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  1. A veracidade do grafico não poderá ser posta em causa, agora as leituras que se fazem dele poderão ser inumeras, e a validade do que se pretende demorar será sempre relativa.

    Ok, vamos voltar ao mesmo ;-), porque não me expliquei bem...

    O meu ponto: verificando-se uma distribuição de rendimento similar nos 4 países (ou seja, os pobres portugueses são (grosso modo) proporcionalmente tão pobres como os pobres dinamarqueses) a percentagem da colecta de imposto sobre o rendimento é extremamente mais concentrada no segmento de topo em Portugal, se comparada com a Dinamarca, e o R.U, e relativamente próxima da França.
    Repare que não é para aqui chamado o custo de vida - o Estado cobra-nos percentagens de rendimento, para se sustentar. 40% do rendimento são 40% do rendimento, seja qual for o país.
    Repare que não está também sequer em causa a taxa de imposto cobrada, mas sim a percentagem do total do bolo que é cobrada a determinada fatia da população.

    Exercicio academico
    Se formos os 2 professores com 5 alunos cada
    Os seus alunos passam todos com 54 pontos numa escala de 0 a 100
    Os meus alunos, chumbam 4 com 45 valores e passa 1 com 95 valores
    O luis dirá que é melhor professor e apresentara como argumento que todos os seus alunos passaram. O seu argumento è verdadeiro.
    Eu direi que sou melhor professor e apresento como argumento o facto de a média de notas dos meus alunos ser 55 valores e a dos seus alunos ser só 54. Também o meu argumento è verdadeiro
    As duas afirmações são verdadeiras e a classificação de cad aum de nós como melhor professor depende do referencial.

    Certo, mas em nada altera o meu ponto.

    Como tal, um facto irrefutavel é que se chega a conclusao que metade dos nossos contribuintes não ganha para pagar impostos...va-se la saber porque:)

    Facto irrefutável nº2 - A fatia de rendimento que cabe aos 50% "inferiores" é muito similar em qualquer dos 4 países do quadro. Digamos que são igualmente pobres em termos relativos (ou seja, comparando com os seus compatriotas mais "ricos")

    O Neon e o danobrega pretendem introduzir na discussão um elemento de comparação de valores absolutos (do género "um pobre português tem menos poder de compra que um dinamarquês", o que é aliás evidente), supondo que por qualquer razão isso diminui a base de sujeitos de tributação.
    Ora a distribuição do fardo da cobrança fiscal é baseada na nossa realidade e não nos rendimentos dos outros países, pelo que é estranho esse argumento - que, levado ao seu corolário lógico significaria que por exemplo na Bulgária, cujo rendimento per capita é sensivelmente metade do Português, não haveria mais que uns 5% de cidadãos para pagar impostos... (mais uma vez, é necessário salientar que não estão em causa taxas absolutas de imposto, mas sim a distribuição do esforço entre escalões).

    (e atenção que não estou a discutir efeitos negativos dessa distribuição, porque nem é isso que me interessa agora..)
  2. Boas,

    Colocado por: becasDe acordo, não é bem a mesma coisa, mas então delimite-se muito bem o que pode ser deduzido no caso das empresas e não se permitam os abusos que todos sabemos que existem. Não faz sentido nenhum que se estejam a deduzir despesas PESSOAIS por conta das empresas, quando se eliminam essas deduções no IRS dos particulares.


    Completamente de acordo.
    Até no meu caso pessoal eu já defendi (indirectamente) isso (não sou hipócrita):
    Já disse aqui que acho que pago pouco de impostos (IRS/IRC), eu só "vejo" os números no fim do ano porque não ligo puto a essas coisa, é a contabilista que trata de tudo. Mas sem fazer as contas ao cêntimo e sem ter a verdadeira noção dos valores correctos, se me perguntarem se acho que pago pouco ou muito eu digo que pago pouco.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  3. Boas,

    Colocado por: becasAí é que se engana...há maneiras subtis (e eficazes) de fazer passar as opiniões, sem ser num estilo panfletário ou aguerrido...


    "encapotadamente" ou não, aqui as minhas intervenções vão (ou pretendem) ir num sentido:
    Posso estar contra muitas "regras", mas mais que ser contra algumas "regras", eu sou contra os "escapes" às "regras", isso sim é para mim um dos grandes "males" desta sociedade. Quando se criam "regras" e de seguida se "inventam" formas de as contornar é o mesmo que dizer que as "regras" só se aplicam a alguns (e adivinhem quem são esses "alguns").

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  4. Mantendo outra "frente" aberta:

    O circo continuou ontem. A ignorância e/ou má-fé:

    Factos:
    1) Uma sociedade, dona de parte das acções da Jerónimo Martins vendeu essas acções a outra sociedade, sedeada na Holanda.
    2) A Jerónimo Martins continua por cá.
    3) Os impostos da Jerónimo Martins continuam a ser pagos cá.
    4) Os accionistas da JM continuam a ser tributados cá.
    5) Razões apontadas oficialmente - expansão da empresa para outros mercados.
    6) Razões apontadas por analistas - estabilidade da legislação fiscal holandesa; melhores condições fiscais em relação a actividades exercidas em países terceiros; despesas de capital são dedutíveis na Holanda; acordo fiscal da Holanda com a Colômbia, que permite evitar a dupla tributação nos rendimentos do investimento que está a ser planeado.

    Os palhaços (no DN de hoje - não me dei ao trabalho de ler os outros):
    1) Viriato Soromenho Marques fala de "uma das maiores fugas ao fisco da história portuguesa"
    2) José Junqueiro (PS) "avisa" que "esta situação leva a que a empresa pague "bastante menos" em IRC. E que não se pode "deixar que um senhor faça uma coisa destas".
    3) Louçã considera a decisão "mesquinha". Fala de "não pagamento de impostos".

    Apetece perguntar:
    Se um empresário vai investir na Colômbia, porque raio o há-de fazer tendo por base Portugal ? Se o fizer a partir da Holanda paga X, se fizer a partir de Portugal paga X+Y - é preciso fazer um desenho?
    Concordam com este comentário: danobrega
  5. Boas,

    Pela mesma despesa eleitoral
    Estado paga duas vezes aos partidos
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/estado-paga-duas-vezes-aos-partidos

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  6. Só uma coisa, e virando para a função pública embora possa também ser feita para a privada:

    trabalhava-se 11 meses e recebia-se 14, o que se traduzia efectivamente num salário anual de 14*475/12=554€ (com direito a um mês de férias)
    passa-se a receber 12 e a trabalhar 12 (já que há um aumento de 23 dias de trabalho), simplificando podemos dizer que (por conversão) trabalha-se 11 meses e recebe-se 11 meses 11*475/12=435€ (com direito a um mês de férias)

    Supondo um IRS de 10% (aqui estou a especular porque não percebo anda de IRS) podemos dizer que dos 11 meses que recebemos 1 vai para o estado, logo 10*475/12=395€ (com direito a um mês de férias)

    (554*12-395*12)/475=4 meses de salário pago em "impostos"

    Onde está o erro?
  7. Boas,

    Não sou eu que o digo ...
    "A Jerónimo Martins não vai pagar menos impostos. E a família que a controla também não - até porque já pagava poucos."
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=529417&pn=1


    LOL ... para muitos o problema da Europa foi a "esquerda" (seja lá isso o que for), ironia:
    "Não deixa de ser uma ironia um país oficialmente comunista e de partido único, onde os direitos humanos são constantemente violados, poder vir a ser uma das nossas futuras e principais tábuas de salvação. É assim hoje a política: pragmática, desideologizada, baseada no primado do dinheiro sem cor."
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=529321&pn=1

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista

  8. Boas,

    Não sou eu que o digo ...
    "A Jerónimo Martins não vai pagar menos impostos. E a família que a controla também não - até porque já pagava poucos."

    Por acaso, é pena o oxelfer ter cortado a parte mais interessante da opinião:

    Uma empresa tem lucro e paga IRC; depois distribui lucro pelos accionistas, que pagam IRC (se forem empresas) ou IRS (se forem particulares). Neste caso, a Jerónimo continua a pagar o mesmo IRC em Portugal (e na Polónia); o seu accionista de controlo, a "holding" da família Soares dos Santos, transferiu-se para a Holanda. Por ter mais de 10% da Jerónimo, essa "holding" não pagava cá imposto sobre os dividendos e continuará a não pagar lá. Já quando essa "holding" paga aos membros da família, cada um pagaria 25% de IRS cá - e pagará 25% lá. Com uma diferença: 10% são para a Holanda, 15% para Portugal.

    Porque tomou a família uma decisão que, sendo neutra para si, prejudica o Estado português? Pela estabilidade e eficácia fiscal de lá, que bate a portuguesa. Pelo acesso a financiamento, impossível cá. E porque a família tem planos de crescimento que não incluem Portugal.

    Aqueles que se escandalizaram ontem deviam ter-se comovido também quando, há um par de meses (como aqui foi escrito), a Jerónimo anunciou como iria investir 800 milhões de euros em 2012: 400 milhões da Colômbia, 300 na Polónia... e 100 milhões em Portugal. Isto sim, é sair de Portugal. E quando a Jerónimo investir na Colômbia, provavelmente vai fazê-lo também através da Holanda, onde se paga menos. Estes são problemas diferentes dos que ontem foram enunciados: a falta de atracção de investimento de Portugal; e a instabilidade fiscal, que muda leis como quem muda de camisa, afastando o capital.

    A família Espírito Santo tem sede no Luxemburgo. Belmiro lançou a OPA à PT a partir do Holanda. O investimento estrangeiro é feito de fora. Isabel dos Santos investe na Zon a partir de Malta. Queiroz Pereira tem os activos estrangeiros separados de Portugal. António Mota desabafa há dias que pode ter de criar uma sede fora de Portugal só para que a banca lhe empreste dinheiro. E a família Soares dos Santos tem um plano que não nos contou mas que ainda nos vai surpreender - feito com bancos estrangeiros e a partir da Holanda, que é uma plataforma fiscal mais favorável à internacionalização para fora do espaço europeu, uma vez que não há dupla tributação da Holanda para e do resto do mundo.

    O que custa a engolir não é que Soares dos Santos tenha cortado o passado com Portugal, esse mantém-no e continua a pagar impostos. É que tenha cortado o futuro. É que tenha decidido investir fora daqui porque aqui não tem por onde crescer, para procurar lucros fora de Portugal, criar postos de trabalho fora de Portugal e, então sim, pagar impostos desse futuro fora de Portugal. Pensando bem, esse é um grande problema e é um problema nosso. Mas investir fora do País não é traição. É apenas desistir dele. E a Jerónimo já partiu para a Polónia há muitos, muitos anos - ou ninguém reparou?
  9. Boas,

    Estes "esquerdalhas" são sempre os mesmos:

    CDS sugere que consumidores penalizem Pingo Doce
    João Almeida, vice-presidente da bancada do CDS e porta-voz do partido, sugeriu esta tarde no Parlamento que os consumidores podem tirar consequências da deslocalização do principal accionista da Jerónimo Martins para a Holanda, grupo detentor dos supermercados Pingo Doce, adaptando "o seu comportamento".
    http://www.publico.pt/Economia/cds-sugere-penalizacao-dos-consumidores-ao-pingo-doce-1527618

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10. Boas,

    Fazem tudo ao contrário!
    Então não sabem que o que "eles" querem é menos estado?

    Ministro anuncia nova linha de crédito para as PME
    A linha PME Crescimento terá um valor global de 1,5 mil milhões de euros e ficará disponível a partir de 16 de janeiro.
    http://aeiou.expresso.pt/ministro-anuncia-nova-linha-de-credito-para-as-pme=f697858


    Mas o homem realmente é bom, muito bom, vejam lá o que em meia dúzia de meses ele conseguiu descobrir:
    "A recuperação económica e a criação de emprego em Portugal têm de assentar em quatro alicerces", afirmou Álvaro Santos Pereira. "O primeiro passa por inverter rapidamente a tendência de endividamento dos últimos anos, o segundo passa por melhorar as condições de liquidez da nossa economia e das nossas empresas, o terceiro passa por desenvolver um novo modelo económico assente nos setores exportadores e numa economia mais aberta e concorrencial e o quarto passa pela maior formação profissional, maior qualificação dos nossos recursos e maior produtividade", elencou.

    Fantástico!
    Nunca ninguém jamais tinha pensado nisso!

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  11. Boas,

    Malandros, vão mas é trabalhar que isto não é tempo de protestar mas sim de comer e calar!!!

    CGTP marca "grande manifestação nacional" para 11 de Fevereiro
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=529557

    Como estes, estes sim estão a trabalhar a bem de Portugal:
    MP abre inquérito a declarações de Otelo
    O Ministério Público abriu um inquérito relacionado com as declarações de Otelo Saraiva de Carvalho, que, recentemente, falou na possibilidade de haver um golpe militar, caso fossem «ultrapassados os limites».
    Fonte ligada ao processo disse que a abertura de um inquérito, que corre no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, foi determinada após um grupo de cidadãos ter apresentado queixa sobre o que o Capitão de Abril proferiu na entrevista.
    http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=37869

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  12. Boas,

    Como disse?

    Os inquilinos idosos sem situação de carência financeira que não cheguem a acordo com o senhorio mas que, devido a outros encargos, não possam pagar a renda terão de procurar outra casa, explica Assunção Cristas ao Negócios.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=529387&pn=1

    Fiquei confuso:
    Sem carência financeira e que não possam pagar a renda?

    Ah!

    A definição de carenciado utilizada para determinar as excepções é alcançada através do rendimento anual bruto corrigido (RABC). Este rendimento é conseguido através do rendimento anual do agregado, corrigido por vários factores, como haver dependentes, menores, idosos ou deficientes. A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, explicou que o limite em causa é o RABC inferior a 2500 euros anuais ou cerca de quatro salários mínimos nacionais, 1950 euros por ano.
    http://www.ionline.pt/portugal/rendas-idosos-deficientes-podem-ser-despejados-se-nao-pagarem-renda

    Já percebi!

    Para aqueles que se admiram de 1500€/mês serem considerados ricos, mais de 2500€/ano não é considerado em "carência financeira".

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13. Para além destas coisas...acho bem que continuem com os paraísos fiscais e que as filiais principais das empresas se desloquem para a Madeira ou até se desloquem para a Holanda para não pagar tantos impostos...afinal temos labregos que trabalham e produzem e que pagam o que têm e não têm para sustentar o estado,assim como labregos que lhes foi retirado o subsídio de Natal e férias para ajudar o país em dificuldades...e uma pt que se livrou de pagar uns bons milhões ao estado...viva a equidade pregada por Cavaco que usufruiu dos conhecimentos amigos do Bpn,em comparação ao actual presidente Alemão em que lhe foi instaurado um inquérito devido a favores fiscais que lhe foi imputado...
    Minha pátria amada que alguns protegidos usam e abusam dos mentecaptos que votam neles e que não têm direito a ter paraísos fiscais cá no continente em detrimento de outros que podem ter na Mamadeira. Hehe...malandrecos dos labregos que pagam o que não têm até nas estradas portuguesas com polícias e gnr bem apetrechados para conseguiram catar dinheiro a quem anda na estrada,só este ano foram 80 milhões repartidos para o estado,polícias e autarquias em contrapartida que os bombeiros estarem na hora da amargura em que cancelam ajuda de anbulãncias por falta de verbas...
    Mas que belo país que nos estamos a tornar!
  14. Boas,

    Colocado por: Jorge RochaMas que belo país que nos estamos a tornar!


    Eu gosto do Alentejo, e do Minho, e Trás-dos-Monte ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: Jorge Rocha
  15. Colocado por: oxelferPara aqueles que se admiram de 1500€/mês serem considerados ricos, mais de 2500€/ano não é considerado em "carência financeira".


    Brilhante! O Governo no seu melhor!
  16. Boas,

    Colocado por: becasBrilhante! O Governo no seu melhor!


    Peço é desculpa pelo português que não foi propriamente ... brilhante :(

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  17. Já entramos no campo da demagogia... Seguramente o oxelfer sabe a diferença entre o rendimento e o conceito de rendimento anual bruto corrigido. E se nao sabe, estranho nao ter pesquisado...

    (p.s.- e sim, parece aberrante uma ministra dizer que quem nao pode pagar um determinado bem de e procurar outro dentro das suas possibilidades...)
  18. Colocado por: oxelferBoas,

    Fazem tudo ao contrário!
    Então não sabem que o que "eles" querem é menos estado?

    Ministro anuncia nova linha de crédito para as PME


    Mas qual a duvida? Nao andava toda a gente doidinha porque nao havia ministro da economia?
    Mais do mesmo (a bem da verdade, este nao gabou as virtudes do investimento publico, mas de resto...)
  19. Boas,

    Famílias de classe média já não têm dinheiro para dar de comer aos filhos
    Segundo a responsável, têm chegado à confederação “centenas de pedidos de auxílio de famílias, muitas das quais de classe média baixa”, que deixaram de ter dinheiro para dar de comer aos filhos, por causa do despedimento de um ou de ambos os elementos do casal. “As autarquias estão a tentar colmatar este défice, o da alimentação das crianças”, sublinhou, admitindo contudo que “há casos onde isso não acontece. “Há muitos pais que não comem convenientemente para dar uma alimentação minimamente saudável aos filhos”, lamenta a presidente.
    http://www.ionline.pt/portugal/familias-classe-media-ja-nao-tem-dinheiro-dar-comer-aos-filhos

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  20. Boas,

    Claro que não: queremos menos estado!

    Nova linha de financiamento é "boa" mas "não chega"
    Patrões aplaudem a iniciativa do Governo, porque há míngua de liquidez. Mas o problema permanece.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=529643&pn=1

    Um governo de duplipensadores
    “Duplipensar é a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias, e aceitá-las ambas.” Eis o conceito de George Orwell, exposto no seu “1984”.

    Sofisticação a mais para quem nos governa? Vejamos: quantas vezes ouviu hoje falar na tal “cultura da exigência”, que nos vai libertar das grilhetas da mediocridade? E quem recomenda essa poção milagrosa? Um primeiro-ministro de aviário, sem CV nem obra, licenciado tarde e em estaminé meio esconso; um governo com alguns “especialistas instantâneos” fugidos das salas de aula para pastas-chave como a Agricultura.

    Na Economia reina o mandamento de “austerizar” o país (sobretudo os pobres) até à miséria, mas acalenta-se a crença religiosa de que novo milagre irromperá infalivelmente se repetirmos sem fim mantras como “vivemos acima das nossas possibilidades” ou “utilizador-pagador”. E pagamos cada vez mais impostos por serviços sempre a minguar.

    Urge cortar direitos aos madraços dos trabalhadores, libertando a inexaurível veia produtiva dos empresários? Mas todos sabem que só a AEP, por exemplo, não consegue nem gerir o seu Europarque, jazendo à sombra do aval do odioso Estado. E que malta como o líder da Jerónimo Martins ainda há pouco clamava por um “comportamento social responsável”, tratando agora de deslocar interesses vitais para paragens menos agrestes. Pois.

    Se aterrou neste texto desejando confirmar que somos liderados por luminárias que pensam o dobro dos simples humanos, desculpe a desilusão. Era só isto.

    http://www.ionline.pt/opiniao/governo-duplipensadores

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
 
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