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  1.  # 21

    Boas,

    Colocado por: luisvvEna pá, isto é um momento histórico neste fórum...


    Não sei porquê:
    1 - Quantas vezes te disse que tu não sabes qual é a minha opinião sobre as coisas?
    2 - A frase pode ser mal interpretada, mas "ter uma palavra a dizer" não é a mesma coisa que decidir. O que quero dizer com aquela frase é que a minha participação na democracia não pode ser somente o votar de 4 em 4 anos e dar liberdade a quem voto por decidir por mim durante esses 4 anos (e muitas ou maioria das vezes não cumprir aquilo que me fez votar nele).
    3 - Sempre te disse que para mim só existe um sistema perfeito: a ditadura (desde que seja eu o ditador).
    4 - Sobre aquilo que mais te faz "tremer": eu assumo que o estado deve decidir algumas coisas por mim, mas isto não significa carta branca.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  2.  # 22

    Colocado por: SchopferGottDar a opção para quem quisesse deixar de descontar para Seg. Social seria uma medida do meu agrado.


    A segurança social é um sistema de pagador único e de distribuição de riqueza. Não sei se faz sentido poder optar por não pertencer ao sistema.

    Eu diria que o que aborrece não é o sistema existir e ser de contribuição obrigatória. O que aborrece é "o papão" ter vindo a engordar até ao ponto onde está. É que são discussões completamente diferentes. Por exemplo:

    Concordo com um serviço nacional de saúde? Sim.
    Concordo com um serviço nacional de saúde que gaste 70% do PIB? Não.

    Não é o caso do SNS gastar tanto, mas a soma de todos os serviços pagos pelo contribuinte já representa uma quantia exagerada. Ou seja, existe um limite a partir do qual "a coisa" deixa de ser razoável.
    Concordam com este comentário: eu, LuB, oxelfeR (RIP)
  3.  # 23

    Colocado por: oxelfeR (RIP)eu assumo que o estado deve decidir algumas coisas por mim


    deve? :\
  4.  # 24

    Boas,

    Colocado por: danobregadeve? :\


    Segundo o meu ponto de vista sim.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  5.  # 25

    Não sei porquê:
    1 - Quantas vezes te disse que tu não sabes qual é a minha opinião sobre as coisas?


    E daí? Estamos mais que fartos de debater determinados assuntos, e agora fiquei curioso de ver a defesa de algo assim tão... até tenho medo de lhe chamar "liberal", não vá ofender alguém..

    2 - A frase pode ser mal interpretada, mas "ter uma palavra a dizer" não é a mesma coisa que decidir. O que quero dizer com aquela frase é que a minha participação na democracia não pode ser somente o votar de 4 em 4 anos e dar liberdade a quem voto por decidir por mim durante esses 4 anos (e muitas ou maioria das vezes não cumprir aquilo que me fez votar nele).


    De facto, a frase pode ser mal interpretada. No entanto, da recusa da democracia representativa ao direito de recusar a autoridade do Estado, qualquer uma das interpretações parece ser bastante melodiosa..

    3 - Sempre te disse que para mim só existe um sistema perfeito: a ditadura (desde que seja eu o ditador).

    Claro. Esse é o sistema preferido de todos ou quase todos.

    4 - Sobre aquilo que mais te faz "tremer": eu assumo que o estado deve decidir algumas coisas por mim, mas isto não significa carta branca.

    Yes, i see.. É como o vendedor de sapatos que às tantas se vira para a cliente que insiste em calçar 2 tamanhos abaixo: "Minha senhora, sei perfeitamente o que procura: uns sapatos grandes por dentro e pequenos por fora. Já tivemos, mas acabaram ontem2.
  6.  # 26

    Boas,

    Colocado por: luisvvE daí? Estamos mais que fartos de debater determinados assuntos, e agora fiquei curioso de ver a defesa de algo assim tão... até tenho medo de lhe chamar "liberal", não vá ofender alguém..


    Qual liberal?
    Algum dia leste algo que eu escrevi que indicasse que devêssemos ser acríticos em relação ao estado?
    (mais abaixo)

    Colocado por: luisvvDe facto, a frase pode ser mal interpretada. No entanto, da recusa da democracia representativa ao direito de recusar a autoridade do Estado, qualquer uma das interpretações parece ser bastante melodiosa..


    Mas isto é uma democracia?
    Representativa?
    Vamos ser sérios: isto é uma burla, uma fraude.
    Numa coisa concordamos (penso eu), o actual estado do país era previsível há já muitos anos.
    Agora das duas uma:
    1 - quem nos governou era incompetente
    2 - quem nos governou sabia para onde íamos (independentemente das motivações)
    Como eu acredito que não eram incompetentes (pelo menos de tão elevado grau) só posso supor que sabiam as consequências das suas acções. Consequências essas que esconderam dos eleitores.

    Agora coloca-se a pergunta: será que teriam o apoio dos eleitores (mesmo quando estes até supostamente foram beneficiados) se estes soubessem quais as consequências?
    Mesmo aqueles fervorosos adeptos das expos, euros, submarinos, auto-estradas, etc., continuariam a ser adeptos se soubessem a que fim nos levava esse caminho?

    ....
    Fonix ... fui interrompido e perdi-me por completo ...
    ....


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Estas pessoas agradeceram este comentário: LuB
  7.  # 27

    Colocado por: Luis K. W.Tânia.
    Está a fazer aí uma grande confusão...
    É que «o Estado chupista» somos NÓS.
    Isto é, o dinheiro dos nossos impostos é - sobretudo - gasto em coisas que NÓS consumimos e nem nos lembramos.
    Desde a tropa+polícia, etc., às redes de esgotos, passando pelos saldos negativos dos serviços públicos e empresas públicas.
    Claro que houve muito dinheiro mal gasto (em excessiva rede viária, em desnecessários submarinos, em bancos fraudulentamente falidos, etc.), mas a maior parte é mesmo gasta em serviços que TODOS NÓS utilizamos.
    Discordam deste comentário:Erdnaxela
    Dito desta forma parece que EU ando a gastar dinheiro mal gasto... Atenção que NÓS não temos a culpa dos ordenados, ajudas e regalias pagas aos nossos deputados, para que façam do Parlamento muitas das vezes um segundo trabalho. Pois muitos exercem advocacia, assessoria a empresas, etc. Também NÓS não temos culpa que se façam obras quando muitas vezes não são necessárias...
    Também NÓS não temos culpa que o PM tenha de ter uma catrefada de motoristas e seguranças ao dispôr...
    Também NÓS não temos culpa que todos os antigos PR tenham secretária, motorista, carro e escritório à custa do "Zé"...
    Também NÓS não temos culpa que se construam escolas com candeeiros luxuosos e estores que não servem para nada...
    Também NÓS não temos culpa que se quisermos construir uma nova ponte sobre o Tejo tenhamos que pagar à Lusoponte...
    Também NÓS não temos culpa que o chefe do posto da GNR tenha que ter motorista, carro e combustível entre outros...
    Também NÓS não temos culpa das PPP...
    Também NÓS não temos culpa das estradas que foram subsidiadas pela CE e que agora temos que pagar para lá passar...
    Também NÓS não temos culpa que o BPN tenha falido... Onde andam os ladrões dos partidos políticos que o deixaram assim? Um está em cabo Verde(xiiiiiuuuuu)...
    Também NÓS não temos culpa que detentores de cargos públicos com carro atribuído, o levem para casa ao fim de semana e passeiem com a familia...

    Somem estas pequenas coisas todas e vão vêr que sobra muito dinheiro para saúde em condições, policiamento, infraestruturas, e tudo o mais necessário à população de um país desenvolvido.

    Eu nunca vivi acima das minhas possibilidades, e muitos pensionistas com reformas que por vezes nem dão para os medicamentos estão a "pagar" a crise, como eu e como a grande maioria dos Portugueses.

    Nós não temos a culpa que os serviços que usamos sejam mal geridos! Ou melhor, sejam geridos muitas vezes a pensar no futuro de quem os gere e de amigos e primos e tios!

    Num País onde a justiça funciona como funciona não se pode esperar grande coisa... No caso Portucale são todos bons rapazes, No BPN prenderam o presidente (e bem) mas não deveria ter sido o único, O Duarte Lima foi preso com a desculpa do BPN mas foi para agradar aos Brasileiros (afinal parece que o gajo "limpou o sebo" à Rosalina), no caso Casa Pia parece que o Bibi é que fez tudo sózinho, o outro tirou o curso a um domingo e agora é Engenheiro, o Major Valentim é um santo, o Isaltino Morais também vai para o céu quando morrer, a Sra. do saco azul (que agora não me ocorre o nome) foi passar umas férias ao brasil e voltou como candidata (com imunidade) e tantos outros...

    Fiquem bem que eu ando um bocado desgostoso...
    Alexandre
    Concordam com este comentário: woodhouse, LuB, Mario Eusebio, Tania Bras
  8.  # 28

    Colocado por: Erdnaxela
    Nós não temos a culpa que os serviços que usamos sejam mal geridos! Ou melhor, sejam geridos muitas vezes a pensar no futuro de quem os gere e de amigos e primos e tios!

    Ai não temos (a culpa) ?
    E o que é que o Erdnaxela tem feito para que o nosso dinheiro seja mais bem empregue ?
    Alguma vez se candidatou a um cargo político ?
    Já administrou ou se candidatou a administrar alguma coisa pública ?
    Concordam com este comentário: eu, JOCOR, Ferraz Oliveira
  9.  # 29

    Mas isto é uma democracia? Representativa?

    Por acaso é.

    Vamos ser sérios: isto é uma burla, uma fraude. Numa coisa concordamos (penso eu), o actual estado do país era previsível há já muitos anos.

    Depende. Do ponto de vista liberal, é inevitável. A célebre frase "Socialism ends when it runs out of other people's money"...
    Do ponto de vista socialista parece ser uma surpresa. Go figure..

    Agora das duas uma: 1 - quem nos governou era incompetente
    2 - quem nos governou sabia para onde íamos (independentemente das motivações)
    Como eu acredito que não eram incompetentes (pelo menos de tão elevado grau) só posso supor que sabiam as consequências das suas acções. Consequências essas que esconderam dos eleitores.

    Aí tenho que discordar. Vivemos no reino terrendo de Keynes, que nos "explicou" que o Estado deve gastar para manter a economia a "funcionar" (ele é o autor de célebres raciocínios, entre os quais que no limite, até construir pirâmides é vantajoso. Ou que se necessário o Estado deve contratar pessoas para abrir e fechar buracos...)

    São gerações inteiras viciadas nessa teoria - a de que o Estado pode e deve conduzir a economia e induzir crescimento.
    É aliás isso que está em causa quando se reclama do Álvaro que "dinamize" a economia ou que "promova" o crescimento.
    A coisa é de tal ordem que é impossível alguém colocar qualquer objecção a esse tipo de raciocínio.

    Agora coloca-se a pergunta: será que teriam o apoio dos eleitores (mesmo quando estes até supostamente foram beneficiados) se estes soubessem quais as consequências?


    Eu pergunto ao contrário: quantos continuam a exigir do Estado a repetição das "soluções"?

    Mesmo aqueles fervorosos adeptos das expos, euros, submarinos, auto-estradas, etc., continuariam a ser adeptos se soubessem a que fim nos levava esse caminho?


    A resposta é claramente sim. Quem os fez continua convicto de que fez bem - e que "o mundo mudou", ou que isto é tudo um ataque ao euro e bla bla bla.
  10.  # 30

    Boas,

    O estado pode/deve funcionar sem ser à base das teorias de Keynes.
    Nunca entendi muito bem essa teoria e como é possível "cair-se" nela, por isso (e é a minha interpretação) quem o fez ou é incompetente ou sabia muito bem o que estava a fazer e aproveitou-se disso.
    Agora não podemos retirar disto a ilação que é todo um conceito de estado que está errado ou que não serve.


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  11.  # 31

    Colocado por: oxelfeR (RIP)O estado pode/deve funcionar sem ser à base das teorias de Keynes.

    Eh lá! Você hoje não pára de me surpreender!

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Nunca entendi muito bem essa teoria e como é possível "cair-se" nela, por isso (e é a minha interpretação) quem o fez ou é incompetente ou sabia muito bem o que estava a fazer e aproveitou-se disso.

    Keynes de incompetente não tinha nada, nem que eu saiba estava em posição de tirar vantagens nenhumas, Apesar de não me reconhecer na doutrina económica que ele defendeu, em certo período - a grande depressão - as suas receitas económicas deram frutos. Eram outros tempos e outras circunstâncias em que a dívida pública nos EUA era relativamente baixa.


    Colocado por: oxelfeR (RIP)Agora não podemos retirar disto a ilação que é todo um conceito de estado que está errado ou que não serve.

    É exactamente isso que eu defendo, que é todo um conceito de Estado que não serve. Um Estado demasiado grande, que se mete em tudo e mais alguma coisa, que retira enormes recursos dos cidadãos e os gere pessimamente, um Estado que promove o conformismo e a aversão ao risco das pessoas; enfim, um Estado que na minha opinião é a grande causa dos nossos problemas. Mas o Estado somos nós todos e temos o Estado que quisermos ter. E temos este, enquanto quisermos que ele trate de nós desde o nascimento até à morte, em troca de impostos.
  12.  # 32

    Boas,

    Colocado por: J.FernandesEh lá! Você hoje não pára de me surpreender!


    Sinceramente e humildemente peço desculpa :/

    Colocado por: J.FernandesKeynes de incompetente não tinha nada, nem que eu saiba estava em posição de tirar vantagens nenhumas, Apesar de não me reconhecer na doutrina económica que ele defendeu, em certo período - a grande depressão - as suas receitas económicas deram frutos. Eram outros tempos e outras circunstâncias em que a dívida pública nos EUA era relativamente baixa.


    (Keynes só conheço por leituras na diagonal)
    Eu quando faço alguma coisa é porque vou tirar proveito do resultado da minha acção.
    Se for apenas para estar entretido, fico quieto que gasto menos energia.

    Colocado por: J.FernandesÉ exactamente isso que eu defendo, que é todo um conceito de Estado que não serve.


    Eu não.

    Colocado por: J.FernandesUm Estado demasiado grande, que se mete em tudo e mais alguma coisa


    Pois, o problema é: onde é que o estado se deve meter? E quem decide onde se deve meter o estado?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13.  # 33

    Colocado por: J.Fernandes
    1. É exactamente isso que eu defendo, que é todo um conceito de Estado que não serve. Um Estado demasiado grande, que se mete em tudo e mais alguma coisa, que retira enormes recursos dos cidadãos e os gere pessimamente, um Estado que promove o conformismo e a aversão ao risco das pessoas; enfim, um Estado que na minha opinião é a grande causa dos nossos problemas. Mas o Estado somos nós todos e temos o Estado que quisermos ter. E temos este, enquanto quisermos que ele trate de nós desde o nascimento até à morte, em troca de impostos.

    Essa história de dizer mal do estado é mais contada por quem está sempre à espera que o estado os sustente!
    O grupo Melo por exemplo...
    http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=629407
    O grupo Espírito santo...o grupo Mota Engil...etc...
    http://www.youtube.com/watch?v=KKZalzL3Z-Y

    Os tais que são contra as nacionalizações né?Os tais que entendem que estar tudo privado é que é bom né?
    Mas sustentando-se à custa do estado...a minha custa!à sua custa!À nossa custa entende?
    Concordam com este comentário: eu, Mario Eusebio
  14.  # 34

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Pois, o problema é: onde é que o estado se deve meter? E quem decide onde se deve meter o estado?

    Já respondi:


    Colocado por: J.FernandesMas o Estado somos nós todos e temos o Estado que quisermos ter. E temos este, enquanto quisermos que ele trate de nós desde o nascimento até à morte, em troca de impostos.
  15.  # 35

    Gostaria de aproveitar para vos mostrar alguns excertos deste link...oiçam tudo o que este homem diz e vejam no que a europa se está a tornar...perigosa mesmo!..........vejam pelo menos o link aos 4,50 mn.
    http://www.youtube.com/watch?v=wg5SU_bDNsA&feature=related

    Custa-me o silencio dos responsáveis desta m***a!
    Mais me custa é ver escrever labregos que curruboram com esta demanda hipócrita europeia!
  16.  # 36

    Colocado por: Luis K. W.
    Ai não temos (a culpa) ?
    E o que é que o Erdnaxela tem feito para que o nosso dinheiro seja mais bem empregue ?
    Alguma vez se candidatou a um cargo político ?
    Já administrou ou se candidatou a administrar alguma coisa pública ?
    Concordam com este comentário:eu,JOCOR

    Lá diz o ditado: "Cada macaco no seu galho", o meu galho não é de administrador de organismos públicos.

    1º porque não tenho "padrinhos", sim porque para isso não prevalece o mérito, mas sim os "padrinhos" e os "amigos", para ter "padrinhos" é meio caminho andado sermos filiados nas juventudes sejam elas de que partido forem, se bem que a socialista e a social democrata estão em vantagem... e com 39 anos já não consigo entrar nas "juventudes"! Repare no caso do nosso 1º... tem um currículo invejável como trabalhador!
    2º porque não tenho instrução académica de gestão. Como tal não iria meter o bedelho em assuntos em que poderia lesar terceiros.

    Será que temos que ficar calados quando se vê alguém a hipotecar o futuro dos nossos filhos?!

    Será que a única forma de o nosso dinheiro não ser mal gasto, passa por sermos nós a administrar organismos públicos?
    Então não vamos ao hospital porque não somos médicos...

    Quem se propõe a gerir o nosso dinheiro deve fazê-lo com isenção!

    "Além do mais, Gaspar falhou as promessas de cortar nas enormes gorduras do Estado, de terminar com os negócios em que o Estado favorece os grupos económicos do regime e de combater a corrupção. Gaspar não renegociou as escandalosas parcerias público-privadas, para não incomodar as concessionárias. Não reestruturou a dívida pública, o que pouparia milhares de milhões, optando por continuar a favorecer os bancos. As finanças nem sequer ousaram reduzir os valores de alugueres e rendas de favor que o Estado paga pelas suas instalações, muito acima do valor de mercado."
    Por:Paulo Morais, Professor universitário


    A gerir assim o nosso dinheiro não vamos lá...

    Alexandre
    Concordam com este comentário: Jorge Rocha
  17.  # 37

    O estado pode/deve funcionar sem ser à base das teorias de Keynes.


    Isso é contranatura. Ao Estado pede-se sempre que "faça" alguma coisa - que promova, dinamize, que invista.

    Estamos em crise? O Estado tem que "apoiar", "criar emprego", whatever..

    Nunca entendi muito bem essa teoria e como é possível "cair-se" nela, por isso (e é a minha interpretação) quem o fez ou é incompetente ou sabia muito bem o que estava a fazer e aproveitou-se disso.


    Longe de mim defender Keynes, mas esta sua ideia é de facto reveladora de uma visão do mundo estranha..

    Agora não podemos retirar disto a ilação que é todo um conceito de estado que está errado ou que não serve.

    Claro que podemos...
  18.  # 38

    (Keynes só conheço por leituras na diagonal) Eu quando faço alguma coisa é porque vou tirar proveito do resultado da minha acção. Se for apenas para estar entretido, fico quieto que gasto menos energia.


    Eppur, si muove..

    Pois, o problema é: onde é que o estado se deve meter? E quem decide onde se deve meter o estado?


    Extraordinária pergunta...

    1) O Estado deve meter-se onde a maioria entender.
    2) O Estado deve meter-se onde eu entendo.
    3) O Estado deve meter-se em todo e qualquer assunto, desde que voluntariamente aceite pelas partes intervenientes, e/ou em resultado de vontade contratualmente expressa (não meramente tácita, nem sequer como a ficção do "contrato social").

    1) tem o problema de ser basicamente a defesa da ditadura.
    2) tem o problema de ser basicamente a defesa da ditadura.
    3) tem o problema de ser largamente impopular e contrário à definição de Estado. Um Estado que tivesse a sua acção e legitimidade limitadas por contrato assinado com cada um dos cidadãos é impensável - em boa verdade, não seria um Estado, mas uma empresa prestadora de serviços..
  19.  # 39

    luisvv

    no seu entender o que deve ser o estado?
    quais seriam os seus pelouros?
  20.  # 40

    Estado de direito, 101:

    "Além do mais, Gaspar falhou as promessas de cortar nas enormes gorduras do Estado,


    Muito a dizer sobre isto, mas há um problemazinho (mesmo pequenino, sim, mas existe..): as "gorduras" são uma metáfora, que cada um interpreta como quer. As balelas sobre os institutos e organismos duplicados são apenas uma forma de não olhar para a realidade. Extinguir institutos é bonito no papel, e poupa muito em teoria. Na prática, os edifícios ocupados ficam vazios, ou sub-ocupados, os funcionários continuam a ser FP, e portanto um custo. Os custos cortados com este tipo de acção são e serão pouco significativos. Para cortar a sério é preciso tempo - escolher funções e sectores em que o Estado não deve estar, extinguir organismos, reduzir pessoal e vender património (embora para isso seja necessário ter quem compre). Claro que isso não acontecerá tão cedo, mais não seja porque pressupõe mais uns atropelos à Santa Constituição.


    de terminar com os negócios em que o Estado favorece os grupos económicos do regime e de combater a corrupção.

    Palavras genéricas, bonitas mas vazias. "Combater a corrupção" é o quê?
    Gaspar não renegociou as escandalosas parcerias público-privadas, para não incomodar as concessionárias.

    Renegociar pressupõe 2 partes que ... negoceiam. Ora, embora o Estado possa querer fazê-lo, a contraparte tem todo o direito de não querer.

    Não reestruturou a dívida pública, o que pouparia milhares de milhões, optando por continuar a favorecer os bancos.

    Esta, então, é de pasmar. Como é que o Gaspar ainda não pensou em pregar o calote?
 
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