trás, décadas perdidas de crescimento, de salários
Colocado por: José Pedro NunesAcha que fomos "gulosos"?
Colocado por: José Pedro NunesAcha que fomos "gulosos"?
Colocado por: euMas ainda tem dúvidas? O problema é que uns comeram uma fatia maior...
Colocado por: oxelfer"moralista da ideia que se espalhou de que os portugueses vivem acima das suas posses"
Colocado por: José Pedro NunesEu também gosto muito pouca dessa ideia, acho que já o disse no fórum. Parece que caímos sempre no ditado "paga o justo pelo pecador".