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  1.  # 61

    Colocado por: de jesus mendesLuis K.W.
    QUANDO EU FALO de especulaçao barbaria..refiro-me a seguinte relaçao ..ordenados et poder de consumo de uma populaçao....muito bem a relaçao salario com o poder de investir é a regra principal de um Pais ..o que é que me importa se un apartamento valia 30.000euros a 10anos e agora vale 10vezes mais se eu nao o posso vender!
    Esse mercado esta completamente em desfaso com a realidade da populaçao...tem um comparador muito importante sao os salarios minimos...nao sei bem quanto é a media da populaçao que atinge bem esse parametro em Portugal ..uma coisa é certo houve uma impressinante mania de construir a vara larga..sem se preocupar de ume certa parte da populaçao do Pais com salarios baixos...e como a maior parte da populaçao queria ter a sua casa ao apartamento .. deu o que
    deu! quando eu vejo que nesse Pais a maior parte dos emprestimos habitacionais sao feitos por um periodo de 40anos! praticamente toda uma vida a pagar .emprestimo bancario...

    Caro de Jesus Mendes.
    O comparador devia ser o salário MÉDIO (que deve rondar os 900euros), e não o mínimo.
    Agora imagine a situação «normal», em que ambos os membros do casal trabalham, e ambos (ou em conjunto) recebem o ordenado médio. Já são 1800euros/mês (isto é, talvez, 1500euros líquidos).
    Já dá para sonhar...

    Para que você não tenha uma ideia tão desfasada da realidade (pensando que a crise "paralisou" completamente o País) permita-me que lhe diga que, ultimamente - nos últimos 3 anos - mais de metade da actividade da minha empresa(construção/remodelação) se deve a haver MUITA gente que continua a adquirir casas. No ano passado, a minha empresa facturou mais 40% do que no anterior.
    Só que, inteligentemente, os casais novos não estão a adquirir casas novas.
    Estão a comprar casas com 25 a 40 anos (muitas vezes a preço de saldo), e a renová-las/remodelá-las completamente.
    Fica MUITO mais barato, e dá muito menos chatice.

    No outro extremo, a minha irmã - que é mediadora imobiliária - vendeu nos últimos meses duas "casinhas", também usadas, por 1.950mil e 2.200mil euros. A pronto (nada de empréstimos bancários)! E os compradores eram portugueses...
  2.  # 62

    Colocado por: JacintaEntão os caloteiros ou os seus fiadores não são obrigados pelos tribunais ou por quem decida, a pagarem as rendas logo que estes considerem que já estão aptos a fazê-lo, mesmo que seja um ano depois de saírem?


    Confesso que não percebi se está a brincar ou a falar a sério?

    Um caloteiro pagar???? O tribunal é só para que devolva o imóvel. Os caloteiros de que se falam aqui são os que não pagam ABSOLUTAMENTE nada a ninguem e muito menos ao senhorio... E ninguém os obriga a pagar quando não têm nada! Mesmo que recebam um salário e quando este é baixo... O Tribunal é só para sairem! E mais: Não há uma lista de quem vive disto, mas, acreditem, há IMENSA gente a viver assim.

    À custa de quem? Dos senhorios. E depois estes terão que cobrar mais ao próximo... E é uma roda...
  3.  # 63

    Jacinta, eu não diria melhor!! Na mouche
  4.  # 64

    Colocado por: ParamonteJacinta, eu não diria melhor!! Na mouche

    Eu diria mesmo mais:

    Princesa_ , eu não diria melhor!! Na mouche
    :-)
  5.  # 65

    Não haverá maneira de um senhorio em Portugal ter acesso ao histórico das acções de despejo dos Tribunais portugueses nos ultimos 10 ou 15 anos de modo a pesquizar se a pessoa A ou a pessoa B já passou por isso? Com a informatização da Justiça seria de supor que sim, mas não sei em concreto ...


    Colocado por: Princesa_

    Confesso que não percebi se está a brincar ou a falar a sério?

    Um caloteiro pagar???? O tribunal é só para que devolva o imóvel. Os caloteiros de que se falam aqui são os que não pagam ABSOLUTAMENTE nada a ninguem e muito menos ao senhorio... E ninguém os obriga a pagar quando não têm nada! Mesmo que recebam um salário e quando este é baixo... O Tribunal é só para sairem! E mais: Não há uma lista de quem vive disto, mas, acreditem, há IMENSA gente a viver assim.

    À custa de quem? Dos senhorios. E depois estes terão que cobrar mais ao próximo... E é uma roda...
  6.  # 66

    Colocado por: Luis K. W.
    Caro de Jesus Mendes.
    O comparador devia ser o salário MÉDIO (que deve rondar os 900euros), e não o mínimo.
    Agora imagine a situação «normal», em que ambos os membros do casal trabalham, e ambos (ou em conjunto) recebem o ordenado médio. Já são 1800euros/mês (isto é, talvez, 1500euros líquidos).
    Já dá para sonhar...

    Para que você não tenha uma ideia tão desfasada da realidade (pensando que a crise "paralisou" completamente o País) permita-me que lhe diga que, ultimamente - nos últimos 3 anos - mais de metade da actividade da minha empresa(construção/remodelação) se deve a haver MUITA gente que continua a adquirir casas. No ano passado, a minha empresa facturou mais 40% do que no anterior.
    Só que, inteligentemente, os casais novos não estão a adquirir casas novas.
    Estão a comprar casas com 25 a 40 anos (muitas vezes a preço de saldo), e a renová-las/remodelá-las completamente.
    Fica MUITO mais barato, e dá muito menos chatice.

    No outro extremo, a minha irmã - que é mediadora imobiliária - vendeu nos últimos meses duas "casinhas", também usadas, por 1.950mil e 2.200mil euros. A pronto (nada de empréstimos bancários)! E os compradores eram portugueses...


    Você fala duma realidade que não conheço sinceramente....apartamentos velhos pedem balurdios por eles se forem em zonas que eu considero razoaveis, não vejo preços de saldo (vi alguns mas acabei por desistir).Quanto a pagar 2 milhões por uma casa a pronto também deve ser aquela pequena parte da população que em tempos de crise ate enriquece.
  7.  # 67

    Ha varios anos que me confronto com a perplexidade dos estrangeiros em relaçao às casas a cair de podres no meio das nossas cidades. Eu nao conheço (e eles obviamente também nao) nenhum caso semelhante noutra capital europeia (ou americana). E uma explicaçao que provoca um "Ah!" é que os donos dessas casas nao pagam praticamente impostos sobre elas. Acho que até agora nao houve coragem politica para pegar o touro pelos cornos, e agora vai ter de ser à força.

    Devo dizer que tenho andado nas ultimas semanas a ver preços de pequenos prédios arruinados no nucleo historico de Tomar, e os preços sao completamente alucianantes. Os proprietarios estao obviamente sentados em cima deles à espera de melhores dias. Bem podem esperar sentados.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: jorgferr
  8.  # 68

    Luis K. W. :
    Da ultima vez que vi, o ordenado médio rondava os 800 euros (tenho até ideia de que nao chegava a 800, mas agora nao encontro o numero exacto). Embora o que importa é o salario mediano e nao o médio.
  9.  # 69

    Ontem ( dia 13-05 ) deu na TVI um despejo de uma família que já não pagava renda há 18 anos

    18 anos sem pagar um tostão
    •  
      FD
    • 13 maio 2011 editado

     # 70

    Colocado por: carlosj39Não haverá maneira de um senhorio em Portugal ter acesso ao histórico das acções de despejo dos Tribunais portugueses nos ultimos 10 ou 15 anos de modo a pesquizar se a pessoa A ou a pessoa B já passou por isso?

    Há a base de dados das penhoras frustradas mas, para isso é necessário que os senhorios coloquem acções nesse sentido... muitas das vezes o que acontece é exactamente como nos pequenos assaltos, ninguém reporta, não há números, não há validação e sustentação para acções preventivas.
    Ou seja, mesmo que custe algum dinheiro, os senhorios deveriam iniciar o processo para cobrar as dívidas em tribunal.
    Se não se conseguir pagar essa dívida porque não há nada para penhorar, o nome da pessoa vai para essa base de dados. Da próxima vez que quiser arrendar o imóvel a alguém, pesquisa na base de dados e vê se o nome dessa pessoa aparece.
    Se todos fizerem isso, quase de certeza absoluta que o espaço para os caloteiros diminui MUITO. Mas é preciso que todos façam isso... o que não estou a ver acontecer.

    Para quem interessar: http://www.citius.mj.pt/Portal/execucoes/ListaPublicaExecucoes.aspx
    Neste momento já vai com 8509 calotes.
  10.  # 71

    Do lado do Banco de Portugal também não é possível saber se as pessoas têm ou alguma vez tiveram a conta ou parte do salário penhorado. Só dão informações se a pessoa autorizar.
  11.  # 72

    Colocado por: FD
    Há a base de dados das penhoras frustradas mas, para isso é necessário que os senhorios coloquem acções nesse sentido... muitas das vezes o que acontece é exactamente como nos pequenos assaltos, ninguém reporta, não há números, não há validação e sustentação para acções preventivas.
    Ou seja, mesmo que custe algum dinheiro, os senhorios deveriam iniciar o processo para cobrar as dívidas em tribunal.
    Se não se conseguir pagar essa dívida porque não há nada para penhorar, o nome da pessoa vai para essa base de dados. Da próxima vez que quiser arrendar o imóvel a alguém, pesquisa na base de dados e vê se o nome dessa pessoa aparece.
    Se todos fizerem isso, quase de certeza absoluta que o espaço para os caloteiros diminui MUITO. Mas é preciso quetodosfaçam isso... o que não estou a ver acontecer.

    Para quem interessar:http://www.citius.mj.pt/Portal/execucoes/ListaPublicaExecucoes.aspx
    Neste momento já vai com 8509 calotes.


    Caro FD,

    Eu até concordo consigo no que se refere à substância. Mas repare em termos económicos:

    O senhorio perdeu dinheiro com o arrendamento e depois é-lhe solicitado que gaste mais aprox. 500 euros no mínimo (só em despesas de solicitador de execução e taxas de justiça) mais o custo do advogado para meter uma execução... Sabendo à partida que vai ter que se deslocar e perder tempo, gastar este dinheiro ou eventualmente mais se o inquilino se decidir opor, sabendo à partida que não vai recuperar NADA.

    Parece-lhe justo?
  12.  # 73

    Não é justo, mas é a melhor solução.
    Se o governo quer promover o arrendamento, deverá rever esta questão, caso contrário haverá cada vez menos pessoas interessadas em arrendar.
    •  
      FD
    • 13 maio 2011

     # 74

    Colocado por: Princesa_que gaste mais aprox. 500 euros no mínimo

    Uma ou duas rendas para prevenir a perda de no mínimo três (para desencadear o despejo) no futuro?

    Colocado por: Princesa_Parece-lhe justo?

    Não me parece justo, parece-me um investimento a longo prazo.

    Sem contar com a repercussão pública que esse número de calotes, público, vai, numa qualquer campanha política, influenciar futuras medidas preventivas.
  13.  # 75

    Colocado por: altarOntem ( dia 13-05 ) deu na TVI um despejo de uma família que já não pagava renda há 18 anos

    18 anos sem pagar um tostão


    Eu reparei no telemóvel topo de gama da filha, e na box da ZON.
    •  
      FD
    • 13 maio 2011

     # 76

    Colocado por: altarOntem ( dia 13-05 ) deu na TVI um despejo de uma família que já não pagava renda há 18 anos

    Ontem foi 12... :D

    De qualquer forma, fui procurar a reportagem, vejam ao minuto 21 aqui: http://www.tvi.iol.pt/mediacenter.html?mul_id=13428231&load=1&pagina=1&pos=0
  14.  # 77

    mais um subproduto interessante criado pela nossa sociedade.
    •  
      FD
    • 13 maio 2011

     # 78

    Vi a reportagem e fico parvo ao ver como é que aquela casa estava...!
    Por acaso sei exactamente onde é, a padaria fica no mesmo prédio.
    Que a mulher seja doente é uma coisa mas, a filha, diz o pai que ninguém lhe dá trabalho?!
    Não digo mais nada, senão...
  15.  # 79

    Não consegui ver o vídeo e aqui aonde estou não tenho essa TVI, mas de qualquer das maneiras, que tem o senhorio a ver com o facto da senhora ser doente? A mesma coisa para a filha, que tem o senhorio a ver com o facto de ninguém lhe dar trabalho?
    E como é que os tribunais explicam o facto deles terem estado 18 anos a morar às custas do senhorio?
    Ou o senhorio levou anos a manifestar-se, ou os tribunais abusaram, mais uma vez.
  16.  # 80

    A filha trabalhar? Nem para fazer limpezas serve, a julgar pela pocilga onde vive. Tem todo o ar de quem quer sopas e descanso.
    Quanto à senhora, obviamente que a minha avaliação é muito superficial, mas para quem é tão doente tinha bastante bom aspecto. Depois existem apoios da SS a quem é de facto inválido.
    Para terminar, uma família que só tem 500 euros de rendimento, e tem diversos (bons) televisores, sistemas de vídeo e televisão por cabo, telemóveis caros, enquanto que o meu agregado, cujo rendimento é várias vezes maior, vive bem com a televisão que cai do céu, vídeos vistos no laptop (que é instrumento de trabalho) e nokias do tempo da maria caxuxa? Esta gente não é pobre. Ser pobre é ver 4 canais, e chorar a taxa de televisão que vem na conta da luz. Enfim, pouparam nos detergentes e gozaram luxos à conta do desgraçado do senhorio que ficou a arder com 18 anos de renda, e ainda vai ter que fazer obras profundas na pocilga em que aquela gente transformou a casa.
 
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