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  1.  # 681

    Concordo inteiramente com AC59, foi esse o motivo que me levou a colocar os valores que tive que dispender para a minha casa que só tem 160m2.
    Se o valor de 37 ou 35 mil corresponde a 70m2 e se tiver a qualidade proclamada, então podemos ficar esperançados que num futuro mais próximo com o aumento da concorrência este tipo de construção seja mais acessível.
    •  
      janus
    • 18 julho 2010 editado

     # 682

    Caro raulschone,

    Estamos de cordo, sobre um facto indesmentível: a construção tradicional tem preços elevados. E não é por causa do preço dos materiais...
    Como se podem conseguir preços à volta de 500€/m2 para uma casa com elevados padrões de qualidade de utilização?

    A resposta está nas casas modulares, por respeitarem a personalização (arquitectura e gosto pessoal do comprador).

    Vulgarmente, as chamadas "casas Pré-Fabricadas" englobam tanto as casas manufacturadas como as casas modulares.

    As Casas Manufacturadas, são casas móveis construídas sobre um "chassis" em madeira ou aço. Saem prontas de fábrica. O Chassis serve para transportar a casa para o local de instalação. Podem também ser colocadas sobre fundações permanentes. O seu preço de venda tem de ser mais baixo porque a sua produção é feita em linha de montagem.
    As Casas Modulares, por outro lado, são a gama média/alta das casas pré-fabricadas. Os módulos que a constituem são produzidos em fábrica, sendo posteriormente montados no local da construção. Podem utilizar os mesmos materiais da construção tradicional e tem um preço de venda superior às casas manufacturadas. Os sistemas mais evoluídos não limitam o tipo de arquitectura, a amplitude dos vãos ou os níveis a construir. Quando se opta por uma solução pré-fabricada (detesto esta designação para as casas modulares) o melhor sistema é aquele cuja resposta não difere da construção tradicional.

    Quer dizer, o seu preço é menor que a construção tradicional porque todos os componentes são produzidos em fábrica. Depois se existir uma modelização estrutural, as paredes, portas, janelas, etc, são padronizadas e em número reduzido. A linha de produção dos componentes é eficiente, X peças por hora com Y recursos. Na obra, a montagem da casa funciona como uma linha de produção, com menos homens e sem desperdícios. As casas de banho e cozinha iden, iden, etc. As casas seguem um processo de fabrico padronizado, mas não são massificadas, permitindo a diferenciação de arquitectura e acabamentos com os mesmos elementos construtivos base.

    Capiche!?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: crispereira
  2.  # 683

    Caro AC59,
    se eu capiche!? Claro que sim, até porque tive a oportunidade de acompanhar na Alemanha a montagem de uma casa (que cá apelidamos de casa de madeira pré-fabricada) cujas paredes térmicas com as janelas e tudo já incluídas chegaram da finlândia e foi montada em poucas semanas e que deixaria qualquer casa da nossa "construção tradicional" humilhada e envergonhada, inclusivé no preço.....
  3.  # 684

    Aproveito para informar que o grupo IKEA, depois de conquistar durante a ultima década uma boa parte do mercado britânico com as suas casas denominadas de Blockhaus (as tais casas que cá ainda gostam de apelidar de casas pré-fabricadas de madeira) adaptadas ao gosto e clima britânico, acabou de lançar em Março passado em 2 zonas da Alemanha as primeiras casas para o mercado alemão (adaptadas ao gosto e clima alemão claro) e prevêm chegar com um produto adaptado aos países do sul da europa na próxima década. É tudo uma questão de tempo! Não se preocupem pois continua tudo na mesma, ou seja, o que chega ao centro da europa hoje, mais ano menos ano também cá chegará.......
  4.  # 685

    @raulschone

    Também estava com esperança de ver uma revolução tipo IKEA só que no imobiliário em vez do mobiliário mas, sendo uma questão pessoal, acho o gosto dos Blockhaus altamente duvidoso. A ver vamos
    •  
      FD
    • 19 julho 2010 editado

     # 686

    Para referência, imagem da casa IKEA alemã.
    Já agora, as casas IKEA chamam-se BoKlok.
      204219_1_xio-fcmsimage-20100218135429-006003-4b7d3885451ed.261991119_1001.jpg
      Show house  IMMELN Ext_garden_storage (154) (Medium).JPG
      Show house exterior (24) (Medium).jpg
      Show house exterior (30) (Medium).jpg
  5.  # 687

    Boa, está melhorzinha do que a versão inglesa que vi há uns tempos ;)

    Boklok UK
    •  
      FD
    • 19 julho 2010 editado

     # 688

    Plantas da casa IKEA.
      fryken_GF.jpg
      fryken_UF.jpg
    •  
      FD
    • 19 julho 2010 editado

     # 689

    Outra...
      immeln_GF.jpg
      immeln_GF_mediawall.jpg
      immeln_UF.jpg
    •  
      FD
    • 19 julho 2010

     # 690

    Preço dessa casa já com terreno: a partir de 179.500€.

    Forma de venda: sorteio.
  6.  # 691

    Não cumprem o RGEU nem o 163/2006. E uma delas tem um WC que dá para o hall.
  7.  # 692

    Boas

    Que chatice, não cumprem as acessibilidades. Tenho quase a certeza que a culpa é do papão lobby do betão. Já agora, se alguém o vir por aí (o lobby do betão) é favor avisar-me uma vez que as minhas comissões levam já um atraso significativo. Se por acaso o Sr. lobby estiver a ler isto, fica já a saber que pondero seriamente a mudança de clube: vou rescindir o contrato com o argumento das comissões em atraso, e assinar assinar pelo lobby da madeira, que já me propôs um contrato por três épocas.

    cumps
    José Cardoso
  8.  # 693

    O Augst Hill tem razão e dá vontade de criar um tópico dirigido aqui ao Forum sobre propostas (sérias) de alteração ao RGEU e ás acessibilidades, nomeadamente nos pontos em que se pode permitir maior flexibilidade de desenho sem comprometer a acessibilidade, segurança e salubridade das construções.

    Obviamente que existem países que conseguem conviver com padrões elevados de qualidade de construção e ter ao seu dispôr legislações mais flexíveis...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: raulschone
  9.  # 694

    Colocado por: Nuno Oliveira... dá vontade de criar um tópico dirigido aqui ao Forum sobre propostas (sérias) de alteração ao RGEU


    Desde 1951 que andam a pensar nisso...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: crispereira, Necas Lx
  10.  # 695

    Colocado por: j cardosoBoas

    Que chatice, não cumprem as acessibilidades. Tenho quase a certeza que a culpa é dopapãolobby do betão. Já agora, se alguém o vir por aí (o lobby do betão) é favor avisar-me uma vez que as minhas comissões levam já um atraso significativo. Se por acaso o Sr. lobby estiver a ler isto, fica já a saber que pondero seriamente a mudança de clube: vou rescindir o contrato com o argumento das comissões em atraso, e assinar assinar pelo lobby da madeira, que já me propôs um contrato por três épocas.

    cumps
    José Cardoso


    Sinceramente não compreendo o motivo que o leva a ser tão radical. Por acaso alguêm o acusou de receber comissões ? Os lobbys existem em todas as actividades e não têm que ter necessariamente conexção negativa. Afinal em que é que ficamos, não existe lobby do betão mas existe lobby da madeira, é isso ?
    Não será possível, também cá em Portugal, haver no futuro um tratamento de igualdade quando lidamos com os diferentes materiais de construção, ou vamos ser sempre assim tão radicais e não ter qq abertura. O mesmo para as leis de acessibilidades e outras semelhantes, acho que não faz muito sentido passar-se das 8 (leis) para as 80 (leis). Faz-me lembrar as inspecções automóveis, os alemães nos anos 80 tinham o descaramento de ir à embaixada alemã dizer que o seu mercedes tinha sido roubado e precisavam de ajuda financeira para voltar para casa, depois de trazer os mercedes velhos que não passavam nas inspecções na alemanha para cá, passavam cá as férias, vendiam os carros aos sucateiros que os desfaziam em peças (o motivo porque as peças dos mercedes serem tão baratas). Depois vieram os postos de inspecção para cá, o governo apercebeu-se que tinha dado concessões a mais para o nosso parque automóvel, motivo pelo qual, resolveu obrigar a inspecção anual quando de início esteve prevista uma inspecção a cada 2 anos. Na minha área profissional, tinhamos as mais variadas entidades que era suposto fiscalizarem os restaurantes (uma era para os produtos perecíveis, outra para a segurança, outra para os horários de trabalho, outra para a higiene, outra...,outra....) e na prática não havia fiscalização nenhuma. Hoje a ASAE se quiser fecha qualquer restaurante por muito que cumpra todas as leis, basta querer..... A minha irmã costumava, com os seus bonitos olhos, livrar-se de todas as multas, hoje quando é multada afirma: " Tenho quase a certeza que o gajo era ****..."
  11.  # 696

    Desde 1951 que andam a pensar nisso...


    Não foi alterado em 2008? Ou mudou para ficar tudo igual?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: raulschone
  12.  # 697

    Boas

    Não será possível, também cá em Portugal, haver no futuro um tratamento de igualdade quando lidamos com os diferentes materiais de construção

    Este é o ponto crucial e, se calhar para sua surpresa, as coisas já são como preconiza que fossem: a exigências da legislação relativamente aos projectos exigidos são exactamente as mesmas quaisquer que sejam os materiais. Em relação aos projectos de estabilidade ,não são sequer, regra geral, apreciados pela cãmara, sendo aprovados com base no termo de responsabilidade do autor; isto independentemente do material a usar na estrutura: betão armado, madeira, aço, o que for. Já o projecto de comportamento térmico - que parecia contestar - terá de ser certificado por perito qualificado. Não é dispensável seja qual for o material de construção usado, nem há qualquer razão técnica ou de qualquer outra índole para que o fosse.
    Em relação aos lobbys, que para mim têm conotação negativa pelo menos nesta área e da forma como caracterizou nas suas primeiras intervenções, acho que o radical não sou eu; radical é quem, sem fundamento, atribui todas as circunstâncias que não lhe agradem à acção de um qualquer moinho de vento lobby.

    cumps
    José Cardoso
  13.  # 698

    O que tem sido mudado em catadupa é o RJUE. O RGEU tem vindo a ser amputado de coisas que dantes estavam lá (acessibilidades e SCIE, por exemplo) e agora passaram ter legislação autónoma.

    Houve uma subcomissão que, há uns anos, pariu isto:
    http://engenhariacivil.wordpress.com/2007/03/08/novo-rgeu-regulamento-geral-de-edificacao-urbana/
  14.  # 699

    Colocado por: raulschone

    Não será possível, também cá em Portugal, haver no futuro um tratamento de igualdade quando lidamos com os diferentes materiais de construção, ou vamos ser sempre assim tão radicais e não ter qq abertura.


    Não estou a ver no que é que a construção tradicional (betão/tijolo] é beneficiada face a construção em madeira, LSF ou outra técnica qualquer...
    No RGEU, RJUE, 163/2006 [acessibilidades], regulamentos municipais e demais legislação aplicável [Código Civil, ... ] não há distinção que beneficie determinada técnica de construção. Todas têm que cumprir com legislação e...mais nada.

    Mas posso estar enganado e de facto a construção 'tradicional' ser favorecida em alguns artigos que me tenham passado ao lado...

    E juro que nenhum lobby me pagou para andar a dizer que as construções, independentemente da técnica de construção, têm que cumprir com as mesmas regras.
  15.  # 700

    Quando afirmo que o tratamento não é igual consoante o material de construção, baseio-me no que me aconteceu quando comparo o tratamento/funcionamento/procedimento que teve o projecto da minha casa em madeira com o tratamento/funcionamento/procedimento que teve o projecto da cada em betão em que morei anteriormente. Se consultarem os meus comentários iniciais eu nunca afirmei que os eng.ºs não gostam das casas em madeira mas confirmo que não gostam de lidar (talvez porque não se sentem como peixe na água) com projectos de estabilidade de casas em madeira. Digam o que disserem, as experiências por que passei não foram mera teoria......
 
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