O casal Obama teve, em 2009, um rendimento líquido de 5,6 milhões de dólares, depois de descontados os 1,8 milhões pagos em impostos, anunciou hoje a Casa Branca.
Muitos dos comentários que já li sobre esta notícia destilam a toda a raiva decorrente da habitual inveja lusa. Não contra Obama, mas contra Mexia e outros CEOs do PSI20 por ganharem mais. Tal como ganharão bem mais muitos CEOs por esse mundo fora. Tal como ganham bem mais Mourinho, Cristiano Ronaldo ou Figo (parece que neste caso “o dinheiro do PS” deu importante contributo…).
Confesso que a notícia também me deixou indignado e revoltado, mas por outra comparação, relacionada com a fiscalidade. Pelos 7,4 milhões brutos que Obama ganhou, foi tributado a uma taxa média de 24,3%. Ora em Portugal, um rendimento colectável a partir dos 7.192 euros (a que corresponde um salário médio mensal de 599,33 euros) é tributado a 23,5%. A partir de um rendimento anual de 64.110 euros, o estado já nos leva 42%. Ou levava, porque este ano iremos ter uma nova taxa de 45%.
A isto chama-se roubo, extorsão, chulice e outros epítetos do género. Reside nesta tributação abusiva o principal entrave ao crescimento económico do país. Mas, pelos vistos, não merece a indignação de ninguém. Temos o que merecemos.
Colocado por: altarO problema é que não estamos a falar de um impostozinho, em alguns casos chega a ser 1000 e tal euros por ano
Eu fico agora com mais uma despesa de 50 euros mensais por uma casa que de luxo não tem absolutamente nada...é um vulgaríssimo T3
este imposto é um encargo pesadíssimo para 90% dos portugueses que em média auferem menos de 1000 euros mensais, para não falar quem tem filhos, reformados...etc...este imposto é suficiente para o estado ficar com 1 subsídio de férias
quem está isento conte com mais esta despesa no futuro que lhes vai sair bem pesada no orçamento familiar
Ao comprar uma casa muito jovem nem pensa nisto, nem inclui esta despesa no seu orçamento, erro grave porque a isenção não dura para sempre e as taxas praticadas por muitas autarquias é a máxima