Colocado por: luisvv
Não percebo exactamente o que quer dizer com as contas "líquidas", mas aqui vai:
Exemplo, CGD:
Depósito a Prazo: de € 50.000 até € 250.000 (inclusive) TANB 2,100%
Crédito-Habitação: estou a olhar para o comprovativo da prestação do mês passado, e tenho uma taxa de referência de 0,324% (Euribor), com um spread de 0,6%. Mais uns trocos, e tenho uma TAEG de pouco mais de 1,3%.
Sempre à disposição.
P.S- Sim, eu sei que o carlosj39 quer comparar as taxas dos novos contratos de crédito, mas a vida é assim: os bancos têm um stock de crédito que não desaparece por magia.
Colocado por: mog
É uma forma de ganhar dinheiro, de facto, mas também é uma forma de o cliente se precaver perante uma qualquer fatalidade.
Colocado por: carlosj39agora a banca aumentar o spread caso o seguro não seja feito na companhia do banco, que é o que acontece na maioria dos contratos crédito, não me parece senão uma forma de sacar dinheiro ao cliente.
Colocado por: carlosj39Aliás isto devia ser proibido por lei.
Colocado por: carlosj39Claro, "parabéns à prima", é claro é que um seguro é necessário e conveniente, agora a banca aumentar o spread caso o seguro não seja feito na companhia do banco, que é o que acontece na maioria dos contratos crédito, não me parece senão uma forma de sacar dinheiro ao cliente. Aliás isto devia ser proibido por lei.
Colocado por: mog
Carlos, não sei o que acontece na maioria dos contratos de crédito, pois até hoje só li o meu. A ver se nos entendemos: um banco vende dinheiro, ganhando com isso, e também "trata" de seguros, ganhando com isso. É o mesmo que, por exemplo, um stand vender um carro e tentar também intermediar um seguro, um crédito, uma garantia extra,... Chama-se a isso rentabilizar o negócio.
Quanto aos spreads... que eu saiba o banco faz uma proposta em que o spread é de x% e se o cliente comprar outros produtos, como p.e. seguros, baixa o spread. Tudo normal, tudo legal, tudo justo. É o mesmo que uma empresa de telecomunicações vender TV mais barata se o cliente também comprar net e telefone. Ou de um café vender o cafezito mais barato se o cliente comprar o pastel de nata.
Colocado por: carlosj39Bom, se o (a) Mog está satisfeita com as coisas serem assim, optimo para si. Eu por mim se, ao abrigo de uma futura lei, pudesse transferir o meu seguro para outra companhia e pagar menos sem que o banco me aumentasse o spread, fá-lo-ia já amanhã. Quanto aos cafés e ao cross-selling que refere, eu tomo café a 50 centimos e agora vou passar a tomar a 40 centimos - e sem necessidade de comprar mais nada - em sítio nobre de Lisboa e em pastelaria, não em tasca. Não obstante haver a menos de 200 metros outra pastelaria muito conhecida que vende a bica ao balcão a ... 65 cts (lol). Chama-se a isto concorrência comercial, e não concertação oligopolista, que é o que a banca faz com a maior das impunidades.
Colocado por: mog
Carlos, se tal lei existisse, ou seja, se os bancos não pudessem baixar à partida o spread em função da aquisição de outros produtos, o Carlos (e eu) estaríamos a pagar desde logo um spread mais alto. Não tenha ilusões!
Quanto à "concertação oligopolista" de que fala, tal resultará do facto de haver poucos players no mercado - se houvesse tantos bancos quanto pastelarias, seria mais fácil para o cliente escolher/trocar e mais difícil para eles "concertarem". Obviamente, as características do negócio não permitem que em PT haja centenas ou milhares de bancos. Ou empresas de telecomunicações, ou energia, etc. Contudo, note no seguinte: é mais fácil (apesar de tudo) para a autoridade da concorrência desmontar uma eventual concertação entre bancos (pq são poucos) do que entre cafés ou mercearias. E acredite que a concertação entre cafés é possível,em determinados contextos, mesmo sem as pessoas se falarem/combinarem entre si.
E o luisvv - um libertário liberal defensor do anarco capiatlismo, lol !- que não viesse logo defender a banca... (quando escrevi os comments pensei logo nisso).
Contas líquidas, para o luisvv fingir que não percebeu, refiro-me ao lucro líquido (final) entre aquilo que os bancos pagam - líquido - aos depositantes e o que recebem - líquido - dos mutuários.Understood?
Por fim, sim, é evidente que os bancos buscam o lucro. É uma surpresa, eu sei, mas parece que sim, que essa é a função dos ditos.
Colocado por: j cardosoSeria perfeitamente natural não fosse o facto de gozarem de um estatuto e de regalias que, tanto quanto sei, mais nenhuma empresa privada goza. Presumo que vai dizer que não concorda com isso mas a verdade é que sempre que o vejo a falar dos bancos é na sua defesa, sem nunca mencionar o outro lado da questão. Não me admira por isso que haja quem o considere parcial neste assunto, eu sou um deles.
Na minha opinião qualquer empresa deve ser gerida de maneira a dar lucro, não sendo necessário que esse seja o seu único objectivo. Admitir o contrário é admitir que a empresa deve ser gerida para dar prejuízo, e alguém vai ter de o pagar.
Colocado por: j cardosogozarem de um estatuto e de regalias que, tanto quanto sei, mais nenhuma empresa privada goza
Até poderia ser verdade, mas não é.
Colocado por: j cardosomais nenhuma empresa privada goza
Colocado por: j cardosoNão serem os únicos
Colocado por: j cardosoDiga lá então quem mais recebeu as mesmas benesses do estado!
Colocado por: j cardoso
Não serem os únicos não anula o argumento, mas pessoalmente não conheço mais nenhuma empresa que que tenha sido financiada por empréstimos contraídos pelo estado da forma que o fez com a banca.