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  1.  # 701

    Claro, será sempre um arremedo, porque nenhum de vós foi capaz, até hoje, de concretizar como seria, na prática, essa sociedade em que o valor de cada indivíduo (e os seus "direitos") seriam aferidos unicamente pela sua capacidade produtiva

    O valor de cada indivíduo medido pela capacidade produtiva? Nem percebo esse raciocínio.

    Eu e outros foristas continuamos à espera que nos expliquem o que se faria aos "fracos" neste modelo de sociedade ideal. Por outras palavras, que modelo de eugenismo defendem. E não digo isto com nenhum tipo de dramatismo, mas com a curiosidade legítima de saber o que defendem, porque do alto da vossa juventude e dos vossos empregos de sucesso há de se conseguir ver uma realidade que a mim, pessoalmente, me escapa.


    Essa dicotomia fortes/fracos tem muito que se lhe diga, mas passando à frente: a ideia de que o Estado reflecte um sentido de solidariedade, que serve para colmatar a suposta falta da dita nos individuos é falaciosa. O Estado é na verdade uma forma de ser solidário com o dinheiro e o esforço dos outros. Numa sociedade sem Estado, a solidariedade surge no plano das obrigações morais de cada um. Seguramente, tal como hoje, uns serão mais solidários que outros, apenas com a vantagem de que os malvados egoístas não serão solidários à força.
    • becas
    • 21 junho 2013 editado

     # 702

    Colocado por: danobregaquem quer viver na cidade não pode exigir que os "camponeses" lhe entreguem todos os dias à porta o som dos passarinhos, o ar fresco das árvores, uns ovos biológicos, umas ervas aromáticas e umas laranjas tudo acabado de apanhar, assim como os "camponeses" não deviam exigir que lhes fizessem uma auto-estrada, um hospital, um tribunal, uns correios, uma maternidade, ETARs, água canalizada, ali a 5 kilometros da sua casa (por menos é demasiado perto, e mais é demasiado longe).


    Quando põe no mesmo plano um hospital e os ovos biológicos, há argumentação possível? Quando atira para o ar 5km, o que quer que pense sobre o seu conhecimento do que é o interior do país ou das condições de vida que aqui se têm? Nem eu, que vivo no interior, mas numa capital de distrito, tenho essa pretensão...Mas como o danobrega considera que tudo tem a ver com "opções" e "gostos", sim, tem toda a razão, cada um que se deite na cama que fez...

    Colocado por: danobregao mesmo que a becas "defende" a nível mundial.


    Não percebi onde queria chegar, mas não me atire com a imagem dos pobrezinhos de áfrica, por favor.
    eDITADO: não tinha lido que afinal já tinha atirado com a imagem dos pobrezinhos de áfrica.
    • Neon
    • 21 junho 2013

     # 703

    Colocado por: luisvvMas em resumo: toda a gente prefere um sistema em que todos progridem na carreira de forma quase automática. Infelizmente, isso não é praticável.


    Sim concordo e subescrevo.

    Não se fazem bolos sem partir ovos, assim como não existem modelos que agradem a todos...agora há formas de os partir com mais ou menos estardalhaço....a questão está mesmo ai.

    Olhe eu tive um superior que raramente dava uma ordem no sentido de dizer "eu quero isto feito assim". Tinha o dom de conseguir fazer com que as suas directivas, fossem apresentadas como opções aos seus colaboradores, e miraculosamente conseguia sempre fazer com que os colaboradores tomassem a opção que ele queria. Mas isso não é para todos...é de uma sensibilidade extrema, ainda que manipulativa.
  2.  # 704

    Parece-me que o Danobrega não concebe diferentes graus de solidariedade. Devo então concluir que a solidariedade que tem com a sua família é a mesma que tem com um indonésio ou um peruano?
  3.  # 705

    Colocado por: becasNão percebi onde queria chegar, mas não me atire com a imagem dos pobrezinhos de áfrica, por favor.


    Está prometido, mas foi a becas que começou com os pobrezinhos de Portugal... ou não foi?
  4.  # 706

    Colocado por: becasQual é o sistema que eu defendo?


    O actual (provavelmente).

    Colocado por: becasConcretize, por favor.


    Eu não tenho a certeza que os realmente "fracos" são os que o governo/estado (ou outra coisa qualquer) define como os destinatários das minhas contribuições.
    Provavelmente se pudesse ser eu a decidir com quem fazer a solidariedade ganhava eu e os destinatários da minha solidariedade.
    Pode achar que somos todos egoístas e que passaríamos todos ter mais um LCD em casa, mas pode contrabalançar com a inexistência da desculpa de que existe uma qualquer entidade que se preocupa com os "fracos" e logo eu posso fechar os olhos e não ver o que se passa à minha frente.
  5.  # 707

    Colocado por: luisvvNuma sociedade sem Estado, a solidariedade surge no plano das obrigações morais de cada um.


    Concretize, por favor.
  6.  # 708

    Colocado por: danobrega

    Está prometido, mas foi a becas que começou com os pobrezinhos de Portugal... ou não foi?


    Não. Falei onde dos pobrezinhos de Portugal?
  7.  # 709

    Colocado por: PeSilvase pudesse ser eu a decidir com quem fazer a solidariedade ganhava eu e os destinatários da minha solidariedade.


    Concretize, por favor.
  8.  # 710

    Colocado por: j cardosoParece-me que o Danobrega não concebe diferentes graus de solidariedade. Devo então concluir que a solidariedade que tem com a sua família é a mesma que tem com um indonésio ou um peruano?


    Não, mas pode concluir muita coisa. Como por exemplo:

    1) A solidariedade à força, orquestrada pelo estado, não é solidariedade. Roubarem a A para darem a B e chamarem a A solidário... enfim.
    2) A solidariedade é, precisamente como diz, dependente de cada um. Como tal cada um devia poder decidir se é, quando é, como é e com quem é solidário.
    3) Ao ser furtar recursos às pessoas, e ao se criar um organismo que fica com a responsabilidade da "solidariedade", retira-se ao mesmo tempo a capacidade e responsabilidade do individuo de ser solidário.

    Mas eu sei lá!
  9.  # 711

    Colocado por: becasNão. Falei onde dos pobrezinhos de Portugal?


    Colocado por: becasEu e outros foristas continuamos à espera que nos expliquem o que se faria aos "fracos" neste modelo de sociedade ideal.



    Falou dos "fracos" de Portugal. Eu falei dos "fracos" do mundo inteiro.
  10.  # 712

    Colocado por: danobregacada um devia poder decidir se é, quando é, como é e com quem é solidário


    "Vamos brincar à caridadezinha" lálálá???

    Colocado por: danobregaAo ser furtar recursos às pessoas, e ao se criar um organismo que fica com a responsabilidade da "solidariedade", retira-se ao mesmo tempo a capacidade e responsabilidade do individuo de ser solidário


    Ih, tanta gente que ainda não descobriu que o estado lhe roubou a capacidade de ser solidário! Cambada de ignorantes!
  11.  # 713

    A solidariedade à força, orquestrada pelo estado, não é solidariedade. Roubarem

    Roubar? Esse é o SEU conceito, não propriamente uma verdade indiscutível

    ao se criar um organismo que fica com a responsabilidade da "solidariedade", retira-se ao mesmo tempo a capacidade e responsabilidade do individuo de ser solidário.

    Isso é obviamente falso, a existência de organizações centralizadas de solidariedade não impedem o danobrega de espalhar a sua solidariedade por quem quiser

    Mas afinal admite ou não graus diferentes de solidariedade?
    Concordam com este comentário: two-rok
  12.  # 714

    Colocado por: j cardosoRoubar? Esse é o SEU conceito, não propriamente uma verdade indiscutível


    Defina roubar se tiver paciência. Penso que furtar será mais apropriado, mas roubar também serve.

    Colocado por: j cardosoIsso é obviamente falso, a existência de organizações centralizadas de solidariedade não impedem o danobrega de espalhar a sua solidariedade por quem quiser


    Sim Cardoso, mas não é a mesma coisa, certo? Quando vêem uma pessoa com problemas o que é que as pessoas pensam? Tipicamente: Porque é que a segurança social não ajuda esta pessoa?

    Colocado por: j cardosoMas afinal admite ou não graus diferentes de solidariedade?


    Mas o que é que quer dizer com isso? Se eu admito que cada um é que devia saber como é que quer ser solidário, isso não são "graus diferentes de solidariedade"?

    Colocado por: becas"Vamos brincar à caridadezinha" lálálá?


    Não sei ao que vamos brincar mas actualmente estamos a brincar ao Robin dos Bosquezinhos.
  13.  # 715

    Olhe eu tive um superior que raramente dava uma ordem no sentido de dizer "eu quero isto feito assim". Tinha o dom de conseguir fazer com que as suas directivas, fossem apresentadas como opções aos seus colaboradores, e miraculosamente conseguia sempre fazer com que os colaboradores tomassem a opção que ele queria. Mas isso não é para todos...é de uma sensibilidade extrema, ainda que manipulativa.


    Sim, mas quando você está a dar a 130.000 pessoas a notícia de que as expectativas que tinham vão ficar frustradas para uma grande maioria, não há muito por onde fugir.
  14.  # 716

    "Vamos brincar à caridadezinha" lálálá???


    Não, continuemos a brincar à solidariedade com o dinheiro dos outros.
  15.  # 717

    Isso é obviamente falso, a existência de organizações centralizadas de solidariedade não impedem o danobrega de espalhar a sua solidariedade por quem quiser


    Não impede, mas desresponsabiliza. O raciocínio é: "eu já pago impostos, o Estado que faça".
  16.  # 718

    Quando vêem uma pessoa com problemas o que é que as pessoas pensam? Tipicamente: Porque é que a segurança social não ajuda esta pessoa?

    Isso é mais um lugar comum, uma frase feita que mais não é que uma generalização e a meu ver um tanto parva. Exactamente como dizer o contrário, que aqueles que são contra a solidariedade por parte do estado não tê preocupações sociais.

    Se eu admito que cada um é que devia saber como é que quer ser solidário, isso não são "graus diferentes de solidariedade"?

    Pois, mas há quem não pense assim e pelos vistos, estão em maioria nesta sociedade.
  17.  # 719

    Para ambos (Luís e danobrega):
    Vamos cair na mesma discussão: formem lá a vossa sociedade nos moldes em que a preconizam.
  18.  # 720

    Colocado por: becasConcretize, por favor.


    Por cada 100 que o estado me rouba com o pretexto da solidariedade eu faria chegar mais aos mais "fraco" que o que o estado consegue fazer chegar.
 
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