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  1.  # 821

    Nationwide, some 22,000 "poor" households have heated swimming pools or Jacuzzis.
    Quem bom que é ser pobre. Eu ainda sou mais pobre que isso! Também quero a minha piscina aquecida de pobre. :D


    É o que dá, utilizar a pobreza relativa como indicador.

    Se quiser: utilizando as definições de pobreza relativa Portugal é pobre no contexto europeu. Apesar de tudo, continua a ser um país que de uma forma geral está nos 40 primeiros lugares em todos os indicadores, e que é objectivamente rico para os padrões internacionais.
  2.  # 822

    O que eu digo só me implica a mim, da mesma forma que o que os outros dizem não me implica.


    Aqui discordo. A frase citada referia-se à utilização (infere-se que "generalizadamente"por indeterminados?) dos abusos do sistema como desculpa para muita coisa, sugerindo reserva mental na utilização "apenas para estes estratos" (subentenda-se "os mais pobres"). Ora, a verdade é que tão generalizada é esta conversa contra a preguiça do RSI como a dos bancos e dos ricos...
  3.  # 823

    Eu gostava é que eles dissessem quanto é que, em média, cada um desses "pobres" proprietários de casas com piscina e com um ou dois carros DEVE AOS BANCOS...

    Mas a noção de pobreza relativa mede essencialmente rendimento, não património..

    Vou repetir o que já foi escrito: o grande problema em Portugal é que muitas famílias pobres em Portugal (sem dinheiro para pagar todas as despesas domésticas normais... E PRESTAÇÕES BANCÁRIAS dos empréstimos) têm um ou dois membros A TRABALHAR a tempo inteiro!


    E aqui vamos entrar noutro campo: o que são as despesas domésticas normais...

    O think-tank Timbro, sueco, publicou em 2004 um estudo intitulado EU versus USA, que recomendo a todos os que se interessem pelo tema da pobreza. A propósito da pobreza nos EUA, realça-se neste estudo que:

    45,9% dos pobres, nos EUA, são proprietários da sua habitação.
    72,8% têm carro.
    30,2% têm 2 ou mais carros.
    76,6% têm ar condicionado em casa.

    Se aplicássemos aos suecos os mesmos critérios utilizados para determinar a taxa de pobreza nos EUA, 40% dos suecos seriam pobres.


    (cortesia do Portugal Contemporâneo).
  4.  # 824

    e da mesma fonte, em 2008, salvo erro:

    Numa entrevista transmitida ontem pela SIC, o Presidente do Conselho Económico e Social comparou a pobreza em África com a pobreza em Portugal e deu como exemplo o sofrimento de uma criança de África com fome, que comparou ao de uma criança portuguesa que não tenha dinheiro para comprar roupa “adequada” e que por esse motivo se sinta ridicularizada pelos colegas da escola.
    Na opinião do Presidente do CES é legítimo comparar a situação destas duas crianças que sofrem de modo idêntico, devido à pobreza relativa de ambas.
    Ouço e pasmo. Uma coisa são as necessidades básicas de sobrevivência e outra, certamente, são desejos e impulsos consumistas. O desejo de uma criança por umas sapatilhas de marca poderá ser comparado à necessidade de leite ou cereais? Estas afirmações ridicularizam a verdadeira pobreza e justificam a insensibilidade ocidental perante o continente africano.
    Que dizer a um pai que se sente dividido entre doar uns euros para uma ONG que distribui ajuda alimentar em África ou comprar umas All-Stars para a filha? Que o imperativo moral é idêntico?
  5.  # 825

    Boas,

    Colocado por: luisvvAqui discordo. A frase citada referia-se à utilização (infere-se que "generalizadamente"por indeterminados?) dos abusos do sistema como desculpa para muita coisa, sugerindo reserva mental na utilização "apenas para estes estratos" (subentenda-se "os mais pobres"). Ora, a verdade é que tão generalizada é esta conversa contra a preguiça do RSI como a dos bancos e dos ricos...


    Então diga-me lá (sinceramente) onde é que eu generalizei em relação aos bancos ou aos mais ricos.
    Como lhe disse muitas vezes, por vezes o luisvv "tirou" do que eu disse coisas que eu não disse. Eu não tenho nada contra os bancos ou contra os ricos. Posso ter contra os que "abusam", mas sejam eles ricos ou pobres.
    Se me parece que possa haver diferenças entre "estratos"? Sim, parece-me. Generalizou-se que o RSI é dado a malandros, mas quando um banqueiro vai para a choça diz-se logo que é um caso de polícia, distanciando-o assim de todos os outros banqueiros. Tenho alguma coisa contra os banqueiros? Não, da mesma forma que não tenho nada contra quem recebe o RSI e que luta todos os dias para levar uma vida digna.


    Curiosamente, neste fórum, onde fui mais "atacado" (no bom sentido) foi num tópico em que teoricamente eu defendia os bancos.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  6.  # 826

    Colocado por: danobrega

    Também diria que é verdade. Deve dar para procurar por aqui:

    http://pordata.pt/Portugal/PIB+e+PIB+per+capita+a+precos+constantes+%28base+2006%29-933

    falta descontar a inflação.Deve ser a parte do "a preços constantes".


    Sim. É mais elucidativo se em vez de obter o resultado em Euros pesquisar por "números-indíce", onde poderá verificar que para uma base 100 em 1960, em 2010 o PIB per capita a preços constantes anda nos 486, ou seja, descontada a inflação, o PIB per capita quase quintuplicou em 50 anos. Tendo por base 1980, quase duplicou. No sec XXI reduziu a tendência de crescimento, mas em todo o caso tem vindo a aumentar.
  7.  # 827

    Uma questão básica. O que é para vocês um português rico??

    É só analisar a veracidade do "pobre está mais pobre e o rico mais rico" :-)
  8.  # 828

  9.  # 829

    Que está empobrecer é mais que óbvio. Não é por nada que tenho a maior parte dos meus amigos a trabalhar no estrangeiro!
  10.  # 830

    Colocado por: Capela86Uma questão básica. O que é para vocês um português rico??
    Que tal:
    - um tipo que consegue pagar as contas todas e ainda sobra (por exemplo) outro tanto ?
  11.  # 831

    Então diga-me lá (sinceramente) onde é que eu generalizei em relação aos bancos ou aos mais ricos.


    Eu não disse que o oxelfer tinha generalizado, apenas salientei que não era verdade que as generalizações sejam sempre (ou sequer maioritariamente) "para estes estratos".
    A generalização do FD é tão válida quanto outras que por aqui são repetidas acriticamente - e a máxima dos pobres mais pobres que deu origem a este movimento é um óptimo exemplo.

    Como lhe disse muitas vezes, por vezes o luisvv "tirou" do que eu disse coisas que eu não disse.


    Eu não tenho nada contra os bancos ou contra os ricos. Posso ter contra os que "abusam", mas sejam eles ricos ou pobres. Se me parece que possa haver diferenças entre "estratos"? Sim, parece-me. Generalizou-se que o RSI é dado a malandros, mas quando um banqueiro vai para a choça diz-se logo que é um caso de polícia, distanciando-o assim de todos os outros banqueiros.

    Devemos frequentar partes diferentes do fórum, e ler imprensa diferente. É que eu em todo o lado ouço/leio as piores coisas sobre "os banqueiros", e os bancos (que foram os culpados disto tudo, toda a gente sabe).

    Tenho alguma coisa contra os banqueiros? Não, da mesma forma que não tenho nada contra quem recebe o RSI e que luta todos os dias para levar uma vida digna.


    Precisamente. Acontece que nestas discussões se parte sempre do princípio que os pobres são virtuosos e que a pobreza resulta do infortúnio e da injustiça. Ora, não é necessariamente assim. Sei que vou reforçar a imagem de insensível que já me foi colada aqui no fórum, mas a verdade é que a pobreza não é um atestado de virtude, e que parte dela resulta de escolhas e comportamentos (individuais e colectivos) dos próprios.
    Não quero com isto dizer que queiram ser pobres, mas antes que muitas das escolhas resultam (previsivelmente) nessa condição. E que muitas das supostas soluções perpetuam a pobreza.
  12.  # 832

    Boas,

    Colocado por: luisvvDevemos frequentar partes diferentes do fórum, e ler imprensa diferente. É que eu em todo o lado ouço/leio as piores coisas sobre "os banqueiros", e os bancos (que foram os culpados disto tudo, toda a gente sabe).


    Pode-me dizer que está implícito, mas não tenho visto referências a banqueiros (a bancos sim).

    Colocado por: luisvvPrecisamente. Acontece que nestas discussões se parte sempre do princípio que os pobres são virtuosos e que a pobreza resulta do infortúnio e da injustiça.


    ?
    Nunca o li assim, antes pelo contrário.
    A pobreza (ou riqueza) não define uma pessoa e pode ter origens muito variadas.

    Colocado por: luisvvSei que vou reforçar a imagem de insensível que já me foi colada aqui no fórum, mas a verdade é que a pobreza não é um atestado de virtude, e que parte dela resulta de escolhas e comportamentos (individuais e colectivos) dos próprios.


    Chama-lhe crença, fé, o que quiser:
    Eu penso que com comportamentos colectivos têm muita culpa, não vivêssemos nós em sociedade.
    Pode-me dizer que todos os comportamentos são individuais, da mesma forma que eu posso dizer que são todos colectivos.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13.  # 833

    Boas,

    Colocado por: luisvvA generalização do FD é tão válida quanto outras que por aqui são repetidas acriticamente - e a máxima dos pobres mais pobres que deu origem a este movimento é um óptimo exemplo.


    A generalização é sempre uma má opção, sempre!

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14.  # 834

    Uma questão básica. O que é para vocês um português rico??
    É só analisar a veracidade do "pobre está mais pobre e o rico mais rico" :-)


    Que está empobrecer é mais que óbvio. Não é por nada que tenho a maior parte dos meus amigos a trabalhar no estrangeiro!


    Ainda bem que é óbvio, porque ...contraria todos os dados disponíveis. O facto de haver mais pobres (medidos pelo critério largamente arbitrário de "recorrer à AMI" ) não significa que os pobres sejam ... mais pobres.
    Evidentemente, se pegar num ano específico é possível que isso aconteça - mas não representa a tendência, nem sequer é relevante numa análise de uma série mais longa.
  15.  # 835

    Colocado por: Luis K. W.Que tal:
    - um tipo que consegue pagar as contas todas e ainda sobra (por exemplo) outro tanto ?


    Para mim uma pessoa rica é uma pessoa que fruto dos seus rendimentos mensais (aplicações, depósitos, investimentos, etc...) pode deixar de trabalhar que mantêm o nível de vida.
    Agora, eu se for obrigado a trabalhar não sou rico. É que a mim também me sobra outro tanto daquilo que gasto. Sou rico???? Era bom!
  16.  # 836

    Colocado por: luisvvóbvio, porque ...contraria todos os dados disponíveis.O facto de haver mais pobres (me


    Se a comparação for de agora com a década de 60 é ÓBVIO que os pobres estão mais ricos.

    Agora compara os pobres de agora com os pobres da década dourada de 90.
    O que fazia com 100 contos naquela altura e o que faz agora 500€.
  17.  # 837

    Se a comparação for de agora com a década de 60 é ÓBVIO que os pobres estão mais ricos.

    A comparação é com qualquer década.


    Agora compara os pobres de agora com os pobres da década dourada de 90.O que fazia com 100 contos naquela altura e o que faz agora 500€.


    500 euros na década de 90 não são iguais a 500 euros de agora. Mas é por isso que as estatisticas corrigem o efeito da inflação..
    Assim, o que deve querer analisar é que quem ganhava 100 contos no ano X, ganha agora, em média Z euros, e o seu poder de compra aumentou Y % .
  18.  # 838

    Colocado por: luisvv
    A comparação é com qualquer década.




    500 euros na década de 90 não são iguais a 500 euros de agora. Mas é por isso que as estatisticas corrigem o efeito da inflação..
    Assim, o que deve querer analisar é que quem ganhava 100 contos no ano X, ganha agora, em média Z euros, e o seu poder de compra aumentou Y % .

    Discordo do poder de compra aumentou Y...
    O poder de compra diminui w...
  19.  # 839

    Colocado por: nbastosDiscordo do poder de compra aumentou Y...
    O poder de compra diminui w...


    E se w=-Y? lol
  20.  # 840

 
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