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  1.  # 261

    Colocado por: luisvv

    Explique-me lá, muito devagarinho, como se eu fosse muito burro, por favor:

    Com uma margem de 350% sobre o preço base, os supermercados devem estar a fazer uma fortuna.
    Ainda por cima pagam "misérias" aos empregados.

    Ora, se "um quilograma de alfacecusta, em média 40 cêntimos à saída do produtor " e "chega a quase 1,8 euros ao supermercado", porque é que as pequenas superfícies não compram o mesmo kg a, digamos 60 cêntimos, para o vender ao público a, vá lá, 1,10 Euros? Haverá alguma conspiração sinistra que o proíba? Ou melhor ainda: porque é que os produtores não vendem através de estruturas próprias - como cooperativas?


    P.S - (eu tenho umas dicas, mas não quero perturbar a mente de ninguém..)


    Deixe de ser sarcástico com os seus comentários, de burro acredito que não tenha nada, que se acha superior tenho a certeza, mas não ao ponto de perturbar as mentes de alguém!
    Se tem as Suas dicas, boa, chute que as possíveis mentes perturbáveis querem saber!

    Alexandre
    Concordam com este comentário: two-rok
  2.  # 262

    Deixe de ser sarcástico com os seus comentários, de burro acredito que não tenha nada, que se acha superior tenho a certeza, mas não ao ponto de perturbar as mentes de alguém! Se tem as Suas dicas, boa, chute que as possíveis mentes perturbáveis querem saber!


    Buda me livre de tal coisa. Eu quero é perceber como funciona o raciocínio de alguém que acha plausível que um comerciante tenha 350% de margem de lucro num produto.
  3.  # 263

    Boas,

    Colocado por: luisvvcomerciante tenha 350% de margem de lucro num produto.


    O caricato seria perceberes como funciona o raciocínio de alguém que manda um número de 350% para o ar sem qualquer argumento que o justifique.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  4.  # 264

    Boas,

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Com base em informação recolhida em março deste ano, este observatório chegou à conclusão que um quilograma de alfacecusta, em média 40 cêntimos à saída do produtor e chega a quase 1,8 euros ao supermercado.



    Qual será o
    Colocado por: luisvvpândego

    que retira desta frase que alguém disse que existiam margens de 350%?


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: two-rok
  5.  # 265

    Tão simples: usa a ostracização que ela deixa-te em paz, segundo o que tu dizes é remédio santo.


    Detalhe: a ostracização não é forma exclusiva de exercer coacção. Posto perante regras que não aceito, posso mesmo assim viver pelas minhas, encontrar um ponto comum, ou sujeitar-me a não manter grandes relações com outrem. Neste caso, o Estado não me deixa sozinho, nem procura conciliar pontos de vista .


    Mas a questão já a estás a colocar ao contrário: assim como dizes o problema é dos produtores e assim eles é que têm de se desenrascar, aqui como tu é que estás mal, és tu que tens de te desenrascar.


    O que eu disse: os produtores vendem livremente a quem quiserem. Sendo verdadeiras margens de 350%, nada os impede de vender mais caro, ganhando mais, permitindo ainda a outros venderem mais barato, beneficiando toda a gente (à excepção do Papão Doce). Aqui não colhe o argumento da concentração de mercado - há milhares de pequenas superfícies, e milhões de consumidores sensíveis ao preço e proximidade, que permitem seguramente rentabilizar a venda de produtos com tão grande (embora viesse a reduzir, claro) margem de lucro.

    Claro que para desmanchar esta linha de argumentação é preciso reconhecer que sugerir 350% de lucro é estúpidez - o que seria chato, porque os factos tendem sempre a estragar as boas histórias.
  6.  # 266

    Boas,

    Colocado por: luisvvClaro que para desmanchar esta linha de argumentação é preciso reconhecer que sugerir 350% de lucro é estúpidez


    Claro que que é estupidez, mas ... foste tu que a "inventaste" ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    •  
      GF
    • 4 maio 2012

     # 267

    Claro que os 350% foram atirados para o ar, mas há alguma dúvida que existirão centenas de produtos à venda com essa margem de lucro?
  7.  # 268

    Não li tudo o que escreveram. Mas desta vez e ao contrário do resto, disto percebo eu!

    Isto não é dumping, queiram por favor ver o significado de dumping num qualquer dicionário (não precisa ser juridico). O que isto deve ter sido, em alguns casos, é venda abaixo do preço de custo, ou venda com prejuízo. De qualquer modo, a qualificação juridica do que se passou não difere muito do que se passou com o BPN (para que leigo perceba).

    Meus caros, a manobra foi a maior cacetada de marketing que alguma vez se viu em Portugal, sem comparação com nada que tivesse sido feito até agora. Conseguiram com este prejuizo ou sem este prejuizo (venderam muitos produtos abaixo do preço de compra de certeza mas também é um facto que escoaram os produtos com economias de escala ou seja, utilizando menos empregados, em menos tempo, menos valores de electricidade, limpeza etc.) e por isso em termos económicos (puros) não sei se efectivamente perderam dinheiro (nem sei quem vai conseguir fazer esses cálculos).

    MAS de facto toda a gente fala do Pingo Doce, apareceram em todas as noticias e venderam como nunca NUNHUM super mercado em Portugal.

    O facto de ter sido feito no 1 de Maio, ou de se fazer isto no dia de Natal, ou na Páscoa, é acessório. O facto das pessoas não se terem ido manifestar e terem ido fazer compras, cabe a cada um e diz respeito exclusivamente a cada qual. Eu não me manifestei nunca, não seria no passado 1.º de Maio e não sei o que pode levar uma pessoa a pensar que me pode criticar por isso. Cabe-me a mim, e só a mim, saber onde quero passar o 1.º de Maio, o 25 de Dezembro e o dia de Páscoa. Isto aplica-se a qualquer pessoa, tudo o resto que se diga sobre quem não foi para as ruas e foi consumir, a mim parece-me ingerência na esfera privada e desrespeito pela liberdade de cada um.

    E o facto de ser ilicito, não torna a prática crime. Se for ilicito (que deve ter sido) então pagará a coima. Também somos livres de poder cometer infracções e suportar consequências. Faz parte do risco comercial e em matéria económica isto é normalissimo. Alguém tem ideia da quantidade de processos que existem por este tipo de infracções?

    Não compreendo o dramatismo que se gerou à volta disto, mas também ele é positivo para o Grupo, o que cómico!
    Concordam com este comentário: two-rok
  8.  # 269

    Boas,

    Colocado por: Princesa_Isto não é dumping,


    Eu coloquei aqui um artigo do Jornal de Negócios que explicava isso mesmo.
    (não estou a encontrar o artigo)
    No artigo é explicada a diferença entre dumping e promoções e "encaixa-se" esta acção nas promoções.


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  9.  # 270

    Boas,

    Colocado por: Princesa_Não compreendo o dramatismo que se gerou à volta disto


    Não lhe chamaria dramatismo, mas pode ajudar a compreender, se soubermos a história toda e não nos resumirmos apenas à promoção.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10.  # 271

    Não, isto não é promoção vs dumping. Como referi, não tenho tempo para ler tudo. Mas garanto-lhe que nunca ouvi tanta asneira em tão pouco tempo em tanta comunicação social. Isto é uma prática comercial sim! Promoção ou não, eles são acusados de vender abaixo do preço de custo. É um ilicito cuja moldura contraordenacional está desajustada há muitos anos e por isso qualquer agente económico (deste género) pratica TODOS OS DIAS,

    O continente, o jumbo, todos eles têm uma lista de condenações destas. É NORMAL...

    O que não é normal (e só quem não conhece nada deste negócio é que afirma uma coisa destas) é considerar normal um lucro de quase 400%. Isso não é normal, e se fosse, o mercado estaria a funcionar nas lonas (o que não é verdade).
  11.  # 272

    Oxelfer veja os meus comentários como um todo. Se destacar partes, eles perdem o sentido. (é uma prática jornalistica que me enerva profundamente) :)

    Diga lá o seu ponto de vista, ver se eu percebo. :)
  12.  # 273

    Boas,

    Colocado por: Princesa_considerar normal um lucro de quase 400%


    Quem?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13.  # 274

    Nota: Naturalmente que não tenhó qualquer ligação com a Jerónimo Martins (se tivesse, não comentaria aqui nada).
  14.  # 275

    Eu posso meter a minha empresa onde quiser e pagar os impostos que forem devidos onde quiser. Posso abrir o meu estabelecimento aos dias que entender e as horas que entender. Posso infringir a lei e sujeitar-me à consequência. Tudo isto são conquistas da liberdade!

    Os trabalhadores foram trabalhar porque quiseram, ganharam mais porque a empresa tem que pagar, e quem não quis ir, não era, por lei, obrigado a ir. Certo!?

    Então de que se queixam? Do homem ter sido inteligente? De não "respeitar o 1.º de Maio"? Mas sabe bem ir beber aquele cafesinho ali ao café do lado, não sabe? Demagogia!
    Concordam com este comentário: two-rok
  15.  # 276

    O caricato seria perceberes como funciona o raciocínio de alguém que manda um número de 350% para o ar sem qualquer argumento que o justifique.


    Eu tenho uma boa ideia do que o justifica. E alguém que pense, também.


    Qual será o pândego que retira desta frase que alguém disse que existiam margens de 350%?


    Ora, o texto da notícia é, objectivamente:
    O Observatório dos Mercados Agrícolas considera que o lucro dos supermercados e hipermercados supera os 50% na venda de alguns produtos alimentares.
    Com base em dados recolhidos em Março, este observatório concluiu, por exemplo, que cerca de 80% do preço final da alface fica na distribuição. Os mesmos dados mostram que um quilograma de alface custa, em média, 0,4 euros à saída do produtor e chega a quase 1,8 euros ao supermercado.
    As margens de lucro para a cenoura baixam para 55 a 70%, ao passo que na maçã são superiores a 50%, e na pêra em 40%.
    Ouvida pela TSF, a presidente deste observatório considera, perante estes dados, que "não há equilíbrio na distribuição ao longo da cadeia"."O produtor é aquele que fica com menor percentagem relativamente ao preço final que é comercializado", afirmou Maria Antónia Figueiredo, que entende que esta tendência se verifica também nos outros produtos analisados. Numa referência à promoção feita pelo Pingo Doce no 1º de Maio, "em que a margem é superior a 50%, ainda fica a ganhar dinheiro".


    Portanto: as margens de lucro baixam para 55 a 70% (pressupondo que a margem de lucro anteriormente referida é superior). Estes 55 a 70% de que falam, são sobre o preço final, e não sobre o preço da compra ao produtor.
    Acontece que, se eu compro um produto a 40 e o vendo a 180, estou a marcar o preço com 350% de margem - estou a multiplicar o preço, tornando-o = 100+350 = 450 % do original.

    Toda a notícia e as próprias declarações estão feitas de modo a dirigir o nosso raciocínio para um único ponto: a diferença entre o preço de compra e o preço final - identificada como "lucro" ou "margem de lucro". Sendo a notícia retirada de um jornal económico, talvez fosse demasiado esperar uma qualquer referência aos custos da distribuição, ou sequer à distinção entre margem líquida e margem bruta (já não falo sequer da intuição de que o preço final me parece já ter incorporado o IVA, mas adiante..)
  16.  # 277

    Colocado por: Princesa_...
    Meus caros, a manobra foi a maior cacetada de marketing que alguma vez se viu em Portugal, sem comparação com nada que tivesse sido feito até agora....


    22 milhões de € de facturação.
  17.  # 278

    http://economico.sapo.pt/noticias/nao-e-serio-que-se-diga-que-ha-margens-de-lucro-de-50_143852.html
    (..)"não é sério, não é rigoroso e não é transparente que se publiquem dados desta natureza que confundem margens brutos com margens líquidas e com lucros. É uma total inversão e utilização abusiva de um conjunto de dados que foram apurados", salientou a directora-geral da entidade que representa o setor dos hipermercados e supermercados.
    Ana Isabel Trigo Morais salientou que não é possível calcular margens de comercialização através do preço de venda de um produto num retalhista, fazendo depois uma subtração ao preço que o agricultor vendeu o bem.
    Toda a cadeia de valor e circuito desde a produção de um produto até às suas prateleiras, adiantou, têm um longo caminho a percorrer e "há um conjunto de consumos que são custos quer têm de ser suportados por toda a cadeia, não só pelos retalhistas, mas também por todo o processo de transformação", que inclui custos das embalagens, da energia, da rede frio que garante a frescura dos alimentos, da logística, dos recursos humanos.
    Estes custos "estão absolutamente ignorados neste estudo", salientou Ana Isabel Trigo Morais. Além disso, os produtos analisados são da categoria "hortofrutícola", os quais sofrem "uma grande quebra entre a produção e as lojas nos supermercados porque os produtos se vão deteriorando".
    O custo de quebra, ou seja, os produtos que se estragam ao longo da cadeia, é também um fator que deve ser incluído para se deduzir a margem. O estudo tem "falta de rigor e de transparência e logo não tem nenhuma
  18.  # 279

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Claro que que é estupidez, mas ... foste tu que a "inventaste" ...


    Não, não fui. A notícia diz, textualmente, que as cadeias lucram 55 a 70% do preço final de venda, (o que corresponde a markups de 120 a 200 e tal por cento); seguindo o mesmo raciocínio, o "lucro" de 120 cêntimos num produto que lhes custou 40, é um markup de 350%.
  19.  # 280

    Boas,

    Colocado por: luisvvEstes 55 a 70% de que falam, são sobre o preço final


    Onde está isso escrito?

    Colocado por: luisvvToda a notícia e as próprias declarações estão feitas de modo a dirigir o nosso raciocínio para um único ponto: a diferença entre o preço de compra e o preço final - identificada como "lucro" ou "margem de lucro".


    Aqui tens toda a razão.
    Mas alguém que leia e perceba minimamente do assunto (que nem sequer é o meu caso) chega à conclusão que se está (propositadamente ou não) a tentar baralhar conceitos.

    Colocado por: luisvvA notícia diz, textualmente, que as cadeias lucram 55 a 70% do preço final de venda


    ???
    Colocado por: oxelfeR (RIP)em média 40 cêntimos à saída do produtor e chega a quase 1,8 euros ao supermercado.


    Mais uma vez: eu não percebo um caral** disto e mesmo assim consegui chegar lá ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
 
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