tem toda a razão é uma questão de valores, olhando para a taxa de juro recebe 3% e paga 2,1%, mas os 2.1% são sobre os 63.000 que tem em divida e de que paga mensalmente a prestação e os 3% que recebe de juros são sobre os 40.000.
se o resultado é irrelevante, então envie os €350 para a minha conta, que é o mesmo que pagar a sua prestação, porque em ambos os casos tem um débito na sua conta.
certo, mas estava apenas a falar apenas do cenário de investimento, e na lógica de que se tem juro superior no deposito em relação ao do empréstimo é porque compensa, o que está errado, tem um défice mensal.
é verdade que no cenário de amortizar continua a pagar juros sobre o restante em divida, mas o montante baixa bastante e a partir do 8º ano não paga juros e começa a receber das poupanças.
se quiser registar os movimentos todos, então também se tem de registar como esses €350 aparecem na conta (é o valor que sobra para poupança), que é o crédito, para depois poder debitar esse valor nessa conta e creditar num deposito, não deixa de ter esse valor.
é verdade que se tira de um bolso para colocar noutro, mas está a esquecer-se de registar que esse dinheiro existe no bolso.
a explicação dos 23.000 é precisamente a explicação do erro de raciocínio que se comete.
a forma como isto é feito é genial, porque leva as pessoas a acreditarem e a defender com toda a força o cenário que é mais favorável ao banco, essa conclusão é que o vai levar a investir 40.000, continuar a ter défice mensal e a pensar que o banco está a perder dinheiro.
podemos ainda ver isto de um outro prisma:
no cenário amortização, se pegar nos 40.000 e amortizar paga 0,5% e amortiza este valor á divida.
no cenário investimento, para amortizar estes 40.000 á divida, quantas prestações vão ser necessárias a pagar 2,1% de juros?
Vamos voltar a alterar o exemplo-base, para se aperceber do erro em que incorre: imagine que o devedor ..
1) não tem qualquer fonte de rendimento (nem despesas, já agora).
2) Vendeu uma empresa por 132.136 Euros..
3) ..dos quais já recebeu 40.000 euros.
4) O restante será recebido na conclusão do negócio.
5) ..quer comprar uma casa e faz o crédito no valor de 63.000 euros, a 22 anos, que resulta numa prestação mensal de 349 euros
se a partir do 8º ano deixo de pagar a prestação, e com isso passo a obter um saldo positivo de €350, parece-me óbvio que estou a aumentar o pé de meia, independentemente de colocar esse dinheiro num deposito ou deixar na conta á ordem.
já agora, se do ordenado de €1850, retirar os €1500 de despesas e sobram €350, e não fizer nada com o dinheiro, no mês seguinte acontecer o mesmo e deixo lá o dinheiro a acumular, também tenho de registar algum débito?
em relação ao cenário que está a colocar, penso que não a pena complicar, o cenário colocado inicialmente já dá que falar :)
Colocado por: jcbarbosaMas também posso estar enganado... sou de engenharia e não de economia :)