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  1.  # 781

    A arquitetura neoclássica

    A transformação da arquitetura barroca para a arquitetura neoclássica em 1750 à 1900 aconteceu em meio a transformações sociais ocorridas com o iluminismo, com a revolução francesa, entre outras que garantiram novos ideais da época como a retomada a equilibrada e democrática antiguidade clássica, teve início na França e na Inglaterra sob a influência do arquiteto Palladio.

    No Barroco a natureza era integrada a arquitetura como um ornamento, portanto agora essa forma de constituir arquitetura foi substituída por uma separação que distanciou o homem da natureza.Os artistas neoclássicos queriam substituir a trivialidade do barroco e rococó por um estilo lógico, de tom solene e austero.
    O Neoclassicismo foi concebido por duas razões: a primeira foi o avanço do homem em controlar a natureza e a segunda foi uma mudança na maneira de pensar do homem como conseqüência as transformações que ocorriam naquele momento que originaram uma nova cultura apropriada para ao estilo de vida burguês, já que a aristocracia era decadente as encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. Neste contexto houve o estimulo da maior produção e novos conhecimentos que despertaram novas instituições técnicas e também o aparecimento de ciências humanistas do Iluminismo. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Romana.

    Então os arquitetos procuraram reavaliar a antiguidade sem simplesmente copiar, com a ajuda da arqueologia foram feitas escavações na Grécia e Roma, então arquitectos, pintores e escultores encontraram um modelo para seguir e obedecer aos princípios básicos dessa arte, ,assim foi possível a realização da obra de um arquiteto chamado Giovani Battista Piranesi que defendia a elevação da arquitetura em seu mais alto nível através dos etruscos e romanos(anteriores aos gregos), essas qualidades adquiriram força graças a infinita grandeza das imagens que retratou.

    Na Inglaterra o Paladianismo se inicia com o conde Burlington, mas em 1750 começam a buscar assiduamente a base da arquitetura romana. No final do século XVII Claude Perrault questiona a validade das proporções vitruvianas do modo como elas foram recebidas e apuradas pela teoria clássica. A contestação da ortodoxia vitruviana foi codificada por Cordemoy, o qual substituiu os atributos vitruvianos da arquitetura pelas três características: ordem, distribuição e conveniência que se baseiam na proporção correta do clássico, a sua perfeita disposição e a sua adequação, nisso ele se preocupava com a pureza geométrica e acreditava que as construções em grande parte não pediam ornamento, o abade Laugier reinterpretou Cordemoy e propôs uma arquitetura universal a “cabana primitiva”, a qual consistia em quatro troncos de árvore que sustenta um telhado rústico, as colunas deveriam ser o mais possível fechadas por vidros, e assim Jaques German Soufflot o fez no projeto da igreja de Sainte Geneviève, em Paris.

    J.F.Blondel, após abrir sua escola de arquitetura em 1743, se tornou o mestre da chamada geração “visionária” de arquitetos” entre eles Ledoux. Blondel no seu curso de arquitetura, refere-se a Sainte Genevieve, outro arquiteto que influenciou o movimento foi Boullée que é autor de edifícios tão vastos que eram impossíveis de serem colocados em pratica, em meio disso a era napoleônica pedia estruturas úteis de grandeza, autoridade e realizadas de maneira mais econômica possível, assim Boullée com seus vastos volumes foi estudado para a obtenção da arquitetura daquela ordem, naquele momento. Ledoux projetou a fabrica de sal semicircular que foi um dos primeiros experimentos de arquitetura industrial, ele ampliou a ideia de uma fisionomia para a arquitetura a fim de simbolizar a intenção social com símbolos convencionais ou isomorfismo.

    Assim temos vários exemplos de arquitectos das novas instituições burguesas que sofreram essa transformação, entre eles está Schinkel que foi influenciado pelo gótico com sua experiência na Itália, porém a combinação de idealismo político e orgulho militar exigiu uma busca ao clássico. A linha Neoclássica de Blondel foi retornada em meados do século XIX na carreira de Henri Labrouste, este foi nomeado arquiteto da biblioteca Sainte Genevieve em Paris, essa obra implicava em uma nova estética, cujo potencial só seria realizado na obra construtiva do séc. XX.
    Em meados do séc XIX o neoclássico se dividiu em dois, o classicismo estrutural(de Labrouste) e o Romântico( de Schinkel), a primeira se concentrou em obras como prisões, hospitais, estações ferroviárias e a outra em museus, bibliotecas,etc. temos um exemplo do classicismo estrutural com Auguste Choisy com seu Tratado da arte de construir, também tinha sua concepção gráfica que era compreendida em planta, corte e elevações, a qual foi apreciada pelos pioneiros do Movimento Moderno na virada do século. Choisy encontra seu paralelo na caracterização do dórico comy estrutura de madeira transposta para a alvenaria, o mesmo foi praticado pelo seu discípulo Perret que detalhou suas obras de concreto armado no estilo tradicional da madeira. Julien Gaudet que em seu curso Elementos e teoria da arquitetura influenciou Perret e Garnier na escola Beaux Arts, com eles os princípios da composição elementarista clássica passaram aos arquitetos pioneiros do século XX.

    Fonte : https://thaa2.wordpress.com/category/danielle-faria-morais/
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  2.  # 782

    Neoclassicismo
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  3.  # 783

    Neoclassicismo Portugal
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  4.  # 784

    Arquitectura Neoclássica
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  5.  # 785

    Adolf Loos

    Adolf Loos foi um notável arquitecto, nascido a 10 de dezembro de 1870 em Brno, na República Checa, tendo exercido durante largos anos a sua profissão na Áustria, onde morreu, em Kalksburg(hoje pertencente a Viena), no dia 23 de agosto de 1933.

    Dentre seus trabalhos, destaca-se o projecto para o Chicago Tribune, realizado em 1922,
    quando trabalhava com Louis Sullivan, e que consiste numa enorme coluna dórica assente sobre uma base cúbica.

    Foi precursor do Raumplan, o desenvolvimento da planta em diferentes cotas. Através das variações de altura das divisões, bem como das proporções adotadas e das mudanças de materiais, é estabelecida uma hierarquia entre os diversos espaços; criam-se zonas dentro da casa, definindo também graus de intimidade de cada divisão."

    Para Loos, arquitectura é composição espacial consolidada – planificação do espaço que poderá ser traduzida em planta. Embora não tenha desenvolvido esta ideia numa teoria formal, a direcção deste pensamento é clara: "A grande revolução em arquitectura é a solução de uma planificação no espaço."

    Em 1908, escreveu o ensaio/manifesto intitulado "Ornamento e Crime", no qual criticava o uso abusivo da ornamentação na arquitetura européia do final do século XIX. Loos acreditava que "quando uma cultura evolui, ela gradativamente abandona o uso do ornamento em objetos utilitários".

    Segundo alguns críticos, esta guerra contra o ornamento e a decoração esconde uma lacuna ideológica no modernismo: a falta de uma base cultural (...) O modernismo procurou deliberadamente destruir todos os vínculos e reminiscências da arquitetura histórica".

    A cultura é algo que adquire um estatuto primordial nos escritos de Loos. É isso que Karl Kraus nos quer transmitir quando refere que “tudo o que Adolf Loos e eu – ele materialmente e eu verbalmente – temos feito não é mais que mostrar a diferença entre uma urna e um penico e que é essa distinção que oferece à cultura margem de manobra. Os outros, aqueles que não conseguem fazer essa distinção, estão divididos entre os que usam a urna como penico e os que usam o penico como urna.”. Estes dois objectos diferentes segundo convenções sociais, correspondem respectivamente à arte e ao objecto utilitário: Kraus criticava tanto os que pretendem incutir arte ao objecto quotidiano, os artistas da Secessão, como os que usam o objecto utilitário como arte.

    Fonte : https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Adolf_Loos
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  6.  # 786

    ORNAMENTO E CRIME
    ADOLF LOOS


    Sabemos que o embrião humano passa no ventre da mãe por todas as fases da evolução do reino animal. O homem, à nascença, recebe do mundo exterior as mesmas impressões que um cachorrinho. A sua infância resume-se a etapas da história humana: aos dois anos tem a inteligência e os sentidos dum papua; aos quatro anos, dum germano. Aos seis anos, ele vê o mundo com os olhos de Sócrates, aos oito anos com os de Voltaire. É com oito anos que ele se apercebe da cor violeta, a cor que o século XVIII descobriu. Porque antes desta data os violetas eram azuis e o púrpura, vermelho. E os nossos físicos mostram hoje no espectro solar cores que já têm um nome, mas cujo conhecimento está reservado às gerações futuras.

    A criança e o papua vivem para cá de toda a moral. O papua mata os seus e come-os: ele não é um criminoso. Mas um homem moderno que mate o seu vizinho e o coma não pode ser senão um criminoso ou um degenerado.
    O papua tatua a sua pele, a sua piroga, tudo o que lhe passar pela mão. Ele não é um criminoso ou um
    degenerado. Em muitas prisões a proporção de tatuados eleva-se a oitenta por cento.

    Os tatuados que vivem em liberdade são criminosos latentes ou aristocratas degenerados. Acontece a sua vida parecer irrepreensível até ao fim dos seus dias. Isso significa que morreram antes do seu crime.

    A necessidade por que passa o homem primitivo em cobrir de ornamentos o seu rosto e todos os objectos de que se serve é a origem da própria arte, o primeiro balbuciar da pintura.
    É uma necessidade de origem erótica, a mesma necessidade de onde brotavam as sinfonias dum Beethoven.
    O primeiro homem que rabiscou um ornamento sobre a parede da sua caverna experimentava o mesmo gozo que Beethoven ao compor a Nona Sinfonia.

    Mas se o princípio da arte se mantém idêntico, a expressão varia ao longo dos séculos, e o homem do nosso tempo que experimenta a necessidade de rabiscar as paredes é um criminoso ou um degenerado.

    Essa necessidade é normal na criança que começa a satisfazer o seu instinto artístico traçando com o lápis símbolos eróticos.
    No homem moderno e adulto é um sintoma patológico.

    Formulei e proclamei a seguinte lei:
    À medida que a cultura se desenvolve, o ornamento desaparece dos objectos usuais. Eu achava dar aos meus contemporâneos uma alegria nova; eles não mo agradeceram.

    Pelo contrário, esta mensagem encheu-os de tristeza; eles ficaram deprimidos perante a ideia de não poderem “criar” um ornamento novo” (...)

    Consolai-vos. Abram os olhos e vejam.
    O que faz justamente a grandeza do nosso tempo é que ele já não consegue inventar uma ornamentação nova. Nós vencemos o ornamento: aprendemos a passar sem ele.

    Eis chegado um século novo onde se vai realizar a mais bela das promessas (...)

    As minhas boas intenções desagradaram aos amigos do passado e o Estado, cuja tarefa consiste em retardar os povos no seu desenvolvimento, tornou-se o defensor do ornamento ameaçado.
    O Estado não incumbe os seus funcionários da tarefa de fazer as revoluções. Exibiu-se por isso no Museu de Artes Decorativas de Viena um aparador que se intitulava “A Pesca miraculosa”; aí podiam ver-se armários com magníficos nomes dignos de dó: um deles chamado “as Princesas Encantadas”!

    É preciso não esquecer que o Estado austríaco leva a sua tarefa a sério, mais do que qualquer outro.
    Ele leva o respeito pelo passado a ponto de impedir o desaparecimento das “meias russas”: obriga os jovens modernos, durante três anos da sua vida, a andarem com os pés envoltos em ligaduras de tela!

    Acima de tudo, ele tem razão, admitindo-se o princípio de que um povo atrasado sempre é mais fácil de governar.

    Temos portanto que nos conformar com o facto de o Estado manter e estimular a doença do ornamento...
    ...Se quiser comer bolo de mel, escolho um rectângulo perfeito e não um pedaço em forma de coração, dum bebé ou dum cavaleiro.

    O homem do século XV não me poderia compreender, mas todos os homens modernos compreender-me-ão.
    O advogado do ornamento troçará do meu gosto, dada a sua simplicidade, e considerar-me-á um asceta. Mas não, meu caro professor da Escola de Artes Decorativas, asseguro-vos que não uso cilício nem me privo de nada.

    Como segundo o meu gosto e não é defeito meu se a cozinha pomposa dos séculos passados, os centros de mesa, as arquitecturas de pavões, faisões e lagostas
    me tiram o apetite. Atravesso com horror uma exposição culinária ao pensar que existem desgraçados que comem todos estes cadáveres empalhados. Eu como
    rosbife (...)

    A evolução da cultura assemelha-se à marcha dum exército que teria uma maioria de retardatários.
    Poderia acontecer eu viver em 1913, mas que um vizinho meu viva em 1900 e outro ainda em 1880.
    É uma infelicidade para a Áustria que a cultura dos seus habitantes se estenda sobre um período tão longo.
    O camponês das encostas do Tirol vive no século XII e
    constatámos com horror, vendo desfilar o cortejo do Jubileu do Imperador, que tínhamos ainda na Áustria tribos do século IV.

    Feliz o país que não tem retardatários nem soldados que andem na pilhagem!
    Nada melhor do que a América como exemplo disso (...)

    E se o ornamento desaparecesse completamente do mercado mundial, progresso que se realizará talvez dentro de mil anos, a duração normal do dia de trabalho
    reduzir-se-ia só por essa razão de oito para quatro horas porque hoje ainda metade do trabalho total realizado no mundo é consagrado à produção do ornamento...

    O ornato, não estando já ligado à nossa cultura por nenhum elo orgânico, deixou de ser um meio da sua expressão (...)

    O homem moderno é ainda na nossa sociedade um solitário, uma sentinela avançada, um aristocrata.
    Ele respeita os ornamentos que as épocas passadas
    normalmente produziram. Ele respeita o gosto dos indivíduos e dos povos que ainda não atingiram o nosso grau de cultura.
    Mas quanto a ele, já não necessita de ornamentos (...)
    Suporto as tatuagens dos cafres, os ornamentos dos Persas, dos camponeses eslovacos, os desenhos do meu sapateiro.
    Tanto uns como outros não têm senão o ornamento para embelezar e exaltar a sua vida.
    Nós temos Rodin e Beethoven.
    Se o meu sapateiro não é capaz de os compreender, é de lastimar: mas por que razão retirar-lhe a sua religião, não tendo nada para lhe oferecer em troca?
    O meu sapateiro tem gostos honestos e respeitáveis, mas o arquitecto que acaba de ouvir Beethoven e que se senta à sua mesa para desenhar um tapete “Arte Nova” não pode ser senão um vigarista ou um degenerado.

    A morte do ornamento ajudou vivamente desenvolvimento de todas as artes.

    As sinfonias de Beethoven não podiam ser escritas por um homem vestido de cetim, de veludo ou com rendas.

    E se hoje virmos na rua um homem que traga um barrete à Rubens e vestuário de veludo não acharemos que se trata dum artista, mas sim dum palhaço.

    Nas épocas de fraco individualismo, os nossos antepassados exprimiam a sua originalidade através do vestuário. Nós tornámo-nos mais delicados. Não medimos já a nossa personalidade; dissimulamo-la sob a máscara comum do vestuário moderno. O homem hoje emprega ou rejeita, a seu bel-prazer, os ornamentos das culturas antigas ou exóticas.
    Ele não inventa novos ornamentos, reserva e concentra a sua faculdade de invenção para outros objectos.»

    In ROCHA, Carlos Sousa, Teoria do Design, 11º Ano de Escolaridade, Lisboa, Plátano Editora, 1996, pp.190-192
  7.  # 787

    Raumplan (Adolf Loos):" o desenvolvimento da planta em diferentes cotas. Através das variações de altura das divisões, bem como das proporções adotadas e das mudanças de materiais, é estabelecida uma hierarquia entre os diversos espaços; criam-se zonas dentro da casa, definindo também graus de intimidade de cada divisão."
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  8.  # 788

    Colocado por: CMartinEngraçado. Não pensar em cor para um arquitectura, nunca tal me tinha passado pela cabeça, que pudesse ser assim praticamente, indiferente.


    Não pode ser indiferente, assim generalizando.
    Assim de repente lembrei-me, por todas as boas razões, incluindo o vinho, da adega de marquês de riscal...

    https://www.google.pt/search?q=marques+de+riscal+hotel&espv=2&biw=1440&bih=775&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwivgYyn7dHMAhVBGB4KHXTAA_cQ_AUIBigB#tbm=isch&q=marques+de+riscal+winery
  9.  # 789

    Colocado por: CMartinA arquitetura neoclássica

    A transformação da arquitetura barroca para a arquitetura neoclássica em 1750 à 1900 aconteceu em meio a transformações sociais ocorridas com o iluminismo, com a revolução francesa, entre outras que garantiram novos ideais da época como a retomada a equilibrada e democrática antiguidade clássica, teve início na França e na Inglaterra sob a influência do arquiteto Palladio.

    No Barroco a natureza era integrada a arquitetura como um ornamento, portanto agora essa forma de constituir arquitetura foi substituída por uma separação que distanciou o homem da natureza.Os artistas neoclássicos queriam substituir a trivialidade do barroco e rococó por um estilo lógico, de tom solene e austero.
    O Neoclassicismo foi concebido por duas razões: a primeira foi o avanço do homem em controlar a natureza e a segunda foi uma mudança na maneira de pensar do homem como conseqüência as transformações que ocorriam naquele momento que originaram uma nova cultura apropriada para ao estilo de vida burguês,já que a aristocracia era decadente as encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética.Neste contexto houve o estimulo da maior produção e novos conhecimentos que despertaram novas instituições técnicas e também o aparecimento de ciências humanistas do Iluminismo. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Romana.

    Então os arquitetos procuraram reavaliar a antiguidade sem simplesmente copiar, com a ajuda da arqueologia foram feitas escavações na Grécia e Roma, então arquitectos, pintores e escultores encontraram um modelo para seguir e obedecer aos princípios básicos dessa arte, ,assim foi possível a realização da obra de um arquiteto chamado Giovani Battista Piranesi que defendia a elevação da arquitetura em seu mais alto nível através dos etruscos e romanos(anteriores aos gregos), essas qualidades adquiriram força graças a infinita grandeza das imagens que retratou.

    Na Inglaterra o Paladianismo se inicia com o conde Burlington, mas em 1750 começam a buscar assiduamente a base da arquitetura romana.No final do século XVII Claude Perrault questiona a validade das proporções vitruvianas do modo como elas foram recebidas e apuradas pela teoria clássica. A contestação da ortodoxia vitruviana foi codificada por Cordemoy, o qual substituiu os atributos vitruvianos da arquitetura pelas três características: ordem, distribuição e conveniência que se baseiam na proporção correta do clássico, a sua perfeita disposição e a sua adequação, nisso ele se preocupava com a pureza geométrica e acreditava que as construções em grande parte não pediam ornamento, o abade Laugier reinterpretou Cordemoy e propôs uma arquitetura universal a “cabana primitiva”, a qual consistia em quatro troncos de árvore que sustenta um telhado rústico, as colunas deveriam ser o mais possível fechadas por vidros,e assim Jaques German Soufflot o fez no projeto da igreja de Sainte Geneviève, em Paris.

    J.F.Blondel, após abrir sua escola de arquitetura em 1743, se tornou o mestre da chamada geração “visionária” de arquitetos” entre eles Ledoux.Blondel no seu curso de arquitetura, refere-se a Sainte Genevieve,outro arquiteto que influenciou o movimento foi Boullée que é autor de edifícios tão vastos que eram impossíveis de serem colocados em pratica, em meio disso a era napoleônica pedia estruturas úteis de grandeza, autoridade e realizadas de maneira mais econômica possível, assim Boullée com seus vastos volumes foi estudado para a obtenção da arquitetura daquela ordem, naquele momento. Ledoux projetou a fabrica de sal semicircular que foi um dos primeiros experimentos de arquitetura industrial, ele ampliou a ideia de uma fisionomia para a arquitetura a fim de simbolizar a intenção social com símbolos convencionais ou isomorfismo.

    Assim temos vários exemplos de arquitectos das novas instituições burguesas que sofreram essa transformação, entre eles está Schinkel que foi influenciado pelo gótico com sua experiência na Itália, porém a combinação de idealismo político e orgulho militar exigiu uma busca ao clássico. A linha Neoclássica de Blondel foi retornada em meados do século XIX na carreira de Henri Labrouste, este foi nomeado arquiteto da biblioteca Sainte Genevieve em Paris, essa obra implicava em uma nova estética, cujo potencial só seria realizado na obra construtiva do séc. XX.
    Em meados do séc XIX o neoclássico se dividiu em dois, o classicismo estrutural(de Labrouste) e o Romântico( de Schinkel), a primeira se concentrou em obras como prisões, hospitais, estações ferroviárias e a outra em museus, bibliotecas,etc.temos um exemplo do classicismo estrutural comAuguste Choisy com seu Tratado da arte de construir, também tinha sua concepção gráfica que era compreendida em planta, corte e elevações, a qual foi apreciada pelos pioneiros do Movimento Moderno na virada do século.Choisy encontra seu paralelo na caracterização do dórico comy estrutura de madeira transposta para a alvenaria, o mesmo foi praticado pelo seu discípulo Perret que detalhou suas obras de concreto armado no estilo tradicional da madeira.Julien Gaudet que em seu curso Elementos e teoria da arquitetura influenciou Perret e Garnier na escola Beaux Arts, com eles os princípios da composição elementarista clássica passaram aos arquitetos pioneiros do século XX.

    Fonte :https://thaa2.wordpress.com/category/danielle-faria-morais/


    Também a propósito, https://en.wikipedia.org/wiki/Grand_Tour
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
  10.  # 790

    CMartin, entre o Neoclássico e Adolf Loos vão os seus likes.

    Cmps!
  11.  # 791

    Colocado por: m.arqCMartin, entre o Neoclássico e Adolf Loos vão os seus likes.

    Cmps!


    Q aconteceu? Q aconteceu?

    Cmps!
  12.  # 792

    Colocado por: Castela

    Não pode ser indiferente, assim generalizando.
    Assim de repente lembrei-me, por todas as boas razões, incluindo o vinho, da adega de marquês de riscal...

    https://www.google.pt/search?q=marques+de+riscal+hotel&espv=2&biw=1440&bih=775&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwivgYyn7dHMAhVBGB4KHXTAA_cQ_AUIBigB#tbm=isch&q=marques+de+riscal+winery


    (Castela, o vinho só pode ser uma excelente razão!)

    Ou, ainda, e se a Casa Branca não fosse branca?
    Não serà por mero acaso a escolha da cor. Entre outras razões, para mim mais duvidosas que não justificam por si a escolha do branco, esta é a que me fascina : " and Classical architecture was imagined to have been marked by a platonic whiteness. In post-Revolution America at the birth of a new Republic that modeled itself on Classical Rome and Greece, white buildings would have carried a particularly potent associative power".

    Ou seja, o classicismo para além de ser maioritariamente branco platónico como característica, também por não haver um leque muito variado de cores como hoje se conhece, e basear-se nas cores utilizadas na Roma e Grécia Clássica, onde o branco estava associado ao poder e autoridade política, a nova República Americana escolheu o branco do Classicismo para a sua casa do poder político associativista (Républica). Acho isto maravilhoso.
    Reparem como nada é (ou era) por mero acaso.

    Nem o simbolismo das cores.

    Hà mais exemplos de edifícios simbólicos e suas cores, se quiser o texto integral aqui:
    http://www.archdaily.com/525647/the-power-of-paint-three-case-studies-on-colour-in-architecture
    Concordam com este comentário: Castela
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Flica
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  13.  # 793

    Ainda sobre a importância da COR na arquitectura.

    Compreendo muito bem o que o m.arq quer dizer com ESPAÇO, imagino como um arquitecto valoriza e sente esse espaço, maior ou mais curto, ele é o seu campo de manobra. Mas esta explicação do marco1 vem elucidar de forma muito clara não tanto a importância da COR na arquitectura mas sobretudo o que a diferencia da cor em decoração.
    Mt grata
    Colocado por: marco1mais ou menos, por exemplo o mesmo quarto imagine que pinta de rosa porque é menina ou de azul porque é menino, aqui estaremos a falar de arquitetura?
    já poderá ser diferente por exemplo "corrigir" a forma de um corredor através da cor ou texturas.
    Concordam com este comentário:CMartin,Flica
    Concordam com este comentário: CMartin
  14.  # 794

    Colocado por: Castela

    Também a propósito,https://en.wikipedia.org/wiki/Grand_Tour
    Estas pessoas agradeceram este comentário:CMartin


    Maravilhoso! Castela.
    Pena o texto em Português ser tão pobre comparativamente ao Inglês mas serve para resumir:

    Grand Tour era o nome dado a uma tradicional viagem pela Europa, feita principalmente por jovens de classe-média alta. Trata-se da origem histórica do turismo contemporâneo, principalmente da maneira como ele é entendido no Ocidente.

    O costume floresceu desde cerca de 1600 até o surgimento do tráfego ferroviário em grande escala, na década de 1840, e costumava estar sempre associado a um determinado itinerário. A tradição ainda continuou depois que as viagens por trem e navio a vapor facilitaram os deslocamentos, e jovens dos países americanos e de outros locais do mundo também a realizaram.
  15.  # 795

    Castela e todos, o texto em Inglês tem também esta parte sobre o Grand Tour:

    Three hundred years ago, wealthy young Englishmen began taking a post-Oxbridge trek through France and Italy in search of art, culture and the roots of Western civilization. With nearly unlimited funds, aristocratic connections and months (or years) to roam, they commissioned paintings, perfected their language skills and mingled with the upper crust of the Continent.
    — Gross, Matt., "Lessons From the Frugal Grand Tour." New York Times 5 September 2008.

    The primary value of the Grand Tour, it was believed, lay in the exposure both to the cultural legacy of classical antiquity and the Renaissance, and to the aristocratic and fashionably polite society of the European continent. In addition, it provided the only opportunity to view specific works of art, and possibly the only chance to hear certain music. A Grand Tour could last from several months to several years. It was commonly undertaken in the company of a Cicerone, a knowledgeable guide or tutor. The Grand Tour had more than superficial cultural importance; as E. P. Thompson stated, "ruling-class control in the 18th century was located primarily in a cultural hegemony, and only secondarily in an expression of economic or physical (military) power."

    Para mim, este ritual da aristocracia em puberdade de viajar para conhecer mundo é o tal "ganhar mundo" ou "alargar horizontes" culturais ou ainda o tal "the eye must travel" (o olhar tem que viajar) que tantas vezes tanta falta faz. Certamente, Castela, foi a mensagem que teve como intenção com este texto ?
    De qualquer forma, foi assim que a entendi. Adorei.
  16.  # 796

    Colocado por: m.arqCMartin, entre o Neoclássico e Adolf Loos vão os seus likes.

    Cmps!

    m.arq , olhe acho uma delícia este texto que coloquei acima excerto de ORNAMENTO E CRIME de Adolf Loos.

    Veja bem que..
    "Nós temos Rodin e Beethoven.
    Se o meu sapateiro não é capaz de os compreender, é de lastimar: mas por que razão retirar-lhe a sua religião, não tendo nada para lhe oferecer em troca?
    O meu sapateiro tem gostos honestos e respeitáveis, mas o arquitecto que acaba de ouvir Beethoven e que se senta à sua mesa para desenhar um tapete “Arte Nova” não pode ser senão um vigarista ou um degenerado.

    A morte do ornamento ajudou vivamente o desenvolvimento de todas as artes.

    As sinfonias de Beethoven não podiam ser escritas por um homem vestido de cetim, de veludo ou com rendas. "

    É de chorar de tão engraçado !
  17.  # 797

    Colocado por: CMartinCastela e todos, o texto em Inglês tem também esta parte sobre oGrand Tour:

    Three hundred years ago, wealthy young Englishmen began taking a post-Oxbridge trek through France and Italy in search of art, culture and the roots of Western civilization. With nearly unlimited funds, aristocratic connections and months (or years) to roam, they commissioned paintings, perfected their language skills and mingled with the upper crust of the Continent.
    — Gross, Matt., "Lessons From the Frugal Grand Tour." New York Times 5 September 2008.

    The primary value of the Grand Tour, it was believed, lay in the exposure both to the cultural legacy of classical antiquity and the Renaissance, and to the aristocratic and fashionably polite society of the European continent. In addition, it provided the only opportunity to view specific works of art, and possibly the only chance to hear certain music. A Grand Tour could last from several months to several years. It was commonly undertaken in the company of a Cicerone, a knowledgeable guide or tutor. The Grand Tour had more than superficial cultural importance; as E. P. Thompson stated, "ruling-class control in the 18th century was located primarily in a cultural hegemony, and only secondarily in an expression of economic or physical (military) power."

    Para mim, este ritual da aristocracia em puberdade de viajar para conhecer mundo é o tal "ganhar mundo" ou "alargar horizontes" culturais ou ainda o tal "the eye must travel" (o olhar tem que viajar) que tantas vezes tanta falta faz. Certamente, Castela, foi a mensagem que teve como intenção com este texto ?
    De qualquer forma, foi assim que a entendi. Adorei.


    A Regaleira?

    Cmps!
    Concordam com este comentário: CMartin
  18.  # 798

    Colocado por: m.arq

    Q aconteceu? Q aconteceu?

    Cmps!

    O que aconteceu? O modernismo.
    Estou certa?
  19.  # 799

    Colocado por: CMartin
    O que aconteceu? O modernismo.
    Estou certa?


    A Regaleira.

    Cmps!
    Concordam com este comentário: CMartin
  20.  # 800

    Colocado por: FlicaAinda sobre a importância da COR na arquitectura.

    Compreendo muito bem o que o m.arq quer dizer com ESPAÇO, imagino como um arquitecto valoriza e sente esse espaço, maior ou mais curto, ele é o seu campo de manobra. Mas esta explicação do marco1 vem elucidar de forma muito clara não tanto a importância da COR na arquitectura mas sobretudo o que a diferencia da cor em decoração.
    Mt grata
    Concordam com este comentário:CMartin


    Flica, e ainda as propriedades psicológicas da cor?
    Concordam com este comentário: Flica
 
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