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  1.  # 121

    Colocado por: j cardosoTenho um problema do tipo legal com alguém que, por acaso, dispõe de meios que eu não disponho


    Muito antes desse problema tem outro. Quem é que pagou a alguém para criar essa lei? E porque é que os cidadãos tiveram de concordar com ela?
  2.  # 122

    Colocado por: eu
    Qual é o País que mais se aproxima dessa utopia?
    Noruega?
  3.  # 123

    Pode-se invocar os vários sistemas privados de justiça e punição que têm existido ao longo dos tempos, mas era quase sempre uma justiça privada de corporações com fins disciplinares.


    Olhe que nao, soutor...
    Um pouco de pesquisa leva-nos a conhecer coisas que Hoje parecem impossíveis, à força de tanto nos enfiarem o estado pela goela abaixo.
  4.  # 124

    Colocado por: marco1luisvv

    "...de nos organizarmos...."

    o que propoe nesse sentido? uma comissão de festas? um comité? opa, mas os organizadores trabalham de graça? isso não tem custos logisticos? bem o melhor é contratar uma empresa privada para organizar a nossa organização. Será assim, este modelo??


    Eu nao proponho nada. A evidencia é que existem inúmeras organizações com fins solidários. O marco1 com os seus conceitos marxistas de base parece incapaz de imaginar que alguém além do estado faça algo - sem o estado, seria o fim do mundo. Enfim..
  5.  # 125

    Se, como comunidade, em dada altura nos organizamos para fornecer de forma gratuita serviços básicos imprescindíveis, caminhamos para a criação de estruturas não lucrativas suportadas por todos.
    Claro que o poderemos fazer de forma voluntária (caridadezinha) ou obrigatória.
    Ora o voluntariado não é assim tanto...
    Luis espera que, fruto da grande generosidade e abnegação da população, apareçam muitas "empresas" como a criada pela Madre Teresa de Calcutá?


    Caridadezinha é giro. Quase tanto como delegar responsabilidades no estado e chamar-lhe solidariedade.
    Mas lá está: ser solidário quando se usa o dinheiro e esforço dos outros é fácil..

    Mas respondendo à sua pergunta: a solidariedade reside nos cidadãos e nao no estado. Nao há razão alguma para que na ausência de estado os cidadãos passem de repente a ser selvagens ou abdiquem de ser solidários. A vida em sociedade nao depende do estado.
  6.  # 126

    Cá está um disparate a todo o tamanho...
    Enumere um estado privado existente nesse sentido pra eu ver!...e se funciona bem


    Já percebeu que se recuso um estado, nao lhe posso exemplificar com .. um Estado..?


    Acho que significa um tremendo disparate porque a mente humana se não tiver algo que refreie o seu ímpeto materialista com o poder nas mãos;leva sempre a convulções sociais e nunca pode existir justiça...observe o que andam a fazer os tipos de colarinho branco e se a justiça funcemina com o poder que têm em pagar a advogados...veja se existe equilíbrio quando se tem dinheiro e quando não se tem,os desfavorecidos ainda têm a possibilidade que haja um pouco de neutralidade por parte da justiça,mas se esta for privada,será uma espécie de justiça do tempo da inquisição onde os mandaretes têm só eles o poder para condenar qualquer um sem a possibilidade de se defenderem!

    Acontece que muitas das "leis" que você conhece respeita surgiram espontaneamente, antes da existência do estado. E há inúmeros exemplos de justiça privada e até, imagine-se !! de concorrência judicial.
    E nao deixa de ser espantosa a ideia de que alguém passa a ser imparcial ou neutro só por vestir uma farda do estado...
  7.  # 127

    Boas,

    Com tudo a propósito desta discussão:
    (um dos ícones da preocupação pelos seus colaboradores, pela preocupação social e que mesmo assim consegue os melhores preços)

    Ikea terá utilizado trabalho de presos políticos da Alemanha de Leste nos anos 70 e 80
    Uma investigação da cadeia pública de televisão sueca SVT revela que o grupo Ikea terá utilizado prisioneiros políticos da antiga Alemanha Oriental como trabalhadores forçados nas décadas de 1970 e 1980.
    http://economia.publico.pt/Noticia/ikea-tera-utilizado-trabalho-de-presos-politicos-da-alemanha-de-leste-nos-anos-70-e-80-1544186

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  8.  # 128


    Muito antes desse problema tem outro. Quem é que pagou a alguém para criar essa lei? E porque é que os cidadãos tiveram de concordar com ela?

    Nao é problema nenhum, a nao ser pelo facto de estarmos rotinados na função legislativa do estado.
    Nada impede um cidadão de se reger por regras diferentes dos outros - a consequência seria provavelmente a ostracizacao e a recusa de outros em relacionar-se e de estabelecer contratos com ele.

    Há diversas perspectivas sobre o assunto. Imagine que num dado território há varias agencias de segurança/companhias de seguros, que fornecem leis diferentes. Todas estão sujeitas à necessidade de encontrar um mínimo de entendimento para resolver disputas entre clientes. Uma agencia com reputação de incumprimento tenderia a ser ostracizada, pelo que o Incentivo para o cumprimento é grande. Do lado do cidadão, idem - o segurado sabe que o incumprimento lhe acarreta um prejuízo - o aumento do seguro, p.ex ou mesmo a recusa de seguro.

    Mas enfim, trata-se de mero cenário, um dos muitos possíveis.
  9.  # 129


    Tenho um problema do tipo legal com alguém que, por acaso, dispõe de meios que eu não disponho. Vou então contratar alguém que me faça justiça a um preço que eu possa pagar - ou que aceite em troca aquilo que eu tenho para oferecer. Pelo que diz ninguém é obrigado a prestar-me esse serviço. Em última análise pode preferir prestar esse serviço ao meu oponente que até tem meios superiores aos meus. Conclusão: fico sem direito à justiça?
    Mas vamos supor que asseguro esse serviço por parte de alguém que o pode prestar. O meu oponente fará o mesmo, certamente - recorrerá a alguém que possa também prestar esse serviço. Quem irá "desempatar"?
    Só mais uma dúvida: quem estabeleceria as leis necessárias? Alguma deve ser precisa, afinal de contas até Deus precisou de 10 mandamentos ...


    Há muitas variáveis a cobrir, mas tentando resumir:
    Numa disputa contratual, é de supor que o contrato preveja mecanismos de resolução de litígios.
    Se nao for esse o caso, é expectável que cada parte recorra ao seu fornecedor/seguradora. Os fornecedores naturalmente tenderão a ter acordos de resolução de disputas - e é perfeitamente possível ou natural que estabeleçam sistemas de apelo. Repare que nada obriga a que as leis sejam comuns - apenas que haja mecanismos (nao necessariamente universais) de resolução. Agencias notoriamente desonestas ou ineficazes tenderiam a perder clientes - ninguém negociaria com os seus clientes, dada a probabilidade de incumprimento.

    Também há quem sugira o denominado basic law code - o que sinceramente nao creio ser necessário.
  10.  # 130

    Boas,

    Colocado por: luisvvImagine que num dado território há varias agencias de segurança/companhias de seguros, que fornecem leis diferentes. Todas estão sujeitas à necessidade de encontrar um mínimo de entendimento para resolver disputas entre clientes. Uma agencia com reputação de incumprimento tenderia a ser ostracizada, pelo que o Incentivo para o cumprimento é grande. Do lado do cidadão, idem - o segurado sabe que o incumprimento lhe acarreta um prejuízo - o aumento do seguro, p.ex ou mesmo a recusa de seguro.


    Será que é bem isso?
    Imagina o seguro automóvel.
    (até vamos admitir que é obrigatório, sem saber quem obriga, o seguro automóvel. mas se não o fosse até era 5€ que se poupavam)
    Agora há uma empresa que diz: paga-nos 5€ e sempre que tiver um acidente nós não pagamos nada a ninguém e não aumentamos o prémio.
    Agora os clientes ficam com uma dúvida:
    - se eu tiver um acidente e não for culpado espero que alguém me pague os prejuízos.
    - se eu tiver um acidente e for culpado era porreiro não pagar nada a ninguém.

    Será que a empresa dos 5€/anuais seria ostracizada?
    Para quê pagar mais de 5€/ano se posso ter o azar de ter um acidente em que o culpado é um gajo que paga 5€/ano e desta forma nunca vou ser ressarcido dos meus prejuízos?

    Ok.
    Solução?
    Num acidente os intervenientes que se entendam. Até acho lógico, mas será que existem neste mundo pessoas que mesmo sabendo que foram culpadas, se puderem evitar o pagamento, não o farão?

    Ok, se um culpado não pagar os prejuízos do terceiro, será ostracizado. Como? Tiras-lhe a carta? Pera, não pode ser ...

    Explica-me lá como resolverias este caso ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  11.  # 131

    Simples: essa empresa nao terá relações com outras. Os seus clientes nao serão reconhecidos como cumpridores pelos seus pares. Admitindo que alguém aceite negociar com eles o custo de qualquer transacção para um cliente dessa seguradora será mais alto que o dos outros.

    O incentivo ao cumprimento é poderoso.
  12.  # 132

    Boas,

    Colocado por: luisvvSimples: essa empresa nao terá relações com outras. Os seus clientes nao serão reconhecidos como cumpridores pelos seus pares. Admitindo que alguém aceite negociar com eles o custo de qualquer transacção para um cliente dessa seguradora será mais alto que o dos outros.


    E?
    O que é que eu como cliente tenho a ver com isso?
    Não sou reconhecido como cumpridor? Não posso conduzir por isso?
    Eu até tenho um carro velho e mais risco menos risco não me faz impressão. O que ganho eu em não fazer o seguro com essa seguradora? E assim como eu, outros tantos?


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13.  # 133

    Boas,

    Colocado por: luisvvO incentivo ao cumprimento é poderoso.


    Ai sim?
    Explica lá como ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14.  # 134

    Boas,

    Colocado por: luisvvAdmitindo que alguém aceite negociar com eles o custo de qualquer transacção para um cliente dessa seguradora será mais alto que o dos outros.


    Mas qual negociar?
    A regra da minha seguradora é: cada um que fique com os seus prejuízos independentemente de quem é culpado.
    (desta forma nem precisa de ter relações com as outras seguradoras, logo a ostracização foi-se)

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  15.  # 135


    E?
    O que é que eu como cliente tenho a ver com isso?
    Não sou reconhecido como cumpridor? Não posso conduzir por isso?
    Eu até tenho um carro velho e mais risco menos risco não me faz impressão. O que ganho eu em não fazer o seguro com essa seguradora? E assim como eu, outros tantos?

    A consequência de nao ser cumpridor é pagar mais caro outros serviços ou nao os ter, simplesmente.
    No caso do carro, por exemplo, provavelmente nao entraria na estrada se o proprietário desta nao reconhecesse a sus seuradora ou a si como fiáveis.
  16.  # 136

    luisvv

    marxista o tanas, o que eu penso e muita gente ainda não foi inventado e não se rege por cartilha nenhuma, apenas se trata de querer justiça e mais equidade, tão simples como isso, e qualquer das suas teorias só funcionam no papel e outras ( o tal mercado puro ) só tem dado a barraca de corrupção a potes. apenas isso.
  17.  # 137


    Mas qual negociar?
    A regra da minha seguradora é: cada um que fique com os seus prejuízos independentemente de quem é culpado.
    (desta forma nem precisa de ter relações com as outras seguradoras, logo a ostracização foi-se)

    Precisa,claro. Se os seus clientes nao são vistos como fiáveis, as transações com eles serão nulas ou mais caras.
    A utilidade de um seguro que resulta no aumento de custos ou ausência de relações com terceiros é abaixo de zero. Uma tal seguradora tenderia a nao ter negocio.
  18.  # 138

    Se nao for esse o caso, é expectável que cada parte recorra ao seu fornecedor/seguradora. Os fornecedores naturalmente tenderão a ter acordos de resolução de disputas - e é perfeitamente possível ou natural que estabeleçam sistemas de apelo.


    A mim parece-me mais provável que cada fornecedor tente maximizar os lucros. Também acho mais provável que os fornecedores acertem entre si a decisão a tomar de modo a proteger os seus interesses e não o interesse dos clientes. Não considero válido o argumento segundo o qual esta atitude afastaria os clientes, acho mais provável a cartelização da actividade.

    Ainda assim, e tendo em consideração o que defende, restam-me mais dúvidas:

    - O conflito seria dirimido entre os representantes das duas partes. Se por acaso não chegarem a um acordo, não será de esperar que o mais forte faça valer a sua posição co argumentos que nada têm a ver com justiça – à força das armas, por exemplo? Quem o evitaria?

    - Na mesma linha de raciocínio, porque recorreria eu a fornecedores desse serviço? O que me impede de pegar numa arma e fazer justiça pelas minhas mãos?
  19.  # 139

    Boas,

    Colocado por: luisvvNo caso do carro, por exemplo, provavelmente nao entraria na estrada se o proprietário desta nao reconhecesse a sus seuradora ou a si como fiáveis.


    Desculpa?
    Então vamos lá seguir as tuas teorias:
    Ok, não posso entrar nas estradas por não ser cumpridor.
    O que é que isto te diz?
    Um mercado por explorar?
    Quem te diz que não haveriam interessados em construir estradas para gajos que não "cumpram"?

    Quer isto dizer:
    Vamos ter estradas para gajos que cumpram e outras para gajos que não cumpram.

    Por outro lado:
    EU curto bue andar a 200km/h, mas há quem se incomode com isso.
    Vamos ter estradas para gajos que andam a 200km/h e outras para quem só anda a 100km/h.

    Hum ...
    - estradas para cumpridores que gostam de andar a 200km/h
    - estradas para incumpridores que gostam de andar a 200km/h
    - estradas para cumpridores que não gostam de andar a 200km/h
    - estradas para incumpridores que não gostam de andar a 200km/h

    Eu detesto andar em estradas com camiões ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  20.  # 140

    Colocado por: marco1luisvv

    marxista o tanas, o que eu penso e muita gente ainda não foi inventado e não se rege por cartilha nenhuma, apenas se trata de querer justiça e mais equidade, tão simples como isso, e qualquer das suas teorias só funcionam no papel e outras ( o tal mercado puro ) só tem dado a barraca de corrupção a potes. apenas isso.


    E no entanto, pensa de acordo com categorias marxistas.
    Quanto a corrupção, importa-se de definir? É que me parece que envolve abuso de poder ou de funções estatais..
 
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